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História The Greatest (2 temporada de Nicest Thing) - Página virada


Escrita por: JoyceSantos e LikaPeluso

Notas do Autor


Pessoas!
It's me, Joyce!
Estávamos fazendo um tour pela Europa, por isso demoramos para postar!
Tá... Essa foi a pior desculpa que eu já dei... (tour pela Europa... sonha, Joyce! Sonha!)
Tivemos uns BO aí nesses dias que ficamos sem postar. A Lika tinha umas provas para fazer, eu perdi o meu avô e fiquei na bad, enfim... Voltamos firmes e fortes!
Espero que ainda estejam aí acompanhando a história.

Ao capítulo!

Enjoy :3

Capítulo 15 - Página virada


Fanfic / Fanfiction The Greatest (2 temporada de Nicest Thing) - Página virada

“Seu amor é minha página virada

Onde apenas as palavras mais doces permanecem

 

Cada beijo é uma linha cursiva

Cada toque é uma frase redefinida

 

Eu me rendo para quem você é

Nada me faz mais forte do que seu coração frágil

Se eu apenas tivesse sentido como é ser seu

Bem, eu teria sabido para que eu tenho vivido por todo esse tempo

 

Para que eu tenho vivido”

 

Turning Page - Sleeping At Last

 

 

- Dressert! Dressert, abre logo essa porta! – Castiel disse do lado de fora de seu quarto para Dressert que estava trancada dentro dele. Fazia muito tempo que ela estava lá.

- Não! – Ela disse sentada na cama abraçando os próprios joelhos.

- Você está me proibindo de entrar no meu próprio quarto? - Ele protestou.

- O quarto, na verdade, é do hotel... – Ela respondeu.

- Mas como eu estou ‘morando’ aqui ultimamente, pode-se dizer que ele é meu, mesmo que temporariamente... Isso não importa! Eu não estou entendendo o que está acontecendo! Pode pelo menos me dizer o que foi que eu fiz de errado? – Castiel se escorou na porta e cruzou os braços esperando pela resposta.

- Você não fez nada de errado. Quer dizer... Não exatamente. Eu não sei dizer... – Ela respondeu confusa.

- Eu não vou aceitar dormir no sofá sem nem ao menos saber o motivo! – “Achei que dormir no sofá seria o tipo de coisa que só aconteceria comigo quando fôssemos casados, mas pelo jeito eu me enganei...” Ele pensou.

Dressert se levantou da cama desanimada, pegou um travesseiro e caminhou até a porta. Ela respirou fundo antes de finalmente abri-la, já que não tinha como evitar o ser mais teimoso que já existiu na face da terra, também conhecido como Castiel. 

- Resolveu me trazer pelo menos um travesseiro já que vai me fazer dormir no sofá injustamente? – “Pode até ser justo, mas como ela não disse o motivo...”.

- Não é para você, é para mim! Vou dormir no sofá já que você não quer dormir lá, e não faz sentido eu te expulsar do seu ‘próprio quarto’... – Ela disse encarando ele.

- Você não vai dormir no sofá! – Ele descruzou os braços dando dois passos para frente para se aproximar mais dela. Ela continuava o encarando e era um tanto engraçado, já que ela quase subia nas pontas dos pés para encarar ele ‘olho no olho’.

- Eu vou sim! – Ela disse batendo o pé no chão.

- Então eu vou dormir lá também! – Ele também bateu o pé no chão da mesma maneira que ela.

- Achei que não quisesse dormir no sofá! – Ela disse cruzando os braços praticamente abraçando o travesseiro.

- E eu não quero! – Ele cruzou os braços também.

- Então dorme na cama! – Ela voltou a bater os pés no chão e ficou batendo repetidamente.

- Também não quero dormir na cama! – Ele começou a bater os pés no chão da mesma forma que ela.

- Já que não quer nenhum dos dois, durma no chão! – Ela descruzou os braços jogando o travesseiro no chão.

- Você vai dormir no sofá ou na cama? – Ele perguntou pegando o travesseiro do chão um tanto impaciente.

- Por que quer saber? – Ela já não tinha mais paciência.

- Para saber em qual chão eu vou dormir! Se é o da sala ou o do quarto! – Ele respondeu cruzando os braços praticamente abraçando o travesseiro da mesma maneira que ela estava fazendo.

- Eu não estou entendendo você! – Ela estava falando bem alto.

- Eu também não estou entendendo você! – Ele estava falando tão alto quanto ela.

- Não estamos entendendo vocês! – Lysandre e Haley disseram juntos de dentro do quarto do Lysandre.

Dressert e Castiel ficaram em silêncio por um minuto depois de se darem conta do quanto estavam falando alto.

- Só me diz o que você quer... – Dressert disse em um tom de voz mais baixo, mas ainda estava irritada.

- Quero saber o que tem de errado com você e, se por acaso não quiser mesmo me dizer o que é, quero pelo menos dormir perto de você... – Ele disse um pouco mais calmo.

- Me dá esse travesseiro. Eu vou dormir no sofá e você no quarto. Fim da discussão... – Dressert tentou puxar o travesseiro de Castiel, mas ele continuou o segurando com força.

- Não vamos dormir em lugares diferentes! A discussão continua! – Ele continuava segurando o travesseiro com força e não pretendia entregar à ela, mesmo ela fazendo um grande esforço.

- Por que você não é capaz de simplesmente me deixar sozinha um pouco? Está agindo como a minha mãe! Que saco! – Ela começou a inclinar o corpo para trás para ver se conseguia alguma ‘vantagem’.

- Não estaria fazendo isso se você não tivesse se fazendo de difícil! – Ele não precisava, mas inclinou o corpo um pouco para trás do mesmo jeito que ela só para que ela finalmente percebesse que não ia ganhar aquele ‘cabo de guerra” com travesseiro nunca.

- Não tem nada de errado comigo! Esqueça isso! – Ela continuava insistindo.

- ‘Esqueça isso’ é a palavra que uma mulher diz para o homem quando quer que ele fique pensando no que pode ser por toda a eternidade! – Ele não estava facilitando as coisas para ela, mas também não estava fazendo muito esforço – Podemos ficar nessa à noite inteira!

- Ah é? Você acha mesmo? – Ela disse soltando o travesseiro de uma vez, repentinamente.

Foi tão rápido que Castiel não conseguiu evitar cair para trás. Ele caiu de bunda e bateu as costas no chão, mas não foi nada sério. A dor da queda provavelmente passaria em, no máximo, dois dias.

- Castiel, eu... – Ela se arrependeu rapidamente ao ver a expressão de dor dele enquanto se levantava do chão.

- Quer saber, depois dessa, você merece dormir no sofá! – Ele disse antes de caminhar pisando forte para dentro do quarto e fechar a porta com força.

- Eu sinto muito mesmo... – Dressert disse baixo enquanto se ajoelhava de frente para o travesseiro que estava no chão. Ela o pegou e o abraçou com força – Sinto muito mesmo... – “Foi só porque olhar para você não ia deixar eu me esquecer dela e de todas as coisas que ela disse...”.

Algumas horas antes

- Eu vou mostrar ‘porque não’... – Castiel perdeu a paciência e resolveu abrir logo a porta. Mas quem estava na porta não era apenas quem ele esperava – Você?

Castiel não pensou duas vezes. Ele tentou fechar a porta antes que qualquer uma das duas pessoas que estava do lado de fora pudesse tomar alguma atitude. Mas ele não foi tão rápido como uma das pessoas que, por conhecê-lo bem, já imaginava que ele faria uma coisa assim, e usou o próprio corpo para impedir que Castiel fechasse a porta, aproveitando para finalmente entrar.

- Mas que jeito é esse de tratar a sua ex-namorada? – Ela perguntou com um sorriso, apesar de não ter gostado nem um pouco da atitude dele – Achei que nunca mais nos encontraríamos, gatinho... – Debrah disse tentando dar dois passos para frente e se aproximar dele, mas ele se afastou à medida que ela chegava perto, com um olhar de quem não estava nem um pouco feliz com a presença dela.

“Também achei que nunca mais nos encontraríamos. Odeio estar errado...”, ele pensou e nem tentou esconder o grande desconforto que sentia só dela respirar perto dele.

- Sentiu a minha falta? – Ela perguntou.

- Não... – Ele respondeu frio.

- Acho fofo quando você mente... – Ela riu como se realmente acreditasse que ele estava mentindo ao dizer que não sentia falta dela.

Ao ver Debrah entrar, Dressert imediatamente puxou Haley pelo braço para um canto um pouco fora da visão de Debrah.

- Eu ouvi bem? Ex-namorada? – Haley perguntou sussurrando.

- Exatamente o que você ouviu. Não deveríamos nem estar aqui, então é melhor ficarmos em um dos quartos até que eles resolvam o que precisam para resolver e ela vá embora... – Dressert respondeu sussurrando também.

- Você pode ir na frente, eu vou ficar aqui mais um pouco... – Haley não parava de olhar para Debrah. Ela analisava cada movimento dela e, logo de cara, não gostou dela.

- Não podemos ficar aqui, ela vai acabar nos percebendo! – Dressert disse demonstrando um pouco seu nervosismo por conta da presença de Debrah. Ela se sentia confusa. Queria ficar longe de Debrah, mas ao mesmo tempo, queria muito afastá-la de Castiel e descobrir o que ela queria com ele.

- Você é mesmo dodóizinha da cabeça, não é, Dressert? Ela é a ex-namorada dele! Vou repetir para ver se você se manifesta... Ela é a ex, ex, ex, e-x, eeeeexxxx-na-mo-ra-da dele! Se eu fosse você ia até ela no momento que ela passou pela porta só para mostrar para a vaca que eu estou por perto! – Haley não conseguia entender Dressert. Falando a real, a Haley não ia apenas ir dar um ‘E aí, querida! Como você está? Vem sempre aqui?’ para a ‘garota’ – Se eu fosse você, eu já chegava na voadora! – Isso é exatamente o que ela faria.

- Como pode chamar alguém que nem conhece de vaca? – Nem Dressert entendeu o que tinha acabado de perguntar. Era como se estivesse defendendo a Debrah mesmo achando que ela é uma vaca também. Ela estava bem confusa. Vai entender...

- Ela é a ex-namorada do namorado da minha amiga, quer que eu chame ela de que? – Haley nem percebeu que tinha falado alto demais. Ela tinha ficado tão revoltada e com vontade de bater em Dressert que perdeu totalmente a noção da situação que estava.

- Olha só quem está aqui... – Debrah disse finalmente percebendo a presença das duas.

- Fique longe delas... – Castiel disse em um tom ameaçador.

- Nossa, não precisa ficar desse jeito, gatinho! Não é como se eu fosse querer tirar um pedaço da sua namorada. Ou ex-namorada? Desculpe, fiquei um pouco confusa agora! Ela tinha deixado você, não tinha? – Debrah perguntou tentando provocar Castiel.

- Eu até consigo lidar com o fato de ser obrigado a receber você aqui, mas não tenho a obrigação de ter que lidar com ela... – Castiel disse para seu produtor que, até o momento, ainda estava do lado de fora checando a agenda de seu celular.

- Tecnicamente, você é obrigado a lidar com ela sim... – O produtor disse finalmente entrando, mas sem tirar os olhos do celular – Se não achassem que são bons o suficiente para tirar “folga” sem a minha permissão e se não desligassem os celulares para ignorar as minhas ligações, saberiam que a Debrah vai trabalhar conosco por um tempo...

- Não precisamos dela, nossa banda está completa... – Castiel se segurava para não ir até o canto da sala que tinha uma cadeira junto a uma mesa pequena. A vontade dele era de pegar aquela cadeira e jogar em alguém.

- Eu digo se a banda está completa ou não, e eu digo que a banda precisa de uma voz feminina em algumas músicas. Vocês vão trabalhar juntos. Não me interessa se vocês tiveram um caso, não estou pedindo para gostar dela. Se te incomoda, o problema é seu... – O produtor disse como se não fosse nada demais e foi se sentando no sofá para abrir uma das maletas que tinha trago consigo.

Castiel queria que a ideia de matar alguém à base de cadeiradas se tornasse realidade, mas Lysandre percebeu o olhar assassino do amigo e tentou acalma-lo segurando seu ombro direito.

- Fica calmo, nós vamos conseguir lidar com isso... – Lysandre disse para Castiel enquanto o amigo respirava fundo.

- É, fica calmo gatinho. Estou aqui só por causa de negócios e... Para ver a Dressert! Fiquei surpresa ao ver a foto de vocês dois juntos no aeroporto nas capas das revistas... – Debrah percebeu que Castiel não tinha gostado nem um pouco de saber que ele e Dressert eram notícia e, ainda por cima, capa de revista. Mas era outra pessoa que ela gostaria de incomodar naquele momento – Eu sabia que ia acabar encontrando ela se viesse aqui e pensei que, caso vocês não estejam namorando, nós finalmente podemos ser amigas! – Debrah parecia até estar dizendo a verdade. Era difícil perceber a diferença de quando ela diz a verdade ou não. Talvez ela nunca tenha dito a verdade.

- Nós estamos namorando e eu já disse para ficar longe dela... – Castiel precisava manter o controle, mas estava ficando cada vez mais difícil de aturar tanto o seu produtor quanto Debrah de uma vez só.

- Ah, por que você é tão duro comigo, gatinho? Afinal, ela acabou deixando você da mesma maneira que eu deixei. Não foi, Dressert? – Debrah não ia parar de provocar até conseguir tirar alguém do sério – E pelo jeito ela até arrumou um novo amigo...

- Eu sou mulher... – Haley já estava com muita vontade de agarrar o pescoço de Debrah antes dela dizer que Haley era um homem. Agora, ela mal conseguia se conter.

- Desculpe, esse seu ‘corte de cabelo’ realmente me fez achar que você era um homem! – Debrah disse rindo descaradamente.

- É um corte muito comum de onde eu vim... Eu não ia dizer que você é uma piranha só por causa dessas suas roupas porque não acho certo julgar alguém pelas aparências, mas agora, cheguei a conclusão que você é realmente uma piranha... – Haley disse em resposta ao comentário de Debrah.

- Quem você pensa que é para falar assim comigo? – Debrah finalmente demonstrou alguma verdade em suas expressões. Haley realmente tinha conseguido cutucar ela.

- Eu sou a Haley. E você, quem pensa que é? – Haley sorriu contente com o desconforto de Debrah.

- Queridinha, você deve saber muito bem quem eu sou... – Debrah parecia um tanto irritada.

- Não sei não. Nunca ouvi falar de você. Você deve ser uma daquelas garotas que só conseguem ficar famosas porque ‘dormem’ com a ‘pessoa certa’... Deve ser por isso que não conheço você... – Haley amava música, conhecia muitos cantores e bandas, mas realmente não tinha ouvido falar em Debrah.

- Ora, sua... – Debrah ia partir para cima de Haley, mas Lysandre entrou na frente dela.

- Você não é bem vinda aqui, Debrah. Resolva logo o que veio fazer aqui e vá embora... – Lysandre disse firme para Debrah e ela acabou se afastando mesmo sem deixar de encarar Haley – E Haley... Podemos conversar um pouco? – Lysandre puxou Haley em direção ao seu quarto deixando Dressert e Debrah para trás.

Castiel ia ir até Dressert antes que Debrah tentasse alguma coisa, mas seu produtor chamou sua atenção.

- Está na hora de dar alguns ‘autógrafos’, Castiel... – O produtor se referia à alguns contratos referentes à parceria que a banda teria com Debrah.

- Acha mesmo que pode me obrigar a assinar isso? – Castiel apenas olhou para os papéis como se tudo fosse apenas lixo – Me diga logo onde é o ‘recursos humanos’ para eu me demitir e acabar com tudo isso...

- Eu não acho, eu tenho certeza que você vai assinar. Escute bem, Castiel. Eu sei que você não dá a mínima para a banda, mas eu também sei o porquê de você não ter desistido ainda. Você poderia muito bem sobreviver fazendo qualquer outra coisa, mas sabe que seu amigo Lysandre não conseguiria fazer o mesmo. Cantar e compor são as únicas coisas que ele ama e sabe fazer bem, tirando isso ele não consegue nem ir na esquina sem esquecer qual é o caminho de volta. Então, eu vou te dar uma dica. Ou você continua colaborando comigo ou você e seu amigo podem ficar desempregados. Eu não preciso de vocês, todos os dias aparecem pessoas talentosas na minha porta querendo que eu as ajude a conseguir fama, então... Você é um cara esperto, então vai fazer a “coisa certa”...

Enquanto Castiel e o produtor conversavam, Debrah aproveitou para se aproximar de Dressert.

- Então, você está de volta... Por que você voltou, Dressert? Ah! Já ia me esquecendo de perguntar: por que foi embora? – Debrah perguntou baixo para que apenas Dressert a escutasse – Vejamos... Ele é alguém agora, tem dinheiro e fama... Seria por isso que voltou?

- ‘Não é da sua conta’ é a minha resposta para as duas primeiras perguntas e sobre a última, eu não sou você. Não quero o dinheiro e nem a fama dele... – Dressert respondeu encarando Debrah, a olhando diretamente nos olhos.

- Não me olhe desse jeito... Não podemos mesmo ser amigas? – Debrah sorriu “amigavelmente” – Nós duas temos algo em comum e não é apenas o fato de termos namorado o mesmo cara, beijado a mesma boca e... Dormido com o mesmo homem... – Essa última frase Debrah disse bem perto de Dressert – Além do mais, você também o deixou e...

- Não pense que sou igual à você por que eu não sou... – Dressert cortou a fala de Debrah tentando ignorar a parte “beijado a mesma boca e dormido com o mesmo homem”.

- Tem razão, você não tem nada haver comigo. E vendo bem, nem com ele... Nós dois tínhamos uma banda juntos antes de terminarmos. Tínhamos os mesmos interesses, tínhamos muito em comum e ainda temos. Como vai lidar com o fato de que de agora em diante ele vai passar muito mais tempo comigo do que com você? Acho que não precisa se preocupar já que é só ‘trabalho’, não é? Mas talvez se sinta um pouco solitária já que ele pode demorar muito para voltar para você no final do dia e também tem as viagens para as turnês... Como vai se sentir por ter que passar meses sem poder ver ele? A não ser que queira ir com ele, mas pelo que eu me lembro, você queria ser médica, não queria? Acho que as coisas estão um pouco complicadas para você... Mas talvez não seja problema para você já que conseguiu passar um bom tempo longe dele... – Debrah continuava falando baixo para que apenas Dressert a escutasse.

- Onde você quer chegar? – Dressert não queria mais saber de ficar ouvindo todo aquele blá blá blá.

- Onde eu quero chegar? Eu só quero te ajudar, Dressert. Veja bem. Eu e ele fazíamos muito mais sentido. Vocês dois ainda vão seguir caminhos diferentes. Não atrapalhe a carreira dele e não deixe que ele atrapalhe a sua também. Então não se sinta mal por não poder estar no meu lugar e... Não quero que acabe se magoando quando perceber que não vai dar certo... Castiel precisa de alguém que se ajuste à rotina dele. Infelizmente, esse alguém não é você... – O tom de voz até poderia fazer alguém acreditar que Debrah realmente queria o bem de Dressert, mas Dressert nunca acreditaria nisso.

- Temos a assinatura do Castiel. Agora precisamos da assinatura do Lysandre... – O produtor disse em voz alta.

- Estou indo... – Lysandre disse finalmente voltando de seu quarto e Haley voltou a ficar do lado de Dressert.

- Apenas pense sobre o que eu disse... – Debrah disse piscando para Dressert antes de caminhar até o produtor e se sentar ao lado dele no sofá.

- Lysandre pediu para eu me controlar. Ele pediu de um jeito tão fofo que eu não tinha como desobedecer, mas... O que a vaca disse para você? Quer que eu acabe com ela agora? – Haley perguntou.

- Nada que eu já não soubesse... Eu vou para o quarto do Castiel... – Dressert disse antes de sair andando em direção ao quarto de Castiel com pressa. Haley e Castiel trocaram olhares logo em seguida, antes de Castiel pegar as chaves da moto em cima da mesa de canto da sala.

- Ei! Onde pensa que vai? Você tem um problemão para resolver lá no seu quarto! – Haley disse para ele.

- Eu sei. Tenho uma coisa para resolver antes... – Ele disse antes de abrir a porta e sair.

Agora

Castiel esperou trinta minutos se passarem para finalmente abrir a porta do quarto. Ele ficou surpreso ao ver que foi Dressert que acabou dormindo no chão, as costas e a cabeça apoiadas na parede, uma perna dobrada e a outra esticada com o travesseiro sobre a que estava dobrada. Ela estava dormindo no chão bem na frente da porta.

- Então foi aí que você resolveu dormir? – Ele disse se abaixando para pegá-la no colo.

Ele passou o braço direito dela pelo pescoço dele, segurou suas costas com o braço esquerdo e as pernas com o direito com cuidado e a carregou para dentro do quarto fechando a porta empurrando com o pé. Castiel colocou Dressert na cama e a cobriu com um lençol, se deitando ao lado dela em seguida. Ele analisou rapidamente o rosto dela notando que ela provavelmente tinha chorado e, com raiva dele mesmo por não ter tido atitudes diferentes, acabou se virando de costas para ela ainda deitado na cama.

- Por que você tem que ter uma ex-namorada? – Castiel escutou Dressert perguntar com a voz baixa.

- Por que? – Ele se virou para ela para saber se ela estava acordada ou se estava apenas falando enquanto dormia antes de responder. E ela estava acordada – Porque não tinha como ser de outra maneira. Você demorou muito para aparecer, então... A culpa foi sua...

- Eu não tenho ex-namorado, então não acho que você vá entender... – Ela disse exatamente o que estava pensando, mas não tinha a intenção de dizer. Portanto, nem percebeu que tinha falado.

- O que a Debrah disse para você? – Ele perguntou sério.

- Não importa... – Ela respondeu.

- Importa sim...

- Eu te contar ou não o que ela disse não muda as coisas. Ela vai continuar sendo a sua ex-namorada, você continua sendo você e eu continuo sendo eu com todos os problemas que eu tenho...

- Eu não entendi nada do que você disse... – Ele tentou entender, se esforçou muito e o pouco que ele conseguiu refletir sobre, já podia adiantar alguma coisa – Ex-namoradas ou ex-namorados existem porque as pessoas tentam encontrar alguém, mas não dá certo... Eu juro que queria muito ter conhecido você primeiro...

- Eu fui sua ex-namorada pelo tempo que fiquei longe, não fui? - Ela perguntou.

- Bom... Acho que... Pode-se dizer que sim... – Ele respondeu.

- Então quer dizer que nós não demos certo... – Ela disse se sentando na cama e olhando para frente como se tivesse algo interessante à sua frente, mas seu olhar na verdade estava perdido junto com seus pensamentos.

- Você está errada. Nós demos muito certo... – Ele se sentou olhando para ela esperando a hora que ela retribuísse o olhar.

- Mas nós terminamos... – Ela continuava a olhar para o mesmo lugar, do mesmo jeito.

- Terminamos, mas isso não significa que não demos certo. Você teve seus motivos para ir embora e eu entendo...

- Sabe que mesmo se eu não tivesse ficado doente... – Ela começou a falar, mas foi ele que completou a frase.

- Você ia me deixar de qualquer jeito. Eu sei disso, você estava com aquela paranóia de que ia ‘prejudicar a minha carreira como guitarrista e blá blá blá’, do mesmo jeito que está agora...

- Você me conhece bem... – Ela disse finalmente olhando para ele – Eu sinto muito pela forma que tratei você. Eu só precisava de um tempo para colocar meus pensamentos no lugar...

- Você nunca teve os pensamentos no lugar, Dressert... – Ele disse sério apesar de estar brincando com ela. Talvez tivesse um pouco de verdade no que ele disse.

- Eu senti... Inveja... Ciúme... Raiva... Por um momento eu quis ser como a Debrah... – Ela percebeu Castiel olhar para ela como se ela fosse a coisa mais estranha que ele já tinha visto – Não literalmente! Eu só... Queria fazer mais parte do seu mundo. Me sinto como uma estranha, um ET querendo fazer parte de um mundo que não pertence...

- Me explica que mundo é esse que eu vivo e que você não faz parte... 

- Você é guitarrista de uma banda famosa... Eu quero ser médica... Consegue ver o que eu vejo, pensando nessas duas coisas? – Ela perguntou.

- Consigo ver que eu sou guitarrista de uma banda famosa e você quer ser médica. Só isso... – Ele respondeu.

- Debrah tinha razão ao dizer que nós vamos seguir caminhos diferentes...

- Guitarristas de bandas famosas também precisam ir ao médico. Também precisam ter vida social. Também precisam ter alguém... Não sei o que deu em você para dar ouvidos à Debrah, mas quero que coloque na sua cabeça uma coisa. Você pode ser o que você quiser e eu posso ser o que eu quiser, mas você sempre vai ser a pessoa certa para mim. Você pode até achar que alguém como a Debrah faria mais sentido ou sei lá, mas você me completa de diversas maneiras possíveis e inimagináveis. É como se tivesse sido feita sob medida para mim. Me faz acreditar em destino... Você pode ser maluca, estranha, ter pensamentos suicidas, ter um histórico suicida, tirar conclusões precipitadas, ter gostos estranhos como estudar, agir feito uma terrorista, querer ser médica para curar as pessoas, se sacrificar pelos outros... São tantas as características, boas e até mesmo as ruins que fazem eu sentir que eu ganhei na loteria por ter você. Então, não queira ser alguém que não seja você. Eu amo você do jeito que você é, com suas doideiras e tudo mais...

- Eu quero ser alguém que você vá amar para sempre...

- Ótimo. É só continuar sendo você. Eu sei que está preocupada com o meu trabalho, mas eu quero que você entenda que eu preciso de você mais do que qualquer coisa. E além do mais, eu odeio o meu trabalho, Dressert...

- Odeia? – Ela perguntou surpresa.

- Eu amo tocar, mas não me lembro de qual foi a última vez que eu fiz isso porque eu queria. O prazer pela música se perdeu em algum lugar no momento em que eu tive que passar a me ajustar de acordo com o que ‘é bom para o mundo da música’. Eu não vejo os meus pais a quase um ano, perdi o contato com todos os meus amigos, simplesmente parei no tempo. Só consigo seguir com isso pelo Lysandre, mas eu tenho certeza de que não é isso o que eu quero...

- E o que você quer, Castiel?

- O que eu quero? – “Me casar com você, ter filhos, essas coisas... Era a resposta mais correta” ele pensou – Ter uma vida normal junto com você... Mesmo sabendo que ‘Normal’ e ‘Dressert’ não fazem parte do mesmo pacote...

Ela apenas riu com essa última parte.

- O que vou fazer quando você estiver longe? – Ela perguntou.

- Você vai estudar... Provavelmente fazer um estágio... Vai ficar longe dos representantes de turma e dos viciados em vídeo game... Vai se dedicar ao seu sonho até conseguir alcançá-lo e durante todo esse tempo, eu vou fazer de tudo para ver você. E quando eu finalmente estiver ‘livre’ nós vamos poder ter uma ‘vida normal’. Vou fazer de tudo para que a gente consiga ter isso... É uma promessa...

- E eu prometo nunca mais agir feito uma terrorista por causa da sua ex-namorada...

- Eu agradeço muito se realmente fizer isso! – Castiel suspirou aliviado.

- Só me responda uma coisa: você e a Debrah... Fizeram... Você sabe... Aquilo? – Como ela teve coragem de perguntar depois do que disse?

- Você acabou de me dizer que não ia mais agir feito terrorista por causa da Debrah! – Ele reclamou um pouco irritado.

- É só uma pergunta... – Ela insistiu.

- Cuja resposta pode me fazer ser expulso deste quarto!

- Prometo não te expulsar do quarto... – Ela disse cruzando os dedos escondidos atrás de suas costas.

- Eu e ela não fizemos sexo... Feliz com a resposta?

- Está me dizendo a verdade? – Dressert o olhou desconfiada.

- Minha mãe não ia com a cara dela e sempre dava um jeito de ficar em cima. E já chega de perguntas sobre a Debrah! O passado infelizmente é algo que não podemos mudar e eu gosto sempre de deixar o que é passado no passado!

- Tudo bem, não vou mais perguntar sobre ela... – Dressert fez dez segundos de silêncio – Posso perguntar mais uma coisa?

- Não! – Ele respondeu irritado.

- Não é sobre a Debrah... Só queria saber onde você foi depois que eu vim para o seu quarto naquela hora...

- Ah, isso... Fui dar uma volta. Precisava pensar sobre algumas coisas... – Ele disse sem demonstrar que estava escondendo algo.

O que Castiel realmente fez naquela hora

Castiel foi de moto até a farmácia mais próxima dali. Depois de estacionar a moto, ele entrou na farmácia com pressa. Ele se aproximou do balcão onde uma atendente estava distraída lixando as unhas.

- Tem pílula do dia seguinte? – Ele perguntou.

- Você tem receita? – Ela perguntou deixando as unhas de lado para atender Castiel.

- Como é que é?

- Pelo jeito a resposta é não. Você é aquele guitarrista, não é? – Ela perguntou.

- Não, só sou alguém muito parecido com ele. Tem alguma que eu possa comprar sem receita? – Ele perguntou olhando as coisas que tinham em sua volta.

- Sabia que é mais fácil comprar camisinhas do que pílulas do dia seguinte? – A atendente perguntou olhando bem para a cara de Castiel. Ela sabia que era ele mesmo, mas como ela não era nenhuma fã, não importava quem ele era.

- Sabia que é mais fácil cuidar da sua vida? – Ele já estava impaciente – Eu usei camisinha!

- Então porque quer a pílula?

- Porque não tenho certeza se usei todas as vezes. Pelas minhas contas, estava faltando uma camisinha e... Eu não sei porque estou explicando isso para você! Vai me vender a pílula ou não?

- Eu vou vender sim, mas vou te dar um conselho. Leia a bula antes de fazer a garota tomar a pílula... – Ela informou o preço para Castiel e o entregou a caixinha depois que ele pagou. Também entregou algumas camisinhas para ele – Tomei a liberdade de cobrar por isso também. Leve e vê se desta vez aprende a contar e ter mais cuidado...

Castiel pegou tudo revirando os olhos por causa da atendente. “Vamos ler a bula” ele pensou logo ao sair da farmácia abrindo a caixinha logo em seguida. ‘... Os principais efeitos colaterais incluem dor abdominal inferior, dores de cabeça, tontura, fadiga, náuseas e vômito, alteração no ciclo menstrual, sensibilidade nos seios e sangramento irregular...’. “Isso é quase uma bomba de hormônios... Vou mesmo fazer a Dressert tomar essa coisa?” Ele ficou ali parado pensando por um tempo. “Só porque não tenho certeza... Como pude deixar isso passar? Parece até coisa de garotos que acabaram de perder a virgindade...”.

Ele continuava pensando. “Seria algo ruim se... Acontecesse?” Ele se perguntou. Não sabia responder com muita certeza. “Eu devia decidir isso junto com ela...” Ele pensou caminhando até sua moto, mas antes de subir, acabou olhando mais uma vez para a caixa. “Pode não dar em nada e... Caso contrário, seria ruim se acontecesse?” Ele se fez a mesma pergunta, mas desta vez tinha a resposta mais clara em sua mente.

Assim, antes de subir na moto, ele caminhou até a lixeira mais próxima e jogou a caixinha no lixo. Depois disso, voltou para a sua moto e resolveu voltar para o hotel sem olhar para trás.

Agora

- Castiel? – Dressert o chamou.

- Hum? – Ele ainda estava distraído pensando em sua ida até a farmácia.

- Você devia ter cuidado com o que deseja, pois você pode conseguir... – Ela disse com um sorriso.

- Que? – Ele perguntou confuso.

- Você queria dormir comigo. Bom, você conseguiu... – Ela respondeu se deitando na cama e ele também se deitou a abraçando em seguida.

- É, eu consegui... – Ele disse ainda pensando em outras coisas. Nem percebeu que estava a sufocando em seus braços.

- Ca-Castiel... Não consigo... Respirar... – Dressert disse com muito esforço.

- Foi mal! – Ele afrouxou um pouco o abraço para que ela pudesse respirar – Dressert...

- Sim? – Ela se acomodou melhor nos braços dele já fechando os olhos.

- Esquece... Não é nada... – Ele disse antes de fechar os olhos também.

- ‘Esquece’ também é a palavra que um homem usa para fazer uma mulher ficar pensando eternamente sobre o que seria... Está se vingando?

- É sério, não é nada... – Ele disse a trazendo para mais perto de si com o abraço.

“Provavelmente não é nada...” Ele pensou. “Provavelmente...”. 

 

Seria ele quem ficaria pensando eternamente.

 


Notas Finais


"Cuidado com o que deseja, pois você consegue...". Macabra essa frase aí...

Continua no próximo episódio :3


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