História The King's Concubine - Saudoso

ChanYeol lembrava-se da última vez que havia pisado em Silla, ele ainda era um pequeno garotinho de 7 anos de idade e estava acompanhado do pai. Lembrava de ter ficado admirado com a decoração dos corredores do castelo e do quão bonitos eram os jardins que rodeavam a residência dos monarcas. Aquela visita havia sido feita à muito tempo atrás, bem antes de ele ter consciência do que era de fato ser um príncipe, antes de perder o pai na guerra e antes de se tornar o rei com máscara de carrasco.

            Mas hoje, a visita ao reino vizinho tinha um objetivo muito maior e mais significativo para si. A alguns anos o tratado de paz entre os reinos mal lhe dizia respeito, ele nem ao menos sabia o que significava. Hoje, ele estava ali para selar um pacto e se tudo desse certo ainda recuperaria seu ômega sem causar problemas para o restante da península.

            Não demorou muito para que os empregados do reino viessem recepcionar a chegada do nobre visitante e seus acompanhantes. Parados diante da porta estavam o rei e a rainha consorte: BaekBeom e SooYoung. Nos braços da menor havia um embrulhinho de pano cor-de-rosa que ChanYeol deduziu ser a irmã mais nova de BaekHyun. O Park não conteve o sorriso ao assistir a cena, uma ômega e seu filhote sempre era um quadro bonito.

―Seja bem-vindo a Silla, Rei Park ChanYeo, espero que sua estadia seja agradável― Byun BaekBeom cumprimentou o outro monarca com uma leve reverência que logo foi acompanhada pelos empregados em volta e retribuída por ChanYeol e sua comitiva.

― Agradeço a calorosa recepção, Rei Byun BaekBeom… trouxe comigo meu melhor amigo, o 2º Príncipe de BaekJae, Do KyungSoo e o Príncipe herdeiro de Kaya, Kim JongIn… viemos para tratar de assuntos importantes…

―Pois bem – BaekBeom sorriu minimamente – entrem, acomodem-se e após vosso descanso poderemos tratar dos assuntos políticos. Tenho certeza que não se deslocou de Goguryeo até Silla se o assunto não fosse de extrema importância. Mas acredito que um descanso bem merecido após longa viagem seja o ideal agora…

―Agradeço sua hospitalidade para comigo e com meus companheiros, Majestade...― ChanYeol curvou-se em sinal de respeito. Em seguida acompanhou o chefe dos eunucos de BaekBeom até os aposentos que foram preparados para si.

            ChanYeol instalou-se em um quarto aconchegante e grande na ala sul do castelo. Ficava bem próximo dos jardins principais e da janela ele tinha uma bela vista da montanha. Respirou fundo tentando acalmar-se. Por mais que estivesse separado de BaekHyun naquele momento, ele ainda podia sentir partículas do cheiro do ômega pelo castelo – afinal aquela era a casa do mais novo – e aquilo agitava seu lobo de um jeito quase insuportável.

            Banhou-se com a ajuda de um Eunuco beta e em seguida dirigiu-se para a cama onde lutou contra a própria ansiedade até conseguir adormecer. Sabia muito bem que era arriscado e imprudente ir atrás de seu ômega naquele momento, afinal ninguém ali sabia que era ele o alfa do príncipe. Ele não podia arriscar colocar seu pequeno em uma situação de perigo maior do que ele já se encontrava. Então tentou acalmar seu lobo o suficiente para que pudesse descansar pelo menos durante aquela noite. E no dia seguinte ele faria de tudo para ver seu companheiro, nem que isso pudesse custar um conflito armado dentro do castelo dos reis de Silla.

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            O dia mal amanhecera e ChanYeol já se encontrava de pé. Já havia se vestido e agora aguardava pelo menos o sol levantar-se sobre a montanha para sair dos aposentos. Solicitara a um eunuco que trouxesse para ele algum desjejum simples e comia vagarosamente enquanto lutava contra a própria ansiedade de sair em disparada pelo castelo procurando por seu ômega.

            ChanYeol precisava ser racional e agir com cautela. Ele não estava em seu reino onde seus poderes eram quase que absolutos e sua palavra era lei. Ele estava sob o teto de Byun BaekBeom agora, e precisava contornar muito bem a situação para que tudo desse certo, não só para ele, mas também para KyungSoo que dormia no quarto ao lado.

            Apesar do mais novo não ter de fato dito com todas as palavras, ChanYeol sabia que ele estava apaixonado pelo príncipe de Kaya. O comportamento de KyungSoo era completamente diferente perto de JongIn, ele tornava-se mais doce e afável, mais atencioso e ansioso. Ele definitivamente gostava muito do alfa e aquilo deixava ChanYeol muito feliz, afinal ele amava o príncipe de BaekJae como um irmão e a felicidade dele era extremamente importante para si. Por KyungSoo e por BaekHyun, ChanYeol iria resolver toda aquela situação. E na melhor das hipóteses todo mundo terminaria com paz e o amor da vida ao lado.

            Após desjejuar, ChanYeol saiu de seus aposentos passando pelos corredores em direção à sala de reuniões do reino de Silla. Sabia onde era por suas antigas memórias, era nostálgico estar em Silla, o reino mais antigo da península.

―O Rei deseja ver-lhe em seu escritório – um eunuco informou á ChanYeol que assentiu e seguiu-o pelos corredores até encontrar o local.

            ChanYeol fora anunciado pelo empregado, e em seguida entrou no recinto. O escritório de BaekBeom era um lugar bonito. Era abarrotado de prateleiras cobertas de livros encapados com tecidos nobres e todos de capas duras. Pergaminhos eram enrolados e organizados milimetricamente em uma das sessões e haviam tapeçarias ilustres e grandiosas expostas em uma das paredes.

            BaekBeom encontrava-se sentado em uma poltrona elegante tendo uma xícara de chá verde entre os dedos. O rei parecia um bocado cansado, como se não tivesse dormido muito bem durante a noite, e ao seu lado encontrava-se sua rainha consorte: SooYoung. A mesma servia uma xícara de chá que logo fora oferecida para si.

            Aceitando a oferta da rainha e tomando a xícara entre os dedos, ChanYeol sentou-se na poltrona de frente para o Rei BaekBeom esperando que o mesmo iniciasse o diálogo.

―Espero que tenha tido um bom descanso essa noite, majestade – SooYoung disse num tom contido – pelo que me parece veio ao nosso reino para tratar de algum assunto sério, sua visita teria por acaso a ver com a carta que lhe enviei?

―Devo concordar com sua suspeita, Majestade. Vim á Silla para tratar de algo que envolve a carta que direcionou a mim a alguns dias.

―Então...― BaekBeom ajeitou-se na poltrona – Encontraste o alfa?

―Sim, Majestade, já localizei o Alfa. Mas antes que eu possa revela-lo  à vocês, peço educadamente e encarecidamente que permitam que eu veja Byun BaekHyun…

―Está fora de cogitação! ― BaekBeom exaltou-se um pouco.  Ele não poderia jamais permitir que alguém visse BaekHyun nas condições em que ele se encontrava. Não queria que ele sofresse ainda mais, principalmente agora que estava longe do alfa e grávido! BaekHyun era novo, e um ômega solteiro, não poderia permitir que ChanYeol o visse, aquilo poderia desgraçar não só seu filho como todo o reino. ― BaekHyun está preso para o seu próprio bem e não posso permitir que ele saia de seus aposentos.

―Entendo que a situação é grave, Majestade, mas eu acredito que toda a problemática possa ser resolvida de forma pacífica e sem que ninguém se prejudique. Sei das ameaças de Kaya sobre Silla e sei do acordo quebrado. Tenho uma proposta que pode ajudar toda a relação dos quatro reinos e estabelecer a paz, mas esse acordo envolve Byun BaekHyun e é por isso que preciso vê-lo. Não pretendo de forma alguma desonrar seu filho ou expô-lo. Só quero ter a certeza de que para ele o acordo não será prejudicial. Me importo com vosso filho, Rei BaekBeom, no período em que ele esteve em meu reino estabelecemos entre nós uma relação de afeto, nos aproximamos muito e tenho grande estima por ele. O bem-estar dele é importante para mim e é exatamente por isso que vim de Goguryeo para cá apenas para poder resolver essa situação…

― Não acho que seja uma boa ideia, BaekHyun está numa situação delicada e preciso proteger meu filho, espero que entenda. Se vamos tratar de negócios e de acordos, faremos entre nós, de rei para rei…

―Yeobo...― SooYoung chamou a atenção do marido de forma calma e num tom baixo – Acho que talvez as intenções do rei ChanYeol sejam boas. Ele sabe da situação num todo, ele já conhece o problema que BaekHyun está passando e eles são próximos… deixe que ele veja nosso filho… BaekHyun anda triste e mal come e você sabe o quanto isso é ruim na situação em que ele se encontra. Deixe que ChanYeol convença-o a aceitar o tal acordo que ele poderá ofertar para nós. Não quero ver meu filho sofrendo ainda mais…

            BaekBeom bufou irritadiço.

―Está certo, eu permito que veja BaekHyun por um breve momento…, mas não quebre minha confiança, Rei ChanYeol, eu prezo muito por meu filho acima de todo esse reino.

― Não irei, Majestade. Agradeço a confiança…

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―Os Jardins daqui são ainda mais bonitos que os de Goguryeo, não acha? ― a voz grave de JongIn tirou KyungSoo de seus devaneios pregando-lhe um susto. O ômega levou uma das mãos ao peito tentando conter as batidas desesperadas do coração devido a reação reflexo ao inesperado. ― Desculpe, eu não queria te assustar, mas você estava uma gracinha aí, viajando nos seus pensamentos no meio dessas flores e eu não resisti em vir aqui falar com você…

―Tudo bem― o menor sorriu tímido – eu só não esperava encontrar você pelo jardim…

―Espero que minha presença não esteja incomodando seu passeio…

―De modo algum, JongIn – KyungSoo sorriu abertamente – você sabe que sua presença não me incomoda nunca…

―Você é mesmo a criatura mais adorável do universo – o Alfa sorriu segurando a mão do mais novo – vem, vamos dar uma volta juntos… Então como eu ia dizendo, esses jardins são ainda mais bonitos que os de Goguryeo…

―De fato, os jardins de Silla são muito bonitos – o mais novo concordou assim que começaram a caminhar lado a lado com os dedos entrelaçados pelo jardim.

―Mas você com toda certeza iria gostar mais dos jardins que temos em Kaya… mas posso te dizer que Silla tem vantagens e segredos escondidos muito convenientes.

―Como assim? Vantagens e segredos?

―É… ― o mais velho riu― Eu já estive aqui outras vezes, você sabe… eu era noivo do príncipe herdeiro desse reino e já conheço o jardim. Mas como sou um explorador nato e eu realmente quero tirar você de perto dos olhos curiosos de alfas por aí, vou te mostrar uma coisa…

―Pelos deuses, JongIn, onde é que você vai me enfiar?

― Você já vai ver – o mais velho segurou a mão do ômega de forma mais firme e seguiu a trilha entre os arbustos e roseiras que haviam no jardim. Saiu do caminho andando pela grama quase intocada e se aproximando de um dos muros feitos de cerca viva, caminhando mais um pouco, ele afastou com cuidado alguns galhos revelando uma fenda que dava acesso ao outro lado da cerca.

            KyungSoo arregalou os olhos um bocado surpreso. Não é que realmente havia segredos ali? Passou pelo buraco atravessando a sebe e dando de cara com uma parte do jardim que se parecia com uma floresta. A natureza mais selvagem e quase não tocada era linda e disforme em par de igualdade. As árvores invadiam formando uma cobertura verde que protegia do externo, e a luz solar apenas invadia pelas frestas das folhas como raios de luz. A grama um pouco alta revestia o chão e várias flores coloridas enfeitavam o lugar. Por todos os lados havia verde, o cheiro de terra molhada e fértil era gostoso de se sentir. KyungSoo viu-se realmente encantado com o lugar.

―Que lugar lindo!

― É muito bonito mesmo. Descobri-o quando era mais novo e vim brincar por aqui. Fiz questão de nunca contar a ninguém, minha intenção era de revelar esse lugar apenas ao meu futuro esposo como um pequeno presente, mesmo que não fosse esse meu reino, seria o dele e eu achei legal que eu soubesse algo que ele não saberia sobre a própria casa. Mas o destino é bom, e mudou meus planos…

―Mudou?

―Claro… hoje não consigo mais me ver me casando com o filho de BaekBeom, na verdade meus olhos e meu lobo só veem um certo ômega, que infelizmente é comprometido com um rei… mas ainda assim eu quis trazê-lo aqui e compartilhar esse meu segredo… nem que fosse a última vez que eu pudesse fazer isso…

―JongIn…

―Eu amo você, Do KyungSoo… eu não queria me apaixonar por você como eu estou agora. Eu tinha planos na vida, tinha tudo perfeito na minha cabeça. Tive minha vida planejada por meus pais, meu destino já estava certo e eu já o tinha aceitado. Eu ia me casar com BaekHyun, ele teria meus filhotes, nosso filhote mais velho seria o rei dos nossos dois reinos. Kaya e Silla se tornariam um só reino… tudo seria a paz e a perfeição, eu seria um bom rei e orgulharia meus antepassados. Mas BaekHyun desapareceu e eu fui procura-lo, e nessa busca eu acabei por encontrar você… e você mudou todos os meus planos, KyungSoo… você destruiu todos os planos, toda a perfeição do meu mundinho implícito… e isso foi a coisa mais maravilhosa que já aconteceu… eu descobri que te quero, que te amo e que preciso ficar com você!

― J―JongIn...― o menor arfou. Aquilo havia sido uma tremenda de uma declaração.

―Não diga nada, KyungSoo… apenas me deixe beijar você aqui… me deixe tocá-lo e assim eu terei ainda mais forças para lutar por nós… ― JongIn aproximou-se ainda mais do menor fazendo-o recuar um pouco e chocar as costas contra o tronco de uma das árvores. Aproveitando a brecha, o alfa encostou a mão sobre o rosto delicado do menor. ― Meu amor…

            KyungSoo arfou com a proximidade do alfa, mas não conseguiu mover-se. Não que o outro o tivesse impedindo, era seu próprio corpo que parecia lutar contra a razão. KyungSoo havia jogado tudo às favas ao sentir o perfume do alfa assim tão próximo de si. Ele era irrevogavelmente e incondicionalmente apaixonado por Kim JongIn, e a situação não parecia lá muito favorável a união destes eles teriam que lutar muito se quisessem ficar juntos, e KyungSoo estava disposto a isso, ainda mais agora, depois de toda essa declaração.

            Por isso o menor nem ao menos tentou recusar os lábios do alfa quando estes tocaram os seus. Deixou que o mais velho os selasse num beijo quente, terno e tão desejado. As bocas moviam de forma suave a princípio, mas quando a ponta da língua de JongIn pediu passagem e após a concessão tocara a língua inexperiente do ômega, foi como se as coisas pegassem fogo.

            Logo os estalidos dos lábios tornaram-se mais altos, os movimentos um bocado mais agressivos e desesperados. As costas de KyungSoo já estavam totalmente prensadas contra a árvore. As mãos de JongIn já passeavam de forma atrevida pelo corpo do menor apertando suas carnes por cima do tecido das vestes, e as unhas curtas de KyungSoo arranhavam a nuca do alfa a cada vez que tentava trazer o maior para mais e mais perto de si.

            Mal deram-se conta do tempo em que estiveram naquele ato. E KyungSoo só pareceu dar-se conta de que tudo estava indo longe demais quando sentiu a sua própria pele tocando a do alfa. A necessidade de estarem perto era tão grande que já haviam inconscientemente livrado-se das partes superiores de seus hanboks. Os cabelos de KyungSoo estavam soltos caindo pelo rosto, os lábios fartos úmidos e avermelhados. Ele estava irresistível.

―Por favor, meu amor, permita que eu tome você como meu… eu não consigo mais ficar longe de você – disse ofegante.

―Eu sou seu, JongIn… me tome ...

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            ChanYeol sentia-se extremamente ansioso quando finalmente seguia pelo corredor que dava acesso aos aposentos do príncipe herdeiro. Byun BaekBeom havia concordado em deixa-lo ver e conversar por um instante. Seu lobo remexia-se em ansiedade de ver o mais novo, ele já gania e chorava dentro de si quase o levando a insanidade. Precisou de muito autocontrole para não sair correndo feito um doido.

            O Eunuco do rei bateu então na porta, sendo recebido por um ômega que ChanYeol reconhecera da outra vez. Era o ômega de companhia de BaekHyun. A porta havia sido aberta em apenas uma fresta, mas já era possível sentir o perfume de morangos selvagens exalando dali, o cheiro que despertava os desejos mais insanos do rei. O cheiro que o hipnotizava e levava a loucura. Para um alfa nenhuma fragrância é tão intensa, desejada e tão maravilhosa quanto ao de seu ômega.

―O Rei Byun BaekBeom deseja que o Rei ChanYeol de Goguryeo fale com o Jovem príncipe herdeiro a sós. ― O eunuco comunicou ao ômega que fez uma reverência e saiu do quarto abrindo mais a porta para que o rei entrasse.

―Você tem uma visita, Majestade, se precisar de mim estarei no corredor junto ao guarda Zhang.

            BaekHyun pareceu despertar quando ouviu que havia uma visita o esperando. E ele nem ao menos precisou mover-se para saber de quem se tratava. O cheiro mais delicioso que já sentira na vida começava a invadir seus aposentos. Levantou-se ansioso da cama mal se importando com os trajes que vestia, quase correu até a porta e foi quando teve a visão preenchida com a silhueta dele.

            A porta se fechara atrás de ChanYeol deixando os dois sozinhos nos aposentos. ChanYeol respirou fundo sorvendo o cheiro adocicado de seu ômega. E ao terem os olhos encontrando-se fora como se o mundo exterior não existisse. A ansiedade era tamanha que não podiam mais se controlar. Com uma dupla sonora de estalidos ambos haviam tomado suas formas lupinas. E logo, um lobo negro de porte grande saltava sobre o lobo de pelo branco como a neve visivelmente mais frágil.

            Uivaram em êxtase pouco se importando se estavam ou não chamando a atenção. O Lobo de ChanYeol lambeu, cheirou e envolveu o lobo de BaekHyun da forma mais carinhosa que um lúpus poderia fazer. Era como um abraço quando a cabeça de BaekHyun tocara o pescoço do alfa.

            Então mais calmos, os focinhos se encontraram num carinho molhado. Foram encolhendo suas formas aos poucos, os pelos tornando-se pele, as garras tornando-se unhas. As orelhas regredindo, o rabo desaparecendo, os olhos azuis tornando-se castanhos assim como os olhos prateados.   

            Nus, diante um do outro como se nada importasse. Todas as paredes derrubadas. ChanYeol pode finalmente perceber o volume no ventre de seu ômega e o perfume mentolado que se misturava com o do seu pequeno. Um sorriso imenso tomou conta de seu rosto. Seu ômega esperava um filhote.

            Não perdeu mais nenhum segundo antes de tomar os lábios do menor para si. Beijou-o de forma intensa, agarrando seu corpo ao do menor como se sua vida dependesse daquilo. Os lábios moviam-se ansiosos e saudosos. Precisavam de toda forma ter um ao outro para que tudo entrasse em seus eixos. As mãos afoitas tocavam cada pedaço de pele disponível.

            Estavam tão envoltos naquela sensação gostosa e naquela bolha composta de amor e saudades que só conseguiram desprender-se daquele mundo ao ouvir o rosnado alto do alfa na soleira da porta.

            Byun BaekBeom os havia flagrado.