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História The Kill - Sasusaku - My Demons


Escrita por: UtakataBadboy e Mizuhina

Notas do Autor


OIE GENTE. AQUI É A MIZU.
Bom, como os atrasos são recorrentes por conta de mil motivos, eu acho que vou pular as desculpas e ir direto ao assunto. Ta ai o novo capítulo, saído do forno pra vocês. Está sendo bem difícil conciliar faculdade com fics, mas tudo bem.

Eu vi que tem uma boa dose se comentários acumulados, peço a vocês que não se chateiem, pois não nos esquecemos deles, viu? Apenas não tivemos tempos ainda, mas prometo que eu e o Uta vamos responder todos vocês. <3
Sem mais demora, aqui esta o capitulo.

Capítulo escrito por Mizuhina inspirado na música My Demons do Starset.

Capítulo 23 - My Demons


Socorro! Socorro!

O navio está afundando lentamente

Eles acham que sou louco, mas não conhecem o sentimento

Eles estão todos em volta de mim

Circulando como abutres

Eles querem me quebrar e lavar as minhas cores.

Limpar as minhas cores!

 

 

 

Desapegar-se de si mesmo e de tudo o que o rodeia, talvez ele nunca tivesse sentido isso antes. E ainda que estivesse diante de um inimigo colossal Sasuke não conseguia sentir medo, raiva ou ódio. Era como se aquela luta vazia não significasse absolutamente nada. Sentimentos que antes o levavam a euforia, agora nada mais eram do que um resquício do fora no passado. Era apenas isso o que ele tinha para lutar.

 

O nukkenin aproximou-se em passos vagarosos, observando atentamente a enorme serpente que tinha quase o dobro do tamanho de Manda¹. Ela encontrava-se, despreocupada devorando vários ovos sem que nenhum outro ser se aproximasse dali.

 

Quando estava a cerca de quase três metros de distância o chão estremeceu e Sasuke deu um salto para trás, já que a inimiga tinha batido com a calda no chão na intenção de acertá-lo. Ela virou-se para ele, a cabeça levemente curvada e movendo-se lentamente como se estivesse prestes a dar um bote. A língua partida movia-se tentando rastrear o paradeiro dele e logo palavras perigosas saíram dela.

 

— Olha o que temos aqui. Humanos não são tão saborosos, mas matam a minha fome. - Ela disse e logo se moveu rastejando em volta de Sasuke que permaneceu parado. — Você tem um cheiro familiar embora eu não saiba de onde vem. - Ela continuou a rodeá-lo obtendo apenas o silêncio como resposta. — Me diga humano. Você é uma oferenda? Por alguma razão tola eu não sinto as batidas do seu coração em desespero. Porque está tão calmo?

 

— Isso não é da sua conta. Eu apenas vim aqui matá-la. - Logo ele ouviu uma risada alta.

— Como é insolente. - Proferiu com chiados. A serpente continuou a cercá-lo pronta para esmagá-lo a qualquer momento com os músculos do corpo. . — O que há de errado com você? Parece que não tem medo de morrer, meu jovem. - Ela achava engraçada aquela reação apática. Quando comprimiu o corpo para esmaga-lo, percebeu que uma força poderosa de chakra encobria o rapaz, fazendo com que ela fosse incapaz de tocá-lo e quebrar seus ossos. Sasuke tinha ativado parcialmente o Susano, e enquanto tivesse essa vantagem poderia lidar com qualquer situação.

[...]

Ela estava sentada no fundo de um lugar escuro, úmido e frio. Não conseguia mover as mãos presas em uma corrente a frente do corpo. Era tão escuro que quando tinha novamente acesso a luz machucava seus olhos. Raramente podia ver algo, e aquilo a deixava completamente aflita. Embora pudesse andar pelo ambiente, o local parecia bem pequeno e restrito. Ela não se lembrava de muita coisa sobre como tinha ido parar ali, lembrava-se apenas do culpado.

 

 

Uma vez por dia, o shinobi conhecido como doutor Takada aparecia iluminando o local com uma vela, trazendo comida, água e uma seringa com algo que ela não sabia dizer o que era. Persistentemente ele tentava interroga-la a troco de nada, tentando saber o quanto Sakura sabia e até onde ela poderia atrapalhar seus planos. Era justamente por essa razão que a emboscou afim de afastá-la de Konoha.

 

Desde o primeiro dia em que a viu percebeu que aquela mulher demasiadamente inteligente o olhava com olhos suspeitos, e que ela definitivamente estava disposta a salvar Sasuke. Ele também sabia que ela jamais falaria nada que prejudicasse o Uchiha, portanto já tinha desistido de arrancar qualquer informação e apenas se empenhava em fazê-la parte de seus planos.

 

 

 

— Está gostando minha querida. Qual é seu nome mesmo? Sakura? - Ele disse em deboche soltando um riso de tom sádico. — Devo parabenizá-la, é muito persistente.

 

Sakura permaneceu calada, olhando-o desafiadoramente, não iria dar o braço a torcer. Não iria chorar, nem pedir ajuda, ela estava disposta a aguentar tudo com um único objetivo. Precisava sair dali e ajudar Sasuke, não importava o que custasse. — Graças a sua pequena interferência eu tive que me afastar da vila. E se não fosse sua utilidade eu já a teria matado há muito tempo.

 

— E porque não mata? - Respondeu corajosa. — O que está esperando?

 

— Ainda não é a sua hora. E aposto que você sabe, sua vida é a garantia de que ele virá até mim. E é com ela que eu irei jogá-lo completamente na escuridão.

 

— Sasuke-kun não virá. Está perdendo seu tempo.

 

— Uh. É mesmo? - Takada riu alto como se tivesse ouvido uma piada muito engraçada. — Claro, como você está a um bom tempo aqui, é claro que não sabe. Sasuke fugiu da prisão de Konoha, no momento ele é um foragido. Foi data a ordem para capturá-lo vivo ou morto, você entende não é? Não há mais espaço para ele em Konoha.

 

Naquele momento, Sakura avançou disposta a socá-lo, porém foi impedida pelas correntes que logo emitiram um intenso choque elétrico deixando-a apática. Ela respirava fundo, tentando se acalmar. Ainda tinha uma carta na manga, e precisava ser prudente.

 

— Não pense que eu vou baixar tão fácilmente a guarda com você. Eu não estou te subestimando Sakura. Eu sei que a aprendiz da godaime Hokage é bastante perigosa.

 

— Porque… Porque está fazendo isso com ele? Porque está fazendo isso com o Sasuke-kun! - Ela gritou irritada. Sentiu uma enorme dor na cabeça, pois o homem a levantou do chão segurando-a pelo cabelo. Ele logo sacou uma seringa do jaleco, e injetou algo nela que a deixou toda dormente e incapaz de mover o corpo. Era provavelmente algum líquido estranho para paralisá-la.

 

— Porque? - Ele virou-se para ela, os olhos estavam arregalados e na face um sorriso assustador. — Porque é divertido! - Ele a soltou bruscamente jogando-a contra a parede e causou uma dor aguda. Sakura abafou um grito de dor. A face do homem assustadoramente tornou-se séria. — Ele jamais vai voltar para vila da folha, e você também não. Acostume-se com a ideia.

 

— Você não sabe absolutamente nada sobre ele! - Gritou.

 

— É mesmo? - O homem parou em frente à saída. A voz era fria e distante. — E você sabe? Sabe de algo sobre os Uchihas? Não me faça rir, sua pirralha. Você logo irá perceber que não há como o seu conto de fadas se concretizar. - Ele saiu dali e a deixou novamente só.

 

 

[...]

 

Logo quando a luta teve início Sasuke percebeu que seria praticamente impossível derrotar a grande serpente com golpes comuns, uma vez que as escamas espalhadas por toda a pele eram resistentes como aço, quase como se houvesse uma armadura em volta dela. Além disso, a facilidade com que ela se esquivava e atacava eram de uma extrema agilidade.

 

Nos primeiros dez minutos Sasuke já tinha pensado numa estratégia de como derrotá-la, e ele deduziu que a melhor maneira de manter a luta em equilíbrio era ativar o susano e impedir o envenenamento, já que diferente das serpentes comuns que o concentram nas presas a grande serpente negra o concentrava num ferrão preso à cauda a qual manejava como uma arma. O veneno atacava o sistema nervoso do cérebro e causava alucinações poderosas, seguido de uma fadiga  intensa e alguns efeitos colaterais.

 

Com os braços colossais do Susano, Sasuke sem sucesso tentou agarrar a serpente afim de esmagá-la, mas como ela era ágil ele decidiu sair da proteção do Susano para confrontá-la. Imediatamente correu por cima de toda a extensão do corpo do animal, da cauda em direção a cabeça, usando chakra dos pés para se prender a pele escorregadia e fixar um ponto de equilíbrio.

 

Ele aproximou-se o suficiente para tentar furar os olhos, que embora cega, geraria bastante dor, no entanto os instintos sensoriais da serpente pareciam estar sempre dois passos à frente do que os dele. Ela ergueu a cauda e começou a golpeá-lo, com Sasuke agilmente defendendo-se com a espada e tentando desviar a medida com que avançava para trás.

 

Ofegante, ele deu um salto mortal para trás, fazendo rápidos selos de mão e lançando um jutsu de fogo poderoso em pleno ar para afastá-la e ser capaz de pensar mais rapidamente. Quando parou em cima de uma pedra a três metros de distância, Sasuke percebeu que havia um buraco no chão ao mesmo tempo em que ela desapareceu. E em questão de segundos, ele sentiu uma presença ameaçadora atrás de si, atacando-o pelas costas e fazendo-o esquivar-se às pressas.

 

A mandíbula da  cobra chocou-se com a pedra. Sasuke sentiu um líquido escorrer por seu braço segundos depois do ataque. O sangue descia pela lateral do braço e terminava nas pontas dos dedos em pequenas gotas, não era um ferimento grave, mas ele estava naquela situação correndo um enorme perigo.

 

Ele sentiu o chão se desfazer diante de seus pés. Nada mais era nítido, além da sensação de perigo. “Um genjutsu?”, não era possível que fosse, era algo muito além do que o Sharingan podia ver. Ele tinha sido envenenado, graças a um corte de raspão feito pela cauda da víbora. Era uma questão de tempo até que ela o matasse, no fim das contas a grande serpente negra apenas brincava com ele. Não o temia e tão pouco o deixaria escapar vivo.

 

Para ela a luta parecia já estar ganha, pois uma vez que o veneno fosse capaz de desnorteá-lo completamente, Sasuke não passaria de uma presa indefesa. Inúmeras vozes desconexas lamentavam na mente do Uchiha, arrastando-o para um inferno interior do qual ele tentará escapar durante a vida toda. Aquilo parecia ser mil vezes pior do que o efeito do Tsukuyomi¹. Ele sentia como se sua vida estivesse repetindo cada pequeno momento em sua mente, através de todas as vozes em lamentos e sofrimento constante. Num instante ele viu uma sombra negra alastrar-se ao seu redor, e num piscar de olhos tudo desapareceu. Embora na mente distorcida e afetada pelo veneno tudo não passasse de um delírio, no mundo real a batalha parecia ter chegado ao fim.

 

— SASUKE!  - Gritou o falcão que o acompanhava quando o viu, de longe, sendo completamente devorado.  

 

Com o corpo imóvel, e apenas as imagens do passado que deixará para trás, somente um único rosto vinha a mente de Sasuke. Quase como se ela  estivesse ali.

 

Eu não posso parar esta doença que toma conta

Ela assume o controle e me arrasta para lugar nenhum

Eu preciso da sua ajuda, eu não posso lutar contra isso para sempre

Eu sei que você está assistindo

Eu posso sentir você lá fora

 


Notas Finais


1 - manda: Cobra invocada por Orochimaru.
2 - Tsukuyomi: técnica de genjutsu utilizada por itachi, onde três minutos se convertiam em quase três dias de tortura na mente do usuário.

É isso pessoal, o resto é com o Uta. Espero que esse capitulo não tenha ficado estranho, esse espaçamento do spirit ta muito esquisito.


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