História The King (J-hope) - Alvorada

Eu não sabia o que dizer e muito menos o que pensar, era como se estivesse dentro de um sonho, mas diferentemente dos sonhos eu não tinha reação aquele momento que todas as jovens buscam aconteceu justamente comigo.

—A senhorita está bem? – Ele aproxima seu rosto do meu olhando dentro dos meus olhos como se estivesse tendo uma ampla visão de minha alma.

—Estou bem, mas majestade porque eu? Tem certeza que está certo de tal escolha?

—Eu nunca estive tão certo em toda a minha vida senhorita, nem mesmo a beleza de todas deste reino juntas se compara a sua.

Ele me olhava como nenhum outro antes havia me olhado

—S/N o papai já está aqui! – Sun dizia subindo a escadaria do castelo sem notar a presença do rei. —Ma ma majestade? – Ao subir todos os degraus ela finalmente o vê e leva um grande susto.

—Sim sou eu senhorita, es a irmã de S/N? – Ele se aproxima de Sun que estava ainda com um semblante assustado.

—Eu sou sim. – Ela faz a reverencia quase se esquecendo de tal ato importante.

—É um prazer conhecer a irmã de minha futura esposa. – Hoseok diz com um belo sorriso em seu rosto. —Diga a sua pai que S/N ficará no castelo por hoje.

—Como assim majestade? – Eu disse.

—Não se preocupe senhorita, diga ao seu pai que dormiremos em quartos separados, e assim que o sol surgir pela manhã eu levarei até sua casa. – Ele disse e Sun partiu logo em seguida me deixando a sós com o rei.

Ele me pega pela mão e seguimos pelos corredores do castelo, meu coração batia em um ritmo tão acelerado que poderia jurar que ele podia ouvi-lo.

—Eu até lhe mostraria o castelo agora senhorita, mas estou certo de que ainda teremos muito tempo para isso. Estou certo?

—Não sei ao certo majestade. – Eu dizia me sentindo desconfortável com a situação.

—S/N! – Ele para de andar e começa a me olhar fixamente. —Não quero que pense que estou lhe forçando a fazer tal coisa, não quero que se sinta desconfortável, e por favor não me chame de majestade, me chame de Hoseok, Hobi ou qualquer outro nome menos majestade.

—Não majestade, quer dizer Hobi não estou me sentindo desconfortável, mas não sei se poderia me casar sem lhe amar. Na verdade eu nem sei o que amar alguém... – Eu encaro o chão.

—Tudo bem S/N. – Ele passa seus dedos entre meus ondulados fios de cabelo. —Não fique deste jeito,  também nunca amei alguém antes. – Ele pega minha mão novamente e segue até o fim do extenso corredor. —Este é seu quarto, fica bem em frente ao meu, se precisar de algo no meio da noite minha porta estará destrancada, pode vir até mim.

Ele abre a porta e entra junto a mim no quarto que diz ser meu, era o maior que já havia visto, os tecidos dos lençóis e cortinas eram os mais macios que tocará e o doce aroma deste cômodo se assemelhava ao das coloridas orquídeas do belo jardim. Hobi arrumava a cama para que possa deitar em quanto eu andava de um lado para outro no imenso quarto.

—Está bem aconchegante agora senhorita, logo logo providenciarei algo para que possa dormir confortavelmente afinal creio que não gostará de dormir com este vestido.

—Muito obrigada Hobi. – Eu sorrio para ele.

—Se prepare para acordar bem cedo amanhã, tenho algo para lhe mostrar antes de te levar até sua casa.

—O vai me mostrar? – Eu me aproximo do rei.

—Amanhã você descobrirá senhorita! – Uma mulher grisalha bate a porta e entrega uma roupa branca ao rei e em seguida deixa o quarto. —Aqui está S/N, se se sentir desconfortável pode se trocar logo alí. – Ele aponta para um porta escura que dava direto para um banheiro.

—Está bem Hobi, posso deixar a porta aberta? – Disse me sentando na beira da cama. —Eu sempre dividi meu quarto com minha irmã é meio estranho estar aqui sem ela.

—Claro, dorme bem. – Ele passa a mão sobre minha cabeça e ao sair deixa a porta entreaberta.

S/N: OFF

J-HOPE: ON

Mesmo tendo sido criado a vida inteira ensinado a nunca mentir não pude dizer a verdade hoje, ainda é cedo para isso.

Eu menti ao dizer que nuca havia amado ninguém antes, pois eu estou amando agora neste instante e se o que sinto não é amor então todos poemas que li até hoje descreveram errado a sensação do amor, eu amo e tenho certeza disso nunca estive tão certo de algo.

Mesmo sem a conhecer eu a amo, pois só de pensar naquela jovem sinto borboletas no estomago pois além de ser tão bela quanto a vênus possuía um sorriso mais que encantador. Não sei expressar o que senti a primeira vez que há vi, era noite e ela por algum motivo sorria em quanto todos pareciam estar preocupados todos um senhora acabará de ser furtada e todos a sua volta estavam tentando ajuda-la, mas eles mantinham uma séria expressão em seus rotos menos ela que sorria em quanto acalmava a doce senhora. E por um misero segundo ela olhou em meus olhos sem saber quem eu era e o que fazia ali mesmo assim sorriu e desde deste dia eu não a tiro de minha mente.

Eu deitado em minha fitava o teto em quanto pensava naquela bela dama da cidade que agora estava ao quarto em frente ao meu. O que será de mim se ela não me amar? Acho que não suportaria tal dor, pois a pior que uma alma pode ter é a dor de um amor não correspondido.

J-HOPE: OFF

S/N: ON

Ainda tão sinto sono, há alguma coisa perturbando minha mente, disse ao rei que não o amava e de fato acho que o que sinto não pode ser chamado de amor, mas dizer que não sinto nada ao vê-lo seria uma mentira pois sinto como se meu coração fosse saltar para fora toda vez que ele esta perto além de sentir como se já o tivesse nos visto antes, mas onde?

Me viro para o outro lado na tentativa de conseguir pegar no sono afinal já era quase de manhã, será que ele está dormindo? O que ele irá me mostrar ao amanhecer?

Estava tão mergulhada em meus pensamentos que quando me deparei já estava de manhã, mas não me sentia cansada mesmo não dormindo. Ouço alguém bater de leve na porta que se encontrava da mesma maneira que Hoseok havia deixado ao sair sem que houvesse tempo de me levantar o rei entra calmamente.

—Achei que estivesse a dormir ainda senhorita.

—Não majestade, ahh desculpe Hobi, na verdade não consegui pegar no sono esta noite. – Disse me levantando da cama.

—Eu também não, estava se sentindo estranha por não estar em casa? – Ele andava em minha direção.

—Não é isso, só restava pensativa, e você Hobi porque não dormira esta noite?

—Pelo mesmo motivo, mas vamos que tenho que lhe mostrar algo maravilhoso antes da senhoria partir. – Ele pega minha mão direita me guiando até a sacada de seu quarto que por sinal era o dobro do que eu estava e ainda mais bonito.

—Por que estamos aqui? – Ele cobria meus olhos em quanto sentia a brisa leve da manha em meu rosto quente.

—Para isto senhorita. – Ele descobre meus olhos deixando-me ter uma visão encantadora da alvorada. —Como se sente estando no melhor lugar deste reino para ter tal visão? É tão lindo não?

—Uau, é lindo mesmo Hobi. É a primeira vez que o nascer do sol desta forma, é como uma obra de arte.

—Sim, uma incrível obra de arte. – Ele entrelaça sua mão a minha em quanto nos dois admirávamos a bela alvorada em quanto os pequenos passarinhos cantavam nas árvores próximas daqui.

Sim Hoseok eu definitivamente sinto algo por você.

"Pálida, à luz da lâmpada sombria,
           Sobre o leito de flores reclinada,
           Como a lua por noite embalsamada,
           Entre as nuvens do amor ela dormia!
           Era a virgem do mar! Na escuma fria
           Pela maré das águas embalada!
           Era um anjo entre nuvens d´alvorada
          Que em sonhos se banhava e se esquecia!
          Era mais bela! O seio palpitando...
          Negros olhos as pálpebras abrindo...
          Formas nuas no leito resvalando...
          Não te rias de mim, meu anjo lindo!
          Por ti - as noites eu velei chorando,
          Por ti - nos sonhos morrerei sorrindo!"