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História The Hell In Life - A reviravolta.


Escrita por: Gika_Canjica

Notas do Autor


Boa leitura :*

Capítulo 34 - A reviravolta.


                         MATT

Tínhamos assistido um filme de comédia, e eu não sabia se ria de tão engraçado ou chorava de tão ridículo que era.

Por que as coisas que nos fazem felizes com intenção, são denominadas ridículas?

-Vou buscar mais pipoca- Naty diz se levantando após os créditos começarem a subir na tela enquanto toca uma musiquinha de fundo bem divertida.

Nanda coloca o pote vazio em cima da cômoda e Naty o pega saindo do quarto. Me levanto, esticando os braços.

- Será que ela está se divertindo?- Pergunto inseguro, não sabia se minha companhia e a de Nanda era exatamente o que ela queria para este dia.

- Está brincando? Nunca vi a Naty dar tanta risada desde que Julie caiu da cadeira de rodinhas no meio de uma reunião da prefeitura da cidade-

- Aquele dia foi irado- Respondo me sentando ao lado dela novamente.

Ficamos em silêncio, um do lado do outro por um tempo, rindo sozinhos, sem saber se dávamos risada pelo mesmo motivo até que vários minutos se passam e nada da Naty.

- Vou lá, ela deve ter queimado a pipoca toda- Me levanto e desço as escadas devagar.

- Naty, você precisa colocar uma tampa para que não voe tudo em você- Brinco e quando entro na cozinha, encontro uma bagunça de cadeiras jogadas, como se a cozinha tivesse sido um campo de batalha por alguns minutos, e foi.

Como não escutamos nada? 

- Nanda!- Grito desesperado, indo para a varanda, ver se Naty estava lá, passo por todos os cômodos do primeiro andar e não a encontro, Nanda desce e me pergunta o que estava acontecendo, mas passo por ela, subindo as escadas e indo conferir os restos dos cômodos, Naty não estava ali.

- Matt! O que está acontecendo?- Nanda grita entrando em minha frente e eu paro.

- Die! Ele a pegou!- Respondo ofegante e ela leva as mãos ao rosto.

                        JULIE

Eu não sabia para onde ir, de repente, aquele enorme motel estava pequeno, eu só queria encontrar Dylan, para que ele pudesse me abraçar e eu finalmente me sentisse melhor, mas nem isso eu teria daqui pra frente, não serei capaz de olhar em seu rosto sem imaginar o seu sofrimento quando perdeu a mãe.

- Olá meu amor- Escuto a voz de Sam e quando me viro, ele está sentado em uma cadeira inclinada, com as costas da mesma apoiada em uma mesa, rodeado de vários colegas meus, mortos.

Ando rapidamente em sua direção e chuto a cadeira aonde ele está, fazendo o mesmo cair, rindo enquanto se levanta, então o puxo pela blusa levando-o até a parede.

- Cadê meus amigos?- Pergunto em um tom que eu desconhecia em minha voz, com medo de que ele dissesse que os mesmos estavam entre os mortos.

- Estão bem, afinal, não existe jogo sem os jogadores- Ele responde se soltando, indo até a mesa, aonde bebe um um pouco do vinho da taça que pegou com todo o charme.

Me aproximo.

- Aquele vídeo! Como conseguiu aquele vídeo?-

- Não precisa se preocupar, fui o único a ter acesso a aquelas imagens, dei um jeito de sumir com todas as provas do crime, afinal, uma linda princesa não pode ir pra prisão.- Ele responde tocando em meu queixo e eu dou um tapa em sua mão.

- Me leve até eles!- Ordeno e ele sorri.

- Claro meu amor, mas só depois que tivermos uma conversinha- Ele se senta e bate na cadeira ao seu lado, em um gesto para que eu me sentasse nela.

Nunca fui muito boa com conversas, principalmente quando sei que elas só resultarão em perda de tempo, ainda mais com o cenário em nossa volta.

Será que ele ainda não tinha notado todos aqueles corpos? Não é possível que ele tenha desenvolvido esse nível de bloqueio.

- Na noite em que você atropelou a mãe de Dylan, eu estava na floresta, mas não pergunte o porquê, Carol me viu da janela do carro, e no dia seguinte veio me ameaçar para "proteger" você, e esse foi o pior erro que ela poderia ter cometido, e também o melhor acerto.

              FLASHBACK ON

- Eu te vi da janela do carro- Carol surge na frente de Sam que estava indo para a aula.

- Eu não vi nada, não ouvi nada- Ele diz se afastando e ela o alcança.

- Acha que sou idiota? Sei muito bem que na primeira oportunidade irá nos dedurar- Ela tenta intimidá-lo, mas não estava funcionando.

- Não sou dedo duro, fique tranquila Carol, não está em meus objetivos da vida prejudicar vocês- O rapaz sai andando e ela bufa.

- Mas espera...- Ele volta até ela depois de se tocar por fim do porquê ela ter vindo até ele.

- Você queria que eu dedurasse vocês!- Ele diz sorrindo de lado.

- O que? Por acaso ficou louco? Para que eu iria querer ser prejudicada?-

- Nós dois sabemos que se alguém ficar sabendo disso, quem irá se ferrar sozinha será a Julie, e no fundo você quer que isso aconteça- A loira fica em silêncio.

- Por que quer tanto prejudicá-la?- Ele se aproxima dela, dessa vez, não parecia ser o Sam de sempre, medroso e gentil, e ela percebeu isso, por isso não hesitou em respondê-lo.

- Porque eu a odeio, odeio todas elas-

- No mundo que conheço, quando odiamos alguém, procuramos nos manter longe dessa pessoa, desde quando você passou a viver em outro?- Seu deboche era evidente, coisa que nunca se via em Sam.

- Elas são necessárias- Ela responde dando de ombros.

- E se eu te propor algo... Algo que irá destruí-las por completo, principalmente a Julie- Ela sorri imediatamente.

            FLASHBACK OFF

- Foi naquele momento que ganhei uma aliada, sabe... Se eu fosse você escolheria melhor suas amizades, fique de olho na Rivers, ela parece traiçoeira- Ele brinca se levantando e eu me levanto também.

- Fique sentada- Ele diz voltando para o lugar após pegar a taça que havia deixado.

- Não quero que Dylan te odeie para sempre, então não vou lhe forçar a contar a verdade para ele-

- Oh! Muito obrigada, você é muito gentil- O interrompo e ele faz o sinal de silêncio para mim.

- Porém, só não farei isso se concordar em fazer com que ele saia da cidade-

Fico em silêncio e ele continua.

- Pense bem, iria livrá-lo de tudo isso, dessa cidade... Seria o mínimo que poderia fazer por ele depois de ter matado a mãe do pobre coitado-

- Você se sente intimidado por ele- Digo em um murmuro e ele me olha tentando entender o que eu disse.

- Como?- Pergunta interessado no que eu tenho a dizer.

- Tem medo do Dylan! Sabe que ele é uma pedra no seu caminho e quer se livrar dela, mas sabe que não pode matá-lo- Continuo e ele apenas me lança um olhar indecifrável.

- Por que não posso matá-lo?-

- Porque foi ele quem te salvou no ensino médio- Respondo.

                 FLASHBACK ON

- Você poderia por favor, manter distância? A última vez que ficou perto de mim eu ganhei um belo banho de merda de pombo- Julie diz e Dylan continua ao lado dela, mas leva a mão ao peito incrédulo.

- Não tenho culpa se os pombos enxergam você como um depósito de merda- Ele se defende.

- E eu não serei culpada se de repente você for jogado na frente de um ônibus- Ela revida e eles escutam alguns gritos.

Os dois apertam o passo, indo em direção aonde os gritos se originavam; na parte de trás do colégio.

- Hey!- Dylan grita ao ver alguns garotos do último ano do ensino médio agredindo o Sam.

- O que?- Um deles vem na direção de Dylan, o peitando.

- Acho melhor vocês sairem daqui- Ele responde e o garoto ri.

- Por que está defendendo aquele garoto, Carter? O babaca deu um soco no Brandon!- Ele responde.

Os garotos do último ano sempre respeitaram Dylan, principalmente depois que ele explodiu com um garoto da sala que foi agredir o professor.

- O que acha do meu raciocinio; talvez Brandon mereceu o soco- O deboche de Dylan fez Julie sorrir sem que ela percebesse.

- Deixem esse babaca aí, ele já recebeu a lição- O garoto responde encarando Dylan e os outros rapazes seguem ele quando o mesmo sai. 

Dylan puxa Julie e os dois vão pegar Sam, que está desmaiado no chão.

No final, Sam precisou ficar em observação por alguns dias por conta do corte que levou no estômago.

                FLASHBACK OFF

-Querendo ou não, o odiando ou não, você sabe que não pode agradecê-lo o matando, você deve a ele a vida- Respondo e ele se levanta e fica de costas para mim.

- Sam deve a vida ao Dylan, eu não, e eu não estou nem aí para as dívidas daquele fracassado, não vou me responsabilizar por elas-

Ele falava como se Sam fosse outra pessoa e eu prefiro ficar em silêncio, porque pelo que eu entendo de auter ego, Dylan não está totalmente a salvo.

- Me leve até eles- Peço mais uma vez e ele fica em silêncio.

- É claro, porque não...- E então ele sai andando, e eu o sigo.

                    DYLAN

Depois de acordar em um banheiro super fedido, corro pelos corredores do motel sem rumo, só queria encontrar os outros, mas o lugar parecia estar vazio.

Abro a porta de um quarto e encontro os dois velhos cobertos de sangue, eles estavam praticando algum ritual esquisito aonde os dois encostavam a cabeça uma na outra.

- Merda- Fecho a porta em seguida e corro, sendo alcançado pelo velho, que ria desesperadamente.

- Esse é um dos especiais?- Ele pergunta para a mulher e ela ri também enquanto eu me debato, mas ele me apertava com força sobre seu corpo.

Aquele velho me queria.

- Sim sim, mas nós podemos brincar um pouco com ele, o homem não vai ficar chateado- Ela responde e eu me solto do velho, sem agredi-lo, eu odiava a ideia de bater em um tiozinho, por mais louco que ele pareça ser.

- Desculpa pessoal, mas não estou afim de participar de um ritual de acasalamento de velhinhos, sei que sou irresistivel, mas vocês precisam superar-Aceno e fecho a porta do quarto aonde eles me levaram, colocando uma cadeira para impedir que eles a abrissem tão facilmente.

- Julie??? Noah?- Grito e dou de cara com um capuz preto ao sair para o corredor dos quartos.

Respiro fundo.

- Estou encrencado?- Pergunto.

- Me siga- Ele diz e eu não penso em dizer não.

Depois de andar por um tempinho, deixamos o motel adentrando a mata que existia ao seu redor.

Eu não deveria estar indo para o mato com um capanga de Die, mas quais fossem as intenções dele, ele iria fazer até na frente do central park, então eu não tinha opções.

                     MARI

- Okay, claramente estamos em uma floresta escura e eu acabei de escutar o barulho que pode ser de um lobo gigante que irá me devorar e lamber meus ossos- Digo tentando manter um intervalo entre as palavras mas acabo falando super rápido.

- Esse barulho foi eu tropeçando em um galho de árvore, você teria percebido se não estivesse tentando escalar uma árvore.- Noah responde tirando alguma coisa que havia caído em sua cabeça.

- Escutou isso? Não me diga que você tropeçou de novo- Me viro para trás e um capuz preto está com o braço envolvido em volta do pescoço de Noah, e na mão, uma faca.

- Sem mais movimentos gatinha, me siga- Ele diz e eu apenas concordo com a cabeça, vendo outro capuz preto atrás de mim.

O que levava Noah sai andando e eu o sigo, tentando manter a calma.

                   MATT

- Como deixamos isso acontecer... Não é possível!- andava de um lado para o outro.

- Eu digo como deixaram acontecer... Mas claro, só depois- Escutamos uma voz e quando nos viramos, damos de cara com Carol.

Antes que eu pudesse reagir, levo uma pancada na cabeça e apago, escutando apenas o grito de Nanda antes.

                   JULIE

- Era para...- Sam parecia contrariado, um grande sinal de interrogação surgiu em seu rosto.

- Okay... Por que estamos nesse quarto?- Pergunto.

- Era para eles estarem aqui!- Ele grita.

- Aqueles velhos desgraçados!- Sua raiva era evidente e se formou do nada, e ele logo a depositou em mim.

- Hey!- Grito quando ele joga um pedaço de madeira da antiga cadeira que ele destruiu em um soco na parede ao meu lado.

Ele sai do quarto e eu o sigo, e logo estamos fora do motel, caminhando para a floresta quando um capuz preto chega por trás de Sam, o acertando com uma pedra.

Tento correr mas sou rendida por outros dois capangas que me ergueram no ar.

Tudo estava confuso, se eles eram os capangas de Die, por que o atacaram? Mas o pior de tudo é; se eles não obedecem mais o chefe, quer dizer que não sou mais a "Nulla" para eles.

                    NATY

Acordo em um carro e minha primeira reação é tentar abrir a porta, e por achar que ela estaria trancada, jogo meu corpo contra ela, caindo no chão após a mesma se abrir.

Rolo para debaixo do carro ao escutar vozes e fico ali, tentando controlar minha respiração ofegante para que ela não me entregasse.

- Não podemos matar Julie agora, precisamos domar Die primeiro, pois a primeira coisa que ele iria fazer e talvez a única, seria nos caçar pelo resto de sua vida, apenas para arrancar nossas cabeças e dar para cachorros- A voz era masculina e ele parecia alterado.

- Exato! Por isso iremos matar a loirinha, assim, o deixamos irritado a ponto dele assumir Die por um bom tempo, mas não o suficiente para que ele perca seu tempo e ódio preciosos nos caçando, e futuramente matamos a Julie- Era a voz de Carol, e ela se referia a mim.

Escuto passos e sinto alguém segurar em meu pé, o puxando, me arrastando para o meio da pista enquanto eu gritava e tentava me soltar.

- Posso acabar com isso agora?- Um dos dois capangas pergunta.

- Não, o espetáculo precisa ser na frente dele- O outro responde.

                     LÉO

- Acabamos de receber uma ligação do motorista do ônibus que levava os alunos para a montanha, ele conseguiu sinal depois de horas andando, após escutar gritos vindos do motel aonde os alunos e professores foram buscar ajuda, precisamos enviar homens para o lugar- O xerife vem até mim e eu não posso esconder meu desespero.

- Eu vou!- Minha voz sai como um grito e ele se assusta.

- Não, preciso de policiais, um detetive não vem ao caso- Ele diz e eu o pego pelo braço, o levando pelo corredor.

- Chega de falar e ser calado com ordens vindas de você, agora iremos tratar do meu interesse; eu vou com os homens! Se trata dos meus amigos-

- Seus amigos podem custar a sua carreira- Ele diz em um tom de ameaça.

- E seu senso de superioridade pode custar sua vida- Respondo o soltando e andando em passos largos para fora da delegacia.

- Isso foi uma ameaça detetive?- Ele grita.

- O grande assassino de Gainesville ainda está a solta, durma com as portas e janelas trancadas pois você é o tipo de homem que ele odeia, não se iluda achando que o açogueiro era o cara, pois o cara mesmo, está interessado naqueles alunos!- Grito em respostas e bato a porta da delegacia, entrando em uma das viaturas dos policias que já estavam prontos para ir ao local aonde meus amigos estavam.


Notas Finais


OLÁ MEUS AMORES <3

Espero que tenham gostado do capítulo e que a espera tenha valido a pena.

Digam aí nos comentários o que acharam ;)

Abraços :***


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