História The Icy Eyes Dragon: Omake - Foi a Olivia

Foi a Olivia

Sati saiu da sala do médico com os ombros doloridos. Nora mesmo ferida estava tão hiperativa quanto sempre. E reclamando pela falta de panquecas para o café da manhã. E o médico de Star Arrow fez questão de levar o problema a sua chefe.

Ela sabia que mais pessoas de Beacon estavam reclamando pela falta de seus alimentos favoritos. E por mais que odiasse admitir ela também ficaria de mal humor sem sua comida favorita.

Era por isso que ela decidiu fazer algo por esses adolescentes. Pelo bem da sanidade da equipe médica que ali trabalhava, e por sua própria sanidade. Não tinha nada a ver com gostar deles e querer que eles se sintam bem enquanto estão sendo tratados ali.

— Senhorita Kaffaljidhm, a que devo a honra de você aparecer na cozinha? Não que eu esteja reclamando, é um deleite para meus olhos ver a senhorita. — Herita, a jovem cozinheira perguntou em um tom de flerte.

— Eu vim falar com o chef. — Sati se limitou a dizer no seu tom mais frio.

— Eu vou chamar. — Herita piscou com um olho antes de se afastar.

Céus.

Todo mundo sabia que ela era de Azuya. Ninguém jamais poderia ocupar o lugar de sua namorada em seu coração. Ela nem sabia porque essa mulher insistia tanto em flertar com ela desse jeito.

Era por isso que ela odiava vir até a cozinha da empresa.

Ela também não podia demitir essa mulher. Pelo menos ela não se atreveu a fazer nada além de flertar.

— Minha senhora, você me chama? — E lá estava um homem de quase cinquenta anos de idade. O olhar cansado, mas feliz. Shefar.

— Eu preciso de um favor específico. — Sati foi direto ao ponto. — Eu preciso que você sirva alguns pratos específicos para os meus alunos. Pode fazer esse favor?

— Claro minha senhora. Só preciso que me dê a lista do quer e será feito com imenso prazer. — Shefar disse com um sorriso feliz. — Eu estou sempre feliz em servir a majestade.

— Ótimo. Só mais uma coisa. Você dirá que foi a senhorita Olivia Aldebaran que pediu para fazer esses pratos para eles. — Sati disse séria e o homem piscou sem entender.

— Se me permite perguntar, majestade. Por que devo dizer a essas crianças que foi a senhorita Aldebaran que enviou? Eles ficariam felizes em saber que a senhorita se importa com eles. — O homem disse estranhando a ação de Sati.

— Shefar meu bom e velho amigo, você sabe que eu tenho uma imagem a defender. Eu não posso deixar esses garotos pensarem que eu sou boazinha com eles, posso? Afinal eu ainda sou Sati Kaffaljidhm. A princesa demoníaca. Eu preciso parecer fria e distante. — A ex comandante afirmou.

O homem riu e Sati sorriu gostando do fato de que apesar de toda a formalidade de Shefar, ele fosse descontraído em sua presença. Era um alívio para dizer a verdade.

Enquanto ela não se importava de ser temida pelas pessoas de fora, ela queria que seus súditos agissem descontraidamente ao seu redor. Ela os amava, e queria os ver livres e soltos. Porque era assim que o povo de Primrōs tinha que ser. Eles mereciam toda a felicidade que o mundo podia dar a eles.

— Eu estou feliz pela senhorita. — Shefar disse repentinamente. — Tantas responsabilidades conosco. Eu estava preocupado de que a senhorita não conseguisse ter uma vida para viver. Felizmente temos a senhorita Igami, e agora essas crianças para fazê-la feliz. — E havia um sorriso quase paternal em seu rosto.

— Eu também estou feliz, Shefar. Que mesmo longe das areias todos conseguiram reconstruir suas vidas. E que eu tenha sido capaz de ser uma boa líder para vocês durante esse tempo que não precisaram de mim. — Sati tinha um tom caloroso.

— Conhecendo seu pai como eu conhecia, eu tenho certeza que onde quer que ele esteja agora, ele está orgulhoso da mulher que a senhorita se tornou, majestade. — Sati sorriu com essas palavras. — A senhorita honra o seu nome e o nome de seus antepassados. — Ele proclamou com orgulho.

— Obrigada. — Ela respirou fundo antes de puxar um papel de seu bolso. — Essa é a lista de pratos que eu preciso que faça. E os cookies são com chocolate extra.

— Eu vou me lembrar. Assim como eu vou me lembrar de agradecer a essas crianças pelo que estão fazendo por você. — Sati o olhou com os olhos arregalados. — Ou melhor. Por tudo que fazem pela senhorita Aldebaran.

— Obrigada.

Com isso a ex comandante deixou a cozinha. Shefar sorriu olhando para a lista que Sati havia lhe dado.

Bom havia muito trabalho para fazer com tantos pratos diferentes que ele precisava entregar. Seria uma boa experiência e aprendizado, com certeza.

— Eu sei que o senhor meu rei, e a senhora minha rainha, estão muito orgulhosos da mulher que sua filha se tornou. Porque eu também estou. — Shefar disse olhando para o teto. — Ela ainda insiste em usar a fama de demônio, mas agora todo o seu povo sabe o quão grandiosa ela é por trás dessa fachada. Que Orin sempre esteja com ela.

— Chef! Precisamos que o senhor prove a nova receita. — Alguém gritou no fundo da cozinha.

— Eu já estou indo. — Shefar respondeu antes de voltar ao seu trabalho.

oOo

— Panquecas! — Nora soltou um grito estridente assim que viu seu café da manhã. Shefar disse para todos o que deviam dizer quando entregasse a comida para os pacientes.

— A senhorita Aldebaran pediu para trazermos um café da manhã especial para vocês. — A mulher disse calmamente.

— Como ela sabia que eu gosto de pães élficos? — Pyrrha murmurou encantada. — E seu gosto é idêntico ao de um pão feito em minha casa.

— Meus cookies tem chocolate extra. — Ruby disse se derretendo com o sabor de seus cookies.

No estado atual da equipe JNPR, eles já estavam andando livremente apesar de ainda não ter alta. Era muito comum que todos fizessem suas refeições no quarto da equipe RWBY.

Weiss sorriu para seu prato com waffles com mirtilos. O creme especial que ela descobriu ser um creme doce de Primrōs deixava tudo mais gostoso.

— A senhorita Olivia é um anjo. — Jaune suspirou depois de comer seu crepe. — Eu nem sabia que ela tinha permissão para fazer isso.

— Esse peixe é tão fresco e bem temperado. Eu preciso agradecer ela depois. — Blake tinha que concordar que Olivia era realmente um anjo. Fazendo tanto por eles desde que chegaram ali.

Weiss deu um leve sorriso. Ela sabia que não tinha sido Olivia que mandou essa refeição especial para eles. E era bem a cara de Sati fazer algo assim e dar todo o crédito a Olivia.

Se não fosse assim, ela sabia que precisariam da autorização de Sati para ter essa refeição diferenciada. E claro que Sati iria permitir e ainda dar o crédito para a Olivia.

— E mais uma coisa. O Chefe da cozinha pediu para eu dar uma mensagem para vocês. — A enfermeira disse com um leve sorriso. — Muito obrigado por cuidarem da senhorita Aldebaran e da nossa majestade. — A mulher tinha um brilho especial em seus olhos. — Se me derem licença eu vou levar o café da manhã para a outra equipe de Beacon.

Weiss piscou. Um agradecimento genuíno. E ela podia sentir que essa mulher também queria dizer essas palavras. Sati era mais amada por seu povo do que ela imaginava. E havia tanto amor e cuidado de ambas as partes que Weiss sabia que isso do traria mais amor e felicidade.

Um povo que ama seu realeza e uma realeza que ama seu povo. Ela só certamente esperava que Atlas um dia tivesse algo assim também.

Quem sabe o próximo governante de Atlas. Porque eles mereciam alguém que os amasse também.

— Olivia é minha nova deusa! Essas panquecas estão divinas! — Nora exclamou enchendo sua boca com as panquecas.

Weiss suspirou. Ela não iria estragar o disfarce de Sati. Ela sabia que um dia todo o mundo veria a verdadeira Sati Kaffaljidhm e o quão calorosa ela podia ser com aqueles com quem se importava.