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História The Greatest. - Euphoria.


Escrita por: Stiildrdre

Capítulo 3 - Euphoria.


MARIE ALUCARD:

Festas da sociedade aristocrata sempre me foram as piores, principalmente quando chegou minha idade de “debutar”. Eu fizera 16 em 1783 e então estava pronta para ser apresentada a sociedade.

Na verdade, decidiram por mim que eu estava preparada para ser apresentada as mais altas damas de Nova Orleans… E infelizmente aos cavalheiros também. Eu não nasci como filha única, mas nasci sendo a segunda filha e também a mais nova, por isso cresci em privilegio por toda a minha infância, em privilegio quero dizer a forma como fui educada, ensinada e criada. Sempre tive os melhores tutores, as melhores costureiras, os melhores livros sobre etiqueta.

Mas eu percebi tarde demais que não estavam me educando para ser uma grande, inteligente e boa dama da sociedade, mas sim para ser uma dedicada, recatada e bem… Boa, esposa. E eu mesmo que não fosse permitido sempre escapará para ler os livros antigos de romance de vovó. Eu amava me deliciar com cada página, cada aventura e cada pitada de paixão que continha em cada frase descrita pela autora, por isso em todos os meus anos de adolescência e principalmente no auge dos meus 16 anos, eu sempre tive em mente que podia me casar com alguém que amasse, tais como as mocinhas e mocinhos dos livros.

Por isso não facilitei nenhum pouco para qualquer pretendente que se aproximava de mim nas valsas dos bailes, festas e saraus providos pelas Lady’s e Lordes do ano. Tanto que apenas quando eu completei 18 anos e era de fato a única filha da família Alucard, mamãe e papai entraram em desespero por não me verem casada. Bem, para uma família que não tem herdeiros homens, ter uma única filha mulher e ainda mais solteira, é o fim.

Por isso eles aumentaram quase em dobro o meu dote, mamãe deixou de forma mais intensa e pesada todos os meus ensinamentos de como ser uma boa dama, mesmo eu aprendendo por fora como ser uma boa mulher para mim mesma, em um passe para aumentar as exportações de papai, aumentar nossas fortunas e para aliviar o estresse de mamãe, alguém decidiu que aguentaria minhas provocações, discussões e todo o inferno que eu fazia para os pretendentes.

Esse homem era: Chazz Gillbert, o filho mais velho do magistrado de Toronto, no Canadá, há milhares de quilômetros de distância de minha casa.

Eu não pude protestar, não pude contrariar e nem mesmo quando estava me despedindo de minha casa e família aos prantos, papai e mamãe pensaram em anularam toda essa loucura de noivado. Eu de Marie Jossephine Saint’s Alucard, uma jovem de 18 anos, alegre, livre e com muita paixão por livros, me tornaria algo que jamais desejei, jamais quis e que jamais poderia me ver livre — Pelo menos eu pensara.

Eu, ao auge de meus 18 anos, era agora Marie Jossephine Alucard Gillbert, esposa de Sir. Chazz Gillbert, futuro magistrado de Toronto. E o piro de tudo, eu era obrigatoriamente sua esposa.

Apenas de lembrar de Chazz, do que ele fizera comigo, e de como trabalhei meses para enfim conseguir o divórcio e ir atrás de meus pais, além do mais eu não terei mais a onde ir e bem… Uma moça com 20 anos, divorciada é considerada sem honra alguma e deve ser mandada de volta ao seio de sua família.

Mas eles já não moravam mais em Nova Orleans, mas sim em uma bela cidade no sul da Irlanda, então foi aí que resolvi vir para cá. Estou encantada com Blue Village, é excepcionalmente igual as várias cidades datadas de séculos passados, que eu tanto lia e relia em meus livros favoritos. Ela é simplesmente impecável.

Porém tudo o que mais quero nesse momento é sair correndo de Blue Village, da Irlanda, da Grã-Bretanha, sair de mim mesma se fosse possível.

Mamãe — Infelizmente — Ouvirá o que madame Josie Bovier lhe dissera, e está planejando me debutar mais uma vez, mas dessa vez em um dos bailes do Sir. Jhorres, Joneses, Josies… Ah o que quer que seja. E tudo o que eu menos queria era passar por essa abominação novamente, passei longas e torturantes três temporadas evitando casamentos, até ser arrastada para mim, conseguir escapar e agora estou sendo arrastada novamente a isso.

Sem contar o fato, de que alguém extremamente fora de si a séculos atrás, determinou que uma moça em seus vinte anos, recém-saída de um casamento, é eleita como desonrada, impura e inapta para se casar novamente, tão pouco para viver em sociedade. Apena só fato de eu sair de um casamento é dito como desonra pura, mamãe insistiu que eu mantive isso em segredo o que eu concordo plenamente, quero apagar a existência de Chazz, tudo sobre ele e que algum dia tive seu sobrenome… Agora ter que passar pro mais bailes, saraus e festas “a procura de um marido”…

Não. Não quero.

Mas não é fácil dizer isso a Lady Justine Antônia Saint’s Alucard. Ainda mais com todas essas pessoas ao nosso redor. Assim que descemos da carruagem, papai pulou para fora em seguida estendendo a mão para mamãe descer e sem me olhar ele fez o mesmo comigo.

Ele ainda está tremendamente irritado comigo.

Entramos na grande mansão dos — Que felizmente mamãe me lembrou — Sir. Jhonees, barão da pequena região oeste á Blue Village, aparentemente ele é alguém de muita importância por aqui, e posso ver no brilho do olhar de minha mãe, que ela pensa sim em me casar com seu filho solteiro.

Apenas suspiro e resisto a tentação de tocar um dos cachos do meu penteado, que ela insistiu que ele fica ao lado de minhas orelhas, isso me dá muita agonia.

Logo somos apresentados a todos os convidados do local, papai desfila comigo alegando ser sua belíssima filha, mesmo ela nem olhando em minha cara direito. Sou puxada de um lado para o outro por mamãe e pasme, por madame Josie também. Alguns rapazes também se aproximam de mim, os que trato de espantar com um olhar hostil e severo, o que enlouquece as duas mulheres ao meu lado.

Subimos as escadas e paramos no segunda andar da mansão, que dava perfeitamente para ver todo o salão lá embaixo, assim como as jovens sentadas em suas cadeiras, as que estavam paradas ou as que transitavam com suas acompanhantes, mães ou amigas, os jovens e senhores que dançavam alegremente no centro do salão.

Parecia que toda a Blue Village estava aqui, o local estava lotado e parecia transmitir alegria, união e algo mais que me fez sorrir muito, de orelha a orelha. Aqui, nesta cidade, se eu me esforçar um pouco posso ter certeza de que conseguirei viver bem e principalmente feliz.

Sou tirada de meus devaneios pelas cotoveladas discretas de mamãe, ela sussurra algo para mim, mas que eu não ouço bem. Madame Josie se apruma toda como um passarinho e mamãe toma sua postura mais ereta e elegante possível, olho para onde elas estão olhando e então vejo uma senhora se aproximando de nós.

— Lady Alucard, Lady Bovier, que bom que puderam comparecer, me sinto tão feliz por suas presenças. — Ela diz olhando alegremente para mamãe e madame Josie.

— Querida Anelicia, jamais perderíamos uma de suas festas. São sempre maravilhosas. — Josie diz com animação.

— Digo o mesmo, aliás Anelicia, creio que ainda não conheceu minha filha. — E então mamãe me coloca de frente a Lady Jhonees, que me encara dos pés a cabeça com um sorriso genuíno e… Malicioso? — Anelicia esta é Marie.

— É uma honra conhecê-la madame. — A reverencio de leve. Ela toma minhas mãos e as afaga com delicadeza.

— Quão bela ela é Justine, pelos céus. A honra é toda minha querida.

— Marie é realmente muito bonita. — Ela desliza os dedos sobre a manga de meu vestido. Que também é outra coisa que está me irritando esta noite.

Ele é verde-escuro, com a barra de renda branca cintilante, apertado no corpete porém é um pouco bufante nas mangas e parece querer se fechar ao redor da base do meu pescoço. Com a ajuda de sua saia volumosa e do calor ambulante, eu estou me sentindo um bule de chá gigante.

— Ela está voltando para a minha casa e a de meu marido, após uma temporada dedicada aos estudos em Toronto. — A mentira dança por seus lábios.

— Isso é maravilhoso. Deve ser uma moça bem centrada e dedicada, gosto disso Lady Alucard.

— Decerto ela é. Ela adoraria se dedicar a sua vida pessoal por agora. — Os olhos de Lady Jhonees parecem brilhar e eu encaro incrédula a Justine, minha mãe. Como ela pode já jogar aos lobos assim que estou solteira.

— Ora, eu entendo, meu filho adoraria conhecê-la Srta. Alucard. — Seu olhar é dirigido a mim agora. O que me faz estremecer. — Ele também passou um tempo se dedicando aos estudos, porém em Londres.

Ela passa por mim e se encosta devagar na escadaria que dá para o salão lá embaixo. Nós três a seguimos e eu já sinto a ânsia e o temer passarem por meu corpo, não quero se cortejada e tão pouco conhecer rapaz algum.

— Veja, lá está ele. — Ela aponta para a enorme mesa a onde estão todos os drinks e petiscos que pude imaginar. — Jeremy meu filho mais novo. Um lindo rapaz.

Estreito os olhos para ver a onde ela aponta, mas outra figura rouba minha atenção, dessa vez para bem longe da mesa de sobremesas.

KIM TAEHYUNG:

Duque Hanses Hasingth, duque de toda Blue Village.

Eu sabia que ele estaria no baile de Sir. Jhonees, na verdade ele é um dos dois motivos no qual eu resolvi dar o ar de minha graça aqui, mas eu não imaginava que iria lhe encontrar tão de cara assim, mal entrei no salão principal, quando nós demos de cara no hall de entrada.

Ele me olhara com desprezo — O que me faz alargar meu maior sorriso de quem está aprontando algo e eu definitivamente estou aprontando algo para ele — Sua esposa atrás dele, me olha como se eu fosse uma assombração.

— Taehyung. — Ele pronuncia meu nome como se fosse uma praga, um murmuro condenado pela igreja. Me curvo levemente lhe cumprimentando.

— Duque Hasingth. Duquesa. — Olho a mulher. — É sempre um prazer velos.

— O que pensa que está fazendo vindo aqui? Ou melhor, o que pensa que está fazendo ainda em Blue Village?

— Até onde estou sabendo Vossa Graça, a cidade não proíbe nenhum imigrante, e além do mais eu ajudo bastante na economia de Blue Village. — Tiro meu convite, falsificado e recém-carimbado pelo mordomo da entrada e balanço no ar. — E eu fui dignissimamente convidado.

— Lady Jhonees deve ter enlouquecido. — Salatiel, sua esposa, praticamente berra as palavras, ela agarra a mão do marido e empina seu nariz. — Por sorte Klaus não está nesse baile, portanto não poderá estar no mesmo ambiente que… Você.

— Isso é uma pena, adoraria ter uma boa conversa com Lorde Klaus.

— Hunmp. Devemos ir querido, pelo visto essa festa realmente só nos trará dor de cabeça.

O Duque me fita com intensidade, quase como se enxergasse através do meu sorriso malicioso, e eu quero que ele veja, quero que descubra tudo o que tenho em mente e se sinta apavorado com isso.

— Não apareça novamente em minha frente Taehyung. — Diz por fim.

— Isso é inevitável Vossa Graça, sempre estaremos nos encontrando.

Os dois passam por mim a passos firmes, bem a duquesa pisa no chão com tanta força que temo que o chão se abra embaixo de seus pés. Me viro de costas para que ainda possa os ver e meu olhar se encontra com os do Duque.

— Sobre aquele Vossa Graça, ele será resolvido em breve. Estou com os documentos em mão. — Ele arregala seus olhos e se apressa para ir embora junto de sua insuportável esposa.

A verdade é que ainda não tenho nenhum documento em mãos, ainda, mas isso não está longe de ser verdade. Sir. Jhonees quer que o seu encontro com suas amantes continuem em sigilo, além é claro da fraude que ele dera na exportação de maçãs de Sir. Alucard no mês passado.

Sem contar que vendi um terreno para a Sra. Cuterbth e para o Sir. Bridgerton a algumas semanas, era um terreno vazia que já havia dono é claro, porém eles não precisam saber disso. E as centenas de libras de que recebi por essa venda serão mais que o suficiente para poder comprar uma propriedade tão bela quanto a de Sir. Jhonees… E ele, com certeza, facilitará sobre meus documentos.

Eu preciso deles para jogá-los sob a mesa de Duque Hasingth. Eu não sai da Coreia apenas para vir para cá e ter todo o meu trabalho destruído, tenho que vingar aquela carta.

Entro enfim no salão de baile e sorrio para as belas damas que estão na lateral, que claro sorriem de volta, esta noite posso fazer além de arrancar dinheiro dos moradores aristocráticos locais, diversão também está em meus planos. Em meio a algumas pessoas eu posso ver Park Jimin, o tão famigerado escritor do jornal mais seccionalista de Blue Village, The SpringDay, que também é levado até a Dublim e por toda a Irlanda. Ele deve estar aqui para registrar todas confusões e fofocas do baile.

Com toda certeza praguejarei á Namjoom por ele não me avisar de sua presença aqui. Ele já escreverá sobre mim algumas vezes, foi assim que o pai de Helena soube sobre nós, um verdadeiro estraga prazeres. Me afasto do local a onde ele está e caminho entre as pessoas da festa, algumas me olham de soslaio, outras admiradas — Principalmente as damas. — Devem estar se perguntando o que eu estou fazendo aqui.

Escuto uma voz doce chamar meu nove, giro os pés e olho para a frente vendo Helena descendo alguns degraus da grande escada, sorrio para ela e a observo vir até mim, mas outra coisa faz eu levantar meu queixo e então olhar acima dos degraus que Helena descerá. Ma solhe que interessante, a bela dama da estação de trem está aqui. E ela me olhando de formas intensa, quase como se me acusasse ou gritasse com os olhos.

Então eu estava certo em deduzir que ela é de fato, de família rica. A mulher ao seu lado segura em seu braço e então a conduz pela escada, parece animada e ela apenas olha ao redor levemente perdida… Aquela seria… Oh é ela mesmo. Lady Alucard, esposa de Sir. Alucard, o homem mais rico — Até mais que o Duque Hasingth — De Blue Village, na verdade ele é um dos homens mais ricos de todo o ducado. Se Lady Alucard está falando assim com ela… Bem, elas se parecem bastante.

Oh, que coisa Taehyung, você tentará enganar a filha de Sir. Alucard. Sir. Jhonees está lhe enganando, mas, ao mesmo tempo, brinda ao lado de Sir. Alucard nessa festa. Que conflito de interesses extremamente vantajoso para mim.

Para minha sorte — Ou azar — Helena é parada do seu caminho até mim por sua irmã mais velha e seu marido. Lady Alucard e a Sra. Jhonees jogam a pobre jovem juntamente á Jeremy Jhonees, ah pobre coitada. O imaturo e estridente Jeremy Jhonees, esse com toda certeza é um castigo na certa.

As damas mais velhas se afastam deixando a Srta. Alucard falando seriamente com um Jeremy animado. Filha de Sir. Alucard… Isso pode ser algo bom de certa forma.

Com passos decididos caminho até eles, a moça — Bela moça aliás — Percebe minha aproximação primeiro que Jeremy, ela estreita os olhos para mim e assume uma expressão que ou significa que ela sairá correndo, ou que tentará me atacar. Deve ter ouvido os rumores sobre mim. E bem, como uma dama ela não me atacaria… Certo? Isso eu já não sei, depois que conhecer Margot e Helena eu posso esperar tudo das jovens de Blue Village.

A pouco menos de dois metros dos dois eu posso ver o cuspe exagerado saindo da boca de Jeremy, ele fala com ela como se estivesse recitando uma das grande fofocas desastrosas do The SpringDay. É obvio o desconforto dela a qualquer pessoa que enxergue bem com seus dois olhos. Também pudera.

Aproximo-me mais ainda dos dois, sorrio da forma mais encantadora possível para a Srta. Alucard e estendo minha mão á ela, vendo que já trocaram a música para uma mais lenta, para meu grande prazer.

— Minha dama. Me daria o prazer dessa dança?

Jeremy me olha sem entender nada, já ela me fita dos pés a cabeça e sinto um comichão em meu interior com isso, seus olhos cinzas me encaram com profundidade, como se ela soubesse todas as minhas intenções com ela e um pouco mais, como se fossem grandes raios de uma tempestade distante me atingindo. Gostei de seu olhar, é mais poderoso do que o de seu pai.

— Você por aqui? O que faz aqui? — Jeremy solta, fazendo oura rajada de saliva atingir tanto a Srta. Alucard quanto a mim, esse garoto ainda está nas fraldas, como pode debutar na sociedade ainda esse ano?

— Minha dama? — Estendo mais uma vez a mão para ela, que continua a me olhar desconfiada.

Mas vendo que Jeremy iria falar novamente, e com isso mais uma rajada nojenta e desengradável de saliva iria surgir, ela agarra minha mão como se sua saúde dependesse disso. Sorridente eu a guio até a pista de dança.


 


 



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