Massachusetts, Boston.
24 de Abril de 2015
Point Of View Liana Wood
Jenna só pode ser louca, dizer tudo aquilo na cara do Gibson e pior, sair dali como se nada tivesse acontecido, meu medo dele surtar e descontar tudo em cima de mim ou do pessoal só aumentou quando ele disse que subiria até sua sala e depois desceria para uma conversa geral. Mandei uma mensagem para as meninas acalmarem a minha irmã e não deixarem ela voltar aqui, com certeza ela chegaria revoltada na casa dos meninos e contaria a elas tudo que aconteceu. Depois desse ocorrido eu ajudei os rapazes a arrumar e organizar as coisas e por incrível que pareça nós nos demos bem, eles foram gentis comigo e não houve nenhum momento de machismo, Anthony e seu pessoal deveriam aprender com a equipe do Marcos.
As horas foram se passando e graças a Deus só houve um chamado, socorremos uma senhora que passou mal em sua casa e a levamos até o hospital, apenas isso, o resto da noite passamos jogando e conversando, um dos meninos preparou um lanche reforçado e assim que acabamos de comer o capitão chefe desceu até a cozinha.
— Bom encontrar todos vocês aqui reunidos. Damon falou sério. – Hoje eu escutei palavras de uma pessoa totalmente de fora e cai na real que estava abusando do meu poder, então quero me desculpar e tentar entender como as coisas funcionavam com o John.
Quem é esse homem e o que a Jenna fez com ele? Céus. Damon começou a conversar com o pessoal, que falavam a vontade sobre tudo que faziam e como as coisas funcionavam no comando do John e acreditem, as cosias vão voltar a ser como eram. Os deixei conversando e subi até o dormitório.
Rapidamente liguei em vídeo chamada com as meninas, que para minha surpresa ainda estavam na casa dos meninos, contei para as meninas as novas decisões do nosso chefe e também acalmei minha irmã que estava vermelha de vergonha por tudo que fez, típico da Jenna.
— Jenna, o que deu em você para fazer aquilo? Perguntei segurando a risada ao vê a vergonha que ela estava.
— Minha professora sempre diz que nós temos que ter um momento de surto e o meu foi hoje, ele não podia falar daquele jeito com você Lia. Jenna falou calma. – Como ele agiu depois que eu sai?
— Subiu para sua sala e desceu agora pouco e está conversando com o pessoal nesse momento, tenho certeza que suas palavras valeram alguma coisa. Falei rindo. – Vou desligar, converso com você amanha.
Me despedi do pessoal e fiquei ali olhando pro nada e pensando em tudo que aconteceu hoje.
— Estou até agora me perguntando como deixei uma menina de dezenove anos gritar comigo daquela maneira. Dei um pulo da cama ao escutar a voz do meu chefe.
— Jenna sabe dizer as verdades quando é preciso e eu não vou pedir desculpas por tudo que ela disse, eu falaria, mas não posso surtar com um superior igual ela fez. Falei o olhando séria.
Se ele acha que vai me intimidar ele está muito engando.
— Não precisa se desculpar, sua irmã tem toda a razão, eu deixei as coisas subirem a minha cabeça, na outra corporação ninguém era responsáveis como vocês e eu pensei que aqui seria do mesmo jeito.
— Você ficou um mês só nos observando, deveria vê que não somos como as outras sedes, nós sabemos que a vida de qualquer outra pessoa se torna mais importante que a nossa quando estamos em ação. Falei calma. – Não estamos aqui de brincadeira Gibson.
— Sei que não, por isso quero dizer que você vai voltar a comandar a sua equipe e o Anthony a dele, acho que já está na hora de me acostumar com o modo de vocês. Ele falou calmo. – A proposito, você está devidamente de folga amanhã.
Ele saiu sem me esperar dizer nada e eu estou surpresa com o homem calmo que acabou de falar comigo, santa seja minha irmã por isso.
No dia seguinte.
Point Of View Jenna Wood
Ontem tive que trazer Kathleen e Merliah bêbadas da casa dos meninos, uma completa vergonha para elas, as deixei dormindo na sala, não sou obrigada a dar banho em ninguém! Dormir preocupada com a Lia naquela sede e acordei mais aliviada quando ela chegou em casa animada. Minha irmã contou tudo que aconteceu por lá e foi dormir, as meninas já estavam em seus quartos, não me pergunte como elas foram parar lá. Deixei o café da manhã pronto, com um recado na geladeira e sai para comprar as coisas que estavam faltando em casa e depois passaria na casa dos meus pais.
Estacionei o carro em uma vaga qualquer, peguei minha bolsa e sai do mesmo travando. O supermercado estava num movimento razoável, então peguei um carrinho e comecei as minhas compras. Uma vez no mês uma de nós tem que vim ao supermercado comprar as coisas para casa e isso funciona super bem. como hoje está em promoção, vou levar muita coisa sem precisar e aproveitar para preparar um almoço legal. Estava empurrando meu carrinho calmamente quando senti um impacto nas minhas pernas, isso só pode ser brincadeira.
— Moça, me desculpe, minha sobrinha empurrou com muita força. Aquela voz, não é possível.
— Você. Falei quando vi de quem se tratava. – Isso só pode ser castigo.
— Me desculpa moça bonita, meu tio falou para eu ir devagar. A menina de aparentemente cinco anos falou triste.
— Não se preocupe lindinha, não me machucou. Falei sorrindo para ela.
O idiota falou alguma coisa para a menina que saiu em direção a sessão de doces.
— Não te machucou mesmo? Ele perguntou me olhando preocupado. – Eu disse para Karen ir com cuidado.
— Foi só um impacto, não machucou. Falei firme. – Mais alguma coisa?
— Vai mesmo continuar sendo ignorante comigo? Tenho certeza que sua irmã te contou tudo que aconteceu ontem.
Só porque ele fez uma boa ação não o faz menos idiota.
— Não vai mudar o fato de que você foi e ainda é um completo idiota. Falei o olhando. – Posso voltar as minhas compras ou o digníssimo não vai permitir?
Ele tirou seu carrinho da minha direção e eu seguir meu caminho, mas antes escutei bem o que ele disse.
— Ainda vamos nos encontrar muitas vezes pequena Wood.
Finalizei minhas compras minutos depois, com a ajuda do rapaz do caixa consegui colocar as sacolas no carro e agradeci dando uma gorjeta ao mesmo, não custa nada. Fechei o porta malas e a lindinha da Karen estava encostada no meu carro.
— Oi fofa, o que faz aqui? Perguntei agachando ficando da sua altura.
— Oi, eu vim te trazer esse doce, quero pedir desculpas por ter batido o carrinho em você. Ela falou me entregando uma barra de chocolate.
— Não precisava meu amor, mas obrigada tá. Falei beijando suas bochechas. – Cadê seu tio?
— Tá ali me esperando, eu pedi para ele comprar para eu te dá e nós estávamos esperando você sair. Ela falou e apontou para o idiota que sorria de longe. – Tchau tia, espero te vê de novo.
A menina loirinha saiu correndo e o idiota a pegou no colo, os dois entraram no carro e saíram em seguida, fiz o mesmo, decidi ir para casa, perdi completamente o clima de ir na casa dos meus pais, faria isso outro dia.
Continua..
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