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História The Ghost Of You - Até Mais Sem Boa Noite


Escrita por: Sofiaaaaaaaaaaa

Capítulo 1 - Até Mais Sem Boa Noite


Fanfic / Fanfiction The Ghost Of You - Até Mais Sem Boa Noite

GHOST OF YOU – CAPÍTULO UM

“ATÉ MAIS E BOA NOITE. ATÉ MAIS SEM BOA NOITE” – HELENA – MY CHEMICAL ROMANCE.

Acordei com dor de cabeça. Hoje o dia parecia mais escuro e tenebroso. Era para eu estar ao menos um pouco animado, primeiro dia do último ano. Contudo, havia feito um ano desde o “acidente”.

Acidente.

Era assim que minha mãe e meu padrasto chamavam. Porém, na minha concepção, a morte de minha irmã menor, Estelle Jackson, fora tudo, menos um acidente. Principalmente, pois foi uma escolha dela. Para muitos, esse fato causava mágoas (principalmente para minha mãe e padrasto), já eu não sentia assim, respeitava. Acredito que teria seu motivo, mesmo sendo alguém no qual tanto me importava muito.

Mesmo a querendo aqui.

Levantei-me com dificuldades. Fui em caminho ao banheiro, já que meu quarto era a suíte da casa. Meus pais me mimavam o máximo possível, talvez fosse medo de que mais um de seus filhos entrasse em depressão e decidissem tomar outras decisões.

 Olhei-me no espelho. Eu, Percy Jackson, tinha um cabelo pretos que, por mais que me esforçasse (nem tanto) para arrumar, estava sempre emaranhado. Meus olhos verdes-mar era algo que gostava em mim, mas naquele dia estavam fundos. Respirei fundo e sorri.

– Hoje o dia será ótimo – eu tinha uma facilidade incrível de me animar.

Desci as escadas e abracei minha mãe. Algumas pessoas acham brega, mas considerava que tinha uma conexão muito forte com ela e sabia como estava se sentindo. Seus olhos estavam pouco mais inchados que o normal. Havia chorado ainda hoje.

Tire um filho de uma mãe, e ela não terá mais nada.

Eu tinha que ficar animado, por um ano fui a animação da casa. Tinha medo de que no momento que conseguisse morar sozinho, meus pais se perdessem na solidão e na lembrança da minha irmã.

– Bom dia, querido – sorriu minha mãe, o sorriso mais lindo do mundo. – Animado para hoje?

– Não sei...

– Me orgulho tanto de você – como eu disse: ela me mimava. – Vai fazer estágio antes de terminar o colegial.

Não pude deixar de rir.

Todo ano, desde o primeiro ano do colegial, meu professor Bunner faz um trabalho de “conhecimento social”, na intenção de nos desvincular com a ideia de colegial para faculdade e criar um colegial para vida. No fim, todos faziam para ganhar nota extra.

A grande questão é que no terceiro ano, eles nos pedem para escolher algum lugar para estagiar, dentro de uma lista de contatos que ele conseguiu. Infelizmente, ele decidiu que eu deveria ir para a área psiquiátrica. Maldito histórico.

– Não sei nem se conseguirei passar de ano, do jeito que minhas notas estão indo. Nem é como se fosse um estágio.

– Falando sobre isso. Recuperação em matemática, e física, Percy? Além das que você passou de raspão. Que história é essa?

– Tenho que ir! Não posso me atrasar para aula.

– Filho!

– Grover me levará para o lugar.

***

– Vocês não acham incrível que vamos para o mesmo lugar? – comemorou Leo para mim e Grover.

– Acho que não é bem assim para você – comentei. – Era única coisa que sobrou para você.

– Tem isso também.

Um letreiro em letras garrafais e vermelhas bem simples mostrava o nome. Hospital Psiquiátrico Silver.

A mulher a nos atender era ruiva, com cabelos esvoaçantes e olhos verdes. Usava uma saia cinza colada ao corpo até dois dedos acima dos joelhos e um blazer de mesma cor. No canto de sua roupa, tinha um respingo de tinta, o qual me chamou atenção

– Olá, garotos. Eu sou Rachel, sou uma estagiária da faculdade e vou apresentar a vocês o hospital.

Acompanhamo-la pelos corredores.

– Ela é bem sexy – comentou Leo.

– Cala a boca – briguei com ele.

– Mas é verdade, não de um jeito vulgar. Ela parecia estar olhando para você.

– Bem - a ruiva se virou para nós, o que me fez engolir seco. É agora que ela me xinga e nos manda para fora, e tchau nota – Aqui os uniformes de vocês e suas tarefas do dia.

Soltamos o ar, aliviados.

– E não pensem que não ouvi – disse ela, visivelmente irritada, saindo. Não pude deixar de sentir medo.

Olhamos para nossos uniformes.

– Isso parece roupa de velho – falei. Era um conjunto de uma camisa e calça branca e larga.

– Vamos acabar logo com isso. – Pronunciou-se Grover pela primeira vez – esse lugar me dá medo.

Saímos seguindo a prancheta de tarefas as quais nos foram encarregadas, nada muito complicado, tendo em vista que éramos apenas três adolescentes. Entrei em um quarto de vassouras para me arrumar. Ouvi as portas se abrirem com força.

– Ei, vocês tão tentando me assustar? – perguntei me virando, antes de ser atacado por uma garota tampando minha boca.

– Não ouse fazer um piu. – disse ela. Arregalei os olhos. A garota tinha olhos cinza e um cabelo extremamente loiro e cacheado.

Levantei minha mão assustado, e a menina revirou os olhos, como se aquele gesto fosse ridículo.

– Tudo bem – ela me soltou – parece que ninguém me seguiu.

– Ninguém te seguiu?! – gritei surpreso – você é o que, uma fugitiva da polícia?

A garota visivelmente me responderia algo muito grosso, mas quando me olhou sua única reação foi rir.

– Meu deus, você tem quantos anos? Quarenta?

– Dezessete, e você doze?

– Dezesseis, vovô.

Ela começou a sair, com cautela.

– Pode me explicar o que está acontecendo?

Contudo, como o esperado, fui ignorado.

Sai do quarto, vendo a garota chegar ao fim do corredor, agindo como se fosse uma espiã.

– Você está bem, Percy? – chamou Grover atrás de mim – Parece que viu um fantasma.

– Seria melhor que fosse – respondi.

– Vocês estão ai, garotos! – Rachel surgiu furiosa – Precisavam ir tão longe? Tenho que mostrar o lugar para vocês, como achavam que iam fazer as coisas?

Seguimo-la pelos corredores, um deles parecia excessivamente mais cheio. Talvez só eu tivesse percebido e devesse ficar quieto. Mas minha curiosidade não aguentou o suficiente.

– Por que esse corredor está mais cheio?

– Quarto 101. – respondeu a ruiva.

– O que aconteceu lá? – questionou Leo.

– Hoje de manhã uma garota tentou suicidar-se. Parece que dessa vez ela conseguiu.

– Dessa vez? – Leo pensou alto.

– Annabeth, a menina do quarto, tem tentado todo dia desde que chegou aqui. Coitada, também não sei o que faria se estivesse no lugar dela.

– O que acontece com ela? – perguntei.

Rachel suspirou.

– Assunto sigiloso, rapazes – ela respirou fundo, como se sentisse dor por aquilo. – As tarefas de vocês estão aqui.

Ela nos entregou uma lista e se foi.

Fiquei encarando a porta. Qual o problema com essa maldita data? Queria muito parar, mas em minha cabeça era Estelle dentro daquele quarto.

– Percy, você está bem? – perguntou Grover.

– Cara, esquece isso. – Leo juntou-se a ele.

Virei-me para eles.

– Está tudo bem. Só preciso passar lá, vocês entendem?

Ambos assentiram.

***

O quarto era escuro. A garota estava deitada, havia máquinas em todo seu corpo. Seus pulsos estavam costurados e sua aparecia era pálida. Seus batimentos pareciam fracos (mas poderia estar forte, tinha esperança já que não sabia como aquelas funcionavam).

Olhei para ela. Cabelos loiros e cacheados e uma roupa preta, calça de moletom até o umbigo e uma blusinha pequena, mangas compridas, também preta. Havia algo... Tristemente familiar naquela imagem. Só não sabia o que.

A porta começou a abrir e já comecei a tentar formular uma desculpa para estar lá.

– O que porra você está fazendo no meu quarto?! – a menina de antes entrava no quarto.

Olhei para ela com olhos arregalado, depois para o corpo, para ela, corpo, corpo, ela, corpo, ela, ela, corpo. E por fim decidi gritar e pular para trás.

– Qual seu problema?! – reclamou.

– Você, ela... Ela, você... Vo-você è-è e-e-ela – gaguejei apontado para a maca.

– O que diabos você está dizendo? – ela exigiu, finalmente olhando para onde eu apontava.

Então ela gritou.

– Ela... Ela sou eu... Morta? – ela olhou para mim.

– O que está acontecendo?! – a garota gritou, visivelmente assustada.

– Você acha que eu sei!? - respondi – nem sei quem é você! 

– Ai meu deus! – ela gritou novamente – quer dizer que eu estou morta?! 

– Eu estou ficando louco – murmurei.

Eu estava vendo, na minha frente, uma garota, a mesma que estava deitada em uma cama respirando por ajuda de aparelhos. O que estava acontecendo!? Será que a maldita tristeza pela morte de minha irmã tinha me atingindo assim como aconteceu com meus pais!?

Será que eu seria internado ali?!

Meu Deus, pensei, olha o que estou pensando. Devo estar louco mesmo. 

Leo e Jason sempre me falaram que passar muito tempo sem ficar com alguém fazia-os enlouquecer. Será que era isso que estava acontecendo comigo?! Será que se eu saísse com alguém, iria me curar!?

Então a garota riu, e me olhou. Depois voltou-se para seu corpo aparentemente morto. Então gargalhou de alegria.

– Eu não me importo como você está. O importante é que morri! Finalmente! Estou há um ano nesse inferno tentando! Consegui – ela pulava de alegria. 

– Que porra você está falando?! – eu realmente não esperava por essa reação. 

– Você sabe o que significa suicídio.  Tentativa de morte cometida contra si mesmo. Eu tentei. Eu queria morrer. E funcionou! – ela ria de alegria.

– Mas você não está morta. – A desiludi.

– Óbvio que eu estou. Olha para mim. Não para a pessoa na sua frente, digo, o corpo sem vida.

– Não, não está. Olha ali, seu coração ainda está batendo. Olha só, - apontei para o holter – cima e baixo. Vivendo.

Ela olhou e desabou no chão. 

Desabar não no sentido de chorar, mas literalmente, Annabeth jogou-se no chão. Depois se levantou, apoiada na maca, com uma feição maliciosa em seu rosto. 

– Você pode me matar agora.

 

 


Notas Finais


Oiiii pessoalll
gostaram???
comentem para eu saber o q estão achando e se devo continuar, além de como.
Bjsss
Tchauuu


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