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História The Hybrid - Trabalho em equipe


Escrita por: EstrabaoJwregui

Notas do Autor


não sei se ficou bom, mas temos um pouco de ação

Capítulo 67 - Trabalho em equipe


Camila POV.

 

Depois de horas e uma discussão acalorada com os anciões, que de velhos não tinham nada. Enfim chegaram a uma conclusão, os sussurros da decisão não puderam ser ouvidos por mim já que eles foram para uma sala especial.

Eu estava nervosa e a calmaria de Lauren me deixava inquieta.

 

Por fim eles voltaram.

 

— Ok, nós já temos a sentença. — declarou o homem após três horas em discussão com os outros anciões.

— Primeiramente, se Lauren for pega se alimentando ou expor nosso mundo novamente não seremos tão brandos. — o homem falou.

— E boa notícia. Você não vai ser morta. — ironizou Penélope.

— Então posso ir? — Lauren a olhou.

— Não é assim tão simples, Lauren. Queremos que trabalhe para nós.

— O que? Só podem estar brincando! — ela exclamou.

— Trabalho? Tipo uma condicional? — perguntei e o homem que expulsou Klaus assentiu.

— Onde seria isso? Cortar o jardim? — Lauren bufou.

— Não, temos uma organização secreta, onde treinamos jovens vampiros e lobisomens e outros seres também; o objetivo é sermos discretos e caçar os impuros.

Impuros, pode não parecer mas é o que mais existe no mundo, pessoas que foram transformadas ou criaturas que não vivem em sociedade, que querer matar e matar. Por diversão ou por que estavam fora de controle. Muitos conseguiam ser discretos, já outros, adoravam atenção.

— Como eu não sabia disso? — Lauren revirou os olhos.

— Qual parte do “organização secreta” você não entendeu? — Penélope falou.

— Não quero, obrigada. — Lauren sorriu sacana.

— Então creio que a segunda opção lhe agrade. Pela morte de Richard você está sentenciada a morte.

 

Arregalei os olhos e me levantei.

 

— Morte é uma medida exagerada não acha? — falei firme, minha primeira intromissão no assunto. — Não estamos mais na idade média, e Richard retaliou primeiro.

— Entendo Sra. Jauregui, mas não podemos pegar leve; Lauren servirá de exemplo. É isso, ou aceitar a trabalhar conosco. Somos os mocinhos Lauren, não se esqueça.

Olhei para Lauren que franzia o cenho. Enfim ela suspirou.

— Tá, eu aceito. Mas ninguém manda em mim. Eu faço meus horários.

— Tudo bem Sra. Jauregui. Temos várias missões e você escolhe, quem sabe montar uma equipe e poder caçar legalmente. E ainda tem a vantagem de não precisar ser gentil com a caça.

— Parece legal. — falei me aproximando de Lauren. — Vai poder ser uma heroína.

— Mas não sou. — ela sussurrou segurando minha mão e beijando-a.

— Já me salvou antes. Não seria diferente.

O homem pigarreou.

— Então estamos entendidos? A organização fica no 7º andar, podemos passar lá agora mesmo se quiser.

— Eu só quero voltar para minha casa e poder sentar à mesa com minha esposa e filho. — disse Lauren escondendo a irritação.

 

Não nos impediram ao sairmos pelo portão. Nem precisamos nos despedir já que o ambiente tenso não demostrava tanta hospitalidade.

Hayley nos esperava do lado de fora e veio em nossa direção.

 

— Diga-me que não fez nenhuma besteira Lauren. — ela zoou.

— É claro que não. Mesmo não concordando com os métodos do conselho, eu não fiz nada.

— Então o que foi decidido? — disse ela.

— Querem que eu me torne uma caça sei lá o que. — desdenhou Lauren.

— Não acho ruim, porque vejamos você poderá descontar neles em vez de humanos. Sabemos do seu temperamento Lauren, pode ser bom. — falei.

— Camila tem razão, pelo menos alguém nesse grupo tem. — disse Hayley.

— Não tive escolha ou eles fariam da minha vida um inferno. E no momento Lorenzo não precisa ficar sem a mãe de novo. — sorri de canto, o lado materno dela era lindo.

— Olha só! Já se apegou ao garotinho de novo.

— Podemos ir pra casa logo? Estou morrendo de fome. — falei entrando no carro.

 

Dias depois…

 

Lauren POV.

 

Era noite e o metro estava vazio, apenas eu no vagão que se aproximava da plataforma. Carregava minha catana nas costas, arma escolhida por mim para fazer os serviços, era silenciosa e terminava as coisas rapidamente.

Suspirei ao sair do metro e continuei andando ignorando a presença que me seguia e falava comigo; ele era uma espécie de chefe. Os outros haviam entrado no vagão para dar fim ao corpo do ser que eu havia matado.

 

— Lauren ainda não terminamos, vá trabalhar. — ignorei ele e continuei andando. — Tem alguma coisa errada?

Me virei o encarando. Um dos outros caras veio até nós.

— Michael tem alguma coisa errada aqui… não tem nenhum vampiro. Ele é humano. — outro pé no saco falou, ele era um dos que limpavam a bagunça.

— Ele não teve tempo para se transformar, é isso. — Michael continuou me encarando.

— Vai acreditar nela? — ele apontou o dedo em minha direção e segurei em seu pulso o fazendo estralar. Ele gemeu de dor, se curvando.

— Lauren, já chega. — soltei o babaca e sai andando, eu só queria minha cama. — Descanse um pouco.

 

Cheguei em casa as pressas e peguei a reserva de sangue e tomei metade, todo aquele trabalho exigia muito de mim. Fui para o banho e fiquei cerca de uma hora para me limpar de toda a impureza. Queria que a água lavasse minha alma de toda merda que tive que fazer durante esses dias, desde que entrei para a organização sabia que não seria flores, e os mocinhos não eram tão mocinhos assim.

Eles não davam chance de defesa, os recém-transformados mesmo que não oferecessem perigo eram eliminados; assim sem mais nem menos, sem o direito de redenção.

No que fui me meter?

Mas por um lado toda aquela matança me lembrava o meu passado, passado que eu deveria esquecer e eu me odiava que por certas vezes amava a adrenalina de uma caçada.

No final do dia, afinal. O que me fazia me manter calma era apenas duas coisas. Camila e Lorenzo.

Deitei-me ao seu lado e a abracei, beijando seu rosto; ela se mexeu mas continuou dormindo. Nem vi a hora que peguei no sono.

 

Sentia meu corpo pesado, e estava tudo escuro, mas raios de sol tentavam penetrar as cortinas escuras. Assim que abri melhor os olhos decidi não ir para a organização. Eu precisava de um tempo daquilo tudo. Na verdade era só uma desculpa para ficar na cama o dia todo com Camila.

 

— O que está fazendo? — minha voz soou rouca afinal eu acabei de acordar. E o peso? Era camila sobre mim.

— Vendo se não há nenhum ferimento… você chegou tarde ontem. — ela disse e quis enchê-la de beijos.

— Estou bem, e se tivesse eu me curaria rápido esqueceu? — falei e ela manteve minha camisa levantava enquanto passava suas unhas, segurei seu pulso e a virei na cama, ficando por cima. — Que tal ficarmos na cama? Você pode me examinar melhor doutora?

— Mas você disse estar bem, Lauren. — havia malicia em sua voz.

— Oh… acho que estou com algo aqui. — toquei meus lábios. Ela me beijou lentamente. — E aqui… — desci meu indicador para o pescoço.

— Terei que fazer um exame completo. Tente ficar quieta… — ela sussurrou. E me beijou fervorosamente.

 

Me inclinei para cima na tentativa de tirar a blusa, Camila mordia minha barriga e mordeu forte me fazendo gemer.

 

— Mama? — ouvi uma vozinha e a porta se abrindo, sem saber o que fazer recoloquei a blusa tão rápido porém caí no chão.

— Lauren!

Choraminguei por cair de mal jeito e senti mãozinhas no meu braço.

— Você está bem mama? — Lorenzo tinha um olhar preocupado.

— Claro. — olhei rapidamente para Camila que corava forte. Nosso filho quase nos pega no ato. — Acordou cedo garotão? O que foi?

— Tive um pesadelo… — seus olhos brilharam. O peguei no colo e Camila veio até nós.

— Tudo bem, foi só um sonho ruim… sabe o que fazemos para eles irem embora? — falei calma.

— O que? — ele se animou.

— Comemos muitas panquecas!

 

Fiz as panquecas e convenci Camila a não ir trabalhar hoje, ela era a chefe então podia faltar. Meu telefone tocava de minuto em minuto, era Michael me enchendo o saco. Não era ele que havia dito para eu descansar?

Desde que entrei na organização minha visão do meu mundo ficou mais ampla; se não saíssemos do Canadá nunca imaginaria que havia um complô do mal de tomar a cidade de Nova York. Meu papel era cortar o mal pela raiz.

Na organização tínhamos a linha de frente, eram os mais experientes que faziam reconhecimento da área apenas buscando informações triviais para o ataque. Michael tentou me alocar em uma equipe mas não me dou bem com mariquinhas medrosos e mocinhas com medo de quebrar a unha. Normalmente os casos eram de um ou um pequeno grupo de impuros e eu dava conta sozinha.

 

O telefone tocou mais uma vez e bufei antes de o pegar e desligá-lo. Camila notou meu humor.

 

— Algo errado? — perguntou.

— Michael deve querer saber se estou bem. Ele age como se fosse meu pai. — revirei os olhos.

— Pelo menos ele não é um inimigo. Já devia estar acostumada.

— Não é como se eu estive bem em matar covardemente sem direito de defesa. Isso não é heroísmo, Camila. Estou mais pra uma mercenária.

— Ok, alguns valores dessa organização estão um pouco deturpados. Posso falar com alguém do conselho. — ela deu de ombros como se não fosse nada.

— Nem pensar, não quero você dando de cara com Klaus. Não sabe o que tenho que aguentar quando estou lá.

— Porque parece uma esposa ciumenta falando? — ela riu.

— Por que sou. — sorri e puxei-a para o sofá e comecei a fazer cócegas nela fui parando aos poucos e a beijei, não me importando de Lorenzo ver nossa troca de afeto.

 

Fiquei trocando carinhos enquanto Lorenzo jogava um jogo de corrida. Fazia tempo que eu não tinha um pouco de paz. E não pude deixar de me irritar quando um grupo de pessoas invadiram minha sala.

 

— O que é isso? Virou moda invadirem minha casa, não se pode ter um momento em família! — bufei.

— Não tivemos escolha porque parece que seu celular tá sem bateria. — debochou Will.

— Eu tentei convencê-lo a não vir, Laur. Desculpe. Mas precisamos de você. — disse outra garota, Cassie. Ela e Will eram uma equipe junto de outros dois.

 

Era nessa equipe que Michael queria me enfiar. Cinco pessoas é demais, eu teria que ser babá de quatro crianças.

 

— Qual a chance de vocês me deixarem em paz?

— Uma horda de vampiros está atacando o centro e precisamos de reforços.

— Precisam de mim, você quer dizer. — Corrigi Will no mesmo tom de deboche. Ele continuaria mas fiz um sinal de silêncio; Lorenzo ainda estava entretido brincando na sala.

— Tem uma bela família Lauren. — Cassie falou. — Infelizmente não sei se isso durará quando o caos se instalar de vez.

— O que quer dizer? — franzi o cenho.

— O Apocalipse é aqui. Sabe-se lá quantos humanos foram mordidos enquanto você se afoga no seu ego. — Will disse.

 

Movi meu corpo rapidamente mas Camila me parou, quem ele pensava que era para falar comigo dessa forma? Ele não sabe metade o que passei.

 

— Lauren, a coisa parece ser séria. Hayley vai ficar com Lorenzo e reforcei a segurança. Vamos indo. — Camila falou pegando seu casaco.

— Vamos? — Will questionou irritado.

— Precisam da Lauren por ela ser uma híbrida, mas já imaginaram o que duas Híbridas podem fazer juntas? — o tom de Camila não abria espaço para discussão.

 

Fomos direto para a sede e no caminho já podia sentir no ar que a coisa não estava boa, um alerta foi emitido para que os humanos tomassem cuidado, principalmente à noite.

Imaginei um cartaz nas ruas com letras neon dizendo “cuidado para não ser comido por um vampiro sem noção, dirija com cuidado”. Seria cômico se não fosse trágico.

 

Chegando no prédio fomos escoltadas para dentro e um grupo de pessoas passou por nós, evidentemente machucadas.

 

— O que está acontecendo? — perguntei.

— Um grupo de vampiros arruaceiros estão arrumando treta com os lycans e no meio disso tudo quem acaba na pior são os humanos. Você sabe da linha que eles não podem cruzar? — Cassie explicou.

— Não?! — fiz uma cara confusa enquanto entramos na sala onde tínhamos armas pesadas.

— É uma linha imaginária mas determina onde começa e onde termina a área dos lycans… e bem, você sabe que os lycans não gostam dos dentes afiados andando nas terras deles.

— Achei que essa rixa de espécies já havia acabado a séculos, bufei indo até meu armário pegando a minha catana. — virei-me e impedi de Camila pegar uma escopeta. — Você não irá lá fora, fique aqui.

— Desculpe o quê? Olhe ao redor tem pessoas feridas, vai mandá-los para a morte? — ela ergueu uma sobrancelha.

— Não saia da minha vista. — avisei e segurei seu pulso.

— Estarei atrás de você. — ela me deu um selinho rápido e fomos para fora onde dividimos os grupos.

 

~*~

 

— Eles têm armadilhas nas áreas verdes. Cuidado onde pisa. — falei para Camila que cobria minha retaguarda.

Mas ela parecia alheia, ouvi passos, pés correndo, se estavam tentando ser discretos estavam muito longe disso.

— Por aqui. — falei indo na frente, Cassie e Will foram por outro lado. Farejei um rastro de sangue e me movi silenciosamente para não saberem da nossa chegada.

— Devemos matá-los Lauren? — Camila perguntou aflita.

— Eles vão tentar nos iludir e pedir perdão. Mas não caia nessa. Eliminar só os que demonstrarem ameaça, não se esqueça os lycans que estão sob ataque.

— Ok, mirar nos vampiros. — ela falou firme.

 

Camila saiu andando e fui atrás dela. Havia um carro parado, ainda ligado e foi quando ouvimos disparos. Imediatamente corri naquela direção e cheguei a tempo salvar Cassie.

 

— Você está bem? — lhe dei a mão para ajudá-la a levantar.

— São muitos, acabei me separando de Will…

Vistoriei o corpo do vampiro no chão mas não encontrei nada, nenhuma pista. Tirei da mochila uma garrafa de álcool e joguei no corpo, ateando fogo em seguida.

— Por que atear fogo? — Camila perguntou.

— Temos que apagar nossos rastros, e não se preocupe depois que terminar Michael manda uma equipe de limpeza. — Cassie disse.

— Temos que achar Wi… — ouvi um grito agudo. Nós três corremos para perto de uma grande árvore e de repente ficou quieto demais.

 

Ainda tinha a luz do dia para nos guiar, senti algo pingando no meu rosto, impossível ser chuva nessa época do ano. Olhei para cima achando Will pendurado por uma corda, já sem vida.

 

— Chegamos tarde. — minha voz saiu baixa. Camila e Cassie olhavam para cima, e Cassie sufocou um grito de pavor. Abracei Camila para ela não olhar a cena. Haviam corpos de lycans fincados nos galhos como troféus.

 

Aquela visão me deixou com raiva, era por isso que eu odiava trabalho em equipe um descuido, mesmo não sendo minha culpa; um dos nossos estava morto.


Notas Finais


gostam de cap assim com mais ação? preciso do feedback de vcs :D


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