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História The Last Shadow Puppets - Capítulo Dois - "If you were there, beware!"


Escrita por: sabrinavilanova

Notas do Autor


LEIAM AQUI, POR FAVOR!

Hello, gente *desvia das pedras* Como vão vocês?
Acho que a primeira coisa que eu tenho que fazer, com certeza, é pedir desculpas pela demora e é, justamente, disso que eu vim falar.
Eu postei o primeiro capítulo dessa fanfic um dia antes do lançamento da sétima temporada de Voltron: The Legendary Defender. A verdade é que o que aconteceu comigo foi uma espécie de "desencantamento de mundo", sabe? Eu fiquei meio desanimada em continuar, mesmo que a fic só tivesse o prólogo e um capítulo. O planejamento dessa história estava todo pronto, iriam ter dez capítulos, todos muito bem definidos e tal e tal. MAS, quando eu assisti a S7, esse planejamento foi por água abaixo. O que isso quer dizer? Bom, isso quer dizer que eu não sei o que vai acontecer mais, por isso, eu peço do fundo do meu coração que tenham um pouco de paciência. Acabei de sair de um bloqueio criativo e estou com medo de entrar em outro. Não irei prometer postagens semanas, quinzenais ou mensais, porque não sei se vou ter capacidade de continuar com isso daqui.
Eu decidi que eu não quero abandonar isso daqui, por isso, por favor, não fiquem com raiva se eu não conseguir escrever/postar, ok?


Quero agradecer a todos que favoritaram a história durante todo esse tempo, obrigada, de verdade!

Agora, vamos ao capítulo.
Espero que gostem!

Capítulo 3 - Capítulo Dois - "If you were there, beware!"


 

Um grito foi ouvido em meio ao vazio, enquanto o Sol se recolhia vagamente em seu recanto silencioso e efêmero. Assim, o céu foi pintado em tons de laranja, logo a noite chegaria e, na bela paisagem azulada, nasceria resplandecente em sua figura, a grande Lua cheia, banhada em tom carmim pelo sangue inocente.

Ajoelhada ao chão, a mulher pedia ao seu deus que os protegesse de todo o mal que os cercava naquele momento. Os murmúrios saídos de sua boca ecoaram no salão vazio da capela a beira do lago e, em segundos, quando um suspiro resignado deixou os lábios secos, os pelos arrepiaram ao escutar o som tão conhecido. Engoliu em seco, virando o pescoço para enxergá-lo melhor, o galra exibia um sorriso vitorioso ao observá-la e, ao seu lado, outro segurava uma arma, apontada para si. Aquela troca de olhares não durou nada além de segundos, quando Sendak se pronunciou:

― Últimas palavras?

Su muerte está cerca, señor. No pienses que te quedará impune* ― falou a mulher, estarrecida.

― Eu acho que você fala demais, todos da sua família são assim? ― O galra levantou o braço não-mecânico, sinalizando algo para o seu parceiro, esse que sorriu sem motivo aparente. ― Que seja! Esse será um adeus, minha senhora.

O barulho reverberou por toda aquela região, duvidava que algum humano tivesse escutado dali, viu o líquido viscoso molhar o piso da pequena capela, pintando de horror o território sagrado. Num baque surdo, o corpo já sem vida foi ao chão, assinalando a primeira das muitas mortes que aconteceriam por ali.

 

***

 

A nave rebelde de Matthew Holt atravessava a atmosfera terrestre, passando despercebida pelos sensores galra. Não era por menos, já que os dois irmãos Holt haviam desenvolvido uma forma de passarem despercebidos pelos olhos alienígenas, só que não por tanto tempo quando queriam. A verdade era que, apesar de estarem entrando, de certa forma, em seu planeta natal, estavam desesperados. Se aquilo não desse certo, todos estariam mortos, só que a morte não era, bem, uma opção viável no momento.

Enquanto Matt, Pidge e Hunk discutiam sobre como deveriam ser mais rápidos, Keith Kogane lançava uma moeda para o alto, pegando-a logo depois e repetindo aquele mesmo movimento diversas vezes. O olhar arroxeado não se concentrava em um ponto específico, Keith estava imerso em seus pensamentos, esses que ninguém saberia ao certo dizer quais realmente eram. Na Lua, Królia havia lhe dito para relaxar um pouco, analisar as coisas de outra maneira. Outra maneira, como diabos poderia olhar para aquela situação de outra maneira? Os galra haviam atacado o ponto fraco da maioria ali e, por mais que Keith não tivesse afinidade alguma com o planeta, não podia deixar de pensar nas pessoas inocentes que nele viviam.

A moeda subiu e desceu novamente, mas, dessa vez, seu destino foi o chão, só que o que fez os olhos de Keith arregalarrem não foi o caminho que ela fizera e sim o solavanco dado pela nave. Haviam sido descobertos.

Adentravam a mesosfera terrestre numa velocidade que equivalia a quase 200 km/h, se continuassem daquela maneira, a chegada ao solo poderia não ser tão pacífica e cuidadosa quanto queriam. O olhar arroxeado do Kogane cruzou-se por mínimos segundos com o de Matthew, notando o nervosismo existente ali.

― Matt, qual a situação? ― perguntou, sabendo que Holt não diria se não o fizesse.  

― Acho que nós temos problemas. ― Matt suspirou, mexendo no teclado a sua frente. Keith piscou algumas vezes, cambaleando até onde o outro estava sentado, debruçou-se sobre o branco e tentou não se atentar ao balançar da nave pelos ataques vindos de fora. ― Muitos problemas.

― Seja mais específico.

― Acho que você já descobriu o maior deles. ― Apontou o dedo indicador para o alto.

― Parece que o superaquecimento das turbinas afetou o escudo de alguma forma ― Pidge explicou. ― Só que, bem, isso não foi, exatamente, o que causou o desaparecimento dele.

― Então, o que foi?

― Sabe, existe uma grande diferença entre 1000ºC existentes na termosfera para os quase cem graus negativos da mesosfera ― Matthew explicou. ― Na nossa velocidade, bem, as coisas meio que complicaram. A velocidade era constante antes de entrarmos nessa camada, mas caiu consideravelmente, o que fez as turbinas esfriarem muito rápido. O choque térmico foi tão grande que muitos dos sensores desligaram, inclusive aqueles que usamos como disfarça e, bom, o escudo também.

― Merda. E o que podemos fazer?

― Sobre a nave, não muita coisa ― Pidge disse. ― Menos ainda se não pararmos com os ataques vindos de fora. E também temos que pensar como pousaremos, se continuarmos caindo desse jeito...

― Podíamos dar um jeito de reativar os sensores, não é? O escudo daria algum auxílio para a nave na hora do pouso.  ― Hunk falou.

― Acha que pode fazer isso? ― Kogane observou o outro assentir com a cabeça, antes de sair do banco onde estava. ― Qual a situação das turbinas?

― Adquirindo estabilidade, não foram tão danificadas quanto parecia.

― As turbinas podem servir para dar impulso a nave quando estivermos próximos ― falou, mais para ela mesma que para os outros.

― Boa ideia, Pidge ― disse Matt.

― Sou ótima, eu sei.

― Ah, gente, não quero ser estraga prazeres, não, mas ainda temos naves galra atacando a gente. ― A fala do paladino vermelho atraiu olhares de todos ali presentes, era a primeira vez que falava com eles desde o tempo que passaram na Lua, um novo recorde para os padrões de convivência Lance McClain. ― O que faremos?

― Okay, deixa eu pensar... ― disse ele.

― Entrando na estratosfera em cinco, quatro… ― Allura anunciou, no mesmo momento em que foram atingidos por mais um disparo galra. ― Gente, as coisas estão complicando por aqui.

― Certo, certo. Allura, venha comigo. O resto de vocês vão fazer de tudo para resolver os problemas internos ― ordenou. ― Coran, chegue perto o suficiente de uma daquelas naves galra para que possamos pular. E, Lance, deixo as coisas por aqui em suas mãos. Se não voltarmos, leve todos para Garrison.

Lance assentiu, assim como os outros. Keith passou a caminhar de forma mais rápida com Allura no seu encalço o tempo todo. Se não conseguissem… não queria nem pensar. Eles teriam que fazer de tudo para saírem vivos daquilo. Eles teriam que fazer de tudo, pois eram a única esperança da Terra.

 

***

 

Pedra sobre a espada, deslizando levemente até a ponta da lâmina, afiando-a. Estava ali há, pelo que pareciam, horas. Sentada, esperando algum movimento dos outros postos acontecer. Ainda podia ouvir os gritos, falando em seu ouvido como não pôde salvar nenhum deles.

Pedra sobre lâmina, a pedra foi jogada e a lâmina cortou o ar, desejando que ali estivesse um galra desgraçado para tirar-lhe a cabeça. Sorriria se pudesse fazer aquilo, porém não o fez, ainda tinha muito o que percorrer para pegar o pescoço daquele quem assassinou a pessoa mais preciosa que existiu em sua vida.

 


Notas Finais


*Sua morte está próxima, senhor. Não pense que ficará impune!


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