História The Hell In Life - O filho psicopata.

Uma notícia ruim, uma decepção, um objetivo não alcançado, um amor não correspondido, nada, nada é mais doloroso do que a perda de alguém que você considerava parte de ti, o que resta depois é apenas o silêncio, o maldito silêncio que te permite ouvir seu coração clamar por aquele que o acalma, aquele que partiu.

- Meu Deus... vou mandar buscarem o corpo, iremos fazer uma cerimônia entre nós, ninguém precisa saber que Rose morreu, ela era uma mulher sozinha, eu dou um jeito de esconder isso- Ettan parecia mais preocupado com o escândalo que seria caso descobrissem a morte de sua governanta, do que com a própria falecida, que praticamente criou sua filha.

- Claro, se quiser enterramos no quintal dos fundos e plantamos uma árvore em cima, aí todo dia que eu quiser ir no jardim e olhar a árvore, irei pensar; "Que bela árvore crescendo... É por baixo dela que a minha mãe de consideração está sendo comida por bichos"- Julie responde antes de começar a subir as escadas.

- Eu vou...- Dylan aponta para a escada e percebe que Ettan nem estava escutando ele.

- Você não está nem aí- Dylan ia explicar o porquê de estar indo para o quarto de Julie, mas desiste ao ver que o homem estava pesquisando na internet um bom terno para se usar em um funeral.

- Agora tudo faz sentido! Por isso minha mãe gritou quando ele apareceu, não acredito que confiei a vida de minha mãe nas mãos daquele psicopata- Selly chorava, sentada em um banco da praça ao lado de Thomas.

- O que importa, é que agora sabemos que sua mãe não é louca, só precisamos provar isso e ela será solta- Ele tenta acalmá-la.

- Tem razão... Mas o que mais me dói, é saber que ela está trancada naquele lugar, sendo torturada, como se fosse uma louca, quando na verdade é tudo culpa daquele perturbado- E então os dois ficam em silêncio, e ela coloca a cabeça no ombro do garoto.

Dylan invade o quarto de Julie e quase cai para trás ao ver a mesma de calcinha e sutiã andando em direção ao banheiro.

- Ah meu Deus!- Ele grita sem nem disfarçar sua presença e dá passos para trás, tropeçando na penteadeira dela, derrubando um perfume no chão.

- Ah meu Deus digo eu! Esse perfume foi caro!- Ela grita, sem nem ligar de estar de roupa íntima na frente dele, para ela era completamente normal, era como um biquíni, e Dylan já a viu diversas vezes de biquíni nos passeios da turma na praia.

- Estou brincando, eu nem gostava desse perfume, já estava pensando em jogar fora, tem cheiro de plantação de milho- Ela diz dando de ombros e caminha em direção ao banheiro, enquanto ele respira fundo, balançando a cabeça em negação.

- Tategami! Tategami!- Léo gritava pelos corredores.

- O que houve chefe?- o homem aparece assustado.

- Encontrei mais informações Tategami!- Ele diz feliz, balançando o papel aonde fez as anotações.

- Agora sim, eu te pego seu desgraçado- Ele murmura consigo mesmo enquanto Tategami se preocupava com no que o chefe estava se metendo.

Julie sai do banheiro vestida em um moletom enorme e encontra Dylan sentado na beira de sua cama.

- Por que ainda está aqui?- Ela pergunta e ele franze o cenho.

- Acha mesmo que vou te deixar sozinha nessa casa com seu pai depois de tudo que passou?- Ele pergunta incrédulo.

- Eu estou bem- Ela diz.

- E eu não tenho medo de palhaço... - Ele responde revirando os olhos.

Ela se deita na cama, puxando a coberta e ele automaticamente pula para o tapete do quarto, se sentando nele, apoiando as costas na perna da cama, e assim passa quase toda a noite.

De madrugada a garota acorda e o encontra em uma má posição, dormindo sentado.

- Dylan! - Ela taca um travesseiro e ele acorda assustado.

- Pode deitar aqui, mas se tentar uma gracinha, não terá filhos no futuro- Ela diz e ele ri de nervoso, subindo para a cama e então se deita com cuidado, de barriga para cima, olhando para o teto sem mexer um músculo.

- Muito obrigada por ter ido me resgatar- Carol perseguia Sam por toda a casa, e ele já estava ficando irritado com a nova sombra que ganhou.

- Oh! Pelo amor de mim, vai matar alguém! Eu fui te resgatar porque você foi incompetente o suficiente para deixar que te pegassem- Ele grita se virando para ela e leva o dedo até o rosto da loira, que se assusta.

- Agora tenho que pensar em um jeito de que nenhum dos meus bonequinhos corra até a polícia para dizer quem estava por baixo da máscara que matou aquela garota- Ele então sai andando rapidamente, sem nem esperar que ela dissesse algo.

No dia seguinte, depois do colégio todos estavam juntos, pensando se deveriam contar para a polícia que Sam era o assassino.

- Conseguiram resgatar a Julie?- Léo invade a casa e dá de cara com Julie, e não pode conter o sorriso ao ver a garota bem.

- Ótimo- Ele pigarra e vai até a mesa, ficando de frente para todos.

- Agora estamos mais perto de descobrir quem é Die- Ele diz e todos se entreolham.

- O que foi? Não estou sabendo de algo?- Ele pergunta franzino o cenho.

- Já sabemos quem é Die- Nanda responde.

- O que? E o que estão esperando? Temos que entregá-lo para a polícia!-

- E sermos todos mortos pelos capangas dele? Não estou afim, tenho que ganhar meu carro novo antes- Dylan responde sarcasticamente.

- Então... Estão querendo me dizer que independente de sabermos quem está torturando vocês, não poderemos fazer nada?-

- Do jeito que você falou, soou mais absurdo do que eu já achava- Naty responde se sentando no sofá.

- E quem é o psicopata?- Ele pergunta suspirando fundo, frustrado.

- Sam- Nanda responde 

- Espera... Aquele Sam? O Sam de vocês?- Ele estava incrédulo.

- Exato- Noah responde e todos ficam em silêncio por um tempo.

- Nós temos que achar o ponto fraco dele- Matt diz como se fosse algo óbvio.

-Toc, toc! Tem alguém aí? Todos sabemos que o ponto fraco dele é a Julie!- Mari responde.

- Eu? Ah, por favor. O ponto fraco dele e as bolas! Só darmos um tiro lá e está tudo resolvido- Julie responde cruzando os braços.

- Eu não me importaria de fazer isso- Léo diz tirando sua arma da cintura e apontando na direção de Dylan.

- Ah pelo amor de Deus, aponta isso pra lá- O garoto responde.

-Ontem a noite eu fui atrás de respostas, eu era o melhor amigo de Sam desde a infância, tudo que eu precisei foi ir atrás da família dele- Peter responde cruzando os braços.

- Sam tem família? O que eles acham do rapaz chegar em casa coberto de sangue a noite? "Super normal, ele trabalha no açougue da cidade"- Léo ironiza.

- Ele só tem a mãe, quer dizer, nem ela mais- Peter responde.

- Como assim Peter? Explica isso direito- Thomas pede.

- Vou fazer melhor, vamos todos comigo até a casa da amiga da mãe de Sam, ela vai explicar tudo- Ele responde e começa a andar em direção a porta.

- Até que enfim te encontrei! O pai está louco atrás de você- Quando todos estão saindo da casa de Julie, Alexa aparece falando com Noah.

- Dylan... Oi- Ela responde indo até ele, sorrindo e o abraça.

- Então você é a irmã do Noah?- Julie pergunta levantando uma das sobrancelhas.

- Sim! E você é a Julie! Dylan me falou de você, que acredito ser a melhor amiga dele- A garota responde sorrindo para Julie.

- Engraçado, ele não me falou de você, mas isso não importa, temos que ir- Ela caminha para perto de Mari.

- Ir aonde?- Alexa pergunta confusa.

- Mana, preciso que vá falar com meu pai, eu tenho que fazer uma coisa importante agora- Noah responde coçando a cabeça.

- Beleza, mas vai ter que me explicar depois- Alexa responde olhando feio para o irmão e então volta até seu carro e vai embora.

- Okay, vamos- Peter entra no carro e todos se dividem entre os carros que estavam ali.

- Oh Peter! Resolveu voltar?- Uma senhora regava as plantas do jardim.

- Sim, trouxe alguns amigos, eles precisam saber do que me disse- Ele responde e ela assente, entrando na casa, pedindo que eles a seguissem.

- O que querem que eu diga?- Ela pergunta entrando na cozinha e todos entram junto.

- O que aconteceu com a mãe do Sam?- Dylan pergunta.

- Ela se matou- A mulher responde suspirando.

- Espera... A senhora Foreman se matou? E como não ficamos sabendo de nada? Ela era uma mulher importante para a cidade- Naty perguntou.

- Publicaram no jornal, mas mantiveram em sigilo a identidade, não queriam denegrir a imagem da empresa e nem do filho, que é o único herdeiro- Ela responde servindo café para todos.

- Então Sam é o herdeiro da empresa dos Foreman?- Selly diz se sentando.

- Exatamente, mas isso não teria acontecido se soubessem que ele foi o verdeiro culpado da morte dela-

- Mas foi suicídio! Como ele teve culpa?- Thomas pergunta.

- Imagine ter um filho perturbado desde a infância... Sam colocava os gatinhos que ganhava da mãe no microondas e o ligava, observando o animal morrer...- Ela responde guardando a cafeteira.

- Desde a infância? E como não ficamos sabendo disso? Ele me parecia muito normal- Julie responde.

- Ela conseguia esconder esse lado do filho, mas não por muito tempo, e quando viu que não dava mais para fazer isso, se matou-

- Okay, isso é motivo o suficiente para ele fazer o que está fazendo, mas só se tivéssemos algo a ver com isso, o que não aconteceu, então...- Matt responde confuso.

- Nada faz sentido! Mas podemos usar a morte da mãe dele contra ele, pode ser que funcione- Peter retruca.

A mulher os olha confusa com o que estavam falando e eles disfarçam.

- Muito obrigada, mas temos que ir- E então eles deixam a casa rapidamente, mas quando andavam pelo jardim seus celulares tocaram.

"Quem está preparado para a festa? Vocês são meus convidados especiais, quero comemorar minha posse da empresa de minha família com vocês, espero vocês no endereço abaixo amanhã a noite, não vou machucá-los, pelo menos não se colaborarem-Die"