História The Firefighter - Capítulo 14

Point Of View Liana Wood

Perdi completamente o chão quando Kath falou que minha irmã estava envolvida num engavetamento, o 30115 podem ser fatais para as vitimas, mas se ela ainda está no hospital á uma esperança de que ela possa ficar viva. Durante o caminho até o hospital eu vim orando, ou pelo menos tentando, já que eu nunca fui uma pessoa muito religiosa, mas nesses casos não custa nada tentar falar com o todo poderoso, se trata da minha irmã e por ela eu faço qualquer coisa. Ainda não tive coragem de ligar para os meus pais, quero fazer isso quando tiver notícias certas e boas sobre a minha irmã, não quero deixa-los apavorados, não por enquanto.

Merliah mal estacionou o carro e eu desci o mais rápido possível, pode observar alguns carros da corporação por ali, ao passar pela recepção vi o capitão Gibson dando algumas ordens aos demais, porém parou assim que me viu.

— Cadê minha irmã? Por que não me ligou quando viu que era ela? O enchi de perguntas já sentindo meus olhos lagrimejarem.

— Ei Wood, respira. Gibson falou segurando em minhas mãos. – Sua irmã está na sala de cirurgia, quando a retiramos do veiculo tivemos que tomar muito cuidado porque a mesma estava presa nas ferragens.

— Santo Deus, como isso foi acontecer? Por que justo a minha irmã.

— Pelas coisas que vimos no local, o carro da sua irmã estava parado no acostamento, um dos bombeiros viu que era uma falha técnica do carro, quem causou a batida foi uma caminhonete que aparentemente perdeu o controle, a pista está escorregadia por conta da chuva. Ele falou calmo.

— Como estão as vitimas além da Jenna? Merliah perguntou preocupada.

— Eu falei na ligação que tinham quatro vitimas, mas na verdade eram cinco, duas morreram no local e as outras três são a Jenna, uma mãe que protegeu o bebê com o impacto, os carros que bateram atrás não houve feridos.

O capitão Gibson precisou se retirar para da algumas ordens e eu fui em busca de mais notícias da minha irmã.

— Você pode me dizer alguma coisa sobre Jenna Wood? Perguntei a recepcionista que com certeza já deve saber quem eu sou.

— Sua irmã ainda está na cirurgia com o doutor Marco, deve demorar mais algumas horas.

Senhor, eu não acredito que é o mesmo homem que matou a esposa do Bieber que está operando minha irmã, por Deus, ele não pode desistir dela. Sentei-me ao lado das meninas, as duas estão abaladas assim como eu, mas percebi que Merliah chorava baixinho enquanto falava com alguém no celular.

— Com quem a Merliah está falando? Perguntei a Kath que olhava para o nada.

— Acho que ela esta avisando aos meninos. Kath falou baixo. – Ela vai sair dessa né?

— Vai, nossa Jenna é forte. Falei sorrindo fraco. – Ela tem que sair dessa.

Horas depois.

Point Of View Justin Bieber

Quando o celular do Alfredo tocou e ele sorriu, eu sabia que era a Merliah, digamos que os dois estão se conhecendo melhor, mas ao ver a feição de espantado e preocupado do Alfredo eu senti um leve aperto no coração, sinal de que não era boa coisa. Quando ele desligou o celular e contou o que estava acontecendo, rapidamente eu peguei minha filha e fui até a casa da senhora Gemma, ela é uma doce senhora que sempre fica com a Bonnie quando preciso sair rápido, deixei minha filha com ela e viemos para o hospital, onde estamos nesse exato momento.

Confesso que está aqui meses depois do que aconteceu com minha esposa me deixa com o coração apertado e cheio de lembranças, mas não estou aqui por mim e sim pelas meninas, principalmente pela Liana. Por falar na Lia, ela está abraçada ao meu corpo e eu sinto minha camisa molhada, desde que eu cheguei ela não me soltou mais, como se eu fosse a força que a mantem de pé.

— Familiares de Jenna Wood. Marco o mesmo médico que atendeu a Blair apareceu visivelmente cansado.

Caminhamos até ele, que olhou espantado pela quantidade de pessoas, já que alguns bombeiros estavam ali junto da equipe e do capitão deles que eu conheci hoje.

— Cadê minha irmã? Por que de tanta demora? Liana disparou nervosa.

— Tenha calma senhorita, vou lhe explicar detalhadamente como sua irmã está. Marco falou olhando sua prancheta. – A senhorita Wood chegou aqui desacordada e em estado de coma, suas fraturas eram graves, levamos ela para realizar exames antes de iniciamos a cirurgia e nos assustamos com os danos internos.

— Que tipos de danos? Nós a retiramos das ferragens com muito cuidado. O capitão falou nervoso.

— Sim, o cuidado que tiveram foi crucial para não deixar danos permanentes, a Jenna teve uma fratura na L3, localizada na lombar, nós reconstruímos o osso e ainda é cedo para dizer se ela vai voltar a andar sem nenhuma dificuldade.

— Ela não vai mais andar? Como pode dizer isso com tanta certeza? Kath falou apavorada.

— Há grandes chances de ela voltar a andar, mas só vamos saber disso se ela voltar do coma, nós não sabemos quando ela vai acordar, precisamos que seja antes de um mês, caso contrario as fraturas que ela sofreu na coluna e nos braços serão permanentes e vocês terão que optar por desligar os aparelhos que a mantem vivas.

Quando ele terminou de falar, Liana saiu dos meus braços e voou em cima do médico, deferiu socos e tapas em seu peito, ela só não bateu mais porque eu a puxei pela cintura.

— Me solta, esse cara não vai matar mais uma pessoa, não a minha irmã. Liana gritou aos prantos.

— Ele não matar sua irmã, por que nós vamos procurar outro hospital e outros médicos, isso eu prometo, mas, por favor, tenha calma. Falei segurando seu rosto e olhando em seus olhos.

— Promete? Minha irmãzinha não pode me deixar aqui.

— Eu prometo, a Jenna vai está aqui em breve conosco.

Gibson tirou o médico de nossas vistas, Alfredo começou a ligar para os hospitais particulares e as meninas foram buscar alguma coisa para Jenna se acalmar.

— Por que ela ficou assim? Eu nunca a vi tão violenta. Gibson perguntou assim que eu fui pegar água e ele me acompanhou.

— Há alguns meses Liana e as meninas foram chamadas para um incêndio no prédio em que eu morava, elas salvaram todos, mas Liana ficou presa no apartamento com a minha mulher que estava grávida, sem opção, ela teve que fazer o parto da minha filha ainda dentro do apartamento. Fiz uma pausa respirando fundo. – Por Deus e por Liana, minha filha nasceu bem, até então Blair ainda estava viva.

— Não precisa terminar de me contar é uma história pessoal e eu percebi que mexe com você. Ele falou calmo.

— Sem problemas tem um tempo que não falo disso. Respondi calmo. – Como manda o protocolo de vocês as minhas meninas vieram para esse hospital, Bonnie foi examinada é estava bem, Blair apesar de ter inalado muita fumaça também.

Era doloroso lembrar-me desse dia, mas falar de certa forma me deixa aliviado.

— As meninas tinham uma regra de não se apegar a nenhuma vitima, mas as meninas permaneceram aqui até saberem da minha esposa e filha, quando o Marco esse médico apareceu as noticias sobre minha mulher não foram boas, descobrir um erro de outro, médico, mas mesmo assim podíamos vê-la. Com isso Blair chamou Liana para ser madrinha da minha filha.

— A foto da neném que tem no armário da Wood, por um momento pensei que fosse filha dela. Gibson falou boquiaberto.

— Ela tem sido uma mãe, confesso. Sorri fraco voltando ao assunto. – Após um breve momento de alegria as maquinas que estavam ligadas a minha esposa começaram a apitar e as meninas nos tiraram da sala, até onde eu sei Liana fez de tudo para reanimar minha esposa, mas uma das enfermeiras a tirou do quarto a força.

— Por quê? Ela não podia fazer isso.

— Marco deixou Blair assinar uma ONR, sem me avisar nada, como éramos casados eu tinha direito de escolha, mas não foi isso que aconteceu, infelizmente Blair faleceu diante da Liana. Falei triste. – Por esse motivo que ela não confia no Marco, nem eu.

— Precisamos tirar a resmungona daqui. Gibson falou sério. – Esse médico não pode continuar cuidado do caso dela.

Ia responder quando Alfredo apareceu com o celular em mãos.

— Consegui uma vaga em um hospital particular, mas temos que transferi-la ainda hoje. Alfredo falou calmo.

— Peça para Liana assinar a papelada, eu vou preparar a ambulância para a transferência dela. Gibson falou e se retirou.

Contei as meninas que ficaram mais animadas, Liana rapidamente assinou tudo que era necessário e deixou claro que Marco seria processado. Depois dos enfermeiros terem colocado a Jenna na ambulância Lia ligou para seus pais, foi um momento doloroso para ambos, mas saber que a Jenna vai receber um cuidado melhor, que tudo fique bem.

Continua.