1. Spirit Fanfics >
  2. The Family >
  3. 58. Parker.

História The Family - 58. Parker.


Escrita por: FANFICTLOAD

Capítulo 59 - 58. Parker.


Fanfic / Fanfiction The Family - 58. Parker.

          Violet Parker Point Of Views.

 

                              11:25 a.m. 

 

                  30  de Abril  de 2017. 

 

               Toronto, Ontário, Canadá.

 

 

     Odiava ver meus irmãos chorarem, eles eram apenas crianças e não estava entendendo nada do que acontecia de verdade, mesmo que já tivéssemos explicado, não da para colocar mesmo na cabeça deles que Pattie e Oliver se separaram e agora estávamos prestes a ir para algum lugar nesse país com a nossa mãe. 

 

      Eu odiava essa ideia, de ficar com a minha mãe e não com Oliver, eu sentia que ela não amava todos nós genuinamente e nem amava os que ela dizia amar, como a Hazel, aliás, era a razão de eu está aqui. 

 

     Desde que me vi em um relacionamento abusivo, acabei por notar coisas em volta de mim que antes estavam zero claras, por exemplo, que a Hazel estava sendo usada pela Astrid esse tempo todo. Eu sei que pode parecer idiota dizer, mas eu não conseguia acreditar que a Hazel, justo ela, estava em uma situação assim, quando na verdade, relações abusivas não são só entre homem e mulher e também pegam até mesmo as pessoa que menos esperamos. 

 

— Aí que bom que chegaram viu! — Astrid disse jogando seus cabelos por de trás dos ombros e ignorando todas as lágrimas dos pequenos. 

 

      Já estávamos no aeroporto, ela nem deu tempo de terminarmos o ano letivo aqui, Astrid não se importava com nada mesmo e ninguém estava feliz de ter que sair brutalmente daqui, havíamos nos apegado a muitas coisas e pessoas dessa cidade, e agora, teríamos que deixar tudo para trás. 

 

— Para onde vamos? — Hazel tentou disfarçar qualquer resquício de tristeza e eu entendi o que ela estava tentando fazer, eu fazia sempre, fingia que tudo estava bem, para não irritar o Jacob, para que ele não descontasse em mim coisas que eu não tinha culpa. 

 

 — Um lugar conhecido por vocês! — Deu um sorriso sugestivo e Grey bufou do meu lado antes de revirar os olhos em tédio. 

 

— Greenwood. — Ele murmurou e eu olhei de volta para a minha mãe que assentiu sorrindo mais largamente. — Só aquela cidade parada do outro lado do país, bem longe dos Bieber não é? — Cruzou os braços, falando de uma forma bem grosseira e eu joguei um olhar para o Grey, o mesmo que Coral, que estava do outro lado dele, também fez. 

 

— O lugar onde vocês nasceram! E onde vão viver e aprender como as coisas funcionam de novo, comigo! — Apontou para si mesma, usando a forma mais séria e furiosa para dizer isso, ela nem parecia uma mãe falando com os filhos. — É claro que serve para separar vocês bastante dos Bieber! — Disse com um largo sorriso maldoso e era incrível como agora ela estava mostrando bem mais as garras do que antes. 

 

       Meus irmãos não mereciam aquilo, eles passaram muito tempo sendo bem tratados por alguém bom, como a Pattie e o Oliver, para agora ter que lidar com uma megera que nem ao menos age como nossa mãe, por toda a minha vida tinha a minha avó com a gente e meu pai, Astrid se controlava bastante por causa disso, mas agora sem eles, ela não precisa se controlar e nem fingir que gosta da gente. 

 

— Olha senhora Astrid, aqui está todos os papais para vocês embarcarem! — A assistente social voltou para perto de nós e foi ela que nos trouxe, dava vontade de falar tudo que Astrid já fez de ruim, mas acho que a Astrid estava em vantagem de qualquer jeito. 

 

     As coisas jogadas contra meu pai e Pattie naquela audiência foram horríveis, eram verdades, mas que não tinham nada haver com eles, ambos não tiveram nenhuma culpa de que nós saímos dos limites, tentamos ao máximo fazer as coisas de um jeito certo, eu me esforcei para ajudar meus irmãos em seus problema e ainda me entender com os meus, para no final acontecer tudo isso. 

 

     A culpa não era minha, nem dos meus irmãos e muito menos do Oliver e da Pattie, mas era a gente que iria pagar. 

 

    Astrid agradeceu a assistente social antes de só fazer um gesto para que fôssemos em direção ao portão de embarque, meu pai disse que iria para onde fôssemos, então peguei meu celular para mandar uma mensagem para ele, avisando que o destino final era Greenwood, de novo, de onde saímos completamente diferentes do que somos hoje. 

 

     Não imagino como será voltar para lá, mas espero que não seja tão ruim quanto está na companhia da Astrid.  

 

 

 

      Violet Parker Point Of Views.

 

                              00:25 a.m. 

 

                  01 de Maio  de 2017. 

 

    Greenwood, Columbia britânica, Canadá.

 

 

 

       Olhei a casa assim que sai do carro e ela era bem maior do que costumávamos morar quando vivíamos na cidade, além de ser em um bairro melhor também. Do jeito que a minha mãe falou quando saímos de Toronto parecia que ela ia enfiar a gente naquela casa de novo, nos fazer reviver tudo literalmente como antes.

 

— Pelo menos a casa é bonita! — Coral disse para mim, parando do meu lado e eu suspirei. — Você nem precisava está aqui, Violet! — Avisou e eu a olhei. — Você tem o Aaron e uma mansão maior que esse quarteirão para morar, ainda não entendi porque está aqui! — Me olhou sinceramente e eu explicaria a Coral, porque nela eu confio, mas eu estava acabada do voo e era um assunto tão delicado. 

 

     Horas voando para a cidade próxima depois algum bom tempo de carro, era horrível Greenwood não ter nem aeroporto, antes de Toronto essas coisas eram tão irrelevantes, era uma cidade pequena, quase todos mundo se conhecia e parecia um ótimo lugar para viver, quando saímos daqui, a cidade toda falava de nós, dos problemas da nossa família e foi muito ruim, espero que 1 ano depois, as pessoas já tenham esquecido essas coisas. 

 

— Eu nunca deixaria meus irmãos com a Astrid, nunca! — Pontuei por ser a verdade e Coral me olhou como se entendesse isso muito bem. — E a outra parte eu te conto depois, acho que vou precisar da sua ajuda! — Afirmei em sussurro e Coral assentiu animada para mim. 

 

— Vocês duas! — Astrid gritou da porta, nos fazendo olhá-la. — Vão ficar aí ou vai entrar? — Disse rude e eu olhei brevemente para a Coral antes de começamos a andar. 

 

     Nem chegamos direito e a Astrid já estava agindo de forma ruim, aliás o voo inteiro ela fingiu que eu e meus irmãos não estavam lá, ela não estava nem aí para gente, não sei exatamente porque pegou nossa guarda, talvez tenha sido só para fazer Oliver sofrer, é, ela era boa nisso. 

 

    Entramos pela porta e a sala da casa era bem bonita, já tinha todos os móveis e parecia tudo limpo e organizado, tinha uma moça jovem parada no canto ela estava vestida de empregada. 

 

— Essa aí é a Britney! Nossa empregada! — Astrid disse com desdenha e a Britney endireitou a postura. — A mãe dela vai ser a governanta! — Avisou e eu me aproximei para cumprimentar a menina, pensando em para que uma governanta e uma empregada, a casa nem era tão grande quanto a que vivíamos em Toronto. 

 

— Oi sou a Violet. — Falei sorrindo para ela que deu um meio sorriso para mim, não sabendo se respondia ou não, ela estava com um claro medo de falar alto e minha mãe não gostar, até porque a cara da minha mãe para tudo e todos era horrível. 

 

— Ela é novinha ainda, então qualquer coisa seria falem com a Dolores, mãe dela! — Disse e eu assenti, dando um sorriso legal para a menina, apenas a fim de que ela não tivesse um ataque de tensão bem ali. 

 

— Ta, onde vai ser nossos quartos? — Blue perguntou, bocejando de sono e minha mãe deu um sorriso amigável para ela, aposto que por ser sua favorita. 

 

— Bem, eu já ia falar disso! — Ss sentou no sofá para tirar os sapatos de salto alto que ela está usando desde que saímos de Toronto. — Blue, seu quarto é a primeira porta do corredor à direita, Hazel seu quarto é do lado da Blue, na frente do quarto da Blue tem o meu quarto e do lado dele tem o quarto do Jett e o último do corredor é do Grey! — Contou e todos se entreolharam, porque nunca tivemos quartos individuais na vida

 

     Sempre fomos em grande números, dividíamos quartos e achávamos isso comum, mas nesse instante não estava fazendo sentido. 

 

 Todos tinham quartos próprios ou era só os favoritos da minha mãe? 

 

— E eu Coral e Rose? — Perguntei, já que ninguém teve coragem e minha mãe acabou de tirar os sapatos do pé, com calma, antes de me olhar com mais calma ainda. 

 

— Ah, sabe como é, tem cinco quartos no andar de cima e um embaixo que é o da empregada, que já está ocupado, não tem outros quartos! — Explicou mexendo os ombros, como se não fosse nada demais não ter quarto para Rose, Coral e eu.

 

— Como assim não tem quarto para gente? — Aquilo so podia ser brincadeira. — Daria bem para todos nós, basta não da quartos individuais para os outros! — A conta era óbvia e eu não estava entendendo porque ela queria fazer aquilo. 

 

     Astrid me olhou, como se eu fosse insuportável, como se eu estivesse questionado algo banal, mas ela acabou de dizer que não tem quarto para a gente, isso é ridículo, enquanto os favoritos dela tem quartos individuais, as que ela não vai com a cara dormem onde? 

 

— Tem o sótão, lá tem uma cama de casal enorme, acho que era do quarto principal, também tem um armário gigante, mas tá um pouco bagunçado com algumas caixas da mudança, é lá que vocês vão ficar! — Detalhou piscando para mim, como se estivesse fazendo apenas e unicamente de propósito, de verdade, eu não duvido nada que esteja.

 

— Não podemos dormir no sótão. — Sibilei para que ela entendesse e Astrid levantou com calma, me encarando como se fosse comprar uma briga séria comigo se eu continuasse falando daquele jeito. 

 

— Você adorava dormir no sótão na casa dos Bieber né? — Jogou de forma maldosa, fazendo uma referência ao Jacob e onde ele dormia e aquilo era cruel, Astrid era cruel. 

 

     Estava na cara que era uma provação, mostrar que não éramos bem vindas ali, mesmo também sendo filhas dela e que ela iria sim nos tratar com extrema diferença, porque ela queria assim, não importava se a Rose fosse uma criança de 8 anos, ela iria mostrar que não tinha nenhum tipo de apresso por nós. 

 

     Eu entenderia se fosse só comigo, já que sou a filha ilegítima, aquela que destruiu o sonho da minha mãe de ser rica, mas Coral e Rose? Eu até hoje não entendo porque dela não gosta das duas, ambas são extremante carinhosas e gentis, talvez seja isso, os outros tem um azedo que minha mãe tem, diferente de nós três. 

 

— Eu não me incomodo de dividir o quarto. — Blue disse, vendo o clima horrível que ficou na sala e Astrid negou, seria como se estivesse coberta de razão. 

 

— Mãe, elas não precisam dormir no sótão! — Grey disse como se fosse óbvio. — Tem espaço suficiente para todos nós em outros quartos, podemos dividir! — Olhou para o Jett que assentiu ao lado dele e Hazel era a única que continuava calada. 

 

   Ela não iria contrariar nossa mãe, não na frente dela. 

 

— Já está decidido, elas vão para o Sótão, e se não gostarem podem dormir na sala mesmo! — Disse entre dentes, antes de jogar os cabelos para trás e se virar, seguindo em direção a escada. — E quero todos na cama, amanhã vocês voltam para o colégio da cidade, as provas finais já vão começar! — Disse ríspida e ela só podia está brincando. 

 

     Tudo parecia um terrível pesadelo, acabamos de chegar e já estávamos lidando com todo o veneno da nossa mãe.

 

— Vocês podem dormir comigo. — Blue disse, com um rostinho preocupado e Hazel negou antes que eu mesma fizesse isso. 

 

— Gente, não vamos desafiar nossa mãe né? Se não todos nós vamos parar no sótão! — Disse como um conselho. — Aceitem o sótão e vão dormir que amanhã tem aula, apenas evitem discussões! Não tem mais nosso pai para nos defender, agora é a realidade! — Avisou e Grey bufou alto e de um jeito irritado. 

 

— É, e a culpa é sua que mentiu a favor da nossa mãe na audiência! — Disparou contra ela com ódio. — Confessa que você tá muito feliz com isso, é tudo que você queria não é? Um quarto individual e a Violet no sótão!— Encarou ela, a fuzilando com os olhos. — No final era exatamente o que você queria, sua vida dos sonhos, parabéns! — Jogou, antes de sair furioso e deixando um clima pior ainda. 

 

      Pela primeira vez eu não ia culpar a Hazel, ela tinha uma razão por agir assim, me lembro que ela também não estava nada afim de vir, a atitude dela na audiência foi ruim e desfavorável para o nosso pai? Sim, mas ela estava sendo completamente induzida e manipulada pela nossa mãe, Hazel não faz ideia disso, assim como eu também não fazia quando estava em uma relação abusiva com Jacob. 

 

      Era realmente uma porra difícil de aceitar e entender, ainda mais quando você não quer entender e se para mim foi difícil, imagina para a Hazel com todo o seu poço de orgulho próprio. 

 

— Ok, vamos? — Olhei para Coral e Rose, que me olharam ainda sem reação. — Não vai ser tão ruim, aliás, vamos está juntas! — Tentei dizer algo legal para elas  e começamos a andar em direção as escadas. 

 

    Na verdade não ia ser tão bom assim, mas eu não queria assustar a Rose que era a menor.

 

     Subimos as escadas juntas em direção ao tal sótão, eu estava tão cansada da viagem, que não me importava nem um pouco de onde eu iria dormir hoje, amanhã eu penso no que fazer, porque isso não vai ficar assim. Já abaixei a cabeça demais para a minha mãe e as coisas que ela faz, passei a minha vida toda fazendo isso para ser mais exata, negando que ela fosse uma pessoa amarga e ruim, apenas por que era minha mãe.

 

      Eu passei por muita coisa na vida, principalmente no último ano, e eu não vou abaixar a cabeça para ninguém mais, nunca mais. 

 

     Abri a porta do sótão e definitivamente o lugar estava uma bagunça só, tinha muitas caixas em um canto e dava para ver bastante poeira. Respirei fundo, mas com cuidado para simplesmente não espirrar.

 

      Não era ruim, era péssimo, nem de longe era o lugar para pessoas dormirem, parecia mais um calabouço de castelo iguais nos filmes, a madeira escura e fria mostrava que iríamos congelar se não nos protegesses e eu poderia jurar que havia baratas. 

 

     Astrid pegou pesado dessa vez e isso não vai ficar assim. 

 

 

 

     Violet Parker Point Of Views.

 

                              11:43 a.m. 

 

                  01 de Maio  de 2017. 

 

    Greenwood, Columbia britânica, Canadá.

 

 

 

— Eu quase dormi a aula toda. — Comentei com Grey e Coral, enquanto saímos no portão da escola. — Mas os olhares estranhos que me davam me mantiveram bem acorda! — Ponderei de forma sarcástica e os dois assentiram, como se tivesse passado pela mesma coisa. 

 

— As pessoas me encaravam como se nunca tivessem me visto antes, acho que é por causa do meu novo estilo! — Coral mexeu ombros, como se isso justiçasse os olhares, mas também estavam me olhando e eu não mudei muito de estilo.

 

— Eles estão olhando para gente porque sabem a razão que nos tirou dessa cidade e do jeito que esse lugar é, eles devem saber a razão de estarmos de volta! — Grey afirmou nada simpático e ele estava bastante irritado desde da audiência, sei que ele deixou Jessica para trás e pegou uma certeza, e com razão, implicância com a nossa mãe, mas eu me importava com ele e seu estado de fúria excessiva.  

 

      Porém errado ele não está, claro que todos estavam nos olhando como se fôssemos aliens, porque eles viram como saímos daqui, com a notícia de eu não era filha do Oliver, com Astrid sumindo e meu pai indo se casar com a advogada 13 dias depois da separação, e agora voltamos porque, meu pai se separou da advogada antes de 1 ano de casados, Astrid voltou e conseguiu nossa guarda e nos trouxe de volta para essa cidade. 

 

     Faz sentido eles nos olharem como se fôssemos estranhos, porque pela história somos sim. 

 

— Certo, mas podemos lidar com isso! — Avisei e Coral assentiu concordando. — É só Greenwood e nós somos os Parker, sempre falaram de nós por alguma razão, ou por sermos 7 ou porque o Grey pegou alguma menina que estava em castidade ou porque a Hazel arranjou confusão! — Dei exemplos e Grey assentiu não querendo muito, porem fez. 

 

— Você é ótima com palavras motivacionais, Violet, deveria ser psicóloga, vai ganhar um bom dinheiro com isso! — Grey murmurou com ironia, mas não era uma ideia tão ruim assim. 

 

     Pensando bem eu gostava de ajudar as pessoas, adorava na verdade, eu me metia no problema de todo mundo e queria solucionar, eu estava frequentado psicóloga em Toronto e estava definidamente amando a forma como eu podia abrir meus problemas e que ela iria ouvir tudo e saber exatamente como me aconselhar. 

 

      Levando em conta que eu não faço ideia de que faculdade fazer, acho que vale a pena pensar nisso, até que Grey não deu uma ideia ruim, se eu consegui ajudar todos eles nos seus piores problemas, eu posso ajudar outras pessoas. 

 

— Em falar em psicólogo! — Coral exclamou olhando Grey. — Nós dois temos consulta, daqui a pouco! Vamos! — Puxou ele pela mão, que plantou os pés no chão, indicando que não queria ir e parecia uma criança não querendo tomar remédio. 

 

— Eu odeio isso! — Reclamou como um bebê chorão e Coral fez uma cara de deboche para ele. — Tem como eu não ir e você dizer que eu fui? — Perguntou sendo sincero e Coral assentiu concordando. 

 

— Claro, mas a Violet não vai ficar calada né? — Me olhou e eu dei um largo sorriso para Grey enquanto negava. — Então? — Olhou para ele sugestivo e Grey murmurou alguma coisa antes de começar a andar com a Coral. — Tchau, Violet! — Ela se despediu e eu só acenei para os dois, ficando no mesmo lugar que eu estava, até porque, eu estava esperando alguém, ou melhor....

 

— Violet! — Três vozes me gritaram do nada, me dando um susto enorme e eu me virei para sorrir animada por revê-los. 

 

      Thalula, Blair e Tauan sorriam para mim animados e felizes de me ver e eu sentia a mesma coisa. Desde do aniversário da Hazel, foi a última vez que os vi, mas quase sempre nos falamos, os problemas que vivi nesses últimos tempos me afastaram um pouco deles, mas agora eu estava de volta à cidade, tinha me livrado de um problemão que me sufocava e estava morrendo de saudades dos meus amigos. 

 

— Eu estava morrendo de saudades de vocês! — Abracei os três ao mesmo tempo, tentando não parecer super melosa. 

 

— Você está bem? Sente algo? — Blair segurou meu rosto entre as mãos, mexendo ele de um lado para o outro, como se tentasse ver se tem algo de errado comigo fisicamente. — Como podemos deixar você com aquele cara estranho! — Esbravejou, olhando para Thalula e Tauan, como se eles realmente pudessem fazer algo contra isso. 

 

    Não era culpa de ninguém, nem minha, nem deles, era culpa do Jacob, unicamente dele, os outros poderiam achar que eram capazes de fazer alguma coisa, mas na verdade, ninguém poderia fazer algo sem ser eu mesma. 

 

— Eu sabia que aquele cara não valia nada! — Tauan avisou e Thalula revirou os olhos como se não acreditasse na afirmação. — Ué, eu notei desde o início, ela tinha muito mais química e paixão com o Justin do que com aquele outro lá! — Falou com se fosse óbvio e Blair assentiu como se soubesse disso. 

 

 — Bem, não importa! — Avisei olhando bem para os três. — Agora tudo está melhor, eu e Justin estamos juntos e nada mais vai nos separar! — Afirmei com um meio sorriso feliz por isso. 

 

— Isso porque aquele encosto do Jacob está preso e espero que nunca saia de lá! — Thalula fez o sinal da cruz, me fazendo ri, em seguida ela me olhou de um jeito diferente. — Você vai depor no julgamento dele? — Perguntou curiosa e eu mexi os ombros não sabendo responder.

 

— As vítimas não precisam ficar na presença dos seus agressores nesse caso, mas não sei, ainda tenho tempo para pensar e uma nova psicóloga para me ajudar. — Comentei pensando, que eu gostava muito da psicóloga de Toronto e agora teria que frequentar outra, contar todos os meus traumas novamente.

 

         Tinha algum bom tempo até eu decidir se iria ou não depor na presença do Jacob, para isso eu teria que ir até Toronto e contar tudo, sabendo que o Jacob estava de olho em mim, eu não sei se estou preparada para olhar nos olhos dele novamente, eu peguei um trauma bizarro de olhos azuis e eu definitivamente tinha pesadelo com isso. 

 

      Tinha muitas coisas para se trabalhar agora, para apagar e para seguir em frente, nessa cidade e com a minha mãe, a última parte eu não gosto nadinha. 

 

— Agora que você voltou! — Blair pontuou se aproximando e colocando seu braço em volta do meu pescoço. — Vamos cuidar de você como sempre foi, porque sabemos que a sua mãe não serve para nada, então seremos responsáveis por você! — Disse como uma ordem engraçada e eu não tinha nem a ideia de negar, os três, ou melhor, as duas, já que Tauan é um irresponsável, elas cuidavam de mim muito bem. 

 

      Apesar de ter muitas coisas horríveis em voltar para essa cidade, como os olhares, a minha mãe, a distância dos Bieber e está dormindo em um sótão, tinha um lado bom incrível, que era ficar perto dos amigos que eu amo e sentia muita falta, pelo menos isso para alegrar meus dias. 

 

 

1 mês depois...

 

 

     Violet Parker Point Of Views.

 

                              11:43 a.m. 

 

                  03 de Junho  de 2017. 

 

    Greenwood, Columbia britânica, Canadá.

 

 

 

     Os fins de semana com o Oliver eram bons, bem melhor do que ficas com a minha mãe, mesmo que ele estivesse ficando em uma casa minúscula, todos nós sentíamos muito melhor ali do que em qualquer outro lugar do mundo. 

 

     Era bom ter Oliver às vezes, sair do furacão que Astrid criou nas nossas vidas, óbvio que combinamos não contar nada do que ela faz para ele, não porque queremos mentir ou proteger nossa mãe, mas é porque, meu pai já estava triste e sozinho demais, ele poderia até tentar nossa guarda de novo, mas não seria nada fácil. 

 

     Oliver sentia falta da Pattie e muito, eu também, na verdade eu sentia falta de todos os Bieber e principalmente do meu namorado, eu e Justin demoramos muito tempo para ficarmos juntos e agora que estamos, temos que viver em milhares de quilômetros longe um do outro. Eu falo com ele todos os dias, quase todos as horas é como se ele estivesse aqui para me ajudar, mesmo que eu não vá contar para ele as coisa que minha mãe faz, eu gostava de apenas desabafar sobre meu dia, sobre a psicóloga, sobre o que eu estava superando ou não. 

 

        Ele se preocupava, era um namorado atencioso e incrível, ele se dedicava a mim e eu me dedicava a ele, mas de uma forma tão respeitável e apaixonadamente natural. Eu estava radiante com a ida dele para Los Angeles, Justin iria realizar o sonho dele de gravar em um studio de verdade, não tinha como eu esta mais feliz.

 

      Mesmo que as coisas aqui não estivessem tão bem assim. 

 

    Em 1 mês minha mãe fez questão diversas vezes mostrar que tinha seus preferidos, ela esqueceu Rose na escola, não pagou a matrícula da Coral no colégio e obviamente ela fingia que eu não existia em todos os aspectos, eu vivia praticamente invisível para ela e isso era tão bom, era melhor do que ela enchendo o meu saco. 

 

     Tinhas suas vantagens em ser a excluída da minha mãe. 

 

— Por que você só não liga para ela? — Blue perguntou pegando mais um pedaço de pizza e todos mexeram seus olhos para Oliver. 

 

    O assunto era a Pattie e os Bieber, sempre era, estávamos tentando entender porque duas pessoas que se amam tanto insistiam em ficar separados daquele jeito, era doloroso para eles e para nós também, porque nos sentíamos um pouco culpados por tudo isso, já que foi as nossas confusões que causou a separação deles. 

 

      Oliver sempre respondia as nossas perguntas, algumas ele desconversava, mas ele sempre foi um ótimo pai e se sentia bem em falar com a gente, o clima chegava a mudar quando estávamos com Oliver, acho que era quase impossível viver em confiança e verdade com alguém, quando se mora com a Astrid. 

 

— Porque não estamos mais juntos, não é comum casais que se separam ficarem se falando sempre. — Ele comentou isso meio cabisbaixo e não entrava na minha cabeça porque duas pessoas que se amam tinham que ficar separadas. 

 

     Eu fiquei muito tempo separada de Justin, mas eram por razões muito diferentes, digamos que eu não estava no controle da minha vida. 

 

— Você não tá feliz assim! — Jett reclamou e ele tinha tanta razão que quase não parecia ser o Jett, já que a gêmea dele era muito inteligente o tempo todo e ele era mais ação. 

 

— A felicidade é relativa, Jett, eu estou feliz em estar com vocês! — Deu um meio sorriso sincero para nós e eu sabia que era verdade, antes de qualquer coisa, ele faria tudo por nós, por todos nós. 

 

      E nós faríamos tudo por ele.

 

    Troquei olhares com Coral e Grey, parecia que a gente pensava as mesmas coisas, haviam muitas partes mal resolvidas nisso tudo, partes que parecia que a gente precisava resolver nós mesmos, o mínimo por termos sido bastante ruins com eles no início. 

 

— Quem quer mais pizza? — Meu pai perguntou e todos levantaram a mão ao mesmo tempo, o que fez ele ri, antes de se levantar e ir em direção a cozinha.

 

— Ok, precisamos fazer algo. — Grey murmurou para que nosso pai não ouvisse e olhou em volta para cada um de nós. 

 

— Tipo fazer o nosso pai e a Pattie voltarem? — Rose disse como se fosse óbvio. — Pensei que ninguém fosse sugerir antes. — Mexeu os ombros e eu tinha que concordar com ela. 

 

      Sabíamos que tínhamos que fazer alguma coisa, havíamos conversado sobre isso com os Bieber antes de virmos para cá, faríamos algo para juntar Pattie e Oliver novamente, a única coisa, era que não sabíamos o que fazer. 

 

       Eu estava esperando o Justin voltar de Los Angeles, ele tinha que está lá do outro lado para nos ajudar também, mas nada impedia da gente começar a pensar em algo e rápido. 

 

— Tem que ser algo que funcione bem! — Coral deu a dica. — Que faça eles se acertarem mais por eles do que por nós, vamos só da um empurrãozinho! — Explicou e eu concordava com isso. 

 

— Talvez a gente possa falar com os Bieber depois e ver com eles algo que possamos fazer! — Sugeri e todos pareciam de acordo com isso. — Se nos unirmos não tem como da errado, somos melhores juntos! — Afirmei e eles assentiram, Grey jogou um olhar para Hazel, vendo ela assentir, o que a fez bufar ao fundo chamando a minha atenção. 

 

— Pode funcionar e juro que quero que funcione, não me olhem com essas caras! — Pediu antes de revirar os olhos. — Olha como o Grey está me olhando! — Reclamou como uma criança mimada e todos olharam para o Grey. 

 

— To olhando para uma traíra que fez de tudo para a gente ficar com a nossa mãe e agora vem bancar de que quer tudo bem! — Imitou uma voz feminina no final da frase. — Você só quer o que é bom para você, eu não acredito em mais nada que você diz, Hazel. — Disparou nada amigável. 

 

      Grey andava bem instável nos últimos dias, pelo o que eu sei, ele e Jessica não estava mais juntos, não que ele me contasse as coisas da vida amorosa deles, mas era o que indicava, porque Jessica não queria falar dele de jeito nenhum, acho que ela estava com ciúmes das meninas do colégio, porque querendo ou não o Grey acaba atraindo atenções, mas pelo o que Coral me falou, o motivo principal foi  a Britney, filha da governanta lá da casa da minha mãe. 

 

     Acho que a Jessica lia os pensamentos do Grey a distância, porque eu notei os olhares. 

 

     Mas essa forma áspera que ele andava tratando a Hazel não era de hoje, eles dois costumavam a ser incrivelmente juntos, desde sempre, eram uma dupla impossível de lidar, armavam coisas doidas e sempre tinham cartas na manga, até agora, porque parece que a relação deles azedou de vez e eu nem sei o porque. 

 

— Voltei! — Meu pai falou voltando da cozinha e todos se mantiveram em silêncio, mas o clima estranho chamou a atenção. — O que foi? — Oliver perguntou e todos negaram de forma calma, como se realmente não fosse nada.

 

       Olhei para a Hazel, que estava ao lado de Rose e a alguns passos de mim e tentei pensar em alguma forma de me aproximar dela. Eu tinha que fazer alguma coisa em relação ao relacionamento abusivo que ela estava vivendo com a nossa mãe, isso estava afetando até mesmo a relação dela com o Grey, e eu sei o quando os dois eram amigos antes. 

 

       Sei que a Hazel me odeia e não merece que eu me preocupe com ela, mas não consigo, é inevitável, Hazel é a minha irmã e ela pode está presa em uma rede maluca psicológica, que eu mesma só estou conseguindo curar com analistas e psicólogos. 

 

   Se eu, que nunca me achei dona da razão, demorei um tempo para aceitar que estava em uma relação toxica, imagina a Hazel. 

 

     Céus, isso não vai ser nada fácil. 

 

— O que está olhando? — Hazel perguntou em voz baixa para mim e eu pisquei, notando que a estava encarando.

 

— Nada. — Neguei tirando os olhos dela e era tão difícil tentar me aproximar da Hazel, ela sempre tinha cinco pedras na mão para tacar me mim e poderia pegar muitas mais se isso significasse me afastar. 

 

      Mas eu não estou nessa cidade atoa, eu vou ajudar a Hazel, eu vou arranjar um jeito de me aproximar, só não sei como, mas vou, aliás, se eu não fizer isso, vou me sentir muito culpada por Hazel ter sido a única irmã que não consegui ajudar. 

 

 

 

          Violet Parker Point Of Views.

 

                              03:05 p.m. 

 

                  04 de Junho  de 2017. 

 

    Greenwood, Columbia britânica, Canadá.

 

  

— E então você não tá com medo? — Justin me olhou estranho pela câmera, como se eu fosse louca e eu mexi os ombros. 

 

— Hipnose parece assustador mas pode me ajudar a superar, se eu voltar em alguns momentos e entender o que me fez ficar, talvez isso me faça me entender melhor. — Expliquei e ele assentiu meio confuso ainda. 

 

      Minha psicóloga sugeriu sessões de hipnose para me fazer apagar alguns vícios de comportamento e de traumas que eu estavas, como por exemplo, trauma de olhos azuis, eu sofria de síndrome do pânico e ansiedade se alguns gatilhos eram acionados, como luta por exemplo, ou ver um casal discutindo de longe, mesmo que eu não saiba do que se trata. Minha mente ainda estava turva e eu queria limpar ela o mais rápido possível, então era viável aceitar isso. 

 

— Se você acha que vai ser bom, espero que dê certo. — Deu um meio sorriso me incentivando e eu retribui isso, olhando para ele como se pudesse toca-lo, mas Justin estava a muitos quilômetros de distância de mim. — Sinto sua falta, Violet. — Confessou, me fazendo sentir meu coração bater mais forte e uma sensação muito boa na barriga. 

 

— Eu também sinto saudades, muito mesmo! — Confessei de coração. — Você sabe que te amo muito e não diminuiu nem um pouquinho mesmo longe! — Sibilei para deixar claro e Justin deu uma risada, como se entendesse ou apenas achava fofo eu falar isso. 

 

— Você tem que vir me ver, quando eu voltar de Los Angeles! — Avisou e eu torci os lábios antes de assentir. 

 

— Vou me esforçar, tenho muitas coisas envolvendo meus irmãos e eu não quero deixar eles sozinhos aqui! — Era uma verdade, até porque eu, Coral e Rose dormíamos no meio de um monte de caixa e isso estava causando uma rinite enorme na Rose, se depender da minha mãe ela deixa a menina ter uma crise. 

 

— Se quiser eu vou te ver, Justin! — Hazel disse, completamente sem noção por entrar no meio da nossa conversa e ela acenou para o Justin por de trás de mim, e o lindo teve a audácia de acenar de volta. 

 

— Ta vendo, até a Hazel vai arranja tempo para me ver! — Justin tentou me provar e não daria certo, porque eu definidamente não estava afim de sentir nenhum sentimento pela Hazel, além do lhe ajudar. 

 

— Eu falo com você depois? — Perguntei e Justin assentiu. — Tenho que resolver umas coisas agora. — Avisei e ele parecia entender isso. 

 

     Justin se despediu antes de desligar e eu abaixei o celular, me virando para olhar Hazel que ainda estava na sala mexendo em seu celular do outro lado , completamente focada nisso e eu a olhei bem. Eu tinha que começar o plano de aproximação, mas não sabia como, na verdade eu não fazia ideia nem por onde começar. 

 

— Tem visto a Kiwi? — Perguntei como quem não quer nada e Hazel negou. — Soube que ela está prestes a ter o bebê, pense que fossem bem amigas! — Comentei, ainda a olhando e Hazel tirou os olhos do celular, se virando para me encarar com uma das sobrancelhas erguidas. 

 

— E desde quando você se importa com quem sou amiga ou não? — Disse de forma grosseira e não sei realmente porque eu ainda tento, ela vai me tratar com diversas pedras sempre que eu tentar iniciar um assunto legal.

 

     E sim, eu estava tentando ser legal com a Hazel, eu sempre tentei isso, desde que me conheço por gente, em Toronto que parei de me iludir com um dia a Hazel realmente me tratar bem além de apenas sentir pena de mim, porque foi a razão de ela ter chamado a polícia naquele dia para me salvar, ela sentiu pena. 

 

       Eu não queria a pena da Hazel, eu queria que ela entendesse que eu apenas quero ajudá-la, eu não sabia como me aproximar, pensei que puxando assunto sobre as suas amizades resolveria, mas ela parecia odiar que eu dirigisse qualquer mínima palavra para ela. 

 

— Eu só queria conversar! — Mexi os ombros, vendo o olhar ridículo que ela lançava para mim e Hazel gargalhou; como se eu tivesse contado uma boa piada. 

 

— Amorzinho, eu não quero falar com você, tipo nunca! — Disse pausadamente e eu nunca entendi essa implicância toda. 

 

     No início fazia sentido por conta de eu não ser filha do Oliver, mas depois de um tempo, eu notei que antes disso ela já me tratava mal, porém disfarçadamente, não consigo entender o que a faz me odiar tanto. 

 

     Pensando bem, talvez tenha haver com a nossa mãe. 

 

     Me virei para frente, deixando Hazel para lá, e eu tinha que pensar em um plano melhor para ajudar ela, talvez eu precise de ajuda, Grey está em crise com a Hazel, mas os outros irmãos ajudariam, bem eu acho, a Hazel já fez mal para muita gente, mas tem se mostrado melhor, pelo menos para eles. 

 

      Peguei meu celular e cliquei sobre o nome da Coral, abrindo a aba de mensagens e pensei bem no que enviar, ela pode achar estranho o meu pedido, mas eu preciso mesmo de ajuda o quanto antes. 

 

    " Coral, acho que vou precisar da sua ajuda para algo bem delicado..."

 

     Enviei e respirei fundo, antes de me levantar do sofá e ir em direção as escadas, apesar de odiar ficar naquele lugar que a Astrid me faz chamar de quarto, eu precisava ficar sozinha e encontrar a Coral. 

 

 

 

    Hazel Parker Point Of Views.

 

                              03:54 p.m. 

 

                  04 de Junho  de 2017. 

 

    Greenwood, Columbia britânica, Canadá.

 

 

     Sentia falta dos Bieber e de Toronto, havia me acostumado com aquela vida e com aquelas pessoas, mas agora aquilo tudo não me pertencia mais, nem a mim e nem aos meus irmãos. 

 

     Mesmo que eles tivessem planos de tentar unir Pattie e Oliver, ainda tinha Astrid, ela não iria permitir, ela apenas surtaria se isso acontecesse e me culparia por ter visto tudo e não ter feito nada. 

 

      Ninguém entendeu porque falei aquilo na audiência de custódia, mas tinha uma boa razão, eu queria sim ficar com Oliver, as coisas uns dias antes me fizeram ver que era o melhor para mim e meus irmãos, e que a minha mãe não tinha cabeça para cuidar de 7 sozinha, então eu estava decidida a ajudar ele no meu depoimento, até impedi o Grey de mentir. 

 

     Mas, a minha mãe foi bem mais rápida. 

 

     Naquele dia, segundos antes da audiência começar, Astrid me enviou uma mensagem, que dizia que se eu falasse qualquer coisa, que acabasse por ferrar ela, quem estaria ferrada era eu, e não sei até onde isso verdade, eu não duvido de mais nada. 

 

     Astrid tinha algo nela, que eu adorava, mas também tinha coisas, que me assustava, ela era a minha mãe, ela me criou, cuidou de mim, me ensino ser que eu sou, eu não podia ser ingrata, esquecer tudo que eu sou, o que ela me fez ser. 

 

    As vezes eu me sinto mal pelas coisas que ela faz e diz, como por a Rose e Coral no sótão, ela deveria colocar mais amor nelas, as duas nunca fizeram nada de errado, são incríveis, não é como a Violet. 

 

      Violet é meu carma, eu não a suporto, nada fará eu suportar, envolve tudo que ela é, eu posso ter salvado a vida dela naquele dia combo Jacob, mas não é como se ela fosse especial para mim, eu queria distância dela, enquanto ela tentava puxar assunto comigo. 

 

     Odeio isso, odeio a Violet e sua vontade incontrolável de tentar ajudar todo mundo, isso me irrita, ela me irrita. 

 

— Estou pensando no que fazer, já estamos aqui a 1 mês e ainda não senti o cheiro do dinheiro da Violet! — Minha mae disse, me olhando sugestiva e era sempre o mesmo assunto, o dinheiro da mesada que Aaron da a Violet. — Se aquela garota vai morar embaixo do mesmo teto que eu, tem que pagar! — Avisou e eu assenti, apenas para concordar. 

 

— A Violet, ela vai ceder com o tempo. — Falei, com calma e Astrid riu, como se fosse uma grande idiotice. — É sério, quando ela ver que os irmãos precisam de alguma coisa ela vai ajudar! — Pontuei como se fosse óbvio e bastava conhecer a Violet para saber. 

 

— Qual parte de que quero o dinheiro na minha mão você não entendeu? — Esticou a mão, gesticulando para mim. — Não quero que ela pague algo para você e seus irmãos, eu quero que ela me de dinheiro, entendeu? — Levantou a sobrancelha, e apenas suspirei, a fazendo me olhar estranho. — O que foi? Não gosta da ideia de eu pegar o que é meu por direito? — Me olhou seria e eu desviei os olhos levemente. 

 

— A Violet tem 19, o dinheiro é dela, não nosso, se ela fizer algo com ele aqui vai ser ajudar os irmãos, Violet nunca vai da algum dinheiro na sua mão! — Expliquei, o que pra mim era bastante claro,  Violet não iria jamais entregar dinheiro nas mãos da minha mãe, ela não burra. 

 

— Ah entendi. — Murmurou me olhando de um jeito diferente e frio. — Porque a Violet merece está com esse dinheiro mais do que eu! — Disse em afirmativa, mas não era bem o que ela queria dizer, ela estava irritada com o que falei. — Coloca uma coisa na sua cabeça, Hazel, a Violet é nossa inimiga, se ela está viva é graças a você e a mim, ela deve a gente, ela foi criada para tirar nós duas da miséria, nada é dela, tudo é nosso! — Deu ênfase explicando o que ela acreditava. 

 

      Escuto isso desde criança, a Violet só existiu para fazer a minha mãe e eu ricas, ela era apenas um objeto, e como as coisas deram errado, ela virou um estorvo, apenas tínhamos que conviver com ela, como um carma pela nossa ambição, ela era inimiga, carma, pedra no caminho, tínhamos que odiá-la por existir, porque Violet não tirou eu e a minha mãe da situação que estávamos, ela nos manteve lá.

 

     Eu acredita tanto nisso,  muito mais quando meus pais se separaram, eu vi que minha mãe tinha razão, a Violet eram um carma e eu apenas tinha que aturar ela, mas quando ela ajudava a todos, era uma menina boa, eu tinha que me forçar a pensar coisas ruins sobre ela, para manter isso, pela minha mãe, ela acabou com a vida minha mãe e a minha também. 

 

— Não vai ser fácil tirar o dinheiro dela! — Murmurei olhando a minha mãe e ela se aproximou de mim no sofá, antes de passar sua mão no meu rosto suavemente. 

 

— Eu sei, vou pensas em um plano, mas por enquanto. — Me deu um sorriso legal. — Vamos pensar em você, no seu futuro! — Disse feliz e eu não estava entendendo onde esse assunto iria parar. — Eu ainda tenho esperança em você, em que consiga da um futuro para nós, tenho um bom pé de meia do ex marido rico, mas não vai ser para sempre, então, você pode começar a ajudar! — Sugeriu e eu a olhei com atenção, ainda querendo entender o que queria dizer com aquilo. — Sabe das vantagens de conseguir um casamento com homem rico, eu já te falei isso muitas vezes! — Segurou a minha mão sorrindo e eu dei um meio sorriso para ela. 

 

      Escuto isso desde que sou criança, era óbvio que eu sabia. Um homem rico poderia me dar a vida dos sonhos, viagens, roupas de luxo, coisas caras e eu nunca ia precisar trabalhar na vida, apenas ser uma esposa fiel e obediente, era uma ideia incrível ser rica sem fazer nada, sempre amei isso. 

 

     Também sempre tentei, namorei alguns caras em condições melhores, mas na verdade nunca durou muito, eles terminavam comigo com motivos idiotas. Tentei até mesmo o Justin, mas acabei ganhando um irmão. 

 

     Agora minha mãe estava entrando nesse assunto de novo, era como voltar ao passado. 

 

— Não é mais tão fácil arranjar garotos ricos por aí! — Dei uma risada de leve e aquilo era mais uma risada de alivio do que de graça mesmo. 

 

         Não sei se quero me casar com um cara só por dinheiro, não depois de tudo que aprendi. 

 

— Para da ser boba! — Fez um gesto banal para mim. antes de ri também. — Óbvio que eu sei como te ajudar, por isso estou falando com você Hazel, nem tudo está perdido, ainda tem chance de arranjar um cara rico e que te banque bem! — Deu ênfase e eu a olhei estreito, vendo o sorrisinho nos lábios dela, que indicava sempre algo bom para a mesma, mas não para os outros. 

 

— Como? — Levantei uma das Sobrancelhas, a olhando com curiosidade. 

 

— Sugar daddy, já ouviu falar? — Falou pausadamente e eu já tinha ouvido isso em algum lugar, mas não me lembrava onde. — Sabe né? Não é burra! — Me olhou seria e eu assenti, mesmo sem saber o que era isso. — Ótimo, porque vou arranjar um para você, só me de um tempo! — Apertou minhas bochechas e eu forcei um sorriso. 

 

      Ok, mas o que exatamente é sugar daddy? O significado é estranho e eu não deveria ter afirmado que sei sem saber. 

 

 

 

         Violet Parker Point Of Views.

 

                              10:59 p.m. 

 

                  05 de Junho  de 2017. 

 

    Greenwood, Columbia britânica, Canadá.

 

 

 

— Não, eu juro que tá tudo bem! — Afirmei ao telefone com Aaron e ele insistia em perguntar como se o mundo todo estivesse caindo em volta de mim, e em partes é isso mesmo, mas não quero preocupa-lo.

 

— Está frequentando a psicóloga direito? — Questionou mais isso e eu ri antes de assentir, mesmo sabendo que ele não estava vendo. 

 

— Sim, e ela é incrível, tanto ela quanto a analista, ambas têm me ajudado bastante a lidar com tudo isso! — Me sentei na mesa da cozinha, pensando em como aquilo estava sendo bom para mim. — Tem sido melhor durante o tempo, eu quase não penso tento nele, e isso tem ajudado! — Suspirei ao completar a frase e eu estava evitando falar o nome dele, para que as lembranças ruins nao retornassem. 

 

      Era incrível a forma como ele conseguiu corromper a minha mente, minha psicóloga garantiu que eu tinha vários traumas que não seriam nada fáceis de curar, ele mexeu tanto comigo, por dentro e por fora, que eu definitivamente não conseguia dizer quantas vezes ele me bateu, eu lembrava das vezes mais sérias, mas quando tentava parar para pensar em um número exato, minha cabeça parava, me dava falta de ar, eu odiava lembrar. 

 

      Tratar tudo isso tem sido bom, melhor do que pensei, eu só precisava de ajuda, tudo que ele me causou, não seria mais válido dentro de mim, eu iria conseguir ajudar outras pessoa com a Taylor faz, eu iria aprender a lidar com isso que ainda dói. 

 

— E quando vai vir me ver? — Perguntou como quem não queria nada e eu ri, lembrando a quantidade de vezes que ele fazia essa mesma pergunta todas às vezes que ligava para mim. 

 

— Não sei, acho que não estou pronta para deixar meus irmãos sozinhos com a Astrid, ela pode tratar eles mal, sei lá. — Mexi os ombros e esse era um dos motivos, o outro era a Hazel e no que ela estava metida. 

 

— Entendo você, super protetora como sempre! — Pontuou. — Mas, você sabe que tem que pensar um pouco mais em você! — Avisou e eu sei, todos falam isso, apesar de eu prometer para a minha avó naquele sonho que eu pensaria mais em mim, na prática não era tão fácil assim. 

 

    Não conseguia ignorar meus irmãos e os problemas deles, eu tinha que resolver, fazer o meu melhor para eles, todos ali são tão parte de mim, não consigo deixar qualquer um deles em uma situação ruim, até mesmo a Hazel, apesar da implicância dela por mim, eu ainda me importava, ela era a minha irmã afinal de tudo e estava em uma relação toxica com uma mãe narcisista. 

 

     Eu pesquisei bastante sobre isso nos últimos tempos, não era só a Hazel que passou pelas mãos de uma mãe narcisista, todos nós também tínhamos, mas ela era a única que não conseguia quebra a corrente. A Astrid controlava a Hazel, fazia ela agir e pensar da forma como queria, ela não tinha empatia por Hazel, nem por nenhum dos filhos, ela não estava nem aí para nenhum de nós, o que importava era ela mesma e seus ideais 

 

      Isso é uma doença, nossa mãe não nos ama como as outras mães, pelo o que li, tem horas que ela pode sentir raiva de nós, repúdio, nojo, inveja, coisas que uma mãe normal jamais sentiria pelo filho, é como se ela fosse aleia a nós, mas tivesse que carregar o fardo de ser a nossa mãe. 

 

    Não era nada bom ter uma mãe narcisista e abusiva, não era nada bom ter que morar com ela, e eu não iria deixar meus irmãos aqui sozinhos jamais. 

 

— Prometo tentar ir, até porque eu prometi que iria ver o Justin! — Comentei, ainda no assunto de ir para Toronto e Aaron deu uma leve risada. 

 

— Ok, as meninas sentem a sua falta, tente mesmo! — Pediu e eu sorri me lembrando de Agnes e Ameraa, eu também estava morrendo de saudades delas, as duas foram muito importante no momento que eu estava prestes a desistir. 

 

     Me virei para ver Astrid entrando na cozinha e revirei os olhos sem que ela visse, sei que vai me ignorar mesmo, como anda fazendo bastante na últimas semanas, ela não fala comigo e eu não faço a mínima questão. 

 

— Te ligo depois, Aaron. — Avisei rapidamente e ele concordou, antes de se despedir e eu desliguei o telefone, o colocando sobre a mesa, apenas esperando que Astrid saísse.

 

— Ele vai aumentar sua mesada? — Astrid falou comigo e eu a olhei só para ter certeza disso. — Pois eu estou gastando muito tendo que alimentar todos vocês, se você se bancar por contra própria ajudaria, ou apenas me desse dinheiro para pagar sua parte das coisas! — Falou como quem não queria nada, mas na verdade ela queria tudo, era a Astrid. 

 

— Você é a minha mãe, tem a minha guarda, acho que é a sua obrigação me bancar! — Detalhei dando ênfase e ela riu alto e debochadamente. — Tá rindo do que? É óbvio, se você não quisesse bastava não pegar a minha guarda! — Tentei não parecer arrogante e raivosa, mas Astrid era impossível de lidar. 

 

— Pode acreditar, Violet, se fosse por mim, você estaria no inferno, não aqui. — Rosnou na minha direção de forma ameaçadora e eu queria mesmo entender o que quis dizer com isso? Ela estava desejando a minha morte? 

 

— Então por que me quis? Por que não me deixou lá em Toronto com o Aaron, você escolheu assim, não eu! — Exclamei seria. — Pode acreditar, que por mim, eu não estaria aqui, nem meus irmãos! — Deixei claro e Astrid assentiu de forma sarcástica. 

 

— Você não ache que esqueci tudo que você me fez! — Apontou em minha direção e eu franzi a testa sem entender a afirmativa. 

 

— O que eu te fiz? Porque eu me lembro bem de você ter me feito para ser um golpe, sempre ter me diferenciado dos meus irmãos, depois quando a verdade foi revelada, você fugiu sem falar com ninguém, fez todos os meus irmãos brigarem comigo e me excluírem, falava só com eles, enquanto sabia que eu sentia a sua falta, afirmou que não iria querer minha guarda! E agora eu fiz algo a você? — Detalhei tudo que ela me fez, o que mexeu com a minha vida e a minha cabeça por muito tempo, até eu aceitar que não precisava ser assim, que nenhuma mãe normal era assim. 

 

    Astrid me olhava com raiva pelas coisas que falei, que não eram nada mais do que fatos, ela causou todo mal, ela não era uma boa mãe, não era a minha culpa ou culpa de outro alguém. 

 

— Você não sabe mesmo com quem está falando? — Me olhou com um olhar ameaçador e eu assenti lentamente, para deixar claro que sei bem a cobra que estava diante de mim. 

 

— Sei, uma mãe abusiva e maluca! — Me levantei enfrentando ela de frente. — E eu vou provar que você é, quando isso acontecer eu tiro meus irmãos daqui e de perto de você! — Falei no mesmo tom de ameaça que ela.  — Você não sabe ser mãe, Astrid! — Joguei antes de me virar e sair, deixando ela para trás antes que me irritasse e acaba-se falando algo demais. 

 

      Essa mulher não vai parar, ela é ruim, e meus irmãos estão correndo perigo aqui, eu tenho que resolver tudo de uma vez e afastar a Astrid da minha família para sempre. 

 

 

 


Notas Finais


Notas finais:



Meu Deus eu voltei! Na segunda feira mas voltei! Gente domingo tem capítulo duplo ta, eu tenho quase certeza que sim, ontem não deu para postar pq nem vi minha prima e ela disse que sempre esquece da hora, aliás eu vi que ela postou mega atrasado no domingo, então eu to tentando fazer isso, mas enfim, espero que antes do fim da fic eu já tenha resolvido tudo na questão do celular, mas por enquanto vai continua sendo assim! Todo domingo( ou segunda) capítulo duplo, quarta fica faltando, ok?



Aliás, obrigada pelo 30k de leitores, vocês são incríveis demais mesmo aaaaaaaaa.



Amo vocêsssssss!



Bjs e até próximo!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...