História The kings of Worlds - A decisão melancólica de Kardia

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Um forte terremoto começa a atacar a região, despertando a atenção dos guardiões que não entendem o ocorrido e por isso se preocupam.

Alana: Mas o que está acontecendo?

Kardia: Rápido, este planeta é apenas uma cópia do original, não se sabe quais efeitos isso provocará na vida cotidiana, por isso se apressem e protejam os humanos das catástrofes naturais.

Mesmo sem energia, ambos, inclusive Lanus e Rosy, partem em direções opostas da Terra na tentativa de conter os possíveis efeitos colaterais.

Kardia: [Olhando ao redor] O que está acontecendo?

[Cena de uma nuvem de fumaça ao redor da catedral...]

Kardia: [olhando para cima] O que isso significa?, Será que Deus antecipou o apocalipse?


Após a árdua batalha, os quatro cantos do mundo estavam entrando em colapso natural, sendo aterrorizados por terremotos na região asiática, maremotos na região oceânica, chuva de granizos na região europeia e fortes inundações e furações nos demais continentes, sendo diretamente responsáveis pela devastação imediata de suas áreas e a morte de milhares de pessoas inocentes, que por sorte, estavam contando com a ajuda dos guardiões, que ao utilizarem seus poderes, controlavam as catástrofes e ao mesmo tempo sofriam pelo desgaste físico e espiritual, o que ainda não era suficiente para abatê-los ao ponto de uma possível desistência.

Enquanto isso...
Kardia estava apreensiva com os efeitos naturais sobre a Terra, considerando diversas possibilidades, desde uma simples crise até o inicio do apocalipse prometido durante o retorno de Jesus.

- Preciso fazer alguma coisa, se não todos morrerão.

[Fumaça se condensando]

- Mas como entender as razões do meu Deus?

[Fumaça ressoando energia espiritual]

Enquanto uma estranha nuvem de fumaça condensava-se ao redor de onde a antiga catedral situava-se, Kardia permanecia distraída imaginando as possíveis causas das catástrofes e até mesmo as possíveis explicações em defesa dos humanos.

- [ajoelhando] O que fazer meu pai querido? Preciso de um auxilio, pois só o senhor é digno de tamanho poder e sabedoria.

De repente, a estranha nuvem de fumaça começa a ressoar descargas elétricas, despertando a atenção de Kardia, que ao olhar para trás se depara com a nuvem adquirindo a forma de um homem.

- [Surpresa] Não me diga que...

Que pressão poderosa partia daquele espécime desconhecido, um poder tão assustador que a região se parte em dois e começa a derramar larva pelo local.

[Cena do espécime aterrissando]

- [Ainda ajoelhada] Ele só pode ser o...

A fumaça finalmente adquire a forma humana, expondo um idoso trajando um terno preto com uma gravata borboleta, com uma bengala com ponta de caveira e parte de seus cabelos ainda em chamas pelo incidente provocado pela magia de Yan.

Kardia: [Olhos arregalados] Esse é o Lúcifer?

O demônio em pessoa e materializado, porém com uma diferente expressão, já que seus olhos aparentavam agonia.

- Ele está morto?

Voz do além: Claro que não...

- Essa voz, não me diga que é o...


Com os maremotos atacando a região, Rosy usava o restante de sua magia para congela-lo enquanto Kenpachi o quebrava com seus punhos e cabeça.

Rosy: Porque veio comigo?

- Quando Loan invadiu a catedral, Rafael ficou preocupado e me pediu para cuidar de você caso ele morresse em combate.

- Aquele idiota, Ele não poderia ter me causado mal maior ao pensar um absurdo como esse.

- [vasto sorriso] Não fique chateada, lá vem mais um maremoto, e esse é um dos grandes.

Rosy: “Encarando o maremoto”


Uma estranha chuva de granizos esmagava carros, casas e pessoas desesperadas com a situação. Situação drástica que só foi contida quando Lanus e Alana chegam ao local.

- [Em êxtase] Vai lá Lanus, faça sua magica.

Lanus escreve em seu caderno e invoca um gigantesco guarda chuva blindado que encobre todo o continente e reflete todas as pedras gigantescas para o oceano mais próximo.

- Você conseguiu, é isso ai. [Sinal de positivo]

Lanus estava cabisbaixo com a morte seu pai e mal comemora o sucesso da missão, por isso ignora Alana e a pede para que partisse para outra região atingida pelas catástrofes naturais.

- O que você disse?

- [olhando pra baixo] Tem pessoas morrendo, salve-as.

Alana fica em choque com a expressão de Lanus, mas resolve não questiona-lo e parte em direção ao continente africano.

Lanus: “Expressão de tristeza”


Lúcifer havia se libertado, porém estava em estado vegetativo, enquanto isso, uma voz familiar contata Kardia, que por mais que tivesse condições de contra-atacar, temia que suas suspeitas tivessem fundamento.

- [Tremendo] Não pode ser, será que ele ainda está vivo?

O corpo de Lúcifer fica estranho e começa a sofrer fortes convulsões nervosas, tremendo e babando por todos os lados, mas ainda sem qualquer reação, já que seus olhos ainda estavam com a expressão de agonia.

- [Encarando-o] O que está havendo?

Uma cena bizarra e nojenta, diga-se de passagem, Lúcifer estava praticamente inválido naquela situação quando abre a boca com uma extremidade fora do normal.

[Kardia vomita]

A abertura da boca era anormal e nojenta ao mesmo tempo, visto que aquela baba derramada era extremamente bizarra e fedorenta ao mesmo tempo.

- [Tampando o nariz] Que cheiro horrível.

De repente, Um homem vestido com roupas de couro preta começa a sair daquela abertura. Primeiro os braços, depois a cabeça, em seguida o corpo e por fim as pernas. Quem era aquele homem? Simplesmente era Lúcio Megera em perfeito estado físico apesar de seu baixo poder espiritual.

[Kardia vomita novamente]

Lúcio estava coberto de baba quando levanta e olha para Kardia lambendo seus lábios e estralando seu corpo.

Kardia: [Aterrorizada] Você está vivo?

- [sorriso sarcástico] Claro, minha bebezinha.

- [Gritando] Não pode ser, eu vi você morrendo.

- Calma, irei explicar o que realmente aconteceu.

Kardia: [Em pensamento] “O que farei? Minha transformação está quase no limite”.

- [sorriso sarcástico] Deixe-me explicar, minha futura mulher!

- [Gritando] Chega de besteiras, explique-se.


O grande diferencial desta batalha é que pensei em todos os detalhes, já imaginava que Yan possuía uma técnica daquele nível, por isso tratei de buscar uma solução para tamanho acontecido, já que não posso morrer enquanto não satisfazer meu desejo em ser rei. Partindo disso, fui obrigado a enfrentar o líder do inferno antes de invadir a catedral e claro que o venci, mas o que ninguém notou ou esqueceu, é que Lúcifer é imortal e não poder ser morto facilmente, e foi exatamente esse detalhe que me deu a vantagem caso Yan ousasse invocar uma técnica como aquela.



- E o que isso tem haver?

- Calma minha linda, deixe-me terminar.

[Kardia despreza]


Quando o sol estava prestes a atingir a Terra, a única pessoa que me preocupava era aquele velhote metido a sabe tudo, caso ele percebe-se provavelmente ele teria achado uma saída para evitar que escapasse com vida, por isso fingir está planejando uma defesa como última alternativa e quando tive a certeza que ele já havia morrido, usei o poder em mim investido pelas escrituras da tortura e me escondi dentro do corpo físico de Lúcifer, dando-lhe a liberdade por alguns instantes, apenas para sofrer todo o impacto enquanto estava seguro dentro da dimensão paralela do medalhão, que por sua vez já havia sido engolido há muito tempo. Entretanto, algo saiu fora do controle e as chamas foram capazes de queimar sua alma, por isso ele ficou em estado vegetativo e transformou-se em fumaça espacial, o que me deu a desvantagem de ser dependente do tempo que seu corpo levaria para se regenerar, para então força-lo a cuspir o medalhão e finalmente meu corpo físico ser libertado.


- Desgraçado, como pôde se transformar em alguém tão diabólico?

- Eu sempre fui diabólico e por isso uso o nome de meu pai estuprador, não que odeie o sobrenome “Makarov”, mas que não seria digno de um Deus que estou prestes a me tornar.

- [Cabeça baixa]

- [sorriso sarcástico] Então Kardia, agora que ressurgir, o que pensa em fazer a respeito?, lutar? ou simplesmente admiti que não há alternativas?

- [Em silêncio]

- [Gritando] Eu falei com você sua “santinha do pau oco”.

- O que fazer? como espera que eu responda?

Lúcio aproxima-se de Kardia , então acaricia seus cabelos, enxuga suas lagrimas e fala com um vasto sorriso em seu rosto.

- Lhe darei uma chance, onde terá que escolher entre seus amigos e a humanidade.

Kardia o agarra pelo pescoço e o arremessa contra os destroços da catedral

- [Em fúria] Não toque em mim.

- Ora, ora, parece que sua transformação lhe deu grandes poderes, mas lamento dizer, eles estão fracos a tal ponto que não capazes de me ferir. [Levantando dos escombros]

- [indiferente] Você tem razão.

- Claro que tenho, afinal o meu diferencial é a inteligência.

- Aonde quer chegar?

- Firme um contrato magico e salve seus amigos, assim você deixará em suas mãos a capacidade de se salvarem ou não do apocalipse.

- Desde que eu esteja na Terra, o apocalipse nunca acontecerá.

- Engraçado dizer isso, já que me lembro bem quando estava em duvida se Deus havia ou não antecipado.

- É diferente!

- Deixa adivinhar, você pensou que Deus lavaria todo o ódio e rancor que espalhei na humanidade?

- [cabisbaixa] Isso mesmo.

[Lúcio começa a sorrir descontroladamente]

- [Gritando] Cale-se, que espécie de contrato quer firmar?

- Hum, finalmente entendeu!

- Então?

- Caso aceite vim comigo sem hesitação, irei poupar a vida de Yan e dos demais guardiões, caso contrário, irei derrota-la e depois matarei um por um até não restar esperança, você mais do que ninguém sabe que carrega a morte de outros guardiões que deram a vida para protege-la, será que conseguirá viver com a culpa de ter sido a causa da morte de seus ditos amigos?

- E o que a humanidade ganha com isso?

- Nada, apenas a possível salvação, isso se o inútil do Yan consegui fazer alguma coisa.

- Parece que não tenho escolha, se insistir de qualquer jeito serei derrotada devido à carência de energia, e todos os humanos e meus amigos morrerão.

- Finalmente entendeu, então o que me diz?

- Enquanto houver fé haverá esperança, a diferença entre o orgulho e a razão, é que ambos levam a caminhos incertos. A razão para uma possível vitória, e o orgulho para um sonho em busca de um caminho. Ser orgulhosa ás vezes é ruim, mas quando ela é ponte para a esperança não há que questionar, por isso eu aceito.

Lúcio sorri e saca um contrato que flutua até Kardia, contrato pelo qual não pode ser quebrado sobre pena da perda da alma e poderes sem exceções. O contrato já havia sido assinado por Lúcio e só restava Kardia oficializa-lo.

Lúcio: Vamos, assine-o, você sabe muito bem que um contrato magico está livre de manipulações ou de fraudes, não há como engana-la.

- Assino com uma condição.

- E o que seria?

- Deixe-me despedi dos guardiões.

- Nada disso, mas como sou piedoso, permitirei que se despeça de apenas uma pessoa.

Kardia derrama seu sangue sobre a linha pontilhada e firma o contrato elaborado por Lúcio. Quando sua transformação acaba e retorna a sua forma original.

- Perfeito, como notou, o contrato foi firmado e desapareceu, seja qual for o shinigami, ele está louco para que um de nós quebre a promessa.

- [Cabisbaixa] Isso não irá acontecer.

- Acabe logo com isso, de quem você irá se despedir?

- Peço autorização para curar alguns ferimentos do Yan.

- Tudo bem, mas cure-o a tal ponto que ele só possa vê e ouvir.

- Está certo.

Uma luz prateada encobre o corpo de Yan que suaviza as queimaduras e o reanima, permitindo que apenas a visualiza-se e ouvisse suas últimas palavras.

- Oi?, curei parte de seus ferimentos e creio que irá sobreviver, não pude completar minha missão mas sei que a honrará. Esta provavelmente é a última vez que nos veremos e por isso não poderia me despedir de alguém que não fosse você. Não posso ouvi-lo mas sinto o calor que seu coração me transmite, obrigado por tudo.

Uma sensação exorbitante partia de Yan, ele gritava por dentro e não suportava aquela despedida sem sentido, o que Kardia havia realizado? Porque ela estava partindo?, tantas duvidas em poucos momentos, que apenas o deixavam mais inconsolado.

[Cena de Lúcio absorvendo o corpo de Lúcifer com o medalhão]

Kardia: [leve sorriso] Yan seu maroto, lembre-se de acordar cedo e arrumar sua cama, seja mais presente e não seja tão duro com os guardiões, cultive a amizade e lembre-se de colocar o gato pra fora quando ele precisar ir ao banheiro. Construa um ambiente seguro e busque a paz eterna. Não estarei mais presente como sua psicóloga, por isso leia Camões quando estiver triste e assista anime quando estiver bravo. Nunca esqueça que agora possui muito mais que amigos, mas irmãos que precisa proteger, eu o admiro mais que uma amiga, mas como o amor que jamais tive a chance de sentir. Adeus meu amor platônico e sem sentido, jamais te esquecerei.

[Cena de Yan debulhando-se em lagrimas]

- [Lagrimando] Já ia esquecendo, só não me declarei antes porque não seria correto, essa foi uma lei imposta quando adquiri a forma humana. Mas como já estou quebrando uma regra ao me entregar as forças do mal, nada é mais grave que um ingênuo beijinho.

Kardia fecha os olhos e beija Yan suavemente, afastando-se e olhando para trás, temendo que algo acontecesse com Yan, já que havia quebrado a maior regra imposta por Deus, Ter se apaixonado por alguém.

Lúcio: Erga as mãos para algema-la, não quero arriscar que tente manipular energia quando chegarmos ao inferno.

Lúcio invoca um buraco negro e o atravessa acompanhado por Kardia, desaparecendo das vistas de Yan, que apesar de não pôde se mover, sente-se totalmente transtornado ao vê sua amada sendo obrigada a partir contra sua vontade.

Yan: “debulhando-se em lagrimas”

[Cena da Terra sendo observada pela sombra de um anjo]

Continua no próximo Episódio...