História The Haunting Like A Vampire 2 - Mentindo ou Ocultando Fatos?

A manhã chegou, cedo Anna já se fez presente na Mansão Christensen, ela decidiu ficar sentada no sofá da sala de estar conversando com a Imperatriz antes de entrar no quarto onde estava o tal garoto encontrado em meio a floresta enquanto estava sendo espancado por um grupo suspeito na investigação sobre o caso de Clarisse. Makenna e Victória continuavam investigando mais coisas sobre o caso para ter mais informações.

— O que você tem a me falar sobre esse garoto? — perguntou Anna.

— Ele parece confuso e não sabe de muita coisa... — disse Anastásia — Mas Hayden e Victória suspeitam que ele possa estar mentindo.

— E você não suspeita? — perguntou Anna.

— Um pouco, mas ao mesmo tempo, penso que ele não tem a ver com o caso de Clarisse... — disse Anastásia.

— Não me diga que você se apegou a ele? — perguntou Anna rindo — Daqui a pouco vai ficar conhecida como a vampira que ama adotar humanos, sabia?

— Lorenzo é um vampiro.

Anna encara Anastásia com um olhar severo que assusta a Imperatriz, não entendia o porquê a sua amiga parecia tão zangada, havia a ofendido de alguma forma e não tinha se dado conta?

— O que foi? — perguntou Anastásia.

— Porque não me contou antes que ele era um vampiro?

— Você não sabia?

— Eu deveria saber?

— Não era óbvio?

— Não?

— Ah, então... — disse Anastásia — Ele é um vampiro.

— Chega de tomar chá... — disse Anna se levantando — Quero falar com ele.

— Está no quarto que Makenna e Victória o deixaram... — disse Anastásia — Não saiu de lá desde então.

As duas vão até o quarto de hóspedes, Anastásia bateu na porta e quando a entrada foi permitida, elas adentraram o local. Lorenzo estava sentado na cama, ele as encara com um semblante sério em seu rosto, mas no fundo, estava temeroso com o que ia acontecer com ele naquele momento.

— Qual o seu nome? — perguntou Anna.

— Lorenzo Zurzolo... — sussurrou o garoto, o que fez seu nome ser quase inaudível para a vampira.

— Fale para fora, garoto! — disse Anna de forma ríspida.

— Lorenzo Zurzolo! — disse o garoto em voz alta.

— Assim está melhor... — disse Anna — Quero saber mais sobre você e sobre o grupo.

— Como eu falei ontem: Não sei quem são, eles me agrediram porque me odeiam e eles me odeiam porque aparentemente devem me conhecer... — disse Lorenzo.

— Com essa sentença você está afirmando que fez coisas que com certeza aborreceram esse grupo... — disse Anna — Acho melhor você começar a desembuchar logo.

— Um grupo de pessoas podem ficar aborrecidas por vários motivos independente da gravidade... — disse Lorenzo — Para isso, eu teria que falar tudo o que fiz na minha vida começando pelo dia em que nasci.

— Olhe, eu não sou idiota, fale logo qual é o problema que você causou que deixou esse grupo tão enfurecido ao ponto de lhe arrastarem para o meio de uma floresta deserta para espancar você... — disse Anna — E é melhor você falar a verdade, porque nem mesmo os Carmilla odiavam as pessoas de graça, até mesmo batiam um papo antes de qualquer coisa e olha que eles eram um grupo péssimo que queriam enfiar as suas ideologias goela a baixo de toda a comunidade vampírica.

—Carmilla, já ouvi falar deles... — disse Lorenzo baixando a cabeça.

Um silêncio se instalou dentro do quarto, Anastásia o achava muito novo para ouvir falar sobre os Carmilla, como ele sabia? Porém, não teve muito tempo para pensar nisso, pois viu Mia adentrar o local rapidamente e encarar Lorenzo com uma expressão de poucos amigos em seu rosto.

— Como você pode saber sobre os Carmilla e não conhecer a minha mãe? — perguntou Mia — A história da minha mãe e dos Carmilla são tecnicamente paralelas, você mentiu para mim?

— Ah pronto! — disse Anna revirando os olhos — Começaram as briguinhas de adolescentes revoltados.

— Primeiramente, eu não menti, sei dos Carmilla porque tenho um parente que foi transformado em vampiro antes de mim e ele tinha um livro que falava sobre os Carmilla, eu não sei quem escreveu e não li todo, ele apenas me mostrou a parte que falava sobre a ascensão e a queda deles... — disse Lorenzo — E segundo que eu não sou obrigado a dar satisfações para você, eu nem lhe conheço, você só estava cuidando de mim e dos meus ferimentos até onde eu sei.

— Mia, nos dê licença, por favor? — pediu Anastásia levando a filha até a porta — Nós temos que interrogá-lo para a investigação, mais tarde você vem cobrar o que quiser, tudo bem?

Mia assente com a cabeça, em seguida, se retirando do quarto, a Imperatriz fecha a porta, em seguida, se posicionando ao lado de Anna, que continuava encarando Lorenzo.

— Você falou que um parente foi transformado antes de você... — disse Anna — Em que ano você foi transformado?

— Há uns dois anos atrás... — disse Lorenzo — Já o meu parente, que é irmão da minha mãe, foi transformado um ano antes.

— Você foi transformado em 1998? — perguntou Anastásia — Porque?

— Estava indo até a casa da minha amiga para fazermos um trabalho da escola e quando cheguei, a casa dela estava em chamas... — disse Lorenzo — Adentrei a casa correndo porque a irmã dela ainda estava dentro da casa, era uma bebê recém nascida e não tiveram tempo de salvá-la.

— Acho que soube de um caso assim, saiu nos jornais... — disse Anna — Foi em Roma, repercutiu no mundo todo, falaram de um herói, mas não divulgaram o nome.

— Sim, eles me deram como morto, eu estava asfixiado com a fumaça, esse foi o fim da minha vida humana... — contou Lorenzo — Mas quando esse irmão da minha mãe ficou sabendo, ele me encontrou e fez a transformação, fiquei vivendo com ele até pouco tempo.

— E porque não vive mais com o seu tio? — perguntou Anastásia.

— Ele não me tratava como família, apenas me usava para fazer maldades... — contou o rapaz — E me arrependo muito de ter estado ao lado dele algum dia na vida.

— Bom, você é um vampiro bem novo, ainda pode ser considerado um recém criado... — disse Anna — Então provavelmente você não deve ter imunidade ao sol.

— O que vamos fazer agora? — perguntou Anastásia.

— Vocês vão mantê-lo aqui na casa, fiquem de olho nele, ainda temos que investigar se ele tem relação com a morte de Clarisse ou não... — disse Anna — Vou atrás de Victória e tentar encontrar alguma coisa.

Anastásia assente com a cabeça, ambas se despedem do garoto, que bufa e volta a se deitar na cama, claramente ele não sairia daquele local tão cedo, embora não tivesse tanta pressa, já que sua vivência no mundo poderia estar ameaçada.