1. Spirit Fanfics >
  2. The Kids Are Alright - AU Drarry mpreg >
  3. Everything is shattering and it's Draco's mistake

História The Kids Are Alright - AU Drarry mpreg - Everything is shattering and it's Draco's mistake


Escrita por: nyymeria

Notas do Autor


Hey vocês :)

Capítulo 15 - Everything is shattering and it's Draco's mistake


Os moradores da casa dos Malfoy estavam um pouco reclusos naquela manhã, e Scorpius não sabia o que fazer. 

- Vem Robin, toma aqui um talo rabanete fresquinho pra você. 

O coelho estava escondido embaixo da cama do garoto desde a noite passada, ele tentava chamar atenção com legumes e ração mas nada do bichinho sair do esconderijo. Draco tinha certeza que ele estava enciumado com o novo morador, Pyxis. 

Mas Pyxis era um cãozinho filhote que só sabia tomar seu leite no conta-gota e dormir o dia todo, Scorpius não entendia porque Robin teria ciúmes de alguém que não faz nada! 

O garoto se deitou sobre o carpete do quarto se sentindo frustrado. Seu coelho não queria brincar, seu filhote estava dormindo confortável em seu edredom e seu pai não havia levantando da cama ainda, nem mesmo para fazer seu café-da-manhã. Ele foi nas pontas dos pés até o quarto, mas Draco não estava deitado na cama bagunçada, adentrado mais no cômodo, ele conseguiu escutar seu pai do banheiro e pelo o som que vinha de lá, ele não parecia nada bem. 

- Père? Ça va bien? – Perguntou alto, temendo entrar no banheiro. 

Ele escutou Draco tossir algumas vezes e abrir a torneira, segundos depois aparecendo com os cabelos e rosto molhados. Veja bem, seu pai era naturalmente pálido mas naquela manhã ele parecia ter saído de algum filme de zumbi. 

- Bom dia, Scorpy. – Disse rouco. – Dormiu bem? 

- Uhum. – Respondeu, levantando os braços para ser pego em um abraço. Eca, seu pai estava com um leve cheiro de vômito. 

O rapaz colocou o filho de volta no chão, se sentindo um pouco zonzo pelo mal-estar matinal. Era a segunda vez naquela semana, ele realmente gostaria de saber o que havia com seu estômago. Só de lembrar do bolo de carne que comeu no jantar, tudo parecia querer sair para fora novamente. 

Seu café se limitou a um suco de maçã sem açúcar e fez o máximo que pode para não enjoar com os ovos com torrada que seu filho habitualmente comia pela manhã. A caixa colorida de cereal estava para no balcão aonde os dois comiam, quando sua boca aguou de vontade de experimentar um daqueles flocos coloridos. Ele pegou apenas um, Scorpius acompanhava com o olhar e a torrada parada nos lábios ele pegar mais outro e depois outros. 

- Ele ficam melhores com leite. – Disse, a boca cheia de torrada. Draco olhou para ele. É, leite seria uma boa. 

A primeira colherada foi esquisita, fazia anos que ele não comia cereal exatamente por saber que faz tão mal e deixa as crianças muito agitadas, agora parecia que aquela tigela cheia de flocos doces e coloridos era melhor coisa do mundo. Scorpius observou seu pai comer duas tigelas e meia de Froot Loops, e soluçar de tão cheio depois. 

- Não é tão ruim assim. – Soluçou mais uma vez, sorrindo em seguida para o filho do outro lado do balcão. 

A parte ruim de tudo aquilo foi o que veio a seguir, enquanto ele colocava os pratos na pia, seu estômago recomeçou a dar sinais de que não estava bem. O cheiro doce do cereal invadiu suas narinas o deixando muito enjoado. Tomou um copo d’água gelada, respirando fundo, mas nada parecia dissipar aquele mal-estar. 

- Pai? – Chamou o garoto, pelo olhar, Draco sabia que ele queria pedir algo grande. – Posso brincar na piscina, hoje? Você fica olhando. 

O rapaz mordeu o lábio, hoje realmente não era um bom dia, estava se sentindo exausto podia escutar sua cama no andar de cima. 

Scorpius não sabe nadar, já havia caído na piscina uma vez e quase se afogou. Desde então, ele só usava a piscina quando o pai estava por perto. Mas o garoto tinha quatro anos quando escorregou, agora ele tinha dez. Talvez fosse hora do voto de confiança.

- Tudo bem, mas pode chamar Albus e James para ficar com você? – Scorpius olhou para ele como se ele estivesse sendo tonto.

- Pai... É óbvio que eu vou chamar o Al. 

Draco levantou as mãos em defesa. 

- Oh, desculpe. Qualquer coisa estarei lá em cima, sim? Tomem cuidado. 

Scorpius concordou com a cabeça, se despedindo com um abraço rápido e correndo pela porta para chamar Albus do outro lado da cerca. 

Draco subiu as escadas, suas costas estavam doloridas como se tivesse dormido torto durante uma noite inteira. A lembrança do café da manhã voltou com tudo, assim que entrou no banheiro para molhar o rosto. Ele se curvou na pia mesmo, para por para fora tudo o que havia comido. 

-x- 

Scorpius conseguia enxergar suas pernas pálidas dentro d’agua, balançando as mesmas devagar, a temperatura estava boa e o dia quente. Ao invés de dar um grande mergulho, ele se sentia seguro ficando sentado na beira vendo Albus nadar. 

- Scooorp! Por favor, vem nadar comigo! 

Ele já havia perdido as contas de quantas vezes o garoto havia pedido que ele entrasse na piscina. Mas o medo de se afogar era maior, ele não sabia nada sobre nadar, boiar e etc. 

- Eu te seguro, nas minhas costas igual os golfinhos! – Insistiu, Scorpius balançou a cabeça. – Qual é! Não confia em mim? Meu pai faz com a Lily, sei como se faz.

- Se seu pai estivesse aqui, iria pedir para você se sentar um pouco! – Tentou mudar de assunto. Embora, de faro, Albus estava se esforçando muito e ele não queria que o garoto tivesse uma crise. 

O garoto nadou até a borda onde ele estava e cruzou os braços no piso, olhando para seu rosto com aqueles olhos muito verdes. Sorriu. Scorpius sentia pequenas abelhas lhe darem ferroadas no estômago toda vez que Al sorria. 

- Se eu ficar quieto por um tempo você nada comigo? – Pediu. Ele era mesmo uma coisinha insistente. Scorpius suspirou, tirando a franja do olho.

- Tudo bem... – Disse, fazendo Al comemorar dando um soco no ar.

Claro que depois de Scorpius concordar, Albus não estava mais interessado em descansar seus pulmões. Ele esperou o garoto entrar dentro d’agua molhando seus shorts vermelho com estampa de tubarões.

- Certo. Agora você se segura nos meus ombros e deixa que eu te levo. 

Scorpius mordeu o lábio, parecendo incerto. Albus ficou de frente para ele. Seus braços pousaram nos ombros do garoto, mas esse os puxou para frente, suas mãos juntas agora. 

- Solta seu peso dentro d’agua. 

Scorpius fez, mas sentiu um pequeno pânico quando seu corpo ficou leve demais. Gritou com medo, se agarrando em Albus. 

- Relaxa Scorp. Eu estou sempre te segurando. Não vou deixar você se afogar. 

- Eu sei! É só que... Ok, vamos de novo. 

Colocou seus braços ao redor de Albus, e soltou seu corpo. O garoto começou a nadar com o outro nas costas, devagar, depois pegando um pouco de impulso para ir mais rápido. Scorpius estava rindo agora, era divertido e ele não sentia mais medo de afogar.

Albus estava tão feliz quanto, ele havia feito algo bom para Scorpius é isso era especial. Ele estava se sentindo cansado, seu peito estava querendo apertar, mas o loiro estava rindo genuinamente e ele não queria que aquele momento acabasse. 

- Vamos mergulhar. – Disse, não dando tempo de Scorpius pensar. O garoto fechou os olhos, sempre segurando firme o outro e mergulhou embaixo d'Água por alguns segundos. Subindo para a superfície.

- Você está bem? – Riu, os longos cabelos loiros estavam tampando seus olhos, Albus o ajudou o tirando da cara. Ele sorriu, seus olhos ardiam um pouco. 

- Quero fazer de novo! – Respondeu empolgado, Albus riu mas em meio a risada uma tosse forte o atacou, Scorpius pôs a mão em seu ombro preocupado. 

- Vamos, mas antes acho que eu deveria me sentar um pouco. Meu pai diria isso se estivesse aqui. – Piscou, provocando Malfoy com a última frase. 

O garoto jogou um pouco de água na cara de Albus antes deles saírem da piscina por alguns minutos.

-x- 

Draco havia dormido demais para o seu costume. As crianças haviam subido para almoçar, mas ele não teve força para acompanha-las. Scorpius havia pedido macarrão com almôndegas e apenas de ter que prepará-las, fez seu estômago revirar várias vezes. Pela segunda vez naquele dia, o suco de maçã foi seu único amigo. 

Tudo o que ele conseguia pensar era em deitar, melhorar logo daquela virose e em Harry. Se o rapaz estivesse lá, com certeza sua saúde melhoraria em 80%. Olhou a tela do celular novamente só para ter a frustração de não ter nenhuma ligação perdida, nem uma de suas mensagens respondias. Seu peito se apertou um pouco, Albus havia dito que Lily também estava adoentada e Harry havia corrido com James para levá-la ao hospital. Se a razão dele não responder era pelo da garotinha estar muito mal, isso o deixaria ainda mais enjoado. 

Pensou em um banho gelado, talvez melhorasse o mal estar, por ora. Quando levantou sua camiseta para entrar no chuveiro, a campainha tocou. 

Desceu as escadas tentando adivinhar quem era aquela tarde, ele não recebia visitas sem ser comunicado antes. Ah não ser que...

Oh, não.

Fechou os olhos e rezou para todos os santos que não fosse que ele achava que fosse. 

- Mamãe. 

Narcissa Malfoy entrou sem cumprimentá-lo, se virando de costas para que retirasse seu Blazer fino. Seu pai, Lucius, veio logo atras, mas esse tirou o paletó sozinho, colocando no cabideiro ao lado da porta. Ótimo, era tudo o que ele precisava, seus pais. 

- Nesse lugar nunca para de fazer calor? – Narcissa reclamou, se abanando com a mão. Lucius já estava mexendo no bar que ficava no canto da sala, bar que obviamente não tinha nada alcoólico porque Draco não bebia.

- Não tem whisky. – Reclamou do óbvio. Draco suspirou.

- Papai, nunca tem whisky, toda vez que você vem me visitar é a mesma coisa. – Respondeu, guardando o blazer da mãe, que rodeava pela casa, observando tudo ou para Draco, procurando algo para criticar. 

- Pois deveria ter deixado salvo uma boa garrafa para seu velho pai, sim?

- Não quero que Scorpius tenha acesso fácil a bebidas, e também não faz sentido, uma vez que vocês quase nunca vem aqui. – Respondeu cruzando os braços. Um longo bocejo vindo em seguida.

Sua mãe ajeitou um fio de cabelo loiro para dentro do coque, encarando Draco. Ela se sentou ao lado do marido. Lucius encontrou o jornal da cidade e estava em seu mundo de notícias, como sempre ignorando todos que estavam na sala. 

- Não servirá nada para nós? Uma água, um café. – Disse Narcissa, reforçando a palavra café quando Draco bocejou mais uma vez. 

O rapaz não respondeu, se guiando para a cozinha. Pela janela ele conseguia ver a piscina com Albus e Scorpius brincando tranquilamente. Droga, pensou. Albus estava lá, mais um motivo para a mãe dele implicar com algo. Um longo questionário sobre Potter estava para vir. Seu estômago deu uma leve retorcida de nervoso. 

Ao voltar para sala, Narcissa havia mudado pequenas coisas de lugar, puxado alguns porta-retratos para frente, checando o pó da mesa de centro. Não havia nada, Draco mantinha a casa limpa mas estamos falando de Lady Malfoy aqui. 

O rapaz pousou a bandeja com o café e se sentou na poltrona de frente para os pais. Ele havia encontrado uma garrafa de vinho no fundo do armário que usariam para fazer algum prato, mas preferiu dar ao seu pai, quanto menos estresse aquela visita causasse, melhor. 

Lucius abaixou o jornal, suspirando infeliz para a taça de vinho branco. Nunca satisfeito com nada que Draco fazia, ele já estava acostumado. 

- Bom, a que devo a honra de vocês aqui? – Perguntou, se sentando na poltrona de frente para os pais. – O aniversário de Scorpius foi há dois meses e nem mesmo ligaram para o neto, porque estão aqui? 

Narcisa a olhou indignada. Lucius estava focado na sessão de economia. 

- Draco! Nós somos seus pais, temos o direito de visitá-lo mesmo que você nos renegue. 

O loiro revirou os olhos, bebendo seu suco de maçã. 

- Não vai tomar café conosco? – Perguntou a mãe, o observando. 

- Não, estou me sentindo um pouco enjoado hoje. – Respondeu baixo.

- Café está te enjoando? – Perguntou agora com a sobrancelha levantada. Lucius o olhou por cima do jornal. 

- Está? – Draco não estava entendendo o julgamento por ele não querer café. 

- Suco de maçã não é bom para enjoo. – Lucius murmurou de trás do seu jornal. 

- Mas é a única coisa que meu estômago está aceitando. – Agora sua mãe estava o encarando de forma muito estranha. Ele suspirou mais uma vez.  – Enfim, podem me dizer o que querem? 

- Seu pai queria parabenizá-lo por ter uma prateleira só para você na livraria da cidade. Não é querido? – Lucius se limitou a balançar a cabeça.

Draco pousou seu copo de suco no colo. Seus pais nunca o elogiavam. Isso fez até mesmo seu coração ficar mais calmo. Ele sorriu, de verdade, para a mãe. A mulher retribuiu, ae servindo de mais café.

- Sabe quem também ficou satisfeita e almoçou conosco recentemente? – Agora ela estava empolgada em falar. – A doce Astoria.

Merda. Draco sabia que tinha algo a mais. Seus pais virem assim do nada até a sua casa, claramente eles queriam algo.

- Oh, e como ela está? – Fingiu interesse. 

- Bem, ela nos contou sobre estar tentando a guarda de Scorpius. – Sorriu confiante. 

- Que ela não vai conseguir. – O sorriso de Draco estava lá, forçado. Seu sangue estava começando a esquentar de raiva. 

- Meu filho, pense, Scorpius estará muito melhor com a mãe e o namorado dela Nick, parece ser um bom rapaz. Scorpius precisa de uma base familiar equilibrada, não viver nesse fim de mundo tendo apenas você como referencia adulta! Ele poderá ter a oportunidade de fazer uma faculdade decente. 

Draco não podia acreditar em tudo aquilo, suas mãos bagunçaram seu cabelo ao passar os dedos entre eles.

- Scorpius só tem dez anos, ele vai poder ser o que quiser. Não vou obrigá-lo a nada e o que você quer dizer com base equilibrada? Ele é feliz aqui comigo! 

- Será bom para você também. Você finalmente terá tempo de ajudar seu pai com a empresa, deixar um pouco essa fantasia de escrever de lado. – Continuou ainda sorrindo. Ela não estava escutando nenhuma palavra que Draco havia dito.

- Sua mãe está certa, Draco. – Seu pai disse atras do caderno de economia agora. 

O estômago do rapaz estava revirando, ele queria chorar e vomitar em cima da cabeça da sua mãe! 

- E porque não começar a decidir o futuro de Scorpius desde já? Ele é um Malfoy, precisa de um plano a longo prazo para se estabelecer. – Continuou, nem sinal de preocupação com o filho que agora tentava se segurar para não tremer de raiva. 

- Porque eu não quero que ele fuja de mim como eu fugi de vocês. – Disse entredentes. 

O silêncio se fez na sala. Lucius havia abaixado o jornal e estava encarando Draco tanto quando Narcissa que parecia ter levado um tapa. A mulher  abriu a boca para revidar, mas passos correndo atravessaram a sala e um pequeno Scorpius a atacou em um abraço.

- Vovó! 

Narcissa abraçou o neto, que estava molhado de piscina, o mesmo fez Lucius que largou o jornal e a taça de vinho de lado para por o garoto em seu colo. Albus parou ao lado de Draco, que passou seu braço ao redor dos ombros do menor. Era agora ou nunca.

- Mãe, Pai, esse é Albus Potter, filho do---

- Potter? – Sua mãe o olhou com os olhos arregalados. – Aqui? Potter está morando aqui? 

Albus olhou para Draco confuso, aquelas pessoas pareciam não estavam felizes em saber sobre seu pai. 

- Não aqui exatamente, ele comprou a fazenda do lado.

- E vocês mantém contato? Scorpius é amigo do filho de Potter?! – A voz da mulher estava esganiçada. Draco começou a recolher a pequena bagunça da mesa, o drama só estava começando. 

- Albus é o meu favorito. – Scorpius disse, apertando os olhos para o garoto do outro lado da sala que riu envergonhado. 

- É todo meu pesadelo em uma segunda geração. – Suspirou Lucius, colocando o garoto no chão. 

- Agora eu entendo porque quer continuar aqui, Potter sempre está no seu caminho---

- Scorpius, você e Al podem subir e tomar banho por favor? Chega de piscina por hoje. – Interrompeu, tudo o que ele menos quer é que Albus escute as barbaridades de sua mãe sobre Harry. 

- Ahhh pai! – Bateu o pé em protesto. Justo agora que ele estava quase conseguindo nadar sem ajuda de Albus. 

- Por favor, Scorp. Eu já vou ajudar vocês, empresta alguma roupa sua para o Albus, sim? – Seu filho o encarou com um bico bravo, ele murmurou entre dentes. – Me obedece. 

O pequeno rapaz saiu da sala de má vontade, ganhando um beijo da vó estalado na bochecha, subindo as escadas até seu quarto batendo pé com Albus em seu encalço. 

- Agora mais do que nunca Scorpius precisa ir morar com a mãe! – Narcissa disse em um tom mais alto. 

- Experimente mamãe, tira Scorpius de mim que eu coloco fogo naquela cidade inteira com todos vocês dentro! 

- Ele ainda vai estar com você nos finais de semana, ele precisa morar em um lugar com pessoas decentes! 

- Cissa, Draco, queridos, vamos manter a educação. – Lucius disse friamente.

- Eu não acredito nisso. Eu juro que não mereço escutar isso. – Disse tremendo, pegando a bandeja de volta para levar para cozinha. Sua mãe o seguiu. 

- Quantas semanas? – Perguntou, a voz abafada pelo barulho da bandeja sendo rudemente jogada dentro da pia. A xícara se quebrando. 

- O que?! – Perguntou. Do que ela estava falando dessa vez?

- De quantas semanas você está esperando? 

Draco parou um tempo para pensar na pergunta, quando finalmente entendeu, soltou uma gargalhada. Sua mãe revirou os olhos, ajeitando novamente o fio teimoso que caia do coque. 

- Eu não estou grávido, mãe. É só uma virose. – Respondeu, abrindo a torneira. Não era possível ele estar grávido, mesmo ele tendo transado todas as vezes com Harry sem nenhuma proteção. Não. Ele não aceitava ser tão desatento. 

- Você está. Eu consigo sentir, Draco. Você já fez o teste?

- Eu não estou esperando bebê nenhum, Cissa. – Disse irritado. 

- Você não pode ficar com esse bebê, Draco. Estragaria tudo, sua vida precisa entrar nos eixos. 

Draco fechou a torneira indignado. Ela não aceitar sua suposta gravidez, tudo bem, mas pedir para que ele tirasse o bebê, já era passar de qualquer limite. 

- Isso não é você quem decide, mamãe. – Seu corpo todo tremia de raiva.

- Você não pode ter um filho de Potter! 

- Eu não estou! Porque isso seria tão horrível? 

- Porque ele não é bom o suficiente para você! Achei que tinha percebido quando foi embora e deixou ele para trás! 

Draco fechou os olhos, respirando fundo agora.

- Mãe, acho que está na hora de você e papai voltarem para casa. – Respondeu, a voz mais equilibrada agora.

- Você está nos expulsando?! – Gritou indignada.

- Estou. A partir do momento que a senhora me ofende dentro da própria casa, eu tenho o direito de tirá-la daqui. 

- Eu sou sua mãe!

- Então aja como uma e não como minha inimiga, tentando arrancar meu filho de mim, tentando dominar a minha vida. Chega! – Disse não percebido que estava gritando. Sua mãe o encarou por alguns minutos antes de sair dramaticamente pela porta. Em menos de dois minutos a porta da frente foi fechada.

Seus pais haviam ido embora e ele pode desabar em lágrimas se segurando na pia da cozinha. 

A certa altura seus soluços se misturavam entre estar com raiva pelos seus próprios pais estarem contra ele e a favor de Astoria, além do pânico se estar realmente grávido.

Ele não conseguiria carregar uma criança, pelo amo de deus, ele não queria estragar tudo para Harry. Draco o amava tanto porque sempre precisava decepcioná-lo. 

Um pouco confuso, saiu pela porta de trás, correu até a cerca que separava as duas casas e a pulou. Bateu à porta algumas vezes até escutar James dizer que estava aberta. Seus olhos se expandiram ao ver Draco parecer tão destruído. 

- Seu pai está em casa? – Soluçou. James balançou a cabeça, ele não gostava de ver ninguém chorar, isso meio que doía nele por dentro.

- No quarto de Lily, lá em cima. – Apontou.

Draco deu a ele um sorriso fraco e subiu as escadas de dois em dois degraus.

Harry havia acabado de por Lily para dormir, a criança estava tão cansada depois de tantas injeções e pessoas a apertando que caiu no sono antes mesmo de terminar seu banho. O moreno estava acariciando seus cabelos cacheados enquanto sua pequena apertava com força o macaquinho de pelúcia em seus braços. 

Um soluço o fez virar a cabeça para encontrar Draco apoiado na soleira da porta, torcendo a barra da camiseta como fazia quando estava nervoso. Harry se levantou no mesmo instante para segura-lo. 

- O que houve? – Perguntou antes de ser abraçado como se fosse fugir.

- Se você não é o melhor pra mim, porque eu odeio a ideia de viver uma vida sem você por perto? – Disse, deixando Harry confuso.

- Eu... Draco, não estou entendendo. – Disse, sentindo o loiro soluçar e balançar a cabeça negativamente. 

- Meus pais vieram me ver, hoje. – Suspirou entre o choro.

- Ah... Aposto que devem ter conversado sobre como eu sou incrível, sim? – Riu.

- Harry...! – Chorou.

- Tudo bem, Draco, tudo bem... Eu não ligo para o que eles falam. – Respondeu baixo, desenhando círculos com os dedos nas costas do rapaz para acalma-lo. 

Draco soluçava, daquele ângulo ele conseguia ver Lily dormir e o pânico de estar grávido o atacou novamente. Seu peito encontrando dificuldade para respirar. Ele agarrou as costas de Harry com mais força. 

- E-Eu estou com medo, Harry. – Suspirou.

- Shhh... Draco, eu estou aqui, esta tudo bem. 

- Minha mãe foi horrível! – Choramingou, ele nem sabia mais sobre o que chorar primeiro.

- Tudo bem, ela já foi embora. Eu estou aqui, agora, sim? Tente se acalmar. 

Ele apertou Harry mais um pouco, sentindo suas mãos percorrer suas costas e a barba fazer cócegas no seu pescoço. Estava apavorado por tudo que poderia causar dali pra frente. Não poderia estar grávido, não poderia trazer mais problemas para Harry, havia jurado que seria o melhor que pudesse para o rapaz.

Sentindo o cheiro que vinha dos fios grossos e despenteados do rapaz, Draco desejou poder se esconder naquele abraço pra sempre. 


Notas Finais


Última att do ano! (Eu acho) hahahaha

Só quero agradecer por terem feito meu 2016 um pouco melhor. Juro, não existiria metade disso aqui se não você pelo apoio e carinhos que vocês me dão.

Desejo muita muita luz em 2017! Yaaay!

All the love,

Nyme ❤🐱

https://curiouscat.me/kinngpotter
https://twitter.com/kinngpotter


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...