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História The King of Winter (Em revisão) - A verdade.


Escrita por: ladylim

Notas do Autor


O capítulo de hoje tem algumas coisas que alguns fãs do mundo de GOT estão ansiosos para vê.
Aqui vocês não vão vê, mas irão poder ler e imaginar em suas mentes...
Espero que gostem desse capítulo.
Tenham uma Boa Leitura.

Obs: Leiam as notas finais!

Capítulo 12 - A verdade.


Fanfic / Fanfiction The King of Winter (Em revisão) - A verdade.

Winterfell

As mãos de Jon, apesar das luvas, estavam arranhadas e calejadas pelo esforço que fez nos últimos dois dias ajudando Arya nas aulas de espadas e por tantas cartas que ele teve que responder nos últimos dias de alguns lords que insistiam em lhe avisar que era um perigo um Targaryen no norte. Desde que seu irmão Bran chegou ele não teve muito tempo para conversar direito com ele, não só pelo fato dele mesmo ter ficado bastante ocupado com os deveres que agora como um rei lhe cabia, mas também porque o irmão a maior parte do tempo se isolava no represeiro, ficando horas sozinho. Jon já estava começando a ficar bastante preocupado com ele. Bran não parecia ser mais o mesmo menino. O fato de o irmão poder vê o passado ainda o assustava e temia que isso pudesse ser o motivo dele está diferente. Mas claro que Jon já podia esperar por isso, afinal todos os irmãos que ainda lhe restam estão mudados de alguma forma.

 Jon rasga a carta, que estava segurando, em pedaços e a joga no fogo da lareira. Quando deslizou da cadeira, sentiu as pernas rígidas e doloridas. Devolveu-lhes alguma vida com uma massagem rápida e mancou pesadamente na direção da porta da pequena sala. Estava decidido ir ao Bosque Sagrado vê o irmão Bran. No corredor andou o mais rápido que podia tentando evitar novamente a mesma pessoa que estivera evitando nos últimos dois dias. Sua garganta estava seca e seu corpo cansado por não ter dormido bem nas últimas noites. A maior parte se via pensando nos possíveis problemas que teria que enfrentar pela vinda de Daenerys Targaryen e do beijo que quase aconteceu entre ele e sua irmã Sansa. No erro que seria se tivesse acontecido. Eram muitas coisas com que se preocupar. Sua mente estava uma bagunça, mas ele sabia que tinha que pensar em algo, fazer algo, empurrar esse sentimento horrível de culpa e medo para longe.

Lá fora, a neve rodopiava através dos portões do castelo, e o pátio era um lugar de barulho e caos. Fantasma quando o viu encostou o focinho em sua mão e Jon ganhou mais coragem com aquele contato. Endireitou-se e continuou andando. Depois disso ficou mais frio, e mais silencioso a cada passo.

Bran estava lá, junto ao represeiro. Sentado em sua nova cadeira improvisada. Jon parou afastado por um momento, com medo de falar, de se aproximar.

– Atrapalho? - Jon pergunta um pouco apreensivo do irmão não gostar da presença dele.

O rosto de Bran não se alterou quando Jon ficou ao seu lado. Então Jon o observou melhor. Seus cabelos pretos estavam opacos e emaranhados. Parecia ter envelhecido vinte anos.

– Não! - Bran responde numa voz despida de emoção.

Jon não sabia o que dizer. Como puxar conversa.

– Como está? - conseguiu perguntar.

– Bem melhor que você. - responde Bran numa voz baixa e dando um meio sorriso para Jon.

Jon devolveu o sorriso, sentindo-se mais a vontade depois do gesto do irmão.

– Desde que chegou você sempre está aqui...

– Eu gosto daqui. É agradável e calmo. - Bran o interrompe.

Jon o encarou por um tempo até que virou o olhar pra frente novamente. Tinha que concordar com Bran. O Bosque Sagrado era o único local que se podia pensar com mais calma sem ninguém para perturbar. Mas algo dizia a Jon que ele não estava ali somente pra isso.

– Como é ser o Corvo de Três Olhos?

Bran deixou a pergunta pairar por um momento. Franziu a testa e nada disse por um tempo. Parecia desconfortável.

– Mórbido! – disse por fim. – Eu sou apenas um observador no meio de um monte de imagens... No inicio achei que seria divertido, mas acabei descobrindo que não existem somente memórias felizes e que o passado é passado e não mudará.

Jon sentia-se cheio de uma grande sensação de curiosidade.

– Viu nosso pai? - quis saber e olhou o irmão ansiosamente.

– Muitas vezes. - Bran responde – São minhas memórias favoritas.

Jon tocou-lhe o ombro.

– Eu faria qualquer coisa para vê-lo novamente. - Jon revelou.

– Todos nós sentimos falta dele! - Bran afirmou.

– Sim - concordou.

Jon sorriu ao lembrar-se do pai.

– Quando o vi pela última vez prometeu que falaria quem é minha mãe. E agora acho que vou morrer sem saber quem ela é. - admitiu.

Bran encolheu os ombros.

– Ele não podia falar quem era - disse ele estranhamente.

Bran ouviu Jon prender a respiração.

– Do que está falando? - Jon pergunta intrigado.

Bran ficou em silêncio por um tempo ainda juntando as informações em sua cabeça.

– Precisa saber a verdade... Sobre você.

Jon não compreendia, mas permaneceu calado.

– Você não é filho de Ned Stark. É filho de Rhaegar Targaryen com a minha tia Lyanna Stark. Nasceu em uma Torre em Dorne.

Para Jon aquelas palavras não faziam nenhum sentindo.

– Não gosto de brincadeiras, onde quer chegar com tudo isso? - disse Jon virando-se completamente para encara-lo aparentemente aborrecido.

– Nunca foi um bastardo Jon. - Bran diz erguendo o rosto para ele. – O casamento de Rhaegar com Elia foi anulado e ele se casou depois com minha tia Lyanna em uma cerimônia secreta. A rebelião de Robert foi uma mentira. Rhaegar não sequestrou minha tia Lyanna como todos nós achávamos. Eles apenas se amavam.

Um frio se espalhou por meio de Jon e congelou suas palavras em sua garganta. Ele deixou-se ajoelhar ao lado do irmão ainda tentando entender tudo que o irmão falará. Aquelas palavras sobressaltaram-no. Era como se tudo aquilo em que sempre acreditara fosse subitamente posto em causa.

– Seu verdadeiro nome é Aegon Targaryen. Você é o verdadeiro herdeiro do Trono de Ferro!

Naquele momento vários corvos se amontoaram sobre a Árvore Coração. E o barulho irritante do bater de várias asas não pareceu atrapalhar os pensamentos de Jon. Apesar da dúvida Jon sabia que Bran não brincaria com aquilo. Jon então percebeu que ele estava sendo mortalmente sincero. Sentiu-se vagamente embaraçado.

– Eu não posso ser isso... Tem que ser engano. - disse Jon gravemente ainda tentando achar alguma explicação.

Bran ignorou mais uma vez as palavras de Jon.

– Você já é um rei Jon. O Rei do Norte. - Bran estendeu um braço e agarrou com força no braço de Jon. – Todos aqui o respeitam. Se contar a verdade a todos...

Jon pôs-se em pé e pareceu despertar.

– Não vou contar! - disse numa voz que soou um pouco rude e Bran quase conseguiu vê os olhos de Jon brilhar como fogo. – Ninguém gostou da ideia de convocar Daenerys Targaryen com seus três dragões, imagina quando souberem que tenho o sangue do inimigo.

– Ela não é seu inimigo! - Bran rebateu. – O inimigo agora é outro e ele não espera a tempestade passar... Ele traz a tempestade!

Jon não sabia mais o que pensar, eram muitas coisas acontecendo. Depois de muito tempo ele se encontrava sem saber o que fazer.

– Tem que liderar a guerra contra os mortos junto com Daenerys Targaryen. - Bran o avisa.

Jon enrugou uma sobrancelha.

– Não acho que vá concordar. Ela quer o Trono de Ferro e fará de tudo para acabar com todos que sejam uma ameaça.

– Daenerys Targaryen não é como o pai. Eu vi o que ela fez Jon antes de chegar a Westeros. Ela fez muitas coisas boas, salvou muitas pessoas assim como você. - Bran tenta explicar.

Jon balançou com a cabeça, ostentando uma expressão infeliz.

– Se isso tudo que diz é verdade o que sugere que faça? - pergunta.

– Quando Daenerys Targaryen chegar ao norte mostre primeiro o verdadeiro inimigo a ela. E só depois conte a verdade sobre sua origem.

Jon o olhou por um longo momento, e seu rosto pareceu afundar para dentro de si próprio. Foi Fantasma que soube o que fazer. Silencioso como uma sombra, o lobo gigante branco aproximou-se e começou a lamber a mão do dono, despertando Jon de seus devaneios.

– Preciso andar! - Jon anunciou ainda atordoado com tudo.

Virou-se e saiu andando sendo seguido por Fantasma.

– Jon? - Bran o chama fazendo Jon virar para olha-lo. – Vocês não são irmãos, mas ainda sim tem o mesmo sangue.

A boca de Jon comprimiu-se e endureceu. Ele sabia ao que Bran se referia e apenas assentiu para ele e virou novamente. Andou por horas por meio da Mata dos Lobos refletindo sobre tudo. Naquele dia a mata estava silenciosa. Nada. Apenas o vazio. Solidão e um vento soprando forte. Tudo que ele sabia era que o céu da tarde estava escuro com uma furiosa tempestade, e a neve molhada estava penetrando em seus sapatos, machucando os dedos dos pés e arrepiando-o até os ossos. Quando já estava quase escurecendo decidiu voltar ao castelo. Só que dessa vez voltou sozinho já que Fantasma decidiu permanecer na mata para caçar.

Assim que chegou ao castelo foi direto para seu quarto. Estava exausto demais até para conversar. Já no quarto começou a tirar a roupa que já estava encharcada pela neve, mas conseguiu apenas tirar a capa de pele, pois um bater na porta o fez parar. Jon olhou para porta gemendo de frustação. Ao abri-la deu de cara com quem menos esperava.

– Sam? - sua voz soou cheia de surpresa.

– Pensei que iria ficar mais feliz. - disse o rapaz com um sorriso no rosto.

Mesmo ainda não acreditando que seu amigo estava ali Jon o abraçou.

– O que faz aqui? - pergunta soltando Sam e fazendo sinal para ele entrar.

Sam pareceu ficar um pouco inquieto.

– Estava me sentindo entediado na Cidadela. Só o que me agradava era a enorme biblioteca de lá.

Os dois sorriram.

– Já é um mestre? - Jon pareceu curioso.

Sam ponderou por um momento e levantou uma das sobrancelhas.

– Não acho que os Arquimeistres concordem com isso. - admitiu.

Jon que agora enchia dois copos de vinho se virou com os copos na mão e encarou o amigo.

– Sam você fugiu? - Jon pergunta e entrega um dos copos ao amigo.

Sam sorriu timidamente.

– Não tive outra escolha. Mesmo contando sobre os vagantes eles não acreditaram Jon, preferiram permanecer em suas vidas pacatas. - Sam retrucou. – Não queria ficar lá enquanto você luta aqui sozinho.

Jon o observou ansiosamente e bebeu do vinho. Tinha os lábios secos e rachados. O vinho era doce e deixou o mesmo descer em sua garganta lentamente, enquanto isso Sam sentava na beirada da cama um pouco desajeitado.

– Soube que Daenerys Targaryen está vindo ao norte. - Sam tenta mudar de assunto.

Enquanto Jon sentava para ficar de frente para Sam, o mesmo pôde vê uma expressão estranha, pálida se formar no rosto de Jon.

– Pelo jeito foram rápidos em lhe informar. - observou Jon em voz alta.

– Na verdade eu ouvi o mestre conversando. - Sam revela colocando o copo de vinho numa bancada sem nem ao menos beber.

Jon suspirou e levantou indo em direção à única janela do quarto e a abriu deixando passar o vento frio por ela.

– O que pretende fazer?

– Não sei. – Jon responde ainda de costa para Sam. – Tudo ainda está muito confuso. São muitas informações e noticias ao mesmo tempo.

Sam pôs-se desajeitadamente em pé.

– Em poucos dias ela chegará com seus dragões e precisa está preparado. - preveniu Sam.

Jon o olhou de soslaio com uma expressão incerta.

– Eu sei!


Notas Finais


Uma coisa que mudei em relação a série é que aqui o Bran já sabe de toda informação sobre Jon. Desde o fato dele ser filho de R + L ao fato de que ele também não é um bastardo. Não quis colocar o Sam para alertar o Bran sobre isso, como colocaram na série. Acho que o Bran tem capacidade de saber de tudo sozinho sem precisar de outros para ele enfim voltar ao passado e vê o que ele "deixou passar..."

Bem é isso! Se ficou alguma informação confusa ou passei alguma coisa errada me avisem nos comentários ok?
Assim que eu puder retorno com um novo capítulo.
Até.


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