Point Of Views Morgana Lavigne
— MORGANA KUMMER LAVIGNE, ACORDA AGORA. — Sou acordada aos gritos pela piranha que eu chamo de amiga, acho que ela perdeu a noção do perigo.
Assim começa o meu dia, ainda me perguntam o porque do mau humor.
— Sua vadia, cala a porra da boca. — Reviro os olhos me sentando na cama e então coço meus olhos encarando, em seguida, a figura loura perfeitamente arrumada.
— Temos problemas dos grandes. — Diz ela se jogando em minha cama.
— Sempre temos problemas, Benson. — Me deito novamente, encarando o teto.
— Esse é realmente um dos grandes. — Exagera ela, fazendo uma cara sofrida — Os "tiras" estão atrás de você.
— Novidade — Reviro meus olhos entediada — Era só isso, Ashley? Não acredito que você…
— Lavigne, cala a porra da sua maldita boca e deixa eu terminar de falar qual o problema da vez.
— Tá, tá desembucha logo, loirinha — Bufo torcendo mentalmente para que esse não seja mais um dos seus dramas.
Eu seria capaz de jogar alguma coisa naquela cabecinha inteligente. Não era novidade nenhuma que a porra da polícia inteira estava atrás de mim, então para quê esse alvoroço todo?
— Você matou a irmã de um agente super foda, a única mulher que você matou na vida era irmã desse homem e agora ele está atrás de você, querida. Garota e quando digo que ele é foda é porque ele é realmente foda, porra ele é muito foda. — Fazia gestos com as mãos enquanto colocava o cara no patamar dos deuses. — Não tem um só caso que ele tenha pego que não saiu ganhando…
— Já acabou? — Franzo o cenho em desdém — E me poupe Ashley, você sabe muito bem do que eu sou capaz e quem entrar no meu caminho já tem a passagem garantida para o inferno — Reviro os olhos irritada. — E esse será o primeiro caso dele não solucionado, pronto.
— Precisamos descobrir quem ele é. — Ela diz ignorando as minhas palavras anteriores.
Odeio quando ela faz isso.
— Eu não ligo. E na verdade esse trabalho é seu, não meu. — Falo o óbvio ouvindo-a bufar.
— Pois devia ligar — Disse ela irritada — Agora levanta essa bunda daí e vai se arrumar.
— Okay, mamãe! — Ela já tinha saído do quarto, rindo da minha desgraça.
Deixe eu me apresentar, sou Morgana Kummer Lavigne, tenho 20 anos e Ashley Benson é minha melhor amiga, somos da mesma idade, caso estejam curiosos. Nos conhecemos no Brasil quando eu tinha apenas oito anos, ela me livrou de uma encrenca com a diretora da escola e desde então nunca mais nos separamos.
Abrimos nosso próprio negócio para então começarmos a lucrar com ele, fugimos e viemos para os Estados Unidos e começamos a fazer o que fazemos hoje: matamos pessoas "más", para amenizar o impacto da palavra "matamos". Na verdade apenas eu faço o trabalho sujo, mas não pensem que eu não gosto dessa parte do trabalho, eu gosto e muito, é melhor do que ficar livrando meus rastros do FBI.
Todas as minhas vítimas tinham uma história, e eu fazia elas contarem ela para mim antes de fazer o trabalho, caso ele não servisse eu dispensava, fingia amnésia e ia para outra vítima. Ashley não faz o trabalho sujo, como eu disse ela apenas tira meus rastros da polícia, sempre me livra de todas e eu sempre serei eternamente grata. Apesar dela ser escandalosa, chata, extremamente irritante quando quer, eu a amo e ela é como uma irmã mais velha pra mim, só que da mesma idade que eu. 'Tendeu?
Me levanto da cama e vou para o banheiro antes que Ash volte e saía me puxando pelos cabelos. Me dispo e abro o box, adentro no mesmo e ligo o registro, deixo a água quente cair pelo meu corpo e sinto todos os meus músculos relaxarem instantaneamente.
[…]
Depois de um longo e relaxante banho, coloco minha lingerie preta e um short rasgadinho, ponho uma regata também preta e um supra também da cor preto, acho que já deu para perceber que eu amo preto, né? Desço as escadas correndo e pulo nas costas de Ashley que estava passando bem na hora.
— Sua gorda, me mata de susto mesmo — Disse ela se sacudindo para que eu descesse de suas costas.
— Nossa que mau humor, gata, isso é falta de dá, sabia? — Reviro meus olhos descendo de suas costas.
— Cala a boca, sua chata — Disse mostrando língua.
— Quem dá língua pede beijo — Ela revirou os olhos comigo rindo — Já sabe quem é esse agente? — Mudo completamente o foco da conversa e a encaro.
— Não. Já tentei de tudo, mas até agora não encontrei absolutamente nada. Os arquivos deles estão com uma criptografia desconhecida.
— Agiliza aí, Ash — Me encosto na parede — Quanto mais cedo descobrirmos quem é, melhor.
— Vou tentar. O cara é muito discreto. Mas nada que eu não possa dar conta — Ela se gaba me lançando um sorriso malicioso que foi instantaneamente retribuído.
— Temos que nos divertir loirinha, hoje é sábado, bora curtir. Vamos esquecer esse cara e simplesmente diversão.
— Sabia que ia dizer isso — Disse ela rindo — Tem uma boate inaugurando hoje no centro da cidade.
— Quem sabe assim eu não acho alguém com uma boa história de vida? — Falo inocentemente e suspiro com um sorrisinho no rosto.
— Suas aventuras me dão medo — Diz ela rindo.
— Deixo alguém para você amiga. Prometo!
— Não, obrigada! Estou fora. Eu deixo esse tipo de diversão para você.
— Você quem sabe. — Amarrei meu cabelo em um coque e a encarei — Não sou eu que estou perdendo.
Passamos a tarde toda no shopping, compramos algumas roupas, sapatos, joias, fizemos a unha, o cabelo, massagem e logo voltamos para a casa.
Vocês devem estar se perguntando, como conseguem tanto dinheiro se nós ao menos trabalhamos? Trabalhamos sim, temos boates espalhadas pelo mundo todo, roubamos bancos privados, esse é raramente, e claro recebemos drogas ilegais, além de uma empresa no meu nome e com a ajuda de Ashley eu consigo esconder muita coisa da mídia e fico longe dos olhinhos curiosos. Dinheiro fácil, quem não quer?
Quando anoiteceu e já estávamos prontas, fomos para a tal boate ouvindo e berrando algumas músicas que eu não fazia questão de olhar para saber quem cantava.
Adentramos o local e já estava lotado, os olhares pairaram em nós duas, os homens com um sorriso malicioso, e as mulheres com pura inveja no olhar. Abrir um sorriso convencido, assim como Ash e fomos rebolando, causando impacto em todos, para a área VIP reservada.
Não tem uma música brasileira assim?
Pegamos vodka e sentamos em um sofá bebendo aquela delícia e sentindo o gosto rasgar minha garganta, sinto uma cutucada e olho Ashley que tinha seu olhar fixo na entrada da boate.
— Que foi garota? — Acompanho seu olhar — Puta que me pariu.
— Meu Deus! — Ela exclama bebendo o resto da sua vodka. — Puta que te pariu mesmo.
— O moreno gostosão é meu — Sorrio maliciosa.
— O de cabelo grande é meu.
— Fechado, amor.
Acabaram de chegar dois rapazes gostosos pra caramba, que também atraíram a atenção da boate para si. Mulheres tirem o olho, porque essa noite esse moreno é meu e não, não para matar.
Ah, qual é? Eu também tenho meus dias de folga.
À noite é uma criança, e eu pretendo aproveitá-la bastante.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.