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História The Judge - Wrong hours, unexpected moments - Part 2


Escrita por: RGBSfics

Notas do Autor


Queeee os jogos comeceeeeem 3:) hehehehehe

Capítulo 12 - Wrong hours, unexpected moments - Part 2


Fanfic / Fanfiction The Judge - Wrong hours, unexpected moments - Part 2


CAMILA'S POV 

Caminhei distraída até a mesa de um cliente — ou tentei — que me aguardava, mas antes que eu pudesse chegar recebi um esbarrão de uma pessoa totalmente depravada, me fazendo quase cair e derrubar minha prancheta de anotações, junto à caneta, no chão. 

— Perdão, por favor moça... — Abaixei-me para pegar meus objetos do chão e ouvi aquela voz tão conhecida por mim, soar inocente aos meus ouvidos. Ela parou de repente e eu engoli em seco, voltado à minha posição anterior — Veja só se não é a Camila Cabello... 

A mulher me encarou totalmente desnorteada e eu tive a certeza absoluta de que se tratava de Lauren Jauregui. Olhei para fora do lugar, através das paredes de vidro, e uma multidão se formava eventualmente querendo algum tipo de contato com a mulher. 

Pisquei algumas vezes desacreditada e percebi o mesmo sorriso pervertido de sempre desenhado em seus lábios. Resolvi ignorar como se eu não a conhecesse e girei nos calcanhares afim de continuar o meu trajeto até a mesa onde o cliente estava. 

— Ei, ei. — Ouvi a mulher pronunciar e segurar firme em meu pulso, impedindo-me de continuar e eu parei, encarando-a com certo fervor nos olhos. — Eu preciso falar com você! 

— É só escolher uma mesa e fazer seu pedido no balcão que um dos funcionários irá lhe atender, com licença. — Tentei soltar meu braço de suas mãos, mas o ato foi completamente em vão. 

— Eu... 

— Estou  horário de trabalho, se a senhora me permite, eu preciso atender a um cliente. — Falei formalmente e ela riu daquele jeito que fazia as minhas pernas bambearem e me render totalmente aos seus charmes. 

Deus, seja bonzinho comigo e me ajude, pelo amor de Deu... pelo teu próprio amor. 

— Você falando assim, me dá até uma coisa... Desse jeito eu não respondo por mim, Camila. — Piscou um dos olhos e eu tive que implorar aos céus que me desse força para continuar firme. 

— Me solta, Jauregui. Me deixa trabalhar. 

Seus olhos se desviaram dos meus para um grupo de jovens que haviam conseguido entrar, suspirou ao perceber que as mesmas lutavam contra os seguranças para alcançá-lá e apertou firme o meu pulso, onde provavelmente iria ficar vermelho. 

— Me esconda em um lugar, de pressa. — Sussurrou e eu continuei imóvel, apenas observando o grupo de garotas e assistindo Lauren se desesperando a cada segundo. — Anda Camila, por favor. 

— Por que eu deveria fazer isso? — A encarei desafiadora e a mulher suspirou. 

— Porque... Porra! Só me ajuda! 

Sorri me divertindo com a situação e segurei em sua mão, seguindo com a mesma até o almoxarifado onde Lucy e eu guardavamos nossos pertences e, praticamente, a joguei para dentro da sala.

— Eu estou perdendo o fio paciência que ainda me resta com você. — Sussurrei para que não pudéssemos ser ouvidas e ouvi a mesma estalar a lingua. 

— Eu juro que não sabia que você trabalhava aqui... 

— Ah você jura? Acha mesmo que vou acreditar em você? — Sorri sarcástica. 

— Se quiser acreditar, é um favor que você me faz. Agora, se não quiser, são dois. — Sentou-se em uma cadeira velha e eu me aproximei dela lentamente. — Mas bem que você poderia me fazer companhia, o que acha? 

Aproximou suas mãos das minhas coxa e eu as tirei com delicadeza, vendo-a rolar os olhos. 

— Não faça barulho, não mexa em nada e nem se quer respire. Só saia dai quando eu vier e disser que você pode, caso contrário, considere-se morta. 

— Mas eu estou com fome. 

— Pouco me importa. — e sem dizer mais nada, marchei até a saida, batendo a porta. 

Como ela havia descoberto onde eu trabalhava? Essa era uma pergunta que, nem que eu quisesse, eu descobriria a resposta, só sabia que as vezes isso me assustava. Essa "aparentemente" obsessão dela por mim me deixava com um pé atrás sobre quais seriam suas intenções comigo. 

E se ela quisesse me sequestrar para me matar? Não, acho que ela não arriscaria sua carreira assim. 

Mas e se... Arght, eu tenho que parar de ser idiota. 

Apertei os olhos e respirei fundo antes de voltar ao que estava fazendo antes. Cerca de três horas haviam se passado e o amontoado de pessoas haviam diminuído na frente do café, me fazendo ficar mais tranquila — tão tranquila que havia esquecido Lauren trancada na dispensa. 

E se ela estivesse desmaiada, estirada no chão de fome, ou pior: morta? Eu iria me sentir péssima, iria carregar esse fardo pesado de culpa para o resto de minha vida e jamais iria me perdoar. 

O movimento no café havia diminuído e isso significava: Tempo suficiente para eu levar alga coisa para Lauren. Um alerta soou em minha mente e eu tratei de preparar uma vitamina rápida, que não ocupasse muito o meu tempo, e alguns cupcakes que eu sabia que ela amava. 

Ela amava? — parei de repente, para pensar — Claro que amava, eu vi no site! 

Voltei ao que estava fazendo e, ao terminar, coloquei tudo alinhadamemente em cima de uma bandeja na bancada. Prendi meus cabelos em um coque frouxo, deixando que algumas mechas ficassem soltas na frente, e sequei o suor com um guardanapo. E já que não queria parecer uma mendiga na frente dela, retoquei meu batom vermelho, respirei fundo e peguei a bandeja, andando normalmente até onde a mulher estava escondida. 

E lá estava eu, novamente, fazendo as vontades dela com a maior cara de imbecil do mundo. Qual é? Ela me beija do nada, me agarra no banheiro, fica atrás de mim igual louca, nem se quer importa com o fato de que eu tenho um relacionamento a zelar e mesmo assim eu me importo? Por que eu deveria me importar se podia muito bem virar as costas e fazer de conta que ela não estava ali? 

Era isso! 

Não existia Lauren Jauregui nem hoje e nem nunca mais, porque eu fecharia o café e faria de conta que nem me lembrava de sua existência. 

Girei nos calcanhares com a intenção de voltar para a área principal e parei, de repente, engolindo em seco e me odiando mortalmente por estar fazendo aquilo. Por mais que ela não merecesse, eu não conseguia ser uma pessoa ruim. Ela tinha me dito que estava com fome, eu levaria alguma coisa para ela e era só. Por um favor, não por preocupação! 

Arght, que inferno de mulher, meu Deus, o que eu havia feito para merecer isso? Tacado faca na cruz? 

Abri a porta e a empurrei com um dos pés para que ela se abrisse, e fiz o mesmo para fechar. Encarei a mulher que dormia tranquilamente com a cabeça em cima de minha bolsa, em uma mesa, e mantinha os seus dois pés em cima da bolsa de Lucy como se fossem travesseiros. Era impressionante como que até para dormir, ela conseguia ser folgada. 

— Jauregui, acorda! — Exclamei com a voz elevada e ela resmungou, reclamando de alguma coisa. 

Ri comigo mesma e deixei a bandeja em cima da cadeira, onde ela estava antes. Me aproximei e cutuquei sua bochecha repetidas vezes até que ela abrisse aqueles dois cristais maravilhosos e me olhasse meio desnorteada. 

— Isso é sonho, ou...? — Perguntou se levantando. 

— Sem gracinhas. — Me afastei e peguei a bandeja outra vez, colocando em seu colo. — Eu não deveria, mas trouxe algumas coisas para você comer, então coma. 

— Na verdade não era bem isso que eu queria comer, você sabe, mas como não tem outro jeito, não é? — Disse comendo um pedaço do cupcake. — Nossa... muito bom isso aqui. 

— E sem comentários desnecessários. — Sentei-me ao seu lado e a observei comer o doce como se fosse a primeira vez. — Quem vê, pensa que passa fome. 

— Não, é sério. Acabou de ganhar uma cliente fixa. 

— Nem brinca com uma história dessa. — Comentei fazendo-a engasgar e gargalhei, a contagiando. 

— E vou voltar repetidas vezes, até você enjoar de ver a minha cara, acredite. 

— Eu já enjoei. — Rimos e ela estalou a lingua, voltando sua atenção para a vitamina. — Lauren... — Me distrai com as minhas unhas — O que você veio fazer aqui? 

— Comer, oras. 

— Estou falando sério. 

— Eu também. 

— Você não está me levando a sério. — Revirei os olhos e ela sorriu de lado. 

— Eu sempre te levo a sério. — Bufei impaciente e ela percebeu, pois voltou ao seu estado normal por mais inacreditável que fosse. — Das outras vezes eu apenas me interessei por você, você é bonita e a primeira impressão que tive fez com que eu me interessasse ainda mais. Mas hoje eu só passei para comer, até porque não tinha como saber que você... 

— Tinha sim. Você é famosa, consegue tudo o que quer com quem quiser, inclusive informações como essa. 

— Você acha que só porque eu sou famosa, eu sei de tudo? 

— Hã? Aham.  

— Camz, eu ainda quero te pegar, é verdade, mas eu tenho outras preocupações, outros problemas... 

— Não me chama de Camz! — fiz uma careta feia — E não vai acontecer mais nada entre a gente. Acabou de uma vez por todas. 

— Mas nem aconteceu nada. 

— E nem vai! Nunca mais. — Falei tentando convencer mais a mim mesma do que a ela. Fechei minhas mãos em punho e respirei fundo sentindo o seu perfume se aproximar cada vez mais, fazendo com que eu fechasse os olhos e inalasse a maior quantidade. 

— Não seja tão teimosa, Camila... — Depositou um beijo em minha nuca, me arrepiando da cabeça aos pés. — Você não está traindo o seu namorado ou nada do tipo, é apenas... uma diversão. 

— Diversão? 

— Uhum. — Confirmou e eu ri desacreditada — Eu sei que você também quer. Podemos fazer tudo escondido, ninguém precisa saber e seu namorado nunca vai desconfiar. 

Desci da mesa e me aproximei dela, pondo as mãos uma de cada lado de seu corpo e a encarei com um sorriso divertido. Observei seus olhos se fecharem e sua boca entreabrir, com a intenção de me beijar, mas eu apenas encostei a minha testa na dela e sussurrei: 

— Vai sonhando... 

O sorriso esperançoso, que antes desenhava seus lábios, agora dava espaço para um riso irônico enquanto a mulher balançava negativamente a cabeça. Girei nos calcanhares, dando-lhe as costas, e girei a maçaneta, saindo da sala e batendo de frente com uma Lucy um tanto desesperada. 

— Mila, onde eu posso pegar um pano de chão? Entornei um copo inteiro de capuccino e não achei onde ficam as vassouras. — Disse coçando a nuca e me encarando. 

— Eu vi um no Almoxarif... 

— Isso! Como eu não pensei nisso antes? — Bateu na própria testa e eu arregalei os olhos ao lembrar de que ela não podia entrar lá. 

— LUCY! Não entra, espe... — Corri em sua direção e segurei um de seus braços a impedindo de dar mais um passo, mas era tarde demais. Ela já havia aberto a porta com o outro braço livre. 

—  PUTA QUE PARIU! PUTA QUE PARIU CARALHO! — A garota exclamou com as mãos na boca e com os olhos totalmente arregalados. — LAUREN JAUREGUI? EU ESTOU VENDO... AI MEU DEUS... 

— Era só o que me faltava... — Lauren sussurrou, revirando os olhos pela milésima vez naquele dia, mas Lucy não havia percebido. 

— Vives, calma... — Tentei pronunciar, mas já era tarde demais. Em um piscar de olhos, Lucy se enganchou no pescoço de Lauren, enquanto a mesma lutava para fazer com que a garota não beijasse sua boca. — Lucy, olha o exagero... 

— Você não sabe... — parou para beijar a bochecha da cantora — Como... — parou outra vez — Eu... amo você e quero te dar loucamente, sempre foi meu sonho... 

— Lucy, que vergonha meu Deus. — Falei tentando tirá-la de cima de Lauren que ria compulsivamente. — Jauregui, não leve em consideração... 

— ... Você é bem mais gostosa do que na TV, que perfume maravilhoso é esse... 

— Alien by Thierry Mugler, ganhei de um melhor ami... 

— Lauren, para de dar corda. — Ordenei, conseguindo finalmente afastar Lucy dela. 

— Vai que ela queira usar... Ah, e sobre você querer me dar, me liga que a gente marca o dia. 

— CARALHO... 

— Nem continue a frase, Vives! — Segurei forte em seu braço e a arrastei até a saída. — Você, pegue as bolsas e vem comigo. Temos que dar um jeito de sair daqui com você quando fecharmos o café. — Disse me referindo à Lauren, enquanto Lucy se debatia loucamente. 

— Sim, senhora. — Levantou as mãos em rendição e pegou as bolsas, me seguindo logo depois. 

Cheguei em casa mais exausta que o normal, afinal, tinha sido um dia bastante corriqueiro e... diferente, mas um diferente até que divertido. Joguei minha bolsa no sofá da sala e me sentei uns cinco minutinhos para retomar o fôlego e a coragem de levantar dali, tamanha era a minha preguiça. 

A casa estava em total silêncio, o que era impossível, já que minha mãe, meu pai e principalmente Sofia adoravam uma boa falação a qualquer hora do dia. Levantei-me e fui a procura deles, não os encontrando em lugar algum, e como eu estava sem a minima vontade de procurá-los, tomei um banho rápido e sequei meus cabelos depois de vestir-me com um roupão do piu-piu. Ouvi o barulho irritante da campainha soar e bocejei sem a minima vontade de atender. Caminhei lentamente até a porta e, antes de abrir, fiz algumas caretas para exercitar os músculos do rosto e aparecer mais apresentável. 

— Pois não? — Perguntei ao abrir e dei de cara com um garoto alto, arrumando e cheiroso pra cacete, com as mãos no bolso me encarando como se eu fosse um ET de Varginha. 

— Senhorita Cabello? 

— Hum, sou eu. 

—  O seu namorado Shawn Mendes solicita a sua presença na... Não, em lugar nenhum. A senhorita poderia vir comigo? — Estendeu o braço e eu franzi o cenho. 

— Eu não vou com você, e se isso for um sequestro? 

— Não acha que se fosse um sequestro eu já teria lhe raptado? Anda, vamos.

— Eu não vou! — Insisti e o garoto bufou impaciente. 

— Aconteceu uma coisa com a sua mãe, Sinu é o nome dela... — Disse pensativo e senti meu coração se acelerar. 

— Minha mãe? Como assim com a minha mãe? 

— Vem comigo que eu te mostro, lenta. — O garoto disse calmamente e eu corri para o quarto, o deixando sozinho. 

Como poderia ter acontecido algo com a minha mãe? Eu não me perdoaria jamais se uma tragédia tivesse acontecido e... e se ele quisesse me sequestrar? Girei nos calcanhares e voltei para a sala marchando, encontrando-o analisando alguns quadros na parede. 

— Ei? Me dê uma garantia de que isso não é um sequestro. — Pedi com as mãos na cintura e ele me encarou, rindo divertido. 

— Sua mãe se chama Sinuhe, seu pai Alejandro, sua irma Sophie... 

— Sofia. — O corrigi e ele bateu na própria testa, fechando os olhos. 

— Isso, Sofia. Seu namorado se chama Shawn, sua sogra se chama... 

— Ok, não sei se isso convence alguém, mas me convenceu. — Eu disse e ele entreabriu a boca, paralisado e sem dizer mais nada. 

Ao chegar no closet, arranquei o primeiro vestido que havia achado e me vesti em menos de um minuto. Se aquilo era possível? Claro que era. Pela minha família eu virava até Chris Angel. 

Calcei uma sapatilha qualquer, sem saber qual era e só depois de um tempo percebi que estava com os pares errados. Revirei os olhos e peguei um vans vermelho desbotado, que nem combinava com o vestido, e sai com o cabelo desarrumado mesmo. 

— Vamos logo, vamos... — Peguei o garoto pelo braço e sai arrastando, sem nem ter trancado as portas da casa. Entramos em um puta carro luxuoso, que eu só havia visto em filmes e ele sentou no lado do motorista — sem nem ter aberto a porta do carona para mim. 

Que tipo de cavalheiro era esse? 

Ao perceber que eu já havia sentado, deu partida no carro e seguiu por uma rota que, até um ponto eu conhecia, mas depois de alguns vinte minutinhos eu já estava desnorteada. Eu estalava os dedos freneticamente com ansiedade e podia sentir meus músculos enrijecerem conforme eu soava frio. 

Pisquei algumas vezes e abri a boca, confusa, com a intenção de fazer algumas perguntas, mas logo desisti. Primeiro porque viemos o caminho todo, calados e segundo, eu não conseguia pronunciar uma só palavra. 

— Vamos entrar, chegamos! — Disse o garoto desligando o carro e saindo, então fiz o mesmo. 

Encarei a enorme mansão à minha frente e vários pontos de interrogação se formaram em minha mente. Primeiro, por que ele havia me levado até lá? Só se fosse um sequestro de luxo ou algo do tipo. 

— O que eu estou fazendo aqui? — Perguntei e o garoto ignorou por alguns segundos, entregando as chaves para o manobrista. 

— Você vai saber quando entrarmos. 

Respirei fundo e o segui para dentro do lugar desconhecido, ou nem tanto assim, pelo menos do lado de fora. 

Eu tinha certeza que já havia visto aquela mansão em algum lugar, mas não me recordava em que ocasião. Só me dei conta de que eu era realmente pobre quando eu pus os pés em um gramado fofinho e encarei aquilo tudo a olho nu. Aquilo era um paraíso de casa, era um céu na terra e se aquele cara estranho morava ali, ele tinha uma sorte do caramba. 

Sorri deslumbrada ao caminhar e, conforme eu me aproximava ainda mais da entrada, mais aquela maravilha se tornava visível e, em um pensamento insano, a minha única vontade era de arrancar a minha roupa e me jogar naquela piscina. 

— Senhorita? É por aqui. — O garoto disse, chamando a minha atenção e eu me recompus, voltando a segui-lo novamente. 

Se aquilo fosse um sequestro, eu queria ser sequestrada todos os dias, Shawn que me perdoe. 

— Bom, ali é a sala de estar. A sua família está lá, é só você virar a esquerda. — E dizendo isso, o "sem nome" deu-me as costas, me deixando sozinha naquele lugar, e eu não sabia se ele estava falando a verdade, e nem sabia o que pensar. 

Sem esperar mais, segui para onde ele havia me indicado e franzi o cenho, unindo as sobrancelhas, encarando aquele breu enorme que tomava conta do lugar. Eu não conseguia ver se quer uma alma perdida, por que diabos a minha familia estaria aqui? 

Meu coração se acelerou e eu fiquei em total desespero, por pouco não caí dura naquele chão. 

A luz se acendeu de repente revelando todos os meus amigos, incluindo a recém, Dinah. Toda a minha família estava realmente ali, inclusive minha mãe que sorria atoa e secava as lágrimas com um lenço e os pais do meu namorado, que batiam palmas freneticamente. Haviam também algumas pessoas da qual eu não fazia a minima ideia de quem pudesse ser, mas aquela não era a minha principal preocupação, no momento. 

— Ma-mas o que é isso...? O que? — Ergui a cabeça confusa e senti uma mão se aproximar e se entrelaçarem nas minhas. 

Olhei imediatamente para o lado e avistei Shawn com  sorriso nos lábios, encarando todo aquele pessoal feliz e alegre por uma coisa que eu nem sabia o que era. Estava sendo realmente uma sensação maravilhosa para mim, eles não sabiam o quanto.

Era meu aniversario e eu não estava sabendo? Por Deus, por que será que eu sou sempre a última a saber das coisas? Eu odiava aquilo. 

— Parabéns para nós, meu amor! — O garoto exclamou e se virou para mim, selando os seus lábios demoradamente nos meus. — Eu ainda não a lembrei gente. É a segunda vez que ela se esquece, quando na verdade era para ser ao contrário, enfim... — Disse para as pessoas presentes, que riram alegremente, ou porque acharam graça — A gente está completando dois anos de namoro hoje, meu amor, e eu queria que fosse muito especial. 

— Eu... Nossa, meu Deus, eu não sei o que dizer! — Pus as mãos no rosto, escondendo minha feição chorosa, e meu namorado me abraçou na intenção de me manter mais calma. — Eu realmente sou péssima para datas, me desculpa amor... nossa, eu te amo tanto. 

— Não precisa se desculpar — Selou seus lábios no meu novamente, sorrindo — Na verdade eu queria mesmo que você se esquecesse, senão, a surpresa não seria uma surpresa. 

— Você é um grande filho da puta. — O abracei de lado e observei minha mãe me olhar feio. Tapei a boca como se dissesse "foi mal" e ela voltou sua atenção para Sofia que comia alguma coisa animadamente. — C-como você fez isso? Você gastou quantos milhões para alugar isso aqui? 

— Não, não é alugado. Fique tranquila que depois eu te explico. — Desviou seu rosto do meu de repente e voltou a falar em alto e em bom som — Gente, a casa é de vocês. Fiquem a vontade, façam dessa comemoração a festa de vocês. — Voltou a me olhar. — Vamos, eu vou te servir alguma coisa na cozinha. 

Eu sorri, ainda secando as lágrimas, e apertei mais a minha mão na dele, deixando-o que me guiasse até o cômodo. Cada vez que eu piscava, era uma visão melhor que eu tinha daquela casa e, quanto à cozinha, eu juro que se tivesse uma daquela, nunca mais sairia e ninguém me tiraria. 

— Essa casa é maravilhosa, tudo aqui me deixa perplexa, eu nunca vi uma dessas na minha frente... 

— Relaxa, vamos poder voltar aqui sempre que quisermos, isso eu te garanto. — Disse soltando a minha mão e seguindo para a bancada, onde haviam algumas taças e garrafas de champanhe prontas para serem abertas. 

Andei pelo lugar analisando todos os mínimos detalhes, desde os cômodos até os acessórios que dava um charme ainda maior na cozinha. Analisei a geladeira prata enorme à minha frente e eu estava morta de vontade de saber o que aqueles ricos guardava ali. Sempre tive uma certa curiosidade sobre o que essas pessoas endinheiradas guardavam na geladeira, não acreditava muito que fossem só frutas e legumes, além de sucos naturais e essas baboseiras todas. 

— Amor? — O garoto chamou. 

— Oi? 

— Fique à vontade. — Respondeu e eu dei de ombros, abrindo aquele monstro sem pensar duas vezes. 

Os alimentos estavam perfeitamente em ordem, como eu imaginava, mas não haviam só baboseiras de ricos metidos a nutricionistas. Havia chocolate pela metade, meia jarra de suco, queijo cremoso, ovos e, talvez, até comida do dia anterior. Ou a pessoa que morava ali era muito humilde, ou estava por fora de tudo o que a empregada guardava às escondidas. 

— SHAWN? AHH ME DÁ UM ABRAÇOOOO — Alguém disse, com uma voz familiar, e eu fechei rapidamente a porta do aparelho, encarando a garota de vestido praticamente "trepada" em cima do meu namorado. 

Depois daquela ruiva, era uma morena de chapéu? Não vai me dizer que é outra ex? Até porque seria muita cara de pau da parte dele, convidar uma ex ou amiga sabendo como eu sou. 

Cruzei os braços e os encarei séria. A mulher provavelmente não tinha me percebido ali, pois estava de costas e mantinha o seu total foco no garoto à sua frente, mas ele... Ele gostava de se fazer de idiota. Ele sabia que eu estava vendo e sabia que eu odiava vê-lo com uma desconhecida, sem que me apresentasse antes. 

— ...Desculpe a demora, mas é que eu tive alguns problemas para resolver depois daquela cena que eu te falei pelo telefone. 

Aquela roupa... 

— Lern, fique tranquila. Está tudo nos conformes. — Disse pegando nas mãos da garota. — Ocorreu tudo como combinamos, ela amou e eu fiz um ótimo trabalho confiando em você. 

— Você sabe que sempre poderá contar comigo, e agora mais do que nunca vamos recuperar todo o tempo perdido que passamos longe um do outro. — A garota disse o abraçando novamente e voltou a mesma posição de antes, depois de segundos. — Mas e aí? Cadê a sortuda? 

— Ah, é claro! — Coçou a cabeça e se voltou a mim. — Lern, essa é a minha namorada, Camila Cabello e Mila... Essa é Lauren Jauregui, minha melhor amiga de infância. 

A mulher se virou e empolgada e o seu sorriso sumiu ao perceber minha presença ali. Pisquei repetidas vezes para ter certeza de que aquilo tudo era mesmo real e que estava acontecendo, mas para a minha infelicidade, tudo estava bem nitido diante dos meus olhos. 

Shawn se aproximou de mim e apoiou uma de suas mãos em minhas costas, enquanto eu olhava fixamente para mulher que se aproximava e estendeu as mãos para que eu a cumprimentasse. 

— Muito prazer, Camila Cabello. 

— O pr-prazer é todo meu... Lauren Jauregui. 
 


Notas Finais


Eeeee aiiiiiii ? Como estamooos ? hehe



:)





~RGBS


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