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História The Hunt - CAPÍTULO 6


Escrita por: sttverogers

Notas do Autor


ALO, só pra situar todo mundo a arte ai de cima é do Matthew

Capítulo 7 - CAPÍTULO 6


Fanfic / Fanfiction The Hunt - CAPÍTULO 6

SAMUEL

 

     — Sinceramente, Sam, eu nunca pensei que você fosse tão legal assim... — Matthew diz. Eu e ele estamos andando juntos para a aula depois de ficar o intervalo todo conversando sobre os planos e se conhecendo melhor com o grupo.

     — As pessoas costumam dizer isso, não é porquê sou maravilhoso que vocês deveriam ter medo de mim — digo, passando a mão no meu longo cabelo loiro com uma pose vitoriosa.

     — Não é por isso, você sempre parece tão ce-certo e regrado-do... — ele gagueja e tropeça no nada. — ...mas não que você não seja chato por isso nem nada.

     — Matthew, tudo bem — dou risada do jeito desajeitado dele. — Eu sei a minha fama nessa escola e as pessoas não podem estar mais erradas do que tudo isso, mas a maioria da o passo inicial de vir falar comigo e vê que é tudo lorota.

    Ele só dá de ombros e continua sem falar nada.

     — Mas e esse teu envolvimento com Violet? Nunca imaginei que isso poderia acontecer — levanto uma sobrancelha. — Até pensei que você estava envolvido com a Laura de algum jeito.

     — Faço das suas palavras anteriores às minhas, ninguém realmente nos conhece pra saber que somos ótimos amigos — ele levanta o rosto e olha para mim. — Isso também serve para a Violet, ela é bem legal também e nada do que dizem.

     — Faz sentido. Vocês estão juntos ou o quê? — digo

     — Sei que estamos juntos e só. Ainda não sei definir o que é — ele suspira. — Gosto do jeito que é, por enquanto.

     — Espero que dê certo, você é um cara legal pra ser machucado pela "deusa" do ensino médio — digo, relembrando o apelido que todos os meninos deram para Violet. Ela era uma deusa pois era complicada de se alcançar e era maravilhosa aparentemente.

     — Eu também. Cara, é aqui que eu paro, foi bom conversar contigo, a gente se vê depois — ele acena e entra na porta a direita.

    Aceno de volta e continuo em direção á aula de Artes. O vazio do corredor me assusta um pouco, mesmo que o sinal não tenha tocado ainda, esses corredores costumam ficar cheios com as pessoas pegando suas coisas para ir para as respectivas aulas. Realmente essa caçada mudou a escola.

     Chego cedo na sala da professora Blum, ela não está lá. Na verdade, não há nenhum aluno lá. Eu me sinto muito estranho com isso. O sinal ensurdecedor toca e a vida volta para aquele lugar, pessoas começam a surgir e com elas o barulho da multidão falante também.

    Posso dizer que a aula de artes não é uma das minhas favoritas, os minutos parecem horas e a aula de hoje passa devagar demais. Não vejo a hora de acabar logo, ainda tenho um dia cheio pela frente.

    Hoje é quarta feira, dia de cuidar do meu pequeno irmão pestinha. Em casa cada um cuida dele num seu dia livre e todos ficam juntos aos domingos e infelizmente meu dia livre é quarta feira. Além disso, prometi a mim mesmo que iria lavar a pilha de roupas sujas que eu tenho acumulada, e sei que isso vai tomar um bom tempo da minha tarde.

    Acho que acabo caindo no sono, a única coisa que lembro é de ter ouvido alguém chamar meu nome e depois ser atingido por algo que me fez despertar na hora, apenas para ver que a aula estava acabando e meu cabelo estava uma bagunça. Resolvo amará-lo só por precaução.

     Assim como prometido fui buscar meu irmão na escola e é sempre uma grande confusão, é gritaria para todo lado, criança correndo pra lá e pra cá, pais doidos para sair dali logo. Avisto Evan no mesmo lugar de sempre, ao lado da arvore de cerejeira conversando com seus dois amigos, os gêmeos que eu apelidei de a versão masculina das Olsen, pois eles realmente são parecidos com elas e tem até o mesmo sobrenome. Encosto o carro perto da onde eles estão e dou uma buzinada de leve, eles estavam tão distraídos em algo que Evan estava mostrando no seu celular que nem perceberam a minha chegada e tomam um pequeno susto com o barulho.

    Evan sobe no carro com seus cabelos sendo levantados pelo vento do Outono, consigo enxergar a semelhança entre nós dois que as pessoas tanto falam, ele é quase uma copia minha. Pelo menos vai ser bonito que nem eu.

    —E ai, estrela do rock — bagunço o cabelo dele. Insisto em chamar ele assim após descobrir o seu ótimo gosto musical. — Qual a fofoca que você, Henry e George estavam fazendo ali, o novo crush? 

    — Tava mostrando o novo álbum do Panic! para eles ouvirem e eu já falei pra você parar de bagunçar o meu cabelo, se não eu corto o seu fora — ele faz um sinal de tesoura com os dedos. 

     — Eita, grossinho, você não é louco de fazer isso. Ótima escolha, esse álbum está uma delicia de se ouvir — digo e faço uma pedra com a mão pra quebrar a tesoura dele.

     — Deixa eu dar tchau para os meninos — ele diz, enquanto abaixa o vidro do carro.

     — Eles não vão querer uma carona? — digo.

     — Não, o pai deles prometeu que ia levar os dois para comer fora hoje — ele coloca a cabeça pra fora do carro e grita. — FALOU BICHAS!

     Eles retornam com dedos do meio levantados a despedida, eu dou risada e aperto a buzina duas vezes rapidamente e saio com o carro em direção a Avenida Principal, esses pré-adolescentes de hoje em dia são engraçados, nem acredito que já fui um.

    Quando chego em casa, guardo as coisas no quarto que está uma bagunça, mas eu não faço questão de arrumar agora, tenho o resto da tarde para fazer isso. Desço as escadas para ir para a cozinha e encontro os restos de uma pizza da noite passada.

     — EVAN, vou colocar a pizza de ontem para esquentar no forno então faça questão de levantar sua bunda magrela e vir comer — grito pela casa.

     E ele não demora muito a descer. Apesar de não gostar de ficar de babá de ninguém, é bom passar um tempo com ele. Evan finalmente cresceu e deixou de ser uma criança chata que queria atenção para tudo que fazia agora ele sabia cuidar dele sem me atrapalhar muito, mas ainda éramos muito ligados a essa busca por atenção então fazíamos quase tudo juntos, e claro, tudo tinha que ter um tipo de brincadeira ou de tirar sarro da cara do outro. Temos uma relação saudável que faz com que eu não queira trocar de parentesco com qualquer outra pessoa.

    A tarde passa voando com as tarefas que tinha que fazer, quando vou ver já são18:00 e eu ainda não tinha pego no celular para olhar as coisas e avisar minha mãe que ainda estávamos vivos, mas pelo menos eu fiz tudo que tinha que fazer. 

    Quando pego nele me assusto com o tanto de mensagem e que nenhuma delas eram da minha mãe e sim de um grupo recém criado intitulado "Power Rangers", o ícone dele era uma foto dos mesmos com os rosto do grupo da caçada colocado por cima dos capacetes, basicamente eram mensagens de shitposting ou piadas montadas. Mas uma mensagem chamou a minha atenção:

         LAURA:  Galera importante agora, acho que descobri o que poderia ser aquela pista.

                 Estava de olho no corredor na aula de química e vi o querido grupo do Noah fazendo algo lá

                                Resolvi prestar atenção e eles pegaram um relógio que estava pendurado em baixo do símbolo enorme que tem lá no corredor, foi ai que tudo fez sentido e eu descendei tudo

                  O começo da jornada é o lema que fica no emblema da escola então basicamente precisamos pegar um relógio que esta espalhado em baixo de qualquer um desses emblemas.     

                VIOLET: Mas como vamos fazer isso sem que alguém perceba???

     Uma ideia brilhante passou pela minha cabeça.
 

         SAM: Não sei se vocês sabem mas presidentes do grêmio estudantil tem a chave de alguns lugares da escola.

         MATT: OBRIGADO SANTA CHAVE

         SAM: Podemos sei lá ir na escola quando ela estiver sem ninguém, a partir das 20:00

         P-CHO: podemos ir ás 21:00 mas ninguém pode saber, principalmente minha mãe

              VIOLET: Cho quebrando as regras, as coisas estão realmente loucas    

 

     Tudo fica combinado para às 21:00 e durante o tempo restante eu aproveito para comer, ficar um pouco nas redes sociais tomar um banho e cochilar um pouco quando vou olhar a hora vejo que está faltando apenas 10 (escreva por extenso, “dez”) minutos me arrumo rapidamente e coloco a primeira roupa que pude encontrar. Desço correndo as escadas e mando uma mensagem avisando a Evan e minha mãe que estava de saída e não irei demorar.

    Combinei de pegar todos em suas casas, que não eram tão longe da minha. Pego a primeira saída a esquerda e depois a direita e chego à rua de Matthew, Laura e Cho que quebraram um galho morando quase no mesmo lugar. Vejo que eles já estão me esperando em frente a casa de Laura.

     — Olha a hora, senhor certinho — Laura diz e abre a porta do passageiro, enquanto Matt e Cho entram nos bancos de trás. — Aliás, linda camiseta, bem adulta.

    Quando olho para ela, percebo que estou com uma das camisas que uso para dormir, e tem vários dinossaurinhos de brinquedo.

     — Puta merda, eu cochilei e nem vi a roupa que eu peguei — digo, envergonhado.

     — Muito legal o papo sobre moda juvenil, mas a gente precisa ir logo — Pietra dá uma leve batida na parte traseira do banco.

    Busco Violet que também comenta sobre minha camiseta, e dá um beijo rápido em Matthew. Fomos em direção a escola e estaciono na rua mesmo, felizmente eu tenho a chave do portão de funcionários, então sem escalar as paredes hoje. Ver aquele lugar extremamente vazio e repleto de escuridão me dá nos nervos. Optamos pelo relógio do auditório, que é um dos únicos locais que tenho acesso.

    Achar o relógio foi fácil, difícil foi desvendar o que poderia ser colocado no painel que estava atrás dele, quase rachamos a cuca até que finalmente Cho pensou em colocar o ano em que a escola foi fundada, fazendo assim com que o painel ficasse verde e conseguirmos completar a primeira tarefa. Comemoramos com excitação, mas nos apressamos. Aquela brincadeira levou uma hora para ser feita e já era quase meia noite quando terminei de entregar todos em suas casas e cheguei na minha.

    Eu nem me lembro o que fiz depois de chegar em casa, deixei o cansaço me tomar e capotei na cama.

    O toque do meu celular me acordou, tateei em busca dele e atendi a ligação 

    — SAMUEL! você ainda se encontra vivo graças à Deus. Cara, te mandei varias mensagens ontem e você nem viu e nem respondeu até agora. Tá tudo bem? — era Noah que estava do outro lado da linha gritando como sempre.

     — Desculpa acabei me ocupando com muitas coisas e nem olhei o celular e dormi bonito — digo, ainda sonolento.

     — Você ainda se encontra dormindo? Não acredito, cara, você tá tipo MUITO atrasado. Eu já to pra sair de casa e até te liguei pra perguntar se queria economizar gasolina e ir de carona comigo — ele diz.

    Olho o celular para conseguir enxergar a hora e quase dou um grito com o horário. Eu realmente estava muito atrasado.

     — Meu senhor Jesus amado, eu estou muito mais que atrasado. Passa aqui mesmo pra me buscar — digo, enquanto busco uma roupa no armário, tomando cuidado para não pegar a blusa errada dessa vez. — Preciso correr até daqui a pouco. Um beijo e um queijo.

     — Corre, bela adormecida, um beijo e um queijo — ele ri e desliga. "Um beijo e um queijo" é a forma que costumamos nos despedir, depois do almoço em família na casa de Noah em que o avô dele resolveu falar isso achamos super engraçado e usamos desde esse dia.

    Noah não demora a chegar e, assim que vejo que ele chegou, já mando uma mensagem avisando que estava escovando os dentes e estava pronto pra sair. Voei escada a baixo e me despedi bem alto de Evan que estava na mesa comendo uma panqueca.

    Entrei no carro e Noah me olha com uma cara de desconfiado

     — Andou bebendo ontem à noite e nem me convidou? — ele pergunta.

    — Que nada, ontem foi dia de babá e me ocupei com uns outros passatempos por ai — digo e coloco o cinto de segurança.

     — Agora você vai ficar escondendo jogo é?

     — Não posso te falar, tem a ver com a caçada e você infelizmente não é do meu grupo — pisco em sua direção.

     — Bosta, tava doido para desvendar os segredos da dupla Matthew e Laura — ele ri e acelera o carro.

     — Nunca irei contar — digo. — Mas como tá o seu pior terrível grupo possível que você não suportou tanto? 

     — Eu meio que paguei com a língua — ele contorce o rosto.— eles são incríveis e conseguem pensar em tudo. Seb não é chamado de o grande à toa , a Úrsula nem é tão chata assim, só um pouco mandona, a June ela é simplesmente incrível e carismática e bonita e fofa...

     — Ih, que cheiro é esse que eu estou sentindo? — eu cheiro o ar. — Será que é um interesse na margarida? 

     — Não faça disso uma grande coisa, eu só achei ela legal e que eu poderia ter uma chance — ele diz.— Pode dar certo e faz tempo que não me interesso por alguém assim.

     — Já tá apaixonadinho, só falta dar beijinho — cantarolo.

     — Cala a boca pelo amor de Deus — ele me dá um soco no ombro — Continuando, o Martin ele é demais. Ele com aqueles dois metros dele são de pura zoeira e de habilidade no basquete, não acho que ele vá adicionar muito no grupo da caçada, mas posso sentir que sendo amigo dele eu consigo me tornar um titular do time de basquete.

     — Ei, ei, ei vai me trocar pra ficar popular no time de basquete? — fecho a cara.

     — Nunca disse isso, você que tá inventando coisas — ele responde.

     — Você mesmo acabou de dizer que teu novo amigo vai conseguir uma vaga no time — eu falo, com a voz um pouco mais alta. Entramos no estacionamento da escola.— É só uma questão de tempo para você nem falar mais comigo.

     — Samuel deixa de ser chato e afobado, você tá viajando, cara — ele diz e estaciona na primeira vaga que acha. — Eu nunca ia te trocar por uma oportunidade de ficar conhecido.

     — Pois vamos ver então — saio do carro batendo a porta e piso forte.

    Não posso acreditar que esse metido a Lebron James vai conseguir tirar meu melhor amigo de mim. Esses dias não poderiam ficar mais estranhos.



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