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História The Lady Lynn - VI: Decisão


Escrita por: Aindaestouaqui

Notas do Autor


Oi gente! Sentiram minha falta? Esse capítulo foi difícil de se fazer... Senhor... Eu estava ansiosa para escrever algumas coisas futuras da história, mas ainda não é o momento.

Bom capítulo!

Capítulo 6 - VI: Decisão


De.ci.são: Deliberação acerca de alguma coisa; Resolução, transformação ou solução de algum problema ou ocasião


Ninguém disse que fazer decisões era fácil. Decisões machucam quem as fazem e quem as afetam. E o que machuca mais nas decisões é  a culpa pelo resultado. Se culpa matasse, muitos morreriam naquele dia. 


• • •


Lysandre desatou a rir. Ele não podia acreditar, tanto odio por nada. 


Pois não, a inimizade entre os dois, Lynn e Castiel, era ridiculamente sem sentido. 


Ele entendia exatamente o "ela"que para ele Lynn não era. 


E não conseguia parar de rir.


–Pare de rir da minha cara! –

Disse Castiel incomodado com a zombaria do amigo. 


–Talvez não seja ela mesmo, mas se for... Bem, espero que seu bom senso volte. Vou checar Kim, voltamos logo para te dar o relatório.–

Como Lysandre estava ansioso para sair daquela conversa, terminou por ali e se direcionou para o dormitório, onde Iris fazia um curatia que havia alguém que o acompanhava. 


Violette. 


Assim que a porta se abriu e a pequena mulher viu as grandes cicatrizes nas costas de Kimberly ela começou a chorar. 


Silenciosamente, mas vigorosas, as lágrimas caiam como chuva. 

E ela não conseguiu se manter ali. Se olhasse nos olhos dela, não poderia viver. 


Então ela correu para longe, um canto afastado, e acabou encontrando Lynn encostada na parede como uma boneca. 


Aquele lugar já não era isolado o suficiente. 


–Não precisa ir embora, eu vou. –

Lynn parecia ler os pensamentos da outra destruída do lugar. 


Mas Violette simplesmente se sentou ao lado da garota e segurou sua mão. 

–Nós podemos ficar aqui. –


E começou a chorar. 


Aquele foi um momento de cumplicidade, elas não tinham mais nada a dizer; nem precisavam. Não se conheciam, confiavam ou gostavam, mas sentiam que estavam melhor na companhia uma da outra. 


Não demorou para que a dor que elas sentiam se desmantelacem com o tempo. 


–Eu fui uma idiota. Uma perfeita idiota. É tudo minha culpa. –


• • •


Desabafos foram jogados em desespero por parte de Violette.


Como ela podia contar isso tudo a alguém que mal conhecia? Ela também não sabia, mas não conseguia segurar mais. 


–E então, depois dessa briga, ela decidiu que ia no meu lugar apenas por picardia. Eu fui muito idiota, eu sei, mas não tenho coragem de aparecer de novo na frente dela sabendo que ela quase morreu por minha causa... Entende? –

Lynn assentiu entendendo o que ela queria dizer. Entendendo profundamente. 


Pois apenas parte dela ouvia já que o seu todo majoritário pensava em seus próprios dilemas. E ela se sentia culpada por isso. 


–Obrigada. –

Por final Violette disse se levantando.


– Pe-pelo o quê? –

Arrancada do estupor de apenas ouvir, Lynn respondeu. 


–Por me ouvir. Acho que é melhor agora me despedir. –

Sua pequena mão serviu-se de lágrimas e estendeu para a garota a qual ela não desconfiava de nada. 


–Despedir? –

Mas Lynn, que abdicava sua casa tão firmemente, não lembrava que sua decisão era súbita e quase desconhecida. 


–É... Você não vai voltar pra casa? Já embarcamos na Escócia. –

Mas então entendeu. 


–Na verdade eu vou ficar... –

Era o momento que sua decisão parecia, finalmente, real. Mas... Não estaria ela fazendo exatamente o que a Deusa queria? Lynn estava profundamente confusa. 


–Entendo... E quando você vai avisar a todos? Você não me parece certa do que está fazendo...–


Realmente, ela não podia ficar, sem avisar ou... Ajudar? Aquela ideia não entrava muito bem na mente dela, mas lá estava. 


–Talvez mais tarde... Eu vou... –

Iris. Ela seria a melhor pessoa para se conversar naquele momento. Não foi ela mesmo que a tinha trago ali? 


–Adeus.–

Disse Violette também se afastando. 

Então ela se voltou um única vez e disse algo que se parecia com "espero mesmo que você seja a escolhida... Não nos decepcione"


• • •

Ela tinha saído atrás de Iris, mas sem saber onde ela estava. 

E, por mais uma vez, com Lysandre se esbarrou. 


– Ah, Oi–

Murmurou deslocada e ele riu. 

–Porque você está rindo? –


–Por nada. Procurando algo? Não esperava te encontrar de novo.–


Ela assentiu mesmo sem saber. E depois confusa perguntou:

–Estou procurando pela Iris... Mas porque não esperava me encontrar de novo? –


Ele estranhou a pergunta por alguns segundos e respondeu com a maior calma do mundo. 

–Castiel me disse que você não pretende se demorar por aqui. Achei que já tinha ido. 


–É.. Eu mudei de ideia. –


–Claro, a Iris está lá em baixo. Você faz um favor pra mim? –


Lynn segurou de novo o ar e perguntou:

–Sim? –


–Peça a Kim para subir quando terminar. –


Lynn assentiu e desceu as escadas. 

Vinte mil pensamentos em sua mente. 


Quando olhou para frente apenas viu um corte enorme como o olho de monstro se fechando e desaparecendo. 

Ela deu um suspiro de susto. 


–Tá tão feio assim guria?–

Lynn tropeçou de susto. 


–Como? –

Disse ela se recompondo. 


–Você não é nem um pouco silenciosa... Então o machucado tá feio?–

A garota assentiu e se sentou respondendo. 


–Está horrível. –

Kim apenas riu. 


–Obrigada pela sinceridade... Eu sou a Kim–


–Ela é a Lynn... A escolhida da Deusa–

Interrompeu Íris subitamente entrando na conversa. A guerreira fechou a cara, murmurou um "claro que é" e questionou com uma dúvida irônica e uma voz afetada de uma abastada sabe-tudo:

–Ah, é mesmo. Como "essa mensagem divina" chegou os seus ouvidos? –


E aquela pergunta parecia absurda para Lynn. Então a princesa virou-se com um pouco de revolta e respondeu:

–Eu fui sequestrada de casa por essa garotinha que diz que eu sou a escolhida. Nem foi pela minha escolha. Então eu peço que pare com a ignorância por favor. –


A resposta fez a expressão da guerreira mudar súbitamente e ela olhou pedindo confirmação. Que recebeu prontamente de Íris. 


E então Lynn recebeu um abraço inesperado. Era Kim. Abraçando-a com tanto desespero que dava vontade de chorar. 

–Fi-finalmente. O sofrimento vai acabar–


E Lynn sentiu uma lágrima rolar. Ela secou e Kim a soltou. 


E Lynn sentiu que precisava dizer mais alguma coisa. 


–A Violette queria te pedir desculpas, mas ela disse que se sentia tão culpada por ter te deixado se machucar que não consegue vir até você. Eu acho que vocês duas deveriam conversar... –


E então ela viu Kim confusa, mas então um rosto feliz e ao mesmo tempo pesaroso apareceu. 

A amazona assentiu. 


–Ah,  e o Lysandre te espera lá em cima. –


E então Kim riu. 


–Mais alguma tarefa?  Ou planeja tomar o lugar do capitão? –

Íris deu um sorrisinho e fez um gesto que fez a ferida dar um suspiro de alívio


–Não. Não quero que ele me odeie mais ainda.–

Lynn negou veemente. 


–Ele não te odeia. Só não acredita que você seja realmente que diz que é. Ele e todos se machucaram demais com todas que vieram dizendo ser a escolhida. Tipo eu.–

E assim elas acharam que não havia mais nada a ser discutido e ficaram caladas. 


E Íris deu sua contribuição:

–Principalmente ele. 

E ficou calada. 


E assim um cachorrinho apareceu descendo as escadas diretamente. 

Cachorrinho era eufemismo. O cão era enorme, mas era tão amistoso que merecia o diminutivo. 


E Iris se pronunciou mais uma vez:

– Sugiro que o siga. –


E Lynn o seguiu esquecendo o conselho que tinha vindo ouvir. 

Assim que subiu as escadas não viu ninguém e o cão se sentou. E a garota se convenceu que seria uma boa ideia fazer a ele um carinho. 


–Oi... Você é lindo, sabia? Qual é o seu nome?–

O cãozinho parecia feliz com a brincadeira. 


–Dragon–

Alguém disse nas suas costas fazendo a garota se virar lentamente. 

Que tinha dito aquilo? Castiel. 


Ela se levantou em um salto e se pos em defensiva. 

–Ele é seu? –


Disse ela com os braços cruzados. 

E percebeu algo... Castiel estava diferente. Não estava parecendo querer afronta-la... Como se a aceitasse aos poucos. 


–Sim, ele é um cão de guerra. Pode te despedaçar em pouco tempo.–

Lynn riu e respondeu voltando a brincadeira com cão "de guerra"


–Você fala como se fosse grande coisa me despedaçar, eu sou pequena. Mas você não vai fazer isso comigo, né Dragon?–

Dragon latiu em negação como dizendo:

Nunca!Só se você não me der carinho. 


Castiel sorriu com a brincadeira, talvez pensando em como Lynn seria devorada e comentou:

–Você não ia embora?O navio vai partir daqui alguns minutos–


Lynn ficou calada por um tempo e respondeu com um quê de certeza que não deveria ter:

–Acho que vou ficar... Te irritar por mais um tempo.–


Castiel riu e se abaixou para brincar com o "cãozinho" também e respondeu:

–Não se preocupe, eu também pretendo te irritar. Me avise quando tiver certeza; rápido de preferência. Bem... Vamos Dragon! –

E Castiel saiu levando cachorro. 


Lynn se levantou sentindo que algo ali tinha mudado. 


Lysandre estava de volta e ela o olhou sentindo um pouco de culpa... Por que ela não tinha certeza que queria ficar? Suas pernas se moveram quase sem querer até a beirada da embarcação que estava em terra.


E viu ao longe o castelo do Reino da Escócia. 

E se lembrou porque. 


Kentin apareceu de repente.


Bem no momento que ela chorava de culpa e queria ficar sozinha. 


E invés de dizer algo, perguntar por que ela ainda estava ali como todos estavam fazendo ou falar alguma coisa relacionada, ele a abraçou. 


Afinal apesar de não levarem as mesmas culpas no peito, ele a entendia. 


E entendia sua decisão. 


Era suficiente por hora




Notas Finais


E então? Gostaram? Deem dicas e avaliações nos comentários e eu responderei o melhor possível.


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