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História The Last of Us - Ereannie - Parceria e Caçadores - pt Final


Escrita por: xxXSteamSlatterXxx

Notas do Autor


Feliz Natal 🎄

Capítulo 13 - Parceria e Caçadores - pt Final


Annie e Ymir passaram correndo pela porta, para logo depois fechá-la e protegê-la com um armário, para servir de barricada.

Depois de seu encontro na baía, o grupo seguiu por um cano de esgoto, e foram parar numa espécie de estação de tratamento abandonada, e com um brinde, cheia de infectados.

A coisa ficou um bastante tensa por um momento, quando o quarteto foi acidentalmente dividido em duplas e tiveram que seguir caminhos diferentes até se reencontrarem mais tarde.

Mas ainda assim, na hora de sair, tiveram que lidar com uma grande quantidade de infectados. O quarteto conseguiu liquidá-los e finalmente sair da estação de esgoto.

– Essa foi por pouco – Ymir disse, suspirando.

– Ah, que merda!!! – Eren exclamou chamando a atenção do grupo – Vejam isso.

O adolescentes apontava para algumas palavras escritas na parede.

"CUIDADO!!! INFECTADOS DENTRO!!!"

– Tá de sacanagem? Que bosta! – Ymir xingou – Obrigado por nada.

– Droga, eu gastei um montão de balas – Eren disse – Annie, tem uns curativos aí?

– Até tenho mas não usa muito – Ela jogou a caixa para ele.

O garoto agradeceu e olhou para Ymir e Historia, a morena era quem estava fazendo os curativos na mais baixa, ele sentiu uma pontada de inveja enquanto observava a cena.

Enquanto enfaixava seus ferimentos, ele reparou num machucado que estava no braço de Annie, a ideia que surgiu em sua cabeça não parecia tão ruim. É como dizem, “você faz a oportunidade”.

Annie estava apenas olhando o horizonte, procurando algum caminho que desse pra seguir. A loira sentiu seu braço ser pego, e seu machucado começar a ser enfaixado. Era Eren.

– Relaxa, só tô fazendo um curativo – Ele disse.

– Certo então – Disse meio apreensiva, às vezes esses gestos de Eren a deixavam...estranha? Era essa a palavra?

A loira observou as mãos do rapaz, eram certamente maiores que as dela, e mesmo sujas de sangue, ainda se moviam cuidadosamente para não errar o curativo, ou machucar ainda mais.

Reparou também em outro detalhe na mão do moreno, a fazendo rir.

– O que? Tá rindo do que? – Eren percebeu os risinhos vindos da garota.

– Não, é que… – Ela disse entre risos – Ainda tá com a mão enfaixada.

Ele olhou para sua mão, vendo as ataduras que escondiam sua marca de mordida.

– É, eu troco todo dia – Ele disse, arrancando, mais alguns risos da loira.

Annie pegou a mão do garoto, e retirou as faixas. Eren viu que a marca nem estava mais lá.

– Viu, a minha também já sumiu – Annie levantou a manga, expondo seu ombro, nem parecia que havia sido mordido.

Eren tateou o ombro da loira, realmente, não tinha mais nada. Ambos sorriram um pro outro, aquilo que os ligava como imunes, havia sumido, mas todo o resto que os mantinham como parceiros, ainda estava lá.

Um assobio vindo de Ymir tirou os dois do “meio transe “ deles.

– Vamos logo, pombinhos, não quero ter que largar vocês – A morena provocou, provocando reviradas de olhos nos dois.

Os deboches de Ymir realmente causavam reações em Eren e Annie, ela adorava ver os dois mais novos corando juntos.





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– Tá me dizendo que isso aqui passava de rua em rua dando sorvete!? – Eren disse espantado, encarando o grande veículo – Assim? De graça!?

– De graça não – Ymir respondeu – Aparentemente você tinha que pagar.

– Ainda assim, devia ser uma maravilha! – O adolescente afirmou, olhando para o grande enfeite em cima do caminhão – A quanto tempo será que eu não tomo sorvete?

– Falo e disse, parceiro – Concordou a mulher – Falo e disse.

Ambos seguiram pela rua, Annie e Historia deviam estar um pouco mais adiante. O bairro que eles estavam parecia ter sido o local de moradia de pessoas com bastante dinheiro, as casas eram bastante grandes, todas com quintal e jardim.

O bom disso era que havia ainda vários suprimentos e recursos.

Os dois avistaram suas parceiras, Annie aparentemente estava dando dicas de tiro para Historia, fazendo ela tentar acertar uma placa vermelha que tinha "PARE" escrito. Ela até que estava se saindo muito bem.

Ymir não perdeu tempo em se exibir, e assim que chegou, sacou a pistola e acertou dois tiros na placa.

– Você até que é boa, mas… – A frase da mulher foi interrompida pelo som da arma do adolescente disparando.

– Mas falta prática, e uma dosezinha de um talento como o meu não faria mal – Ele assoprou a arma após acertar todos os tiros, esnobando Ymir.

– Vocês dois são muito bons – Historia disse, um pouco tímida.

– Eu não sei nem porque vocês tão aqui, o intuito é ajudar ela e não mostrar quem é melhor, até porque, se fosse… – Annie, de costas para a placa, disparou os tiros, acertando em cheio – Eu ganharia.

– Sua… – Ymir se segurou para não soltar todos os palavrões que conhecia na loira, que tinha um arrogante sorriso no rosto – ...Então quer dizer que se acha melhor?

Annie arqueou uma sobrancelha com a pergunta, ela percebeu um maligno sorriso no rosto da mulher.

– Ymir, não – Historia tentou repreender.

– Será que pode provar? – Ela encarou a loira.

– O que sugere? – Annie resolveu entrar no jogo.

– Você e Eren contra eu e Historia.

Os dois imunes se encararam, travando um riso na garganta, agindo com se a situação fosse divertida.

– Certo – Annie aceitou – De acordo, Eren?

– Claro, por que não? – Ele sorriu travesso para Annie, prevendo uma certa facilidade no desafio – O que vamos jogar?


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– O jogo é simples…– Começou a morena

Ymir os trouxe até um dos quintais das casas do bairro, e então ela pegou várias garrafas e espalhou pelo local.

– …Temos apenas que atirar nas garrafas, se uma dupla errar é a vez da outra, fácil, não? – Terminou a explicação, recebendo um aceno da dupla – Ótimo, pra ser generosa com vocês, eu não vou jogar.

– O que?

– O QUE!? – Historia disse, assustada com a ideia de disputar contra os dois sozinha.

– É, isso mesmo – Ela confirmou – Só você, contra os dois.

– Ymir, será que a gente pode conversar sobre isso? – Historia puxou a amiga.

– Relaxa, você só precisa ir lá, e acertar tudo –  A mulher piscou para sua parceira.

– Tem certeza?

– Claro, dessa vez pode parar…

– Ei! Vamos logo com isso! – Eren disse impaciente.

– Estamos prontas – Ymir gritou de volta – Só mais uma coisa, o perdedor terá que pagar um castigo escolhido pelo vencedor, ok?

– Tudo bem pra você? – O garoto perguntou, e Annie apenas deu de ombros – Beleza, concordamos.

– Então, podemos começar – Riu Ymir, e Historia se preparou.

– Pff, isso vai ser mais fácil que terminar um CD da Avril Lavigne – Eren sussurrou para Annie, que riu com o comentário do Jaeger – Uma pena o carro ter sido destruído, eu gostava daquele CD.

A conversa dos dois foi interrompida pelo som dos disparos da arma de Historia, os olhos dos adolescentes se arregalaram ao ver ela acertar várias garrafas.

Corrigindo, ela acertou TODAS as garrafas.

As caras surpresas dos dois jovens causavam o sorriso divertido de Ymir. A mulher se aproximou e pôs as mãos nos ombros dos dois.

– Uma pena, acho que perderam – Ymir comentou sarcasticamente – Acho que Historia é a melhor atiradora do grupo, bom, estão prontos para a punição?

– M-mas como? – Annie gaguejou.

– É seu dia de sorte, Annie – Ymir disse – Como eu não competi, só o Eren vai pagar o castigo.

– EU!? POR QUE EU!? – Disse desesperado.

– Porque, se me lembro bem, foi você que disse que isso ia ser mais fácil do que terminar um CD da Avril sei-lá-o-que – Respondeu – Agora vai pagar por ter subestimado Historia.

O Jaeger começou a se estapear na testa enquanto murmurava "idiota, idiota, idiota".

– Relaxa Eren, sorte a sua que eu sou boazinha e vou fazer você se dar bem – Isso chamou a atenção do garoto, que parou de se bater – Eu quero que você beije a Historia.

A proposta fez tanto Eren, quanto Historia, corarem loucamente. Seus rostos pareciam tomates de tão vermelhos.

Enquanto Ymir soltava risinhos com as reações, Annie estava perplexa com o desafio escolhido.

Ymir olhou para Annie, e se segurou para não rir. Mas ela ainda não foi até o limite.

– Vai logo, Eren! Não sabia que é feio deixar uma garota esperando! – Brigou Ymir – E eu não quero ver um daqueles beijinhos que duram uns oito segundos! Não! Eu vou querer ver é um beijão de qualidade, OUVIRAM!?

O rapaz engoliu seco, e andou até Historia, sentindo toda aquela sensação de borboletas no estômago. A mais baixa não estava diferente.

Depois de já próximos, quem tomou a iniciativa foi Eren, começando a se aproximar. Historia não demorou também, ficando na ponta dos pés para encontrar os lábios do Jaeger.

O beijo se iniciou lento, mas após ouvirem outra reclamação de Ymir, ambos aumentaram o ritmo, inserindo a língua também.

Enquanto a mais alta se divertia assistindo o amasso dos dois, Annie não parecia tão feliz.

Sua respiração estava forte, ela apertava a arma em sua mão com força enquanto tinha os olhos vidrados nos colegas, quase com um olhar assassino.

E tinha algo dentro dela, algo estranho, isso a deixava confusa, ela não sabia se queria chorar, se queria explodir em raiva, ou se queria apenas estar no lugar de Historia.

Esse sentimento gritava para sair, mas Annie o reprimiu mais uma vez, ela não podia se descontrolar assim, não por causa daquilo.

Quando voltou ao normal, o beijo dos dois já tinha terminado, ambos estavam ofegantes. Ymir não perdeu tempo em soltar ainda mais piadas enquanto se aproximava dos dois.

Enquanto Ymir puxava Historia para um canto, provavelmente para mais piadas, Eren vinha até ela, ainda com as bochechas vermelhas.

– A-aquilo foi...embaraçoso – Ele disse e viu a garota quieta, evitando encará-lo nos olhos – Annie? Tá tudo bem?

– T-tá… – Ela gaguejou, segurando as lágrimas a todo custo, não iria chorar – Tá sim.

– É que...Você parece meio… – Percebeu o olhar triste que ela tinha.

– Não, tá tudo bem – Annie deu um soquinho no braço do garoto – Parabéns, acho que Historia gostou.

Ele percebeu a hesitação na voz da garota ao falar a última frase, mas não pode nem responder, pois Annie seguiu atrás das outras duas, deixando ele só.

Ele havia gostado do beijo, mas o que ele sentiu nem se comparava com os sentimentos que carregavam os outros beijos que ele e Annie deram.









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– Seguinte, temos só que descer essa rua e sair pelos fundos da última casa – Ymir explicou – Daí pra frente, só alegria.

A rua em questão era uma leve descida, apesar de não ser íngreme, era bem cumprida. No final dela em questão, tinha algumas casas fechando-a, e como explicado anteriormente só teriam que passar.

Enquanto desciam, Eren avistou, nas janelas da última casa, apontando na direção deles, um flash.

Era como uma luzinha branca, porém ele logo identificou o perigo.

Vendo Annie, que estava ao seu lado, o garoto se jogou no chão, perto de um carro, puxando a garota junto consigo.

– PRO CHÃO!!!

Logo após, veio o som do tiro, por sorte não os atingiu. Ymir se abaixou com Historia em outro carro do lado.

– Porra! – Mais tiros acertaram os carros, e Eren, por instinto envolveu o corpo de Annie com o dele, de uma forma protetora.

Os tiros cessaram, provavelmente o atirador iria esperar eles saírem. Mas eles não estavam querendo morrer, pelo menos Eren não.

– Ei – Ele chamou a parceira, ainda abraçada com ele – Eu vou dar a volta pela lateral, por trás das casas.

– O que? Não, deixa que eu vou – Mas ele já tinha sacado a arma e se desvencilhado da loira – Eu sou mais ágil, você fica aqui.

– Não, você fica – Ele contrariou.

– Não, voc…

– Sem tempo pra discussão! – Eren rapidamente correu para trás de uma das casas, sendo quase atingido por um tiro do sniper.

Ele pode ouvir Annie soltar uns palavrões com a ação repentina dele, mas não ia deixar ela arriscar a vida.

Ele seguiu mais calmo andando pelos jardins das casas, sabia que não seria atingido ali.

Bom, pelo menos não por aquele atirador.

A tranquilidade na cabeça do garoto foi mudada, quando ouviu mais caçadores conversando.

Se abaixou perto de umas latas de lixo, a fim de tentar bolar alguma coisa.

– Flanqueamos, e aí jogamos a bomba de fumaça e o Molotov – Falou um dos caçadores – Os putos vão fritar!

– Nem fodendo – Eren disse para si mesmo.

O rapaz não perdeu tempo em se levantar e rapidamente atirar uma das latas de lixo na direção dos inimigos.

Aquilo conseguiu atordoar os quatro, e deu chance para Eren começar a correr enquanto atirava na direção deles.

Ele viu o que segurava o Molotov sacar o cocktail e ascender. Mas Eren foi mais ágil, atirando no caçador e o fazendo derrubar o objeto, queimando todos os outros ali.

Se aproximando dos corpos carbonizados, Eren pegou a bomba de fumaça caseira, isso lhe serviria muito bem.

Encostado na parede, ele conseguiu ter uma visão, ainda meio que ruim, da casa e da janela que o atirador estava.

Uma janela protegida por tábuas, com uma fresta onde ele podia colocar a arma e atirar sem se preocupar em ser acertado.

O único defeito, era que se o alvo estivesse muito perto, ele não conseguiria mirar nele por causa das tábuas. Tal defeito esse que seria muito bem utilizado por Eren.

O garoto jogou a bomba de fumaça, cobrindo o local com uma nuvem branca.

Ele passou tranquilamente por lá, se dirigindo até a casa, calmo e com um sorriso orgulhoso no rosto.

O atirador até tentou atirar nele, mas em vão. Além de Eren estar em uma posição completamente impossível de ser acertado, ele ainda estava encoberto pela fumaça, sendo quase invisível lá.

A porta estava destrancada, pode entrar facilmente. Observando o andar de baixo, não tinha muita coisa, seu alvo estava em cima.

Subindo as escadas e chegando no segundo andar da casa, Eren se deparou com um corredor de várias portas abertas, menos a última.

Ele suspirou, sabia que seu inimigo estaria esperando, mas não tinha jeito.

Logo após abrir a porta e adentrar o cômodo, Eren pode ver o caçador vindo pra cima dele com uma faca em mãos.

O garoto rapidamente bloqueou o golpe sem se ferir, segurando o pulso e afastando as mãos de perto de si.

Pode ver ele de guarda baixa nos tornozelos, era exatamente como Annie dizia, e se ele se lembrava bem.. 

– AHHHH – O caçador urrou quando foi acertado na canela por um forte chute de Eren, o obrigando a ficar de joelhos.

Não perdendo tempo, Eren virou um poderoso soco no nariz de seu adversário, fazendo-o cair desmaiado no chão.

Mas para ter certeza de que tinha nocauteado, Eren o chutou no estômago.

Garantido de que tinha vencido seu oponente, Eren tomou a rédea da sniper na janela, podendo ver através dela  que seus colegas não estavam nas melhores.

Ele recarregou a arma, começando a disparar contra os caçadores que lutavam contra as garotas.

Não demorou muito para elas perceberem que era Eren quem estava atirando, afinal, quem é o louco que atira nos próprios companheiros.

Após ter matado todos eles, Eren obteve um sinal de joia, vindo de Ymir, agradecendo pela ajuda, porém, ainda não havia acabado.

Mais uma vez aquele som invadia seus ouvidos. Metralhadora sendo carregada, o ronco alto do motor e o som dos pneus rodando pela rua e virando a esquina. Dando a Eren a visão de seus faróis e da pessoa morta no capô do veículo.

– Só pode ser tiração com a minha cara! – Exclamou com a visão do tão indesejado veículo – Vai tomar no cu…

O garoto começou a atirar contra o caminhão, porém parecia que não causava dano algum.

Ele pode ver Annie e as outras correrem para trás de um carro, se protegendo dos tiros de metralhadora.

Reparou na porta superior do caminhão, que parecia até uma escotilha. De lá apareceu, por poucos segundos, um caçador, ele jogou um Molotov na direção das garotas, por sorte não acertou.

Eren aguardou ele sair de novo, tinha o plano perfeito.

Quando o homem reapareceu com outro Molotov nas mãos, Eren rapidamente atirou nele, o fazendo derrubar o cocktail dentro do caminhão e fritar todos lá dentro.

O caminhão pegou fogo e perdeu o controle, se chocando contra uma casa, provavelmente todos estavam mortos.

Ele suspirou esfregando suas pálpebras, pensando que finalmente teria acabado.

O moreno ouviu gritos de "cuidado" lá embaixo, então novamente, botou o olho na mira da sniper, conseguindo ver as três sendo atacadas por infectados.

Ele atirou primeiro no que estava em cima de Historia e no outro em cima de Ymir, Annie tinha conseguido lidar com o dela.

Viu as três correndo para a casa que ele estava, e quando olhou mais ao fundo, viu uma horda de infectados, aparentemente escaladores, chegando.

– Merda… Hora de ir – Eren deixou sua posição de atirador.

Desceu as escadas para encontrar as companheiras, sorte a casa estar bem protegida e trancada, caso contrário seriam dilacerados por aqueles monstros.

– Tá todo mundo bem? – Eren perguntou.

– Tá sim, mas temos que ir vazar logo, antes que viremos o almoço daqueles caras – Ymir disse e apontou para os infectados que tentavam penetrar nas janelas – Vamos ir pelos fundos.

– Mandou bem lá – Annie disse enquanto passava por ele e se dirigia à saída.

– Valeu – Eren agradeceu.





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A fuga deles foi tranquila, não foram perseguidos por mais caçadores, não toparam com infectados, e acharam uma casa para poderem descansar passar a noite.

Uma animada conversa entre Eren e Ymir ocorria na sala da residência, enquanto Annie, apenas escutava e se entretia com os dois.

– E como é que foi? – A mulher perguntou encarando o Jaeger animada.

– Foi...bom, eu acho – Eren respondeu.

– Bom? Só bom? Annie, dá pra acreditar nesse cara? – Ymir pareceu indignada com a resposta dele – Vamos cara, descreva os detalhes.

– Ah, foi...esquece, eu não consigo descrever – Ele riu vergonhosamente.

– Ah, fala sério Eren, não pode ser só uma moto comum, essa é uma daquelas que você sobe e sente o motor – Ymir falou apaixonada.

– E como sabe? – Annie perguntou.

– Eu vi ela… Nos meus sonhos, Vrum! Vrum! Vrum! – Ela disse e fez os dois adolescentes soltarem gargalhadas junto com ela.

– E onde está Historia? – Annie disse entre risos.

– Ela tá naquele quarto, disse que ia estocar comida e que queria dormir lá também, não entendi – Ymir deu de ombros – Pode dar uma olhada nela, Annie?

– Posso – A loira se levantou e foi ver como a amiga estava.

– Ei, Ymir, me responde uma coisa – Eren disse – Eu não entendi como Historia atirou tão bem naquela hora, sendo que ela sempre pareceu ter dificuldade com isso.

Ymir soltou uma risada anasalada com a pergunta.

– Na verdade ela é uma ótima atiradora, mas se faz de boba para podermos enganar os inimigos, funcionando como um elemento surpresa – Ela contou e Eren fez uma cara de impressionado.

– Caralho… é realmente um bom plano – Ele admitiu – Olha, eu adoraria continuar a conversa, mas eu vou lá puxar um ronco.

– Bom sonhos, mano – Ela desejou, vendo o colega se levantar e ir até o saco de dormir.

– Bom, ela tá lá estocando comida mesmo – Annie reapareceu no local – Só não entendi porque ela quer dormir lá.

– É também não sei, mas eu preciso falar outro assunto com você – Ela puxou a loira para um local um pouco mais afastado de onde Eren se deitou – Você não agiu ainda.

– É o que? – Ela levantou a sobrancelha.

– Sério que vai ficar nessa, Annie? – Ymir suspirou – Você gosta dele.

– De novo essa porra Ymir? – Ela disse – Eu não vou ouvir isso.

– A vai sim – Ymir segurou a loira quando ela fez mensão a sair – Tá na sua cara Annie, você gosta dele também.

– E se eu gostar? O que você tem com isso? – Ela respondeu irritada.

– Eu não tenho nada, afinal, não fui eu que quase explodi em ciúmes por ele quando Historia o beijou – A loira sentiu as bochechas avermelharem – Escuta, esse sentimento que você chama de confusão, é amor, e isso é muito raro hoje em dia, num mundo onde a lei é matar ou morrer, não podendo confiar em ninguém, nem na própria sombra, sempre tendo que lidar com a morte na sua espreita, e você vai lá e ganha um cara legal, que não quer você por algum interesse próprio, mas por algum motivo idiota, você vai deixá-lo escapar? Eu vi como se olham, como se preocupam um com o outro, me diga Annie, quantos caras já puseram a mão no fogo por você do mesmo jeito que Eren fez?

Nenhum, ninguém se importou com ela tanto quanto Eren.

Ymir não errou em nada do que disse, tanto ela quanto Annie sabiam disso.

– Mas, e se…

– E se o que, garota!? Eren Jaeger te ama e ponto final! – Ela apontou para o saco de dormir de Eren – Agora vai buscar teu homem antes que eu mesma mande ele vir aqui!

Ymir não ficou para ver o resto da coisa, puxou seu saco de dormir para um canto e se enfiou nele.

Annie suspirou, tomando coragem para fazer o que Ymir disse.

Ela não se lembra de nenhum momento na vida em que ficou tão...estranha, igual estava agora, se aproximando do sonolento Jaeger.

Parando em frente ao garoto, que dormia com os braços servindo de travesseiro para sua cabeça, provavelmente estava com calor. Ela pensava em como falaria para ele.

Passou na sua memória a vez que ele disse que ela o pediu para dormir com ele. Podia ser loucura? Até podia, mas o momento já não era dos mais normais mesmo.

Ela retirou os sapatos e se aconchegou no saco de dormir dele, deitando por cima do garoto.

Eren pareceu perceber, ele abriu os olhos, ainda sonolento, e sentiu algo sobre seu corpo.

– Mas que porra…

– Parece que você acordou – Annie sussurrou em seu ouvido.

– Annie? É você? – Perguntou confuso, já sentindo o rubor invadir seu rosto, ainda bem que estava escuro – O que está fazendo aqui?

– Senti saudades – Ela respondeu.

– Saudades? – Disse ainda confuso.

– É, de ficar assim com você – Se o objetivo era deixar Eren sem jeito, ela estava conseguindo.

– M-mas a gente n-nunca fica assim – Gaguejou o Jaeger.

– É um bom momento para começarmos – Annie disse, sorrindo boba e enrubescendo também – Sabe Eren, acho que finalmente percebi.

– Percebeu? – Ele não estava entendendo...poderia ser?

– Percebi que eu te amo, Eren Jaeger.

Os olhos de Eren se arregalaram, ele pode sentir a boca de Annie sendo pressionada contra a dele.

O beijo era quente, e carregado de sentimentos, ele abraçou ainda mais o corpo dela contra o dele. Ele se sentia o cara mais feliz do mundo.

Quando se separam, Eren encarou a garota, que mesmo no escuro, podia ver seus lindos olhos.

– Eu também te amo, Annie Leonhardt









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O dia amanheceu, os raios solares penetravam pelas janelas, iluminando a casa.

Ymir foi a primeira a acordar, bocejando enquanto esfregava os olhos, ela também se espreguiçou para logo depois levantar.

A primeira coisa que fez, foi olhar para o local que Eren estava dormindo, ficando muito feliz com a visão que teve. Annie aconchegada no mesmo saco de dormir que Eren, sem falar no fato deles estarem agarradinhos um no outro.

O grande desejo de Ymir nesse momento, era ter uma câmera.

A mulher soltou uma risada e começou a preparar o café da manhã.

Não demorou muito para os outros acordarem, Annie foi a primeira, mal se levantando e já tendo que encarar o olhar piadista de Ymir a secando.

– Bom dia – Ymir disse – Parece que as coisas realmente foram boas ontem.

– A gente se resolveu – Annie disse se aproximando da companheira – Mas só isso por enquanto.

– E como foi? – Perguntou curiosa.

– Eu tava nervosa...muito – Confessou a loira – Mas aí, eu disse que amava ele e o beijei.

– Sério!? Puta merda, e como foi? O que ele disse? – Perguntou animada.

– Depois ele me disse que me amava também e o beijo foi bom.

– Bom? BOM!? – Disse com raiva – Vocês dois são inacreditáveis! E péssimos em descrever as coisas!

– Tão falando do que? – Eren acordou.

– De como vocês dois são horríveis descrevendo – Ymir disse, ainda frustrada – Annie, será que pode ir acordar Historia?

– Posso – A adolescente se levantou.

Pode ouvir Ymir chamar Eren para pegar um pouco da sopa que ela estava preparando. Agora ia ser difícil, ter que aguentar Ymir perturbando os dois em tempo integral com certeza não ia ser fácil.

Ela abriu a porta do quarto, já encontrando Historia acordada.

– Ah, você já tá de pé, bom dia – Annie disse – A Ymir pediu pra te chamar e… tá tudo bem?

A garota estava de costas para Annie, respirando forte e tremendo.

– Historia? – Ela fez menção e por a mão no ombro da garota.

Porém, Annie viu ela se virar bruscamente, gritando e tentando ela. Ela conseguiu segurar as mãos da garota, porém Historia se jogou sobre ela, a derrubando no chão da sala onde os outros dois estavam.

Os olhos da garota não tinham vida, a pele estava péssima e ela berrava e gritava irracionalmente enquanto atacava Annie. Ela estava infectada.

– Merda!!! Ela tá se transformando! – Eren correu para sua mochila, a fim de achar uma arma.

Porém logo quando Eren ia apontar para as duas, Ymir atirou perto de Eren o fazendo derrubar a arma.

– O QUE CÊ PENSA QUE TÁ FAZENDO? NÃO VAI MATAR ELA PORRA!!! – Ymir gritou.

Annie conseguiu tirar Historia de cima dela, a chutando pra longe. Porém a recém-infectada se levantou e avançou novamente.

– Que se foda!– Eren mais uma vez levantou a arma, só que os disparos vieram da pistola de Ymir, matando Historia.

– Caralho...cê tá bem? – Eren perguntou a Annie que estava do seu lado.

– Tô – A loira respondeu e apontou para Ymir – Mas ela não está.

 A cabeça da mulher estava uma bagunça, ela não sabia o que tinha feito. Foi como instinto, quando viu Historia avançando freneticamente contra eles, ela atirou como se ela fosse só mais um corredor qualquer.

Apesar dela estar mesmo infectada, não devia ser assim…

– Porra Ymir, o que você fez? – Ela falou pra si mesma, começando a chorar.

– Ei, Ymir – Annie fez menção a se aproximar da mulher.

– Você! – Ela mirou a arma em Annie, que êxitou, voltando para perto de Eren – A culpa é sua!

– Ymir não é culpa de ninguém, tem que se acalmar – Eren tentou conversar – Se colocando na frente de Annie.

– A culpa é sua… – Ela repetiu mais uma vez enquanto chorava.

– Por favor, Ymir, abaixa a arma – Eren pediu.

– a culpa é sua, A CULPA É SUA!!! – Ymir voltou o cano da arma para a sua própria cabeça, puxou o gatilho e...

BANG!

Ymir estava morta












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