A sala era estranha, não era envidraçada como as outras, e era totalmente fechada. Abro a porta e vejo que estava trancada.
-Droga! -Digo forçando a fechadura. Provavelmente só funcionários entavam ali dentro, precisava arrumar um jeito de entrar!
Um agente passava destraido.
-Oi. -Digo soltando um sorrisinho.
-Ah, olá, posso ajuda-la em alguma coisa? -Ele diz tirando os olhos da pasta dele.
-Sim, é que eu to entediada, você pode, sei lá, me ajudar a procurar o que fazer? -Digo me aproximando.
-Me desculpe senhorita, não entendi. -Ele diz.
-Ah, não faça a Alice, eu gostei de você... -Digo olhando a plaquinha no uniforme dele. -Jeremy. -Arqueio uma sombrancelha.
-Me desculpe, mais eu tenho trabalho...
-Ah, por favor... -Digo me aproximando mais. -Você pode ter trabalho comigo. -Digo piscando para ele que deu um sorrisinho. -Com minha incrível agilidade, tiro o cartão que estava na cintura dele. -Que tal, depois, a noite, quando os cães dormem, os gatos fazem a festa não é mesmo? -Digo dando um sorrisinho de lado.
-Ok. -Ele diz sorrindo malicioso.
-Ok. -Digo e ele me dá uma ultima olhada antes de voltar a cainhar. Ele não era um homão da porra, mais talvez eu iria mesmo. Afinal, estava sem sexo faz um bom tempo.
Dou pulinhos vendo o cartão dele em minhas mãos.
-Você é um gênio Jade! -Digo passando o cartão e a luzinha acendeu. Respiro fundo e entro na sala vendo que havia um cubo de vidro dentro da sala. -Caralho... -Digo fechando a porta e pondo o cartão no bolso. Eu disse que eu boto tudo no bolso...
Caminho em volta do cubo e vejo a garota que Natasha falava. Era uma menina loira, aproximadamente da minha idade, ela era baixinha e estava sentada no chão. Parecia cansada.
-Eae! -Digo a olhando de cima.
Logo a menina levantou a cabeça para cima me olhando com uns olhos azuis maravilhosos!
-Quem é você? -Ela diz pausadamente.
-Primeiro você me diz quem é você. -Digo me aproximando devagar do vidro.
-Kylie. -Ela diz me olhando como se estivesse com medo de mim.
-Ah, e eu sou Jade... Você é a estranha que tá todo mundo falando? -Digo depois pensando que chamar uma estranha de estranha não é legal.
-Tá todo mundo falando? -Ela diz ainda falando baixinho. Tadinha...
-Se todo mundo quer dizer os Vingadores, sim, está todo mundo falando. -Digo e ela dá um sorrisinho.
-Você vai me enjetar aquelas coisas estranhas em busca de resposta? -Ela diz apontando para uma mesa com algumas seringas com líquidos coloridos.
-Vamos dizer que talvez ninguém saiba que eu estou aqui. -Digo indo até a mesa vendo as seringas com líquidos coloridos. Aquilo não tinha cara de ser corante comestível.
-Você fugiu? -Ela diz e eu a olho.
-É, eu fiquei curiosa pra saber quem é você, afinal você é igual a mim. -Digo e ela me olha com os olhos semicerrados.
-Você também é do A12? -Ela falou abaixando a cabeça.
-Não, vamos dizer, que o que eu tenho é genética. -Digo dando um sorrisinho. -Que com certeza não é a beleza. -Digo me aproximando do vidro.
-O que você faz? -Ela diz e ainda estava no mesmo lugar.
-Eu me regenero, e bom, eu sou imortal. -Digo pela primeira vez para alguém sabendo que ela não iria me julgar, aquilo foi confortante.
-Nossa, isso deve ser legal. -Ela diz e se mexe um pouco.
-Não, não é... realmente, não é legal. -Digo ficando pensativa por um instante. -Mais então, Kylie não é? Você, faz o que? Voa? Solta fogo pelas mãos? Manipula a Água? É um Avatar? -Digo e ela sorri.
-Eu controlo as coisas com a mente. -Ela diz e tira os cabelos da testa me mostrando uma cicatriz perto da raiz do seu cabelo. Era tipo cicatriz de costura. Nossa, que horrível!
-Eles fizeram isso com você? -Pergunto me agachando perto do vidro.
-Sim, isso é muito mais. -Ela diz ficando pensativa.
-Ah... e como você fugiu de lá? -Pergunto sentindo uma certa pena da garota.
-Eu fiquei três dias trancada dentro de um depósito, eu cavei um buraco até o lado de fora, e corri, para algum lugar. -Ela diz e eu concordo com a cabeça.
-Hum... E, a onde fica esse lugar que eles faziam os testes? -Pergunto.
-Eu não sei, eu não olhei para trás, mais era muito longe, com certeza era muito longe, era no meio de uma floresta. -Ela diz e eu contraio os lábios.
-Sei... E, por que eles trancaram você aqui dentro? -Pergunto vendo que ela me olhou de volta.
-Não sei, eles acham que eu sou um monstro, e que eu sou mandada deles. -Ela diz e vejo uma lagrima escorrer do rosto dela. -Mais eu não sou. -Ela diz abaixando a cabeça.
-Hey, não chora... -Digo colocando a mão no vidro.
-Fácil você dizer. -Ela diz com a voz embragada. -Eles injetam coisas em mim, coisas que doem muito, todos os dias durante todos os dias que estive aqui. Eles me tratam como um animal. -Digo vendo o quão ruim era o que faziam com ela. Ela não parecia estar mentindo... Ou será que seriam lágrimas de crocodilo? Irei descobrir.
-E... você, tem familia? -Pergunto com cuidado nas palavras.
-Meus pais não moram aqui, moram na Escócia, eles me deixaram com a minha Tia Clara, mais os homens entraram dentro da casa dela e me pegaram aa força, eu nem sei se minha tia está viva. -Ela diz e eu franzo as sombrancelhas.
-Eu também fui abandonada... -Digo e ela me olha.
-Meu pai não sabia de mim até algumas semanas atrás, minha mãe fugiu quando soube de mim, eu fui para um orfanato, e meus pais adotivos me odeiam por eu ser, estranha, eles disseram que foram viajar para o Canadá, mais eu tenho quase certeza de que eles não vão voltar. -Digo e Kylie me olha comrpiensiva.
-Sua vida é quase a mesma merda que a minha. -Ela diz rindo e eu rio.
-Verdade, somos bostas ambulantes. -Digo e ela ri. -Olha, Jylie. -Digo e ela me olha. -Eu vou arrumar um jeito de tirar você daqui, mais você tem que me prometer que não vai atacar ninguém. -Digo e ela me olha.
-Jade eu não sou um monstro para atacar ninguém, eu só quero ir pra casa e... talvez deixar uma flor pra minha tia. -Ela diz e eu olho no fundo dos olhos dela, ela não parecia mentir, eu via tristeza nos olhos dela.
-Eu prometo ajudar no que puder. -Digo, eu não sei por que eu estava sendo boa com aquela menina, mais ela me tocou, ninguém merece passar por o que ela passou. E se o que ela me disse for verdade, não devia. Mais senti muita pena dela.
-Obrigada Jade. -Ela diz e eu sorrio.
-Eu acho melhor eu ir embora então, se me pegarem aqui eu sou carne morta. -Digo e ela ri.
-Eu gostei de você Jade. -Ela diz e eu sorrio.
-Acho que também gostei de você Kylie. -Digo sorrindo. Caminho até a porta e dou um "tchauzinho" antes de sair. Tranco a porta com o cartão e caminho pelos corredores.
Coitada daquela menina, por que eles estavam fazendo aquilo com ela? Ela não merecia!
Entrou no elevador e pra minha surpresa! Bartolomeu estava lá distraído.
-Olha que me eu encontro! -Digo sorrindo descaradamente.
-Péssima hora. -Ele diz sério.
-Nossa, o que ouve? -Digo apertando o ultimo andar.
-Nada com o que tenha que se preocupar. -Ele diz e eu mordo os lábios.
-Ah, me conta! -Digo morrendo de curiosidade. -Somos amiguinhos! -Digo tocando no braço dele com o dedo indicador. Ele dá uma risadinha.
-São os aprimorados, aqueles que conversamos mais cedo. -Eles diz se referindo ao que eu quase nem prestei atenção na Reunião dos Nerds da Biblioteca.
-Ah, o que tem eles? -Pergunto fazendo a Alice.
-Eu não acho certo o que eles fazem com eles, logo cedo, Stark encontrou mais dois garotos, e bom, eles quase torturam eles, eles não tem culpa. -Ele me olha e eu reviro os olhos.
Além de bonito é um homem do bem preocupado com o bem-estar dos seres humanos. Ah, que fofo.
-Pois é, eu não sabia disso, mais, né, é o jeito deles, também acho errado o jeito que vocês me abordaram, podiam me pagar um jantar no Willie's e depois me convidar pra ser a Super-Heroina, mais... eu nem sei, acho que o Capitão Fury é louco, é sério, aquele cara não bate bem. -Digo como se fosse óbvio.
Ele fica em silêncio.
-E você, como vai com seu pa... com o Wade? -Ele pergunta.
-Eu não vou em lugar nenhum como o Wade, sinceramente, não tentem forçar minha amizade pai-e-filha com ele. É perda de tempo... -Digo revirando oss olhos.
-Não estou forçando nada. -Ele diz e se escora na parede. Um silêncio reina e eu encaro ele descaradamente mordendo os lábios. Não tenho beleza, não vergonha na cara.
Ele solta uma risadinha e eu sinto uma vontade enorme de...
A porta do elevador se abre.
-Então, nos vemos por ai... -Ele diz saindo do elevador.
-Não vejo a hora! -Digo e ele ri. Ah meu Deus...
Que homem meu Deus! Que homem!
Espero chegar meu andar e saio do elevador tombando com Jeremy que me lançou um sorrisinho.
Dou um aceno simples e vou até a sala onde seria a do Diretor. Era confuso, era tudo muito grande ali dentro.
-Cacete! -Digo vendo que tudo al iera estranho.
Bato na porta e entro em seguida.
-Fury, vamos bater um papinho show? -Digo encarnado ele que estava olhando para a jenela.
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