História The Heirs •° (G-Dragon) - Beijo?

O quarto estava escuro, na cama Ji-Yong ainda dormia, olhei rapidamente no relógio que marcava 18h. Por um momento penso em meu pai, ele até poderia ficar preocupado se estivesse em casa. 

 Percebo que cochilei demais, provavelmente Ji-Yong irá acordar com fome. Vou até a cozinha para preparar algo. Impossível. A cozinha está um caos, tento não fazer muito barulho, e lentamente vou organizando o local. 

 . 

 Depois de mais algum tempo tudo estava arrumado no seu devido lugar. A sopa de arroz já estava quase pronta. Olho no relógio novamente, 19:30 h. 

 -Nossa! Já está tarde para ir para casa... O que eu faço? (Eu resmungo em voz baixa)

 -Humpf!... (Ouço um gemido vindo do quarto)

 Imediatamente vou até lá para ver se Ji-Yong está acordado. Me sento em sua cama ao seu lado, e seguro em seus ombros com intuito de o fazer despertar. 

 -Me solta... (Ele diz gemendo, aparentemente dormindo ainda)

 -Ji-Yong? ... Ji-Yong ... (Eu chamo e ele choraminga) 

 -Ahn!? (Ele abre os olhos confuso)

 -Ji-Yong ? (Eu o chamei novamente encarando seus olhos) 

 -O que você está fazendo aqui?? (Ele di assustado e afasta minhas mãos)

 -Er... Eu... Eu... É uma longa história... (Eu disse atrapalhada mechendo em meus dedos)

 -Não importa! Só vá embora! (Ele diz ríspido) 

 -Nossa... Sério isso? (Eu perguntei incrédula ouvindo ele gemer de dor)

 -Vá embora! (Ele diz de novo) 

 -Tudo bem Ji-Yong, eu vou embora, tem sopa de arroz no fogão, separei uns remédios para no caso de dor estão aqui na mesa do quarto junto à um copo de água. Eu espero que fique bem logo pois amanhã tem aula e você está no meu grupo de trabalho! (Eu disse brava e me levanto da cama) 

 Ji-Yong sem me olha agarra meu pulso, me fazendo parar e o encarar. 

 -Fica! (Sua voz sai quase um sussurro) 

-Nossa engraçadão você hein! Me manda embora, me manda ficar... Qual é da sua indecisão? (Eu disse nervosa)

 -Eu ac-acho que na-não consigo comer sozinho... (Ele diz e percebo que está envergonhado) 

 -Aish... Tudo bem! Vou preparar seu prato... (Eu disse ainda brava)

 -Está muito tarde para você voltar para sua casa, esse bairro é perigoso... (Ele disse ainda sem me encarar e sem soltar meu pulso)

 -Tudo bem, eu durmo na sala... Só preciso ligar para meu pai. (Eu disse sem dar importância para o que ele diz)

 Ji-Yong somente concorda com a cabeça, porém ainda não solta meu braço.

 -Eu preciso que me solte para ir até a cozinha... (Eu disse mais calma)

 -Ah! Desculpe... (Ele diz envergonhado)

 Sinto meu coração acelerar depois que eu encontro seu olhar, ele estando debilitado naquela cama, suas bochechas levemente avermelhadas, o deixam tão... Lindo! 

Acho que por um minuto eu parei de respirar, então foi a minha vez de sentir meu rosto queimar. Então fui correndo em direção a cozinha, preparar o jantar de Ji-Yong.

 -O que foi isso? (Eu digo em voz baixa e aperto minhas mãos tentando controlar a respiração) 

 Ouço meu celular tocar, logo corro até a mochila para atender. Três chamadas não atendidas, uma é de Jimin e as outras duas do meu pai. Resolvo retornar para meu pai, afinal eu já precisava falar com ele. 

 Chamada Onn 

 -Oi Pai! (Eu )

 -Oi filha, onde estava que não atendeu? (Jin) 

 -Er... Eu... (Eu começo a gaguejar) 

 -Não importa agora, eu preciso dizer que hoje você ficará sozinha, eu tenho muito trabalho e vou acabar ficando por aqui mesmo... Consegue? (Jin pergunta) 

 -Ya! Seokjin? Eu tenho 16 anos já... Claro que consigo... (Eu disse em tom de brincadeira) 

 -Ya! Fale direito com seu pai, e coma comida e não besteiras... Se cuide e até amanhã ... (Jin diz)

 -Ok, Ok, não se preocupe e até amanhã... (Eu disse desligando)

 Chamada Off

 Acho que não é pecado omitir algo, ou é? Volto ao quarto com o prato para Ji-Yong. Ele estava sentado na cama olhando fixamente para a parede.

 -Come um pouco para tomar o remédio. ( eu disse me sentando ao seu lado) 

 -Você conheceu minha fraqueza, agora o que faço com você? (Ele diz rindo sem humor)

 -Eu não vou dizer nada a ninguém... ( Eu disse levando uma colher de sopa em sua boca)

 -Hummm... Isso está muito gostoso! (Ele diz de boca cheia) 

 -É a minha especialidade... (Eu disse rindo) 

 -Você não pode vir mais aqui... (Ele diz sério) 

 -Por que? Seu pai mora aqui? (Eu pergunto)

 -Não, ele não mora. Mais ele sempre vem aqui. E ele não vai gostar de te ver aqui... Então, que essa seja a última vez... (Ele diz triste) 

 -Tudo bem... (Eu disse levando outra colher de sopa em sua boca)

 -Ji-Yong? Ainda sente muita dor? (Eu pergunto preocupada) 

 -Me chama de GD, ou G-Dragon... Me sinto melhor... (Ele diz abocanhando a colher)

 - G-Dragon... (Eu sussurrei sorrindo) 

 -Eu não sou mafioso... (Ele diz se aproximado do meu rosto e me encarando com seus olhos)

 -E-Eu não disse isso... (Eu disse atrapalhada pela aproximação) 

 -Mais pensou... Meu pai é chefe da mafia de Seul. Ele é o Dragão Vermelho, ele quer que eu assuma a máfia, mas eu não quero isso. Ele diz que assim que eu terminar a escola, eu não terei escolha. Por isso eu sempre reprovo na escola, por que eu não quero entrar para máfia... (Ele diz aquilo e eu congelo) 

 -Uah! Não sei o que dizer... (Eu disse  o encarando)

 -Por isso não quero que venha mais aqui, você não combina com esse mundo. E se for um pouco mais esperta, você pode fugir de mim também... (Ele diz acariciando meus cabelos sem quebrar nossos olhares) 

-E-Eu... E se eu não for esperta? (Eu disse hipnotizada em seu olhar) 

 -Aí... Talvez você entrará em problemas comigo... (ele diz fechando os seus olhos e encostando nossas testas)

Lentamente fecho os meus também, só fico apreciando as nossas respirações descompassadas, meu coração acelerado. Quase posso dizer que ele pode ouvir o ritmo que ele bate...

 -E-Eu quero... (Ele diz sussurrando com uma voz extremamente sexy)

 -Hum? (Eu resmungo sem entender) 

-Remédio... (Ele diz sôfrego) 

 -Ah! Sim... (Eu disse me separando dele )

 Ji-Yong me puxa novamente e sela nossos lábios, eu assusto por um segundo mais logo me deixo levar pela sensação gostosa que seus lábios me trazem. O misto de sentimentos faz meu corpo todo transbordar em calor. Lentamente ele nos separa dando mais breves selar curtos.

 -Hum? (Eu resmunguei ainda perdida nos sentimentos) 

 Ji-Yong se deita na cama gemendo de dor, e eu percebo que agora ele está suando. Então vejo que ele está com muita febre. Rápidamente esqueço do que acabou de acontecer e coloco uma talha fria em sua testa.

 Vou até a mesa e pego os remédios com a água, percebo que Ji-Yong está delirando...

 "Será que ele lembra do que acabou de fazer?"

 Depois de dar os remédios para ele, sinto sua mão entrelaçando com a minha. Tento me soltar mais ele aperta forte. Acho que não terei outra opção a não ser passar a noite aqui, ao seu lado! Me sento no chão ao lado de sua cama, ainda com suas mãos entrelaçadas com a minha, e por alguns minutos observo seu rosto adormecido. E não demorou a fazer o mesmo...