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História The Killer - Não conte nada à ninguém


Escrita por: Marii_Rafaela e mari_rafaela_2

Notas do Autor


Oiiii gente!
Aqui vai mais um capítulo!

Espero que gostem! Tá rolando uns mistérios que em breve serão revelados! ;)

A fic está chegando ao fim, mas antes precisamos saber quem está ajudando anonimamente David e Lily, e no final, um comparsa de Manuela que passou desapercebido há muito tempo finalmente é revelado.

Um beijo e até a próxima.

Capítulo 20 - Não conte nada à ninguém


Fanfic / Fanfiction The Killer - Não conte nada à ninguém

Lily´s Point of View

-Se você ficar mentindo, seu nariz vai crescer igualzinho ao do Pinóquio!

Miguel fala seriamente para Gab, que estreita os olhos como se não acreditasse. Miguel continua sustentando o olhar até que Gab abaixa os ombros e confessa que foi ele quem quebrou o funko do Voldemort de seu irmão.

Os dois se abraçam e Miguel fala que vai pedir outro para o papai. E minutos depois eles voltam a brincar.

As crianças sempre me ensinaram lições valiosas. Com eles eu aprendi sobre amizade, respeito, carinho e lealdade.

Desde a noite do ano novo, há uma semana atrás, tenho tido sucesso em toda fisioterapia. Minhas pernas latejavam, doíam como o inferno, mas eu não desistia.

A doutora indicou um progresso de 67% de melhora na movimentação das minhas pernas, e disse que se eu não fosse tão persistente, provavelmente alcançaria esse progresso em meses, e não em dias apenas.

Eu queria contar pra ela que tinha um incentivo fenomenal chamado David Luiz, mas ela não entenderia.

Ruborizo ao lembrar de nossa ultima noite. Ele conseguia me fazer tão maravilhosamente bem, e o fato de minhas pernas não funcionarem tão bem como antes não nos atrapalhou em nada na cama.

Charlie está tentando engatinhar mas só consegue arrastar seu pequeno corpinho pelo tapete de plástico feito especialmente para crianças. Ela era igualzinha a mim. Não desistia nunca. Aposto que essa menina vai começar a engatinhar daqui a pouco.

Ainda estou observando meus filhos com olhos de mãe coruja, quando ouço um dos seguranças chamar meu nome. Olho para trás e vejo o homem de dois metros de altura estender um envelope pardo em minhas mãos.

O envelope estava endereçado a mim. O segurança se retira, mas eu grito perguntando quem deixou para mim.

Ele gesticula e diz que foi um mensageiro, depois some da sala como se fosse um bruxo aparatando.

Reconheço a letra fina e inclinada de algum lugar, mas não sabia de onde.

Para: Lilian Hope

Att. Dont wanna miss a thing

Fico imediatamente curiosa. Me ajeito na cadeira, abrindo o envelope com pressa. Aquele era o título da canção que tocou em meu casamento. A tradução era algo do tipo “Não quero perder nada”.

Tiro o conteúdo do envelope, algumas folhas em tamanho A4. Olho ao redor. Miguel e Gabriel continuam brincando. Eles tinham largado os bonecos do Harry Potter e agora brincam de Star Wars. Charlie está deitada de barriga para cima, tentando morder um brinquedo de borracha. As pernas estão sacolejando para cima como se dançasse um ritmo mudo. Sorrio com candura para minha pequena.

Encaro com a testa cheia de vincos a primeira página. Ela continha nada mais que uma figura. Um olho humano dentro de um triângulo. O olho que tudo vê. Estranho.

Folheio a segunda página. Nela continha um endereço de web. www.lilystaystrong.com

Passo para a terceira página e encaro novamente aquela bizarrice.

Login: LovingCanHeal

Senha: sobrevivente

Franzo o cenho. Era tão estranho. O que significava tudo aquilo?

Folheio novamente, com um frio na barriga inexplicável.

Ás 18 horas de hoje.

Folheio a ultima página e paraliso.

Se você quer que quem você ama sobreviva, não conte nada a ninguém.

Depois vejo algum código que não entendi em manuscrito. Era a mesma letra fina e inclinada que reconheci no envelope.

L.D.M.C.G.W.D

E no rodapé, tão pequeno que tive que colocar o papel bem em frente ao meu rosto, algo que me intrigou ainda mais.

PS: Eu sempre estive com vocês.

Reflito por algum tempo. Olho ao meu redor, á procura de alguma resposta. O que aquilo significava? Quem me enviou aquilo? E porque parecia querer me ajudar?

Volto a ler todas as folhas. “Se você quer que quem você ama sobreviva, não conte nada a ninguém.”

Todos os meus pelos se eriçaram. Cobri a boca com a mão para sufocar a vontade de gritar.

L era de Lily. D de David. M de Miguel. C de Charlotte. G de Gabriel. W de Will e D de Dan.

Que diabos era aquilo?

Claudico até a mesinha onde meu notebook repousava. Digito o endereço de web que estava na segunda página, me sentindo ridícula ao acreditar naquilo. Mas algo que queimou dentro de minhas entranhas me fez acreditar na veracidade de tudo aquilo.

O link estava quebrado. Tento mais uma vez. Digito e aperto enter. Nada. O link continua quebrado. Tento outras vezes, mas perco a paciência.

Olho a mensagem de novo. Dizia 18 horas de hoje. Olho para meu relógio. Eram quase quatro e meia da tarde.

Suspiro.

Penso em ligar para David, mas lembro da instrução de não contar nada a ninguém.

Estremeço ao pensar na sua reação ao descobrir que eu escondia algo dele. Eu não era boa naquilo. E tinha o fato de que ele sabia quando eu estava mentindo.

Um tremer de pálpebra, um gole em seco, um desvio de olhar e pronto. Ele descobriria.

Talvez fosse coincidência apenas, mas hoje era o dia em que David estava realizando uma bateria de exames para o Chelsea, e por isso ele ficaria fora o dia inteiro.

Pensando naquilo, considerei não ser apenas coincidência. A pessoa que me enviou o envelope sabia que David não estaria ali.

*

Charlie havia acabado de mamar. Estava toda molenga no meu colo, me olhando sonolenta. Aquele momento era frugal, mas me emocionava sempre.

-Você quer dormir, bonequinha? – Falo com minha voz especial de bebê e ela gargalha, como se respondesse.

A aninho em meus braços e balanço seu corpinho até ouvir o ronco de leve vindo de seu peito. A coloco delicadamente no berço e volto para a sala.

Miguel e Gab estão assistindo tevê, sentadinhos no sofá, esperando pela chegada do pai.

O relógio estava prestes a apontar para o número seis. Me acomodo em minha poltrona e levo o notebook comigo. Ás seis em ponto, digito o endereço, com o coração tamborilando dentro do peito e aperto enter.

Bingo! A página foi redirecionada para um site com fundos cheios de flores coloridas, e um campo piscando no meio da página indicava a autenticação.

Movi o cursor até lá e digitei no login a frase LovinCanHeal, me achando um pouco ridícula, e após clicar no tab, digitei sobrevivente na senha.

Uma ampulheta apareceu na tela, girando rapidamente. Segundos depois uma página se abre. Quase caio para trás.

Em completo choque, avisto as imagens pipocando na tela.

O barulho na porta indica que David estava chegando. Ele é saudado pelos meninos e faz a tradicional festança com eles na sala.

As imagens somem e eu anoto rapidamente o recado que aparece na tela antes de tudo se apagar.

Meu coração se aperta como se estivesse diminuindo. Ponderei comigo mesma e decidi guardar aquilo comigo até saber com o quê eu estava lidando.

*

Narração na 3ª pessoa

 

Sara estava apreensiva. Havia a possibilidade de David não ir ao seu encontro. E agora que ele não tinha aparecido ainda, com vários minutos de atraso, a possibilidade se tornou real.

Ela estrala os dedos. Rói as unhas. Suspira. Um barulho de galho se partindo anuncia a chegada de alguém. Alarmada, ela se levanta, pensando em sacar a 38 que G.J lhe deu.

Mas era ele. Era David.

Ele ainda ponderava se acreditava nela ou não. A desconfiança tinha fundamentos. Ela ajudou Vick num plano diabólico, e graças aquilo, Lily ficou em coma e quase perdeu a vida.

David não era bobo. Os anos de experiência lidando com tanta gente perversa, o tornou um homem diferente. Ele era precavido. Havia aprendido a lutar. Sabia se defender, e acima de tudo defender sua família.

Pensou em Miguel e Gab. Há dias atrás eles lhe disseram que ele era melhor do que o Flash, o arqueiro verde e o Batman juntos. Sorriu ao pensar naquilo.

Ele estava preparado, com uma escuta sob suas roupas, e há poucos metros daquela floresta seu guarda costas Walt estava a posto. Qualquer desconfiança, qualquer passo em falso, e ele estaria ali.

Sara ficou sem jeito. O sorriso dele ainda a desconcertava. Ele se sentou no tronco onde ela estava sentada há minutos atrás, e ela fez o mesmo.

-Antes de qualquer coisa... – Ela fala, tentando reprimir a vontade de chorar. Como fora tola ao pensar que não sentiria frio na barriga ao vê-lo de novo. – Quero dizer que...

-Onde estão as provas? – ele fala, o tom igualmente frio, o mesmo da ligação do dia anterior. – Sara. – Ele pisca languidamente. Sara reprime a vontade de tocar seu rosto.

-Eu... – Ela hesita. Mas sabia que não podia esconder mais. Retira um tablet da bolsa e aperta o botão de ligar.

David a observa. Um misto de pena e repulsa reverbera em seu peito. Sara está mais magra. O semblante caído, os cabelos maltratados.

David quase a abraça.

Ela estende o tablet pra ele. Em instantes uma tela negra surge. Segundos depois a música que tocou em seu casamento começa a tocar.

Imagens de David e Lily rindo na festa, ela dando alguma coisa pra ele diretamente na boca, a dança maluca que fizeram, ele a carregando no colo, o carinho com que se olhavam. Depois a cena foi trocada por um cenário escuro. David mal conseguiu enxergar, exceto por uma movimentação no meio da tela.

Franzindo os olhos, David quase coloca o tablet na cara para poder enxergar. Mas o choque o toma em cheio quando ele percebe que se trata dele e Lily na lua de mel. No chalé próximo ao celeiro. A cena muda para Lily e David saindo do hospital depois que Charlie nasce.

-O que é tudo isso? – Ele brada calorosamente. Sara se encolhe.

Novas cenas surgem. As crianças sendo levadas para a escolinha. David abraçando Lily na sacada do quarto.

Segundos depois a tela fica toda branca, e letras escuras começam a dançar na tela.

Você sempre esteve sendo observado. Eu descobri tudo. Infelizmente o preço que eu paguei foi muito caro por isso.

Eu sempre estive com vocês.

E a tela some.

David franze o cenho. Passa a mão pelo cabelo desgrenhado. A testa fica cheia de vincos e ele franze o rosto bronzeado. Sara fica com água na boca. Pobre garota. Talvez nunca esqueça aquele homem. Talvez seja o fato de saber que ele nunca será seu. Ela dá um suspiro fleumático.

-O que é tudo isso, Sara?

Algo no jeito que ele disse o nome dela, com cuidado, quase parecido com o jeito que ele falava há anos atrás, fez a garota ficar emocionada. Ela balança a cabeça pra afastar as lembranças maravilhosas dos dois juntos.

-Ele me pediu pra lhe mostrar isso. – Ela abaixa a cabeça, obviamente envergonhada – É só o que posso mostrar.

-Quem é ele? – Ele pergunta pestanejando.

-Você vai saber em breve. Ainda é cedo... – Ela tenta se afastar, mas ele segura seu braço.

-Quem gravou essas coisas? – Sua voz era tão grave e violenta que Sara deu um pulo – Me diga!

-Foi a Manuela. – Ela fala imediatamente – G.J a estava investigando. E o pior não é isso. Ela estava tendo ajuda.

-G.J? Quem é ele? – David finalmente solta seu braço. Sara suspira.

-Não posso revelar ainda. Mas quero que saiba quem foi que ajudou Manuela.

Ela volta para sua bolsa, trôpega e quase sem fôlego.

Revira as coisas e tira um envelope pardo e entrega nas mãos dele.

David pega o envelope com desconfiança e abre. Dentro, algumas fotos em tamanho grande, tiradas com um zoom de câmera, provavelmente por um detetive. Em todas, no pé da página via-se uma figura curiosa. Um olho dentro de um triangulo. Mas aquilo passou desapercebido por David. Ele estava furioso demais ao ver quem estava nas fotos.

Manuela sempre estava de óculos escuros, chapéu, boné. Como se não quisesse ser reconhecida. E ao seu lado, ninguém mais que Kevin Trapp.

 

Continua.


Notas Finais


Desculpem pelos erros! Estou revisando :/

Comentem o que acharam, por favor♥

Confira a primeira temporada da história:

https://spiritfanfics.com/historia/the-murderer-5487331


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