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História The Gunsling - Ex-namorado


Escrita por: LionGirl

Notas do Autor


Oláá!!

Vi leitores novos! Sejam bem-vindos!

Aliás, sejam todos bem-vindos a esse novo capítulo <333


Obs: Caso vocês achem erros eu sinto muito, estou com um computador da era jurássica. O que também explica o fato de caso alguém encontre uma trema ( ¨ ) pois esse word no computador que eu estou usando tem um corretor de anoos atrás e eu não consigo desativar :(
Enfim, sempre reviso, mas às vezes passa.

Capítulo 20 - Ex-namorado


O inglês parece notar que eu estou branca como um fantasma. Sinto o coração acelerar e tento pensar rápido no que fazer, mas não há solução. Levanto da cama indo em direção à porta do quarto. Abro com cuidado e escuto barulho na sala, Michael deve estar vendo televisão, não tem como Alan sair por ali.

-O que foi? –Preocupado com a minha reação ele vem ao meu encontro.

-Andy. Ele está aqui, quer subir.

-Aqui?

-Ali fora, Alan. Quer subir pela janela.

-Eu não entendo qual o problema. –Confuso, ele vai em direção à janela e eu o seguro.

-Não! Alan você não entende... Ele é... Complicado.

-Ciúmes?

-Pra dizer o mínimo.

-Posso me esconder aqui.

-Duvido que ele vá embora rápido...

-E se o dispensar?

-Não posso. Olha, não estamos em um bom momento, ele pode interpretar mal.

Pulo pra trás quando vejo uma sombra sob o parapeito. Como não tranquei a janela ele não teve problemas para entrar e é claro que seu olhar ao ver a cena foi de raiva. Usando um colete de couro e uma calça jeans, suas botas estavam sujas de terra e o cabelo um pouco bagunçado.

-Será que estou interrompendo algo? –Biersack fita o inglês que engole em seco.

-Eu já estava saindo.

-Pra que a pressa? –Andy vai em direção à Alan, jogando-o contra a parede.

-Calma cara! Isso não é o que parece.

-Ah eu posso imaginar o que é.

-Andy para! –Tento manter o silêncio, falando baixo, porém sem sucesso. Sem cerimônias ele acerta um soco no nariz de Alan, que não reage, apenas cai de joelhos no chão. –Andy! –Puxo-o contra a minha cama, fazendo com que ele perdesse o equilíbrio por alguns segundos.

-Vai defendê-lo? –Abaixo-me ao lado de Alan que está sangrando.

-Tudo bem, Luana. –Ele se levanta. –Não é culpa sua.

-Não é? –Andy nos encara. –Você é uma completa vadia.

-O que foi que você disse?

-Você me ouviu bem, Hills. Uma vadia! Não posso dar as costas que te vejo agarrada em outro.

-Isso é ridículo!

-Ridículo é o papel que eu estou fazendo aqui. Vim até aqui pra te fazer uma surpresa e te encontro com outro cara no seu quarto uma hora dessas? Vai pro inferno garota.

-Andy você está entendendo errado. Deixa a gente explicar!

-Não tem o que explicar. Não sei por que ainda me sinto mal pelas coisas que eu te digo, afinal você sempre acaba sem dar valor aos meus esforços. 

-Cara, não fala assim com ela! Em momento algum aconteceu alguma coisa aqui. –Alan está com os olhos lacrimejando, enquanto tenta conter o sangramento com a manga do suéter.

-Cala. a. boca. –Segurando Alan pelo pescoço paraliso vendo o quão perto da janela os dois estão. Alguns passos atrás e um deles poderia cair. Sinto um calafrio ao pensar na possibilidade deles se machucando.

-Solta ele!

-Eu vou te falar só uma vez: Não me interessa quem tu acha que é... essa garota é minha! –Colando o garoto contra o parapeito, era quase como se eu conseguisse ouvir o coração de Alan batendo. Sem esperar por aquilo, Biersack recebe um soco no olho direito vindo do moreno que agora se via livre de seus braços. Andy pega impulso e acerta Alan duas vezes, colocando-o a beira da janela. Vejo Andy puxá-lo para dentro quando a porta do quarto se abre, revelando um zangado Michael.

-Mas que merda é essa? –Meu pai me encara esperando uma explicação.

-Pai! ... Eu...

-Você...?

-Nós podemos explicar. –Alan completa.

-O que foi que aconteceu aqui? –Michael encara o nariz sangrando do garoto e o olho de Andy que começou a inchar. –O show do seu pai não foi o suficiente no jantar? Veio fazer uma segunda apresentação?

-Senhor Hills, eu sinto muitíssimo por aquilo tudo.

-Jantar? –Andy me encara.

-Quem é você? –Michael e Andy nunca foram devidamente apresentados.

-Quem sou eu? Sou o ex-namorado da sua filha. –O quê? Eu nem consigo acreditar que aquelas palavras saíram da boca dele. –Parece que ela prefere europeus.

-O quê? –Michael me olha furioso.

-Eu já estava de saída. –Andy diz. –Se eu puder sair pela porta, vou ficar feliz.

-Parece que já conhece a casa... –Michael o encosta na parede. –E eu espero que essa seja a última vez que eu te veja aqui. Entendeu?

-Tenha certeza de que será. –O furioso vocalista deixa o quarto.

-Andy! –Tento, mas ele não olha pra trás.

-E você... O quero longe da minha filha, entendeu? LONGE.

-Michael isso tudo foi um grande mal entendido.

-Não me interessa o que foi! –O tom de raiva dele faz com que se possa ouvir de longe essa conversa. –Quero você fora da minha casa. A G O R A. E espero não precisar dizer novamente.

-Sim senhor. –Alan também usa a saída da frente. –Boa noite, Luana.

-Boa noite, Alan. Eu sinto muito. –Ele me lança um sorriso forçado.

-Vai sentir ainda mais. –Michael ameaça. –Espere aqui.

Ele deixa o quarto e eu me aproximo da porta, verificando o que ele vai fazer. Após alguns segundos escorada na parede não consigo conter a curiosidade e olho pelas escadas, o vendo garantindo que os dois estão indo embora. Eu não acredito que Andy terminou comigo sem nem ao menos me dar uma chance de explicar o que aconteceu. Vê-lo dizer que eu sou dele e após deixar subentendido que nós já não temos mais nada me partiu o coração. Mas o pior de tudo isso foi o Alan, que veio até aqui procurando apenas certificar-se de que estava tudo bem. Michael retorna visivelmente frustrado.

-Você vai me explicar essa merda. E vai ser agora! –Era aquele tom que ele usou na cozinha comigo.

-Não é nada como parece.

-Não é? Então talvez possa me explicar o fato de você ter um ex-namorado...

-Eu tenho idade suficiente para ter um relacionamento, pai. Pelo amor de...

-Não. Não termine essa frase. Nem se atreva a pensar que está tudo bem. Você deveria estar focando nos estudos. Agora eu entendi o motivo das notas da Flórida ser “muito altas”. Na verdade as suas é que estão muito baixas!

-Pai isso nada tem relação com o Andrew.

-Ah. O sujeito tem nome. E o que o filho do idiota estava fazendo no seu quarto?

-Ele veio se desculpar pelo pai. Disse exatamente o que eu te falei... Que ele tem problemas com bebida.

-E é normal ter garotos entrando pela janela durante a noite? –Ele parecia descontrolado e eu podia sentir a raiva tomando conta do seu corpo.

-Não pai. Não é. Hoje foi uma exceção. Andy chegou e viu Alan e então deu toda aquela briga.

-Eu não quero mais saber de nada. Na verdade não quero nem mais discutir esse assunto. E acabei de tomar mais uma decisão... Você não vai naquela entrevista amanhã.  

-Pai!

-Não vai! Não vou permitir que você mude pra escola daquele rapaz. Além do mais de estivesse focada em conseguir suas notas e não em sair por ai com um garoto diferente por noite elas seriam suficientes para a faculdade.

-Isso é ridículo.

-Chega! –Seu grito me faz paralisar. –Vá dormir. Amanhã cedo vou te levar pra escola pra garantir que você vai ir e lá vai ficar.

-M-mas... –Grudando-me contra o corrimão da escada, sinto que estou sendo segurada apenas pelas suas mãos. Não tendo onde me apoiar, se ele me largar eu vou cair escada abaixo.

-Eu disse que você vai dormir. Amanhã eu vou te levar pra escola. Depois você virá direito pra casa. Sem nem pensar em ter qualquer contato com garotos. –Com uma das mãos ele aperta forte meu pescoço, fazendo com que fique extremamente difícil de respirar. –Será que eu fui claro agora? –Faço que sim com a cabeça e ele me larga, fazendo com que entre lágrimas e soluços eu me tranque no quarto.

Pego o telefone e tento o número de Andy. Sem sucesso algum, todas as ligações caem na caixa postal. Penso que ainda não tenho o número do Alan. Sinto um receio enorme, sei que desobedeci as regras, mas não esperava que ele fosse ser tão agressivo ao ponto de quase me jogar da escada. Sinto um calafrio ao lembrar das palavras da minha mãe de que tudo iria piorar...

 

Nem preciso dizer que não dormi nada essa noite. Preciso ir até aquela entrevista, mas não tem como mesmo. Não posso fugir de casa, não dá pra criar mais confusão agora, porém se eu não for vou ter que vender a alma, pois vai ser o único jeito de conseguir entrar naquela faculdade. Vi uma lata de cerveja sobre a mesa, vazia e amassada. Encaro Michael em sinal de desaprovação.

-Você perdeu o direito de exigir qualquer coisa, inclusive uma explicação sobre. –Ele joga a lata longe. –Vamos logo, não quero me atrasar pro trabalho.

Ao entrar no carro vejo Louise saindo de casa, ela parecia abalada e faz sinal para Michael esperar.

-Michael! –Ela chama, vindo até o carro. Meu pai espera para dar a partida. –Sobre ontem...

-Não precisa explicar nada. Seu filho já fez questão de invadir minha casa no meio da noite para falar sobre isso.

-O quê? –Ela parece chocada.

-Entrou pela janela do quarto da minha filha. Quero que saiba que vocês não são mais bem-vindos na minha casa.

--Eu sinto muito, eu não sabia que...

-Poupe suas palavras. Passar bem.

Sem esperar por uma resposta, Michael acelera o carro, seguindo caminho até a escola. Sem interações, sem música, sem nada. Apenas raiva, frustração e quebra de confiança. Sentimentos recíprocos que invadem nosso relacionamento cada dia mais. Penso se um dia toda essa merda vai chegar ao fim ou se vamos viver até o final dos nossos dias em constante conflito.

-Pronto. Lembre-se do que eu disse.

-Não tem como esquecer. –Fecho a porta com força, seguindo em direção à entrada do colégio.

Alexander está sentado em um banco sozinho, parece muito triste e eu involuntariamente penso em perguntar o que aconteceu, mas não posso. Ele percebe que estou encarando e por um minuto parece ter a mesma reação que eu, mas sigo meu caminho. Em frente ao corredor principal reconheço imediatamente a bolsa vermelha com um chaveiro de serpente. Juliet. Estava de atestado após toda aquela história do Tommy. Seus olhos estão cobertos por olheiras fortes que não foram cobertas por maquiagem. Ela parece ter levantado da cama e vindo pra aula, sem nem ao menos pentear os cabelos. Acompanhada por Suzana, ela me encara e, mesmo sabendo que não devo, vou ao encontro dela.

-O que você quer? –Seus claros olhos estão cobertos por lágrimas.

-Eu sinto muito pelo Tommy. Sei que o que houve entre nós não tem explicação, mas eu gostava muito da companhia do seu irmão.

-Você sabia? Que ele era... Você sabe...

-Sim. Ele me disse um tempo depois que nos conhecemos. Enfim, ele vai fazer falta.

Ela força um sorriso, abalada demais para qualquer rivalidade. –Obrigada.

Continuo meu caminho, sem maiores emoções. Sinto de verdade. Ainda não me recuperei dessa situação e têm tantas outras acontecendo agora. Procuro Leonel na sala de música.

-Ora ora ora se não é a senhorita falta ensaios e não avisa. –Com raiva, joga alguns papéis na mesa.

-Desculpa, tive problemas pessoais.

-Deve me avisar quando não puder vir Luana. O que foi? Parece que foi atropelada.

-Nossa, obrigada.

-Você me entendeu. –ele ri. Ao seu lado estão enormes pilhas de partituras, entre as quais ele parece estar procurando alguma em especial.

-Minhas notas não são suficientes para a universidade, meu pai é louco e parece que eu tenho um ex-namorado.

-Que noite, garota.

-É. Que noite.

-Essas coisas passam. Você vai ver. Além disso, suas notas ainda podem melhorar.

-Jura?

-Acha que está fazendo isso tudo de graça? Se conseguirmos que um recrutador venha assistir a peça talvez te considere uma boa opção.

-Você acha? –Sorrio esperançosa.

-Com certeza. Mas pra que isso ocorra temos que nos esforçar muito para que seja uma peça excelente.

-Já entendi. Deixa eu te ajudar...

 Quando reparei a manhã já havia terminado e eu estava livre para ir pra casa. Fiquei muito chateada por não conseguir ir até a entrevista mas eu não tinha escolha, preciso aguentar isso tudo com fé esperança de que as coisas vão melhorar. Tenho medo de Michael na verdade, pois sei que se o desobedecer as coisas podem ficar ruins. Preciso devolver alguns livros na biblioteca e sempre acabo esquecendo, então aproveito o tempo antes do ônibus passar. Abro com certa dificuldade a porta velha e percebo Alex dormindo sobre a mesa. O barulho da porta fechando o faz acordar em um pulo.

-Desculpa, não sabia que ainda teria alguém aqui. –Digo olhando em volta e percebendo que apenas ele estava no ambiente. A bibliotecária já deve ter saído para o intervalo do almoço.

-Tudo bem. –Aparentemente cansado e com olheiras enormes, passas as mãos sobre o rosto tentando manter-se acordado.

-Está tudo bem contigo?

-Sim. Só cansado. –Coloca a mochila nas costas –Tenho treinado muito para o nacional.

-Vi sua entrevista outro dia. –Um sorriso toma conta de seus lábios.

-Que bom que viu. O que achou?

-Você parecia confiante.

-Eu estou confiante. Sempre consigo tudo que eu quero Lua. Sabe disso.

-Nem sempre se pode ter tudo.

-Só se desistir for uma opção. –Ele se aproxima ficando tão perto que sinto o calor do seu corpo. –E nunca é pra mim. –Com um sorriso malicioso ele me dá as costas.

Vejo-o deixar a sala e ainda sinto aquela sensação no estômago. Tentar me convencer que não temos mais nada ainda me faz sofrer, pois não há um momento que eu olhe pra ele e não veja o meu Alex, aquele que me jurou o mundo e depois foi embora. Largo os livros e corro para o ponto de ônibus, quase certa de que perdi o meu. Essa hora é sempre vazia por aqui, isso por que a maioria das pessoas pega os primeiros transportes. Dois homens de meia idade estão vindo em minha direção. Ambos vestindo terno preto e carregando uma maleta. Um era loiro e tinha olhos estupidamente azuis, enquanto o outro tinha belos cabelos castanhos e olhos escuros.

-Boa tarde. –O loiro me diz.

-O-oi. –Porque estão falando comigo?

-Você é Luana Hills? –O moreno me lança a pergunta olhando-me de cima a baixo.

-Quem são vocês? –Mais bizarro que aquilo não pode ficar.

-Olha é ela mesma.

-Hum difícil reconhecer.

-Quem são vocês? –Insisto na pergunta ainda assustada.

-Eles não são ninguém. –Biersack aparece e eu diria que pela primeira vez em tempos na hora certa. Ele parece ter passado maquiagem para cobrir o roxo que Alan deixou em seu olho.

-Olá Six. –O loiro cumprimenta. Six? Porque ele o chamou assim?

-Deixem-na em paz.

-Nós nem começamos ainda. –O moreno tenta me tocar e eu automaticamente dou um passo para trás. Biersack se coloca entre nós.

-Eu disse que chega. Ela não tem nada com isso.

-Isso é o que veremos Six. –Acompanhado de um sorriso perturbador os dois seguem seu caminho e eu encaro Andy tão confusa quanto antes.

-O que foi isso?

-Não é da sua conta. –Grosso como sempre.

-Como assim não é da minha conta? Como eles sabem quem eu sou? –Sigo sem uma resposta. –Andy!

-Para! Não é da sua maldita conta. Deixou de ser ontem à noite. Pode ter certeza de que ninguém mais vai te procurar.

-Então quer dizer que estava falando sério ontem?

-É claro que sim. Ou você acha que eu vou andar por ai com um belo par de chifres?

-Não aconteceu nada ontem! NADA. Como sempre...

-Como sempre eu entendi errado não é?

-Sim!

Ele ri em tom de deboche. –Fique tranquila, ninguém mais vai te perturbar.

-Andy, por favor!

-Acho melhor pegar o ônibus ou vai passar mais meia hora plantada aqui. –Dando-me as costas reparo que era mesmo o meu que estava vindo. Mesmo relutante eu embarco, tentando conter o choro. Ele parecia decidido e eu mais do que nunca só queria sumir.

Se fosse uma opção eu desapareceria por dias.

Ou quem sabe de uma vez por todas.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


E essa Juliet toda mansinha em? Quais Mistérios Andy guarda? E o Alan, porque demorou pra reagir à briga? hauhau tá parecendo chamada do Globo Repórter.

Enfim, espero que tenham gostado.

Bjinxx ^^


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