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História The Fight - Consciente.


Escrita por: blah_r

Notas do Autor


achei meio ruim, mas já que vocês querem logo atualização... depois, não reclamem.


qualquer erros vocês relevam (estou totalmente sem tempo para revisar duas vezes, levando em conta o monte de provas que estou sendo obrigada a fazer.)

eh isso.

Capítulo 25 - Consciente.


Após se despedir de todos os moradores daquela casa, Lauren tratou de sair o mais rápido que conseguia de lá, pensando no que diabos faria a partir de agora - já que nem mesmo Camila havia tentando entendê-la e ficado ao seu lado. Ela estava fodidamente ferrada e sabia disso. Travando o maxilar, ela pensou e concluiu que só podia culpar a si mesma por estar naquela situação de merda. Finalmente, ela estava pagando o preço de suas ações impensadas e nefastas.

Suspirando pesado, ela passou a mão pelo cabelo escuro e molhado e levantou os olhos, não conseguindo não revirar os olhos ao encontrar alguns paparazzis tentando - inutilmente - se esconderem atrás de alguns carros que estavam por ali. Eles estavam esperando outro vacilo dela. Lauren levantou a mão para os mostrar seu dedo do meio, mas bufou derrotada e fechou os olhos: aquilo não iria ajudá-la de forma alguma. Então, ela acenou para eles. 

Com as mãos nos bolsos da calça apertada de Harry, ela continuou seu percurso sem rumo, sem saber ao certo para onde iria depois dali. Lauren ouvia alguém gritando por ela, mas deduzindo quem era, apenas ignorou o chamado e continuou a caminhar para longe.

- Lauren, espera. - Shawn pediu, correndo para alcançar a lutadora que caminhava irritada pela rua.

Lauren respirou fundo e desacelerou seus passos, esperando para ouvir o que quer que Shawn tivesse para lhe falar - apesar de não estar nem um pouco a fim de conversar com ninguém naquele momento, menos ainda com ele, que estava na casa da sua ex-namorada descamisado e todo familiarizado. O rapaz parou ao seu lado, meio ofegante, e sorriu daquele jeito idiota.

- O que você quer, Mendes? - ela perguntou cansada, cruzando os braços.

- Aqui. - o moreno tirou algo do bolso esquerdo da calça e estendeu para Lauren, que levantou uma sobrancelha curiosa e indagadora. - As chaves do meu apartamento.

Ele disse como se não fosse nada de mais e Lauren tensionou o corpo. Ela não esperava por aquilo. Ainda mais curiosa e intrigada, ela semicerrou os olhos e o encarou, jogando um pouco a cabeça para trás. 

- Por que diabos eu quero isso?

- Porque você precisa de um lugar para ficar e, bem, eu achei que pudesse ficar lá. - Mendes deu de ombros despreocupado. - Se você quiser, é claro. - ele sorriu, amigo.

- E por que eu aceitaria dormir na casa de um traidor? - ela travou o maxilar, olhando-o de cima abaixo.

- Você está brincando, certo? - Shawn perguntou brincalhão, antes de perceber que Lauren falava sério. Com um revirar de olhos e um bufo cansado, ele continuou: - Tudo bem. Olha, pega as chaves e me espera aqui. Conversaremos depois.  - ele voltou a estender a chave para ela, que, desta vez, as pegou. - Agora, eu irei voltar para a latina e o inglês e buscar minha camisa. - ele brincou e apontou para trás.

Antes que Lauren pudesse falar alguma coisa, Shawn correu de volta para a casa de Camila, deixando-a com uma vontade enorme de segurar o pescoço do moreno, abrir a boca dele o máximo que podia e lhe enfiar as chaves goela abaixo. Ele estava mesmo pegando a Cabello. Bendito traidor. Ela revirou os olhos e bufou, guardando as chaves de Mendes em seu bolso traseiro - e lembrou-se do que havia feito com seu celular.

Ela continuou onde estava, tentando pensar no que faria dali em diante. Mas para pensar ela precisaria de um lugar calmo. E, com certeza, ficar ali parada não a deixaria calma, já que alguns paparazzos se aproximavam descaradamente e apontavam os flashes para os seus olhos machucados. Acenando para eles, ela tentou se esquivar deles enquanto tinha paciência.

- Ouch! - um paparazzo comentou, ao se meter em sua frente. - Dinah tem mesmo mãos fortes.

Lauren travou o maxilar e mordeu a língua para não xingar a mãe do cara. Outros se aproximaram e começaram a fazer perguntas idiotas. De repente, ela viu naquilo uma boa oportunidade de provar para todos e para si mesma que estava tentando mudar. Segurando a vontade de revirar os olhos, ela sorriu educadamente para eles - que, certamente, estranharam.

- Sim, ela tem. - Lauren comentou, ainda sorrindo. - Ela, com certeza, me derrubaria em pouco tempo no ringue.

- Para onde você está indo agora? Vai atrás da Dinah e devolver as pancadas? - outro fotografo perguntou, apontando a câmera para o rosto de Lauren, que respirou fundo para não quebrá-la.

- E correr o risco de apanhar de novo? - ela brincou, relaxando e tentando não bater neles. - Estou indo consertar essa merda de nariz. Tenham um bom dia.

- Está indo com o Mendes? Achei que vocês se odiassem, porque ele está pegando sua garota. - um rapaz debochou, fazendo os outros rirem.

Lauren parou seus passos e endireitou sua postura, virando-se minimamente para olhá-lo. Pedindo calma aos céus e aos infernos, ela respirou fundo e tentou sorrir confiante.

- Camila não é minha garota. Ela é livre para namorar com quem ela quiser e eu a apoiarei em tudo, contanto que ela esteja feliz. Novamente, tenham um bom dia.

Com um balançar de cabeça, Lauren se afastou deles, que, pela primeira vez, não a seguiram. Eles estavam ocupados demais perdidos no que havia acabado de acontecer. Lauren caminhou de volta para a porta da casa de Camila e Harry e encontrou a pick-up azul de Shawn que estava por ali.

- Como diabos eu não vi isso? - ela se perguntou, encarando o carro. 

O automóvel era, sem dúvidas, grande demais para que ela não tivesse o percebido. Mas ela não o viu e ela sabia o porquê. Tudo o que sua mente buscava e precisa era olhar aqueles enormes olhos castanhos. Droga!, ela sentia falta daqueles olhos, daquele olhar carinhoso e amável. Ela sentia falta daqueles lábios, daquela risada. Ela sentia falta de Camila. E como sentia.

Lauren encostou as costas na lataria da pick-up e deixou os ombros caírem, derrotada. Era difícil pensar em Camila sem se arrepender de tudo. Ela se arrependia de tudo. Desde o começo de seu relacionamento - que ela fora o mais babaca que conseguiu - até o dia em que ligou bêbada para a latina terminando tudo.

- Aloha? - alguém a acordou, estalando os dedos em frente ao seu rosto. - Vamos.

Shawn sorriu daquele jeito idiota e Lauren revirou os olhos, perguntando a si mesma se aquela era sua única e última opção. A resposta veio rápido e clara: sim. A não ser que ela estivesse disposta a voltar para casa - nem que fosse somente para pegar sua carteira - e encarar toda a sua família e aqueles olhares acusadores, repreensivos e doídos. E não, ela não estava disposta. Bufando derrotada, ela baixou a cabeça e entrou na pick-up. Mendes piscou o olho direito para a lutadora e deu partida na ignição.

[...]

O apartamento de Shawn era grande e organizado. A grande sala de estar com paredes coloridas e poucos móveis bem dispostos pelo cômodo era convidativa e Lauren pensou que, talvez, aquela estádia não fosse tão ruim assim. O rapaz cruzou os braços e sorriu satisfeito, apontando para o sofá.

- Fique à vontade. Você está em casa. - Shawn informou, amigável e educado. 

Lauren assentiu, ainda confusa sobre aquele convite, e caminhou até o sofá, jogando-se lá. 

- Estou confusa sobre uma coisa. - a lutadora começou, arrumando sua postura. - Por que diabos você me chamou para cá?

- Porque você não tem outro lugar para ficar? - ele perguntou meio respondendo, com uma careta óbvia no rosto.

- Então, você me chamou por pena? - ela indagou de novo, com sua confusão se tornando raiva.

- Não. - Mendes respondeu, sentando-se ao lado dela no sofá. - Eu chamei porque você precisa de um amigo. E eu vou ser esse amigo. - ele informou animado.

Lauren o olhou como se ele fosse algum louco que acabou de falar a maior besteira do Universo, e gargalhou alto. Shawn fechou o sorriso e esperou pacientemente que a crise de risos da mulher ao seu lado cessasse. Depois de alguns segundos e de lágrimas rolando por seu rosto, Lauren se recuperou e respirou fundo.

- E como você pretende fazer isso, Mendes? - a morena perguntou ainda debochada, negando com a cabeça.

- Espere aqui. - ele pediu, levantando-se.

- Não é como se eu tivesse outra opção. - ela debochou de novo, fazendo-o lhe mostrar o dedo do meio.

Lauren o assistiu caminhar por um corredor - que ela supôs que levaria para a cozinha. E Shawn não demorou muito a voltar para a sala com dois copos com gelo e uma garrafa de uísque. Pondo a bebida e os copos sobre a mesinha central da sala, ele voltou a sentar ao lado da mulher - que riu debochadamente mais uma vez.

- Seu plano para me ajudar começa com bebida alcoólica? - ela alfinetou, apontando para o uísque.

- Eu não lhe ofereci. - ele devolveu, servindo um só copo com a bebida. - Você só ganha o gelo para por nesse nariz horrendo.

- Obrigada. - com uma careta, ela pegou uma pedrinha de gelo e pôs sobre o nariz machucado. 

Enquanto Shawn bebericava sua bebida, Lauren esfregava o gelo na pele arroxeada de seu nariz, sentindo-o doer e arder sob a frieza da água. A lutadora reclamava e choramingava cada vez que tocava o nariz quebrado e o companheiro de profissão tentava reprimir o risinho satisfeito - ele não podia negar seu contentamento ao ver a grande Lauren sofrendo por ter levado uma surra daquela.

- Dinah merece um prêmio por isso. - o rapaz murmurou, dando mais um gole de sua bebida.

Lauren parou de esfregar o machucado por alguns segundos e o encarou boquiaberta. Shawn deu de ombros e sorriu, repetindo em alto e bom tom o que havia dito anteriormente. Ela pensou em responder seu comentário ou socar sua cara, mas estava cansada demais para isso. Então, deu de ombros.

- Com certeza, sim.

- Por que você fez isso, afinal? - endireitando os ombros, Shawn virou-se para encará-la.

- Ela falou algo que não devia. - ela deu de ombros mais uma vez, lembrando-se da merda que havia feito.

- Referente à Cabello, eu suponho. - ele voltou a sua posição inicial, enchendo seu copo uma segunda vez.

- Como você... - engasgando um pouco surpresa, ela se recompôs antes de perguntar novamente. - Como você sabe?

- Eu só vi você perder o controle assim duas vezes: na coletiva de imprensa de sua segunda luta com Mahone e aquele dia no restaurante.

Lauren assentiu, lembrando-se dos dias em questão. Ela tinha aguentado tudo o que Austin estava tagarelando sobre ela, mas quando o nome de Camila saiu de sua boca suja, ela o quis fazer engolir todos os dentes.E ela também tinha perdido todo seu autocontrole ao encontrar com Johnny, ex-namorado de Camila. E Shawn havia a ajudado, como fizera agora. 

- E você só perde o controle quando o assunto é ela, porque você a ama. - Shawn respondeu óbvio, olhando-a seriamente.

E, assim como antes, Lauren gargalhou alto. Desta vez, de nervosismo. Ninguém, nunca, havia sido tão explícito e certo quanto Shawn foi em relação aos seus sentimentos por Camila - nem mesmo ela havia sido. Mas ela não sabia o que era amor, nem se algum dia seria capaz de amar alguém. Balançando a cabeça, ela sorriu triste:

- Eu não sei se sou capaz de amar, Mendes. - sua resposta foi amarga.

- Não seja idiota. - ele retrucou. - Você ama a Camila.

- Não acho que eu ame. - ela foi direta. - Não acho que eu ame ninguém.

- Por quê? - assistindo Lauren se servir de uma dose generosa de uísque, ele indagou curioso e triste.

- Eu não sei muito sobre o amor, entende? Mas o que eu sei é que ele não deve machucar.

Shawn não sabia o que dizer. A tristeza e o arrependimento era palpáveis no tom de voz que Lauren usou. Ela sorriu tristonha e bebeu duma vez todo o conteúdo que havia no seu copo. O rapaz esticou o braço e apertou o ombro da colega, que resmungou algo inaudível como forma de agradecimento.

O silêncio entre os dois estava quase desconfortável. Lauren rodava os cubos de gelo em seu copo despreocupadamente, sentindo seus olhos marejados, enquanto Shawn entortava os lábios, pensando nas palavras de Lauren. 

A morena pensava em seus dias com Camila e com Ethan e de como ela os queria de volta. Mas aquilo não parecia justo com eles. Eles eram sua família, as pessoas mais importante na sua vida e, com toda certeza, não mereciam estarem presos a alguém como ela, presos à todas aquelas merdas. Ela pensava em Dinah e em como sua irmã deveria estar se sentindo depois de levar uma surra e ser obrigada a revidar. Aquilo deveria ter quebrado Dinah por dentro, assim como fizera com ela. 

- Mais uma dose? - Shawn interrompeu seus pensamentos, apontando para a bebida.

- Você não deveria me ajudar a mudar? - ela brincou, empurrando o próprio copo para que ele a servisse.

- E eu estou ajudando. - o moreno sorriu, entregando-a o copo. - Sinto que se eu não lhe der essa dose, você vai chorar a qualquer momento. - ele olhou por cima do ombro enquanto se servia, recebendo um sorriso como resposta.

- E, mais uma vez, você tem razão. - ela assumiu, bebendo. - Nunca me arrependi tanto em toda a minha vida.

- Por ter machucado a Camila ou a Dinah?

- As duas. - dando de ombros, ela suspirou pesado. - Minha vida é uma piada.

- Você quer falar sobre isso? - ele perguntou, já sabendo que a resposta seria "não".

- Na verdade, sim. - Lauren arrumou sua postura e pôs o copo na mesinha e Shawn sentiu que aquilo havia ficado sério. - Você já sentiu que sua vida é uma grande confusão, uma piada, um erro sem tamanho? Quer dizer: já sentiu como se você fosse a grande confusão, como se você fosse o erro? Uma piada errada que ninguém quer por perto. - o moreno assentiu, sem saber muito o que falar. - Eu me sinto assim o tempo todo, desde minha infância. E todos sempre fizeram questão de deixar claro a grande merda que sou. "Você é um erro", uma dizia. Outra disse: "você é uma piada ambulante". E, apesar de alguns não falarem, eu sinto, eu vejo. Todos os olhares, aonde quer que eu vá, desde os tempos do ensino médio, me seguem esperando que eu cometa algum erro. E eu acho que, de alguma forma, levei isso a sério. Pensei: "bem, se acham que sou assim, eu serei". E me tornei o que sou.

- Oh. - foi tudo o que Shawn conseguiu dizer quando Lauren deu uma pausa para pegar seu copo de volta. - Você sabe que não é assim, certo?

- Não. Eu não sei. E, para ser sincera, acho que sou. Eu machuco todos ao meu redor, mesmo aqueles que eu não deveria. Dinah, Camila, Alex... Machuquei a todos de formas diferentes e, mesmo assim, de formas iguais. Elas nunca fizeram nada além de me apoiar e tudo o que fiz foi chutar suas bundas para longe de mim. O que, de certa forma, foi ótimo. Afinal, eu acabaria as machucando novamente. - ela suspirou antes de esboçar um sorriso triste. - E, honestamente, não acho que eu consiga mais carregar o peso de destruir alguém. Mesmo que esse alguém seja eu mesma. 

- Você ainda pode mudar isso, Lauren. - Shawn segurou o ombro dela e o apertou. - Você só precisa querer.

- Eu quero! - Lauren quase gritou desesperada. - Juro que quero. Eu tentei. Eu tento todo dia, mas algo sempre me derruba. Desde que conheci quem era a verdadeira Camila Cabello, eu venho tentando mudar. Tento não ser um erro, tento mostrar que sou merecedora daquela menina maravilhosa e amável. Mas eu não consigo. Estou sempre fazendo uma lambança diferente.

- Você luta contra os seus demônios e tenta ser melhor por ela? - ele perguntou risonho e feliz.

- Por ela e por Ethan. Mas, principalmente, por mim. O que aconteceu hoje me ajudou a enxergar o óbvio: eu preciso mudar. Não aguento mais tudo isso, toda essa pressão, todo esse peso. Não aguento mais fazer as pessoas sofrerem. Eu quero ser eu. Quero ser quem eu supostamente fui feita para ser, não quem fizeram de mim.

- Uau. - o moreno, mais uma vez, estava sem palavras. Nem em seus sonhos mais distantes ele podia ver essa cena. Lauren estava falando sobre seus sentimentos para ele. E aquilo era demais para se pensar. Depois de alguns segundos calado, ele indagou: - Você ainda acha que não consegue amar?

- Sim. - ela respondeu direta.

- Fale-me sobre a verdadeira Camila Cabello, então. - ele pediu interessado, mas com um certo tom de desafio.

- Ela é maravilhosa. Amável, linda, gentil, forte. Oh, sim. Ela é forte. Sem dúvidas, uma das mulheres mais fortes que eu já conheci. Ela é linda, por dentro e por fora. Sua personalidade forte me envolve de todas as formas possíveis. A forma como ela é gentil, generosa e amável, apesar de usar uma máscara algumas vezes, me encanta. Seu senso de humor é inigualável: ela consegue fazer piada de tudo, mesmo que a piada seja muito ruim. Seu olhar, seu sorriso e sua risada sempre me elevam. Eu me apaixono sempre que a vejo sorrir natualmente. E...

- E você ama ela. - ele a interrompeu, sorrindo convencido.

- Eu não consigo nem responder os "eu te amo's" dela.

- Você não precisa responder com um "eu te amo". Você poderia dizer palavras como essas para ela. Você poderia demonstrar com gestos, ações.

- Bem, isso também não daria certo. - ela deu de ombros.

- É claro que daria! - Shawn gritou, certo do que dizia.

- Mais uma coisa: se você contar a alguém sobre isso, quero sua perna. - ela ameaçou.

Shawn a olhou sem interesse e balançou a mão em desdém, murmurando um: "eu também sei lutar" - o que a fez rir. Durante alguns minutos, ambos ficaram como estavam: lado a lado no sofá, com seus copos vazios nas mãos e os pensamentos voando longe. Mas, desta vez, o silêncio não estava desconfortável; era como se eles precisassem daquele silêncio para firmarem algo.

- Eu ajudarei você a reconquistar a Cabello.

- E quem disse que eu quero reconquistá-la? - Lauren perguntou incomodada, olhando para longe.

- Você. 

- Não. Eu não falei nada.

- Não precisa.

- Além do mais, por que você faria isso? Você está pegando ela, ora. - Lauren mudou de assunto, limpando a garganta, mais uma vez incomodada.

Foi a vez de Shawn gargalhar alto até sua barriga doer e lágrimas correrem por seu rosto. O rapaz já estava vermelho de tanto rir e Lauren não entendia o porquê daquilo; ela não havia contado piada alguma. Algumas risadas mais tarde, Mendes se recompôs e enxugou os olhos, respirando fundo.

- Eu não estou atrás dela, lutadora.

- Então, por que estava lá, lutador?

- Não é óbvio? - ele indagou debochado e Lauren demorou alguns segundos até perceber o que ele queria dizer.

Ela arregalou os olhos e abriu e fechou a boca algumas vezes, sem saber ao certo o que falar. Tudo o que saía de sua boca eram "oh's" surpresos. Ela podia esperar todas as respostas do mundo, exceto aquela.

- Eu não sabia que você é gay.

- E eu não sou. Só curto o amor. - ele respondeu indiferente, olhando para os copos vazios. - Vou pegar gelo para mim. Vai querer mais?

- Não, obrigada. Estou tentando me livrar da bebida. - ela brincou, balançando o copo.

Mendes levantou, arrumou a camisa e olhou para Lauren por alguns segundos, fazendo-a o olhar confusa.

- Acho que nós podemos ser amigos. - Shawn comentou risonho, virando-se para ir buscar mais gelo.

- É, talvez. - ela murmurou com um sorriso mínimo nos lábios, mais para si que para o rapaz, que sorriu ao ouvir aquilo e caminhou em direção a cozinha. - Talvez.


Notas Finais


toma essa bosta.

eh isso 2.0.


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