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História The fate of magic - Traidora


Escrita por: SugarMissy

Notas do Autor


Oláaaaa
Volti

Capítulo 12 - Traidora



Traidora

 

 

A mulher entrou na sala de seu rei em um rompante, os cabelos vermelhos presos numa enorme trança, enquanto a armadura tilintava os sons metálicos revelando sua ansiedade com a velocidade que andava até ele.

_ Levy está no castelo de Ivan! _ a voz soou irritada.

_ E Natsu?

_ Não sabemos, estou tentando localizá-los, ao que parece Lissana está desaparecida.

O velho suspirou cansado.

_ Eles vão conseguir, Erza.

O barulho estrondoso da mão de Erza partindo a mesa à sua frente em dois ecoou pelos corredores de pedra.

_ Não vão! Está dizendo essa merda à dias! Eu vou atrás deles.

A raiva e o medo já ultrapassaram os limites dentro de si, Erza estava furiosa. Estava saindo da sala quando o outro a interrompeu.

_ Gajeel sabia a localização deles…Como?

_ Eu não sei.

_ Termine a sua missão, temos um traidor entre nós, ache-o.

 

~°~

 

Natsu estava a olhando fixamente á horas, desde que Gray havia saído em direção á cidade mais próxima atrás de suprimentos e roupas.

Tudo o que eles tinham havia ficado nos destroços da casinha do mais novo membro da equipe, equipe esta que cada vez ficava menor.

Natsu suspirou ao colocar a testa sobre a de Lucy.

_ Por favor acorde… _ falou baixo sentindo o peito apertado. Fazia mais de um dia que Cana e ela estavam dormindo.

Gray e Natsu caminharam carregando ambas o máximo que puderam, mas também estava cansados, muita coisa aconteceu em muito pouco tempo. Pararam para descansar algumas horas e depois Gray foi explorar para saber onde estavam.

Descobriu que estavam perto de uma cidade mista a sexta cidade, estavam há apenas alguns dias da fairy tail caminhando. Mas não podiam continuar sem nenhum suprimento e com as duas inconscientes.

Gray foi se aventurar na cidade para conseguir roupas para eles, em especial para Lucy cujas roupas estavam rasgadas e tudo o que a protegia do frio era a capa de Natsu que estava parcialmente inteira. E a fogueira que o mesmo fez era o que mantinha as duas aquecidas durante a noite.

Natsu observou o sol começar a se pôr, informando que já fazia mais de 4 horas que Gray havia saído.

 

~°~

 

_ Quero quatro dessas _ o moreno apontou para as grossas capas de veludo que deviam pode mantê-lo aquecido e escondido.

_ Tudo bem… _ A jovem vendedora o estudava atenciosamente. _ O que o príncipe procurado faz aqui nessa cidade?

Ela decidiu questionar por fim. Na mesma hora sentiu o ambiente esfriar e arregalou os olhos ao sentir algo frio e pontudo em seu pescoço.

_ Não irá dizer a ninguém sobre mim. Entendeu? _ a voz ameaçadora e a expressão totalmente feroz a fez balançar a cabeça freneticamente.

E com o coração aos pulos puxou devagar a manga de sua blusa, mostrando uma marca que tinha no antebraço.

_ Eu nunca trairia meu povo _ o sussurro baixo e a marca da fairy tail o fizeram soltá-la devagar e sair da defensiva.

_ Me desculpe, estou sendo caçado.

_ Não pode confiar em ninguém alteza, mas é facilmente reconhecido aqui, os guardas de Ivan estão por toda parte.

_ Por isso preciso das capas.

_ Posso conseguir o que mais precisar, assim não terá risco de lhe reconhecerem. _ Os enormes olhos azuis eram muito parecidos com os de Lissana, assim como os cabelos brancos.

_ Como é seu nome?

_ Me chame de Yuki alteza.

_ Se ousar me trair, vou te caçar até os confins do mundo e te fazer sofrer de uma forma que irá desejar estar morta.

A ameaça a fez abrir um sorriso doce.

_ Apenas me diga o que precisa meu príncipe, farei tudo o que puder.

 

~°~

 

A observando de longe, escondido entre os telhados das casas, Gray sorria ao vê-la entrando em tavernas e casas de conhecidos. Saindo com uma mochila na qual colocava as coisas que ele pediu.

Não demorou nem duas horas para estar de volta em sua casa, onde na parte de baixo, ela tinha uma venda de tecidos e jóias que ele conhecia bem como sendo feitas por uma ninfa. Aquela em específico, ele reconheceu após uma rápida pesquisa, ela estava diferente sem as jóias e vestidos volumosos e cabelos longos. Mas Gray sabia diferenciar uma ninfa comum, de uma fada, o poder mágico era diferente, ela é bem mais poderosa do que uma ninfa.

Mas o rosto era o mesmo.

_ Gray? _ perguntou ao subir para o andar superior da casa onde morava.

_ Aqui _ apareceu na escuridão com os mesmos olhos frios que pareciam nunca deixar de ser inexpressivos.

_ Consegui! _ A albina deu um sorrisinho animada. _ Aqui tem comida, algumas ervas medicinais, garrafas de água e eu posso te dar umas mudas de roupa. Só não encontrei nenhuma bolsa como você descreveu, acho que pra conseguir outra bolsa encantada vai ter que pagar para alguma bruxa.

_ Assim está ótimo. Ajudou muito.

_ Fico feliz em te ajudar _ A garota chegou mais perto dele devagar. _ Na verdade, eu acho que mereço uma compensação

A voz sussurrou tão suavemente contra o rosto dele que o moreno suspirou. Yuki era realmente linda, os olhos hipnotizantes pareciam tomar conta dele. E ela sorriu ao notar isso.

Gray sorriu ao notar como ela estava crente de que seria beijada.

_ Ninfas são realmente quase irresistíveis _ Ele falou baixo lhe dando um beijo no rosto. _ Mas… eu tenho alguém.

A garota levantou as sobrancelhas surpresa.

_ Como…?

_ Eu sempre estou atento Yukino Aguria _ Ela deu mais passos para trás. _ Devia ter imaginado que eu ia investigar por aqui enquanto você estava fora. Eu só estou curioso, como pode estar viva?

Ela respirou fundo e desviou o olhar.

_ Não sei do que está falando.

_ Sua irmã sabe sobre você? Se estiver trabalhando pra ela, vai se arrepender de ter cruzado meu caminho.

Gray a encarava sem expressão alguma no rosto, sabia que ela não podia lutar contra ele. Apesar de ser quem é.

_ Minha irmã está morta para mim e até mesmo para si mesma, Sorano não existe mais. Ela prefere ser chamada de Angel agora.

_ Espero não me arrepender de confiar em você.

_ Não vai. Estou sozinha aqui para viver minha vida em paz! Ivan tirou meus pais de mim e Zeref tirou minha irmã, não quero ter mais ninguém na minha vida.

Gray assentiu pesaroso. Yukino já havia sido filha de um lorde do Bosque das flores, a leste do castelo do rei das fadas. Mas o castelo de seu pai foi tomado por Ivan e Sorano ao se revoltar virou uma das seguidoras de Zeref.

_ Quer vir comigo?

Ela voltou a se aproximar e deu um beijo no canto dos lábios gelados.

_ Não… quero apenas paz.

 

~°~

 

Ele ouviu de longe os passos vindo até eles e reconheceu com alívio o cheiro de Gray, que não demorou para chegar até ele. Onde as garotas ainda estavam dormindo e seus ferimentos já não tinham sangue.

_ Consegui…

_ Que bom que voltou _ Natsu resmungou se jogando ao lado de Lucy e a puxando para perto, a capa jogada no chão impedia que a terra tocasse sua pele e o frio não o incomodava mais. Não sabia explicar, mas não sentia frio, pelo menos não com esse clima da floresta. _ Estou morto, preciso dormir.

Gray riu e ignorou que Natsu estava grudado em Lucy, teria que conversar com ela quando acordasse.

_ Pode dormir, eu fico de guarda.

E foi o que o rosado fez.

Ela acordou sentindo uma respiração suave embaixo de si e sorriu ao sentir o cheiro dele, se aconchegou mais ao corpo forte e sentiu os braços lhe abraçarem.

Se sentiu perfeitamente em casa antes de ouvir uma tosse forçada e abrir um olho devagar.

Viu apenas a floresta e o peito forte de Natsu em quem estava apoiada. Suspirou e aos poucos se levantou se acordar o mesmo, olhou em volta e viu Gray a encarando fixamente.

_ Quanto tempo eu…?

_ Quase dois dias. Consegui suprimentos na sexta cidade e Natsu dormir só faz umas duas horas.

_ Entendi.

_ Onde estão os outros?

_ Levy ficou para trás.

Lucy suspirou nervosa.

_ Essa missão está cada vez pior.

A loira sentou ao lado de Gray e logo o viu suspirar.

_ Estamos sem a Lis, sem a Levy e Cana está desacordada por ter usado quase toda sua magia. Mas sabe qual é a pior parte disso?

Ela o encarou séria.

_ O que?

_ Você fez a idiotice de se apaixonar por ele.

A loira arregalou os olhos e o empurrou.

_ Nunca diga algo assim novamente. Estou cumprindo minha missão.

_ E está noiva! Esse casamento é ridículo e eu odeio isso tanto quanto você! Mas está noiva e até que pense em como vamos sair dessa, você tem que ficar longe dele! Essa merda só vai nos trazer problemas!

Ele falou alterado. Estava completamente irritado pela forma como ela estava colocando tudo a perder.

_ Você está noiva? _ outra voz fez Lucy gelar e ao encontrar os olhos frios de Natsu, quase chorou. _ E quando pretendia me contar isso?

Ele estava magoado, era possível ver em seus olhos o quanto aquilo o machucou.

_ Eu…

_ Eu realmente sou só a merda de uma missão pra você, não sou?!

_ Natsu, eu..._ Natsu desapareceu pela floresta tão rápido que ela não conseguiu processar o que havia acontecido, sentiu as lágrimas transbordarem de seus olhos.

_ Mas que merda! _ Gray exclamou entrando na mata para procurar o outro.

_ Deixe-o _ Lucy falou segurando o braço do moreno.

_ É melhor que ele pense assim. Não posso me envolver mais com Natsu, eu sou o que vai destruir a vida dele se isso continuar…

Eles se encaram por alguns segundos antes da loira ser abraçada e começar a chorar de verdade.

 

~°~


 

Ela já estava com os olhos tão inchados que sequer podia os abrir completamente. Jiemma quer a todo custo saber sobre Natsu e sobre a localização do refúgio. Mas sempre que ele lhe acertava ela lhe dava um sorriso irônico, ela podia aguentar.

_ Faça o seu pior..._ o desafiou calmamente enquanto lambia o sangue do canto dos lábios pálidos.

Já havia perdido tanto sangue que não entendia como ainda estava acordada. Os pulsos pendurados pela corrente mágica estavam cheios de seu sangue que escorriam pelos braços e molhavam seus cabelos formando uma pasta grudenta na nuca. Já não sentia mais os braços á algumas horas.

Não sabia a quanto tempo estava ali pendurada com os braços esticados acima da cabeça, o corpo estava coberto de hematomas e cortes com sangue seco. Não se alimentava à muito tempo. Por vezes perdia a consciência enquanto era questionada aos gritos e apanhava.

O sol estava se pondo pela segunda vez desde que Jiemma a arrastou pelo portal até a capital. Seu estômago se revirava e ela já não se lembrava de como era não sentir dor.

Ao menos, pensou com pesar, conseguiu evitar que os outros morressem. Não derramou sequer uma lágrima e não tinha gritado, não soltou som algum que não fosse debochado. Porém, sabia que só estava viva porque Natsu não fora pego.

Divagou olhando para o chão de pedra de sua cela. Era pequena, com as grades um pouco mais a frente de onde estava e quando se forçava a olhar para cima via que havia barras no teto também se chover ela certamente irá se molhar, e o cheiro, Levy sequer podia lembrar de um cheiro tão asqueroso, sangue apodrecido, carne podre, e dejetos, tudo isso misturado.

Ela podia ver ratos transitando pelo chão úmido, mas sabia que eles não iriam mordê-la.

Ouviu o barulho do portão e voltou sua atenção para a pessoa abrindo sua cela.

_ Veio para a minha surra das seis da tarde? _ perguntou com ironia.

_ Vim te alimentar. _ o Homem de longos cabelos negros, e com escamas de metal aparentes em várias partes do corpo chegou perto dela e colocou uma colher com algum líquido ralo próximo a sua boca.

_ Não quero nada que venha de você, lixo! _ disse teimosamente e cuspiu sangue próximo aos pés do dragão. O moreno demonstrou sua irritação com a garota e segurou o pequeno rosto dela com as mãos e a fez olhar para ele.

_ Sabe que não vou deixar que morra.

_ Você não passa de um brwnt* traidor! _ Levy riu-se por dentro ao vê-lo jogar sua ridícula sopa no chão estraçalhando o recipiente que a continha.

_ Faça como quiser, mas vai tomar a água nem que eu tenha que afoga-la pra isso. _ disse segurando o rosto dela e a forçando a engolir toda a água do copo antes que a mesma pudesse recusar. A garota engasgou um pouco e tossiu um pouco de sangue e água quando ele terminou. _ você está péssima Levy.

_ E só pode culpar a si mesmo.

Abruptamente ele se virou e se aproximou olhou para ela por inteiro, Levy podia ver os olhos vermelhos queimando de raiva enquanto observava os machucados e todo o sangue pelo corpo dela.

_ Olha a merda que fizeram com você…

_ Você deixou! _ A voz carregada de mágoa o fez apertar os punhos.

_ Eu não..._ A voz grossa morreu aos poucos, ele respirou fundo ao tocá-la, acariciou o rosto suavemente, ela sentiu a pele se arrepiar, apesar das escolhas nenhum deles podia negar a ligação que tinham, depois se virou e saiu da cela deixando a garota sozinha novamente.

Ela procurou não pensar em Gajeel, mas ele era o único rosto ali que poderia desestabilizá-la. E o fato de ele deixar que ela estivesse sofrendo calado, como se ela não fosse dele a deixava com nojo, para Levy dragões são os seres mais hipócritas do mundo, criando uma guerra que a própria espécie não poderia manter, afinal como eles podem odiar mestiços se muitos dragões tem uma escolhida ou escolhido e muitas vezes essa pessoa não é draconiana? Ela nunca o perdoaria por isso.

Nunca poderia perdoar ninguém que tivesse feito parte daquilo.

 

~°~

 

_ Solte-a! _ rugiu para Jiemma que o olhava com um sorriso frio nos lábios.

_ Você não me dá ordens, ela é uma rebelde, amante de mestiços imundos.

_ Vai matá-la se continuar com essa merda! _ A raiva dele subia a níveis que nunca imaginou, o coração estava em pedaços ao vê-la daquele jeito, como se fosse lixo.

Jiemma sorriu zombeteiro e Gajeel fechou os punhos tentando não fazer nenhuma loucura que pudesse matar a Levy e a si mesmo, se retirou da sala do mestre seguindo até seu próprio quarto.

Não podia mais continuar com isso, não sabia mais como lidar com isso.

Pegou a lácrima que o conectava a Juvia e esperou que ela aparecesse. Ela não apareceu.

Se Juvia havia sido pega ele precisava salvá-la, assim como precisava tirar Levy dali.

 

~°~

 

_ Encontrei _ Erza jogou a garota de cabelos azulados no chão em frente ao rei. _ Essa é Juvia Lockser, uma náiade que não pertence a nenhuma casa.

_ Nenhuma casa? _ Perguntou o rei curioso observando a jovem que o encarava com uma expressão feroz.

_ Conte a ele o que me contou! _ Erza ordenou a garota que se encolheu de medo.

_ Sou irmã de Gajeel Redfox. _ Falou baixo.

_ Irmã? Redfox nunca teve uma filha, você não parece uma mestiça.

_ Minha mãe era uma náiade e meu pai era humano, eu fiquei orfã muito nova, até ser encontrada pelos Redfox.

_ Deuses, essa história é…

_ Absurda? _ Erza interrompeu. _ E fica pior, essa traidorazinha nojenta aqui, é amante do seu príncipe. Esteve enganando ele todo esse tempo! Por isso tinha informações tão… exclusivas.

Makarov ergueu uma sobrancelha, sabia que Gray estava saindo com alguém que não podia, antes da missão, mas não imaginou que ele estivesse mantendo contato por tanto tempo.

_ Tem algo a dizer em sua defesa?

_ Não. Meu irmão é a única família que tenho, não podia decepcioná-lo, ele queria a bruxa de qualquer forma.

_ Torça para que Levy e os outros estejam vivos. Eu mesma vou te matar se algo der mais errado.

 

 

Sussurre para o meu coração,

Quando a esperança estiver acabada,

E ninguém puder te salvar - Tarja Turunen, I walk alone.

 


Notas Finais


E ai? O que estão achando?


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