1. Spirit Fanfics >
  2. THE FAN - camren >
  3. Capítulo 70

História THE FAN - camren - Capítulo 70


Escrita por: RochaFic

Capítulo 70 - Capítulo 70


Fanfic / Fanfiction THE FAN - camren - Capítulo 70

POV Karla Estabrao

Meu despertador havia acabado de me acordar. São cinco horas da manhã, estou morrendo de ansiedade, irei me internar hoje, antes irei fazer companhia a Camila para que ela tire seu sangue.

Estou abraçada a Morgan, deitada sobre seu corpo de bruços, ela alisa meus cabelos carinhosamente. Ora suspira, hora beija minha testa.

- Você quer comer alguma coisa? – Ela perguntou baixinho, agora percorrendo suas mãos por minhas costas.

- Não...  Agora não, só quero ficar abraçada com você. Eu não sei quando vou poder fazer isso de novo... – Suspirei pesadamente e senti meus olhos se encherem de lágrimas.

- Oh, meu amor... – Ela abraçou meu corpo, forte. – Vai dar tudo certo, eu tenho certeza que vai. Eu vou estar aqui quando você voltar, vou cuidar de você, de seus curativos, te dar comida na boca, te dar banho. Eu estarei sempre aqui, e você vai voltar porque sei que não vai me deixar envelhecer sozinha. – Levantei meu olhar para ver seu rosto e vi lágrimas escorrendo ao redor de seus olhos. – Eu não vou, e não quero ficar sem você...

- Amor, me perdoe... – Limpei as lágrimas que escorriam por seu rosto e respirei fundo na tentativa de afastar as minhas. – Eu não vou te deixar, eu prometo, mas caso aconteça, lembra eu quero que você seja feliz. Encontre alguém legal e case, tenha filhos, forme uma bela família. Pois eu tenho certeza que sim, você será uma grande esposa e será uma excelente mãe.

- Eu quero ser, mas com você, outra não! Entendeu? Outra mulher não! – Eu sorri abertamente e voltei a limpar suas lágrimas.

- Eu prometo que vou ser essa mulher. – Beijei-lhe os lábios. – Eu prometo que estarei aqui para você cuidar de mim. – Beijei-a novamente.

- Então por favor, para de insinuar coisas, apenas aproveita comigo mais essas horinhas!

- Me perdoa, meu amor. Eu vou parar e vou aproveitar! – Deitei meu rosto em seu peito e suspirei. – Eu te amo, Morgan.

- Eu também te amo, Karla.

--

Eu estava terminando de colocar algumas coisas na minha mochila, pois eu iria ficar de vez no hospital. Passei toda a manhã com Morgan e minha família, acho que era mais que o necessário. Minha mãe chorou algumas vezes, e eu não quis lhe fazer pressão sobre meu verdadeiro pai. Mas pretendo saber toda a verdade antes de fazer a cirurgia, caso eu não resista, pois a cirurgia é delicada, eu morrerei sabendo a verdade.

- Filha, que horas será mesmo a cirurgia? – Minha mãe perguntou adentrando meu quarto em meu apartamento. – Você tem visitas.

- Às oito horas da manhã, mãe. – Suspirei fechando minha mochila e a deixando sobre a cama. – Quem está aí?

- Anna e Carol, acabaram de chegar do Brasil, vieram direto para cá, até suas malas estão aqui.

Assim que minha mãe terminou de falar, saí de meu quarto o mais rápido possível, corri para sala e as encontrei. Um abraço grupal e caloroso, silencioso também. Apenas um belo e verdadeiro abraço de duas amigas que eu nunca vou esquecer.

- Obrigada por virem. – Sussurrei ainda abraçada a elas.

- Se eu estivesse no inferno, eu viria de qualquer forma, faria um pacto com satã para ele me liberar. – Anna disse se desvencilhando de mim junto com Carol. – Pegamos o voo mais rápido que conseguimos, já estava ficando desesperada em não conseguir vir. O Brasil está uma zona com a briga de políticos, a situação ficou feia para podermos vir. Você nem imagina!

- Eu acredito, eu li noticiários sobre, e agradeço terem vindo, sinceramente, não sei o que vai ser de mim. E eu precisava de um abraço de vocês também, fazem parte da minha vida, e tudo que tem nela é importante! – Abracei as duas novamente e suspirei. – Eu amo vocês.

- Nós também te amamos!

--

POV Camila

- Camila, a Morgan ligou para mim dizendo que vamos encontrar a Karla lá no hospital, eles vão direto para lá. – Lauren disse guardando seu celular em sua bolsa. – Como você está? – Disse se aproximando de mim e eu suspirei.

- Eu não sei...  Estou com medo, medo de não ser o suficiente para ela.

- Oh, Camz! Que isso?! Claro que é! – Ela disse me abraçando. – Você está fazendo isso de bom coração, eu tenho certeza que servirá bem para ela. É uma cirurgia longa e delicada, e eu sei que você tem sangue forte, ajudará bastante!

- E se não der certo?

- Vai dar certo. – Ela se desvencilhou de mim e segurou minhas mãos a levando a seus lábios e as beijando. – Vai dar tudo certo, meu amor. Ela vai sair dessa eu tenho certeza, todos nós estamos torcendo.

- Então vamos logo, eu quero fazer logo. – Falei caminhando até a porta da minha casa.

- Vá para o carro, vou esperar sua mãe e as suas irmãs. – Eu suspirei e voltei até Lauren, a abraçando forte, tentando conter minha vontade de chorar.

- Eu estou com medo, Lern...  Eu não quero que ela morra... – Deixei algumas lágrimas escorrerem e ela apertou deu abraço. – Ela mudou minha vida, é muito especial para mim. Eu a amo muito, e não quero que se vá.

- Ela não vai, amor! Ela não vai...  Fica tranquila, esses dias estaremos ouvindo seus milhões de conselhos sobre fã. Pode confiar em mim, eu não vou falhar em minha promessa. – Ela beijou o topo de minha cabeça e me abraçou mais forte. – Vai dar tudo certo!

- Está tudo certo para irmos? – A voz de minha mãe fez com que eu me desvencilhasse de Lauren. – Você está bem? – Ela perguntou aproximando-se de mim e tocando em meu rosto. – Filha, não tenha medo. Vai dar tudo certo, você está fazendo um bem grandioso a alguém muito especial para você. Não tenha medo, entregue tudo nas mãos de Deus, ele sabe o que faz. – Eu assenti e suspirei. – Seja forte, todos nós estamos torcendo para que tudo saia perfeitamente bem! E na hora da coleta de sangue, evite olhar para maquina, eu sei que a Karla vai te acompanhar, como ela prometeu, então converse, coloquem os papos em dia! Eu tenho certeza que vai ser uma ótima conversa.

--

 

POV Karla Estabrao

Cheguei no hospital acompanhada de meus pais e Morgan, minhas amigas no geral, decidiram me visitar a noite, pois eu estaria já em meu quarto e poderíamos conversar por um tempo.

Camila já havia chegado, estava com o doutor que vai fazer a cirurgia em mim. A podre está muito ansiosa, eu até diria que um pouco pálida. E eu sinceramente me preocupo com essa situação, não quero força-la a nada.

- Você tem certeza que consegue? – Perguntei segurando sua mão que está gelada.

- Tenho, eu só estou um pouco assustada, não sei se será o suficiente

- Não se preocupe, Camila. – Doutor Gustav disse. – Mas faça apenas se você se sentir bem, ok? Ninguém vai lhe obrigar.

- Isso, Mila. Eu não vou te obrigar. – Levantei sua mão a altura de meus lábios e a beijei. – De qualquer forma, eu agradeço muito sua boa vontade.

- Pode mandar colocar a agulha. – Camila disse soltando minha mão e caminhando para cadeira apropriada para tal. – Eu estou 100% segura do que vou fazer. – Ela colocou o braço sobre o lugarzinho apropriado e fechou os olhos. – Pode vir, moça!

Eu não contive o sorriso.

- Pode fazer doutor, eu vou ficar aqui com ela. – Falei para o doutor que sorriu e assentiu.

- Vou colocar uma cadeira ao lado da poltrona aonde ela está, para que você fique confortável. – O doutor Gustav disse caminhando até uma cadeira. Camila estava de olhos fechados e balançando suas pernas, ansiosa. – Aqui está, senhorita Estabrao, sente-se. – Caminhei até a cadeira e me sentei.

- Ei, Camila. – Segurei a mão de Camila a fazendo abrir os olhos. – Fica tranquila, eu estou aqui com você. – Cruzei meus dedos com os dela e ela sorriu abrindo os olhos.

- Com licença... – Uma enfermeira aproximou-se. – Camila Cabello?

- Si-sim.

- Vou colocar essa pequena agu..

- Não mostra! – Camila disse em voz alta fechando seus olhos novamente.

- Não mostre, apenas coloque. – Pedi.

- É sua filha? São tão parecidas e novas, parecem irmãs. – A moça disse preparando o braço de Camila.

- Não, não é minha filha. – A respondi com um sorriso enorme e a vi preparar o cantinho do braço para pôr a agulha. – Camila, relaxe! – Pedi alisando sua mão e então a enfermeira começou a enfiar a agulha. Camila mordeu o lábio inferior e apertou minha mão. – Fique calma... – Sussurrei mais uma vez vendo a mulher colocar uma fita para segurar a agulha. – Já está acabado, depois olha para mim, esqueça seu braço por um tempo. – Ela assentiu.

- Senhorita Camila, eu já coloquei, não se preocupe, não vai doer mais. Serão 30 minutos, depois virá lanchinho para você. Não levante, fique calma. Mova seus dedos sempre que puder, é bom para bobear o sangue. – A enfermeira disse e Camila assentiu ainda de olhos fechados.

- Obrigada. – Agradeci por Camila. – Qual seu nome?

- Meu nome é Mary. Qualquer coisa pode me chamar, estarei por perto. – Eu assenti e a vi sair de perto de nós.

- Ei, Mila... – Alisei a mão de Camila e ela abriu os olhos. – Como se sente?

- Acho que bem... – Ela sorriu para mim e suspirou. – Eu não vou olhar.

- Não olhe, parece que tem uma cobra sugando seu braço. A agulha que ela colocou aí é mais grossa que os dedos da Lauren. – Camila fez careta e que ri. – Não me leve a sério, linda!

- Você é louca! – Ela suspirou e olhou para o braço em seguida fechou os olhos e virou o rosto para mim. – Arg! Isso é muito estranho. – Abriu os olhos.

- Me diz, como foram os shows?!

- Ai, muito bom! Agora o pessoal está pegando leve comigo, e parece que agora eu tenho realmente fãs. – Seus olhos brilharam e um sorriso lindo brotou por seus lábios.

- Isso é maravilhoso, bela evolução, Camila! – Ela assentiu sorrindo.

- Ei, você não está com medo da cirurgia?

- Posso ser sincera? – Ela assentiu. – Estou me borrando toda de medo! Mas eu não quero deixar a Morgan sozinha nesse mundo. Nem minha mãe, e nem minha irmã.

- E seu pai, né? – Eu suspirei.

- A vida é tão engraçada, Mila. Descobri a pouco tempo que ele não é meu pai. – Ela entreabriu a boca. – Eu continuarei o considerando, pois sei que ele nem imagina isso. A culpa é toda da Simone.

- Mas, mas ela disse quem é seu pai?

- Minha mãe é mentirosa, Mila. Ela não quer contar quem é meu pai, inventou várias coisas. Eu só sei que meu pai morreu na mesma noite que o seu. – Ela arregalou os olhos.

- Jura? Como era o nome dele? Ela disse?

- Bom, segundo ela, era Alex. Mas nenhum Alex foi morto naquela noite, nenhum Alex era músico. – Ela franziu o cenho.

- Espera, mas seu pai era músico?

- Segundo ela sim.

- Nossa, Karla! Por que isso lembra meu pai? Será que foi próximo a ele?

- Eu não sei, eu ainda vou descobrir, mas ela disse que havia sido aqui em Miami e no mesmo dia que o seu. Porém os jornais que vi, não se falava em Alex. – Camila suspirou.

- Se sua mãe é mentirosa, o que você acha que ela mentiu?

- O nome do meu pai, evidente. – Ela suspirou e olhou para o chão.

- Você já imagina quem pode ser?

- Não. – Poupei-a de uma surpresa repentina, pois não acho que seja legal dizer que talvez sejamos irmãs agora no meio de uma doação de sangue. – Mas vou descobrir, ela vai me contar a verdade. – Ela continuou fitando o chão por alguns segundos e depois me olhou. – Você está bem?

- Sim, é estou começando a me sentir um pouco fraca, deve ser normal, né? Você já doou antes?

- Já, várias vezes. É normal mesmo! – Fiz carinho em sua mão e ela me olhou.

- Karla, meu pai me contou uma história quando eu era pequena... – Ela parecia estar receosa do que iria contar.

- Conte ela para mim.

- Ele pediu para eu nunca contar a ninguém, principalmente a mamãe. – Eu franzi o cenho. – Guardo comigo até hoje.

- Ok, então não precisa contar.

- Ele disse que antes de casar com minha mãe, morou um tempo aqui em Miami, e conheceu uma mulher, gostou muito dela, mas ela não quis ficar com ele, porque ele era... – Parece que que todos os meus neurônios começaram a trabalhar para que a voz de minha mãe saísse no lugar da de Camila. Balancei a cabeça algumas vezes e respirei fundo antes de olha-la. Ela havia se calado, deve ter notado o meu mal-estar. – Kah? – Ela apertou minha mão e eu a olhei.

- Tudo bem, foi só um mau mal-estar, pode continuar, ok?

- Tem certeza? – Eu assenti. – Ok... Bom, ele disse que tudo isso aconteceu antes de voltar com a mamãe. Pois eles haviam terminado, minha mãe estava chateada e acabou terminando com ele. Mas daí quando ele voltou para o México, um tempo depois, ela engravidou de mim, segundo ele, era um romance apenas de sexo. Daí meu avô os obrigou a casar antes que eu nascesse, daí lá foram eles para Cuba, eu nasci lá, eles casaram lá e enfim. Continuaram juntos até o dia de sua morte, mas ele disse que amou minha mãe, e ela o amou também.

- Que história linda, Mila. Seu pai lhe contou um belo segredo... – Suspirei alisando sua mão e ela sorriu de volta.

- É, e se formos irmãs? Você vai ficar me enrolando, ou falar a verdade? – Eu arregalei os olhos e engoli em seco. – Você sabe que eu entendi tudo, não sabe? Se não fosse ele, você não estaria contando nada disso a mim. Eu tenho 16 anos, mas não sou burra. – Eu sorri e alisei seu rosto.

- Camila, ela contou praticamente a mesma história que você. Eu não posso confirmar algo que ela não quer. Vou te fazer uma promessa.

- Qual?

- Antes de fazer a cirurgia, vou insistir para que ela me conte a verdade. – Ela assentiu. – Se eu sobreviver, eu mesma conto a você, se isso não acontecer, peça a ela que te conte, pois você já sabe das coisas.

- Faz todo sentido a Amanda ver minhas manias em você, o que também era as manias de meu pai. Que dizer, nosso pai. – Eu sorri abertamente e segurei sua mão para lhe beijar. – E você não vai morrer, eu estou aqui justamente para te salvar.

- Eu vou tentar, meu amor. Você sabe que não é apenas seu sangue que vai me salvar, não é? – Ela assentiu com os olhos cheios de lágrimas. – Mas eu prometo que vou tentar. – Beijei seu rosto e a abracei de lado, com cuidado. – Eu prometo que vou tentar...

--

Camila saiu pálida da sala, eu até tentei lhe ajudar a ir se alimentar, mas eu não estava me sentindo bem e o doutor acabou me levando para o quarto aonde eu iria ficar internada até o momento que fosse fazer a cirurgia.

- Daí quando saí do hotel, uma fã pediu para eu dar um autografo acima do seio dela, porque ela iria tatuar. – Ally estava me visitando e contando algumas coisas sobre seu dia, me entretendo, como sempre. – Eu fiquei tentada, eu juro. Preciso urgente a igreja, isso não pode ser normal.

- Olha, normal pode ser, acho que ninguém é cego ao ponto de não notar duas belas tetas!

- Karla! Eu não gosto de teta! Só as da Mani e Dinah, mas elas são minhas amigas e eu jamais colocaria minha boca. Eles servem como ótimos travesseiros. – Tentei segurar o riso, mas para provoca-la. A baixinha revirou os olhos e bateu no canto da cama. – Se você não estivesse em um hospital, pode ter certeza que eu iria te fazer vir parar aqui!

- Que grossa, quem vê você nas entrevistas até pensa que não é o capetinha em pessoa.

- Para quem estava passando mal horas atrás, você parece bem saudável, sua vagabunda!

- Olha como fala comigo, anã de jardim.

Passei uma boa parte da noite recebendo minhas ultimas vizinhas, Morgan disse que iria dormir comigo, e que não iria sair do hospital até que eu saísse também. Isso foi fofo, e ao mesmo tempo preocupante, pois há chances sim de que eu saia daqui sem vida.

Enquanto Morgan havia saído para jantar, minha mãe resolveu me fazer a última visita, pois agora só me veria após a cirurgia. Ela havia chorado, contando coisas sobre quando eu era pequena, o que me fez sorrir, eram várias lembranças incríveis, os trabalhos que lhe dei durante a adolescência e afins.

- Mãe, agora que o assunto acabou...  Me diz uma coisa... – Minha mãe me encarou atenta e assentiu. – Você sabe que há mil possibilidades de eu não retornar mais após a cirurgia, não sabe? – Ela assentiu. – Então me diz a verdade, quem é meu verdadeiro pai? Eu mereço saber a verdade, Simone. Me deixa morrer sabendo quem é, ou me deixa voltar para ter certeza que sou irmã delas. – Ela engoliu em seco e suspirou.

- Me desculpe por ter mentido, ainda continuo sendo uma desalmada...

- Não precisa pedir desculpa, só me diz a verdade.

- Você é filha do Alejandro Cabello. – Ela disse, com os olhos cheios de lágrimas. – Irmã da Camila, e da Sofia. – Eu sorri abertamente e puxei-a para um abraço.

- Muito obrigada, mãe. – Fechei meus olhos e a apertei a mim. – Com certeza ficarei com a consciência limpa durante a cirurgia. E se Deus quiser, eu vou voltar...

Eu vou voltar...

 


Notas Finais


O ultimo capítulo está chegando... Fui


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...