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História The leaves of a daily - My reason


Escrita por: FANFICTLOAD

Capítulo 58 - My reason


Fanfic / Fanfiction The leaves of a daily - My reason

 

 

   P.O.V Justin Bieber. 

 

      Eu não poderia está mais ansioso para esse dia chegar, o dia que eu irei mandar o meu pai para a merda e esfregar na cara dele que eu posso conseguir me virar sem ele em todos os sentido, e principalmente sem a merda do seu dinheiro.

 

      Pegar as coisas que foram da minha mãe, e que estão no meu nome, è uma questão de honra para mim, não só para enfrentar o bosta do meu pai, que sempre duvidou de que eu sou capaz , mas também em memória dela, que sabia bem o babaca que Gregg Bieber è desde o início. Tive que me manter na merda da escola por anos e finalmente isso acaba hoje.

 

     Confesso que não estou muito em vantagem por ter tido meu nome e meu rosto expostos na televisão ontem à noite, mas essa porra não importa, sou criminoso e meu pai já sabe disso, ou tem uma pequena noção, e não è como se eu fosse ligar para a opinião de merda dele. Rachel ainda vai me pagar caro por ter me colocado naquela situação, tive que aumentar a propina para Dallas por conta dela, aquela fodida mal amada. 

 

      Mas agora, a única coisa que eu quero fazer è chegar na casa de Gregg e tirar dele tudo que è meu, principalmente livrar a Michelle das mãos daquele homem, ela è boa demais para aquele infeliz e visivelmente já esta de saco cheio dele e de seu blá-blá-blá. Gregg è insuportável e se acha o mais rico, o mais intelectual e o mais correto sempre, mas na verdade ele è apenas a porra de um homem sem coração e Michelle cansou disso. 

 

     Todo o mundo já cansou do filho da puta do Gregg.

 

        Eu poderia listar todas as merdas que meu pai já fez na vida, e isso ajudaria a ter coisas o suficiente para jogar contra ele assim que entrar pela porta daquela casa. Mas ao invés disso, vou me prender na coisa mais surpreendente, a minha vida finalmente está tomando a porra do rumo que eu quero. 

 

    Estou com a minha garota e estamos realmente juntos, Liz aceitou ir morar comigo e isso è ótimo, tive que pedir muito para que ela aceitasse e parasse com esse blábláblá de não querer incomodar, Liz as vezes me irrita com essa bondade e gentileza exagera, e também estava fora de cogitação deixar ela morando com Kato, isso nem pensar, não importa quantas vezes eles digam isso de amizade, para mim ainda não é tal aceitável. Ter Liz em baixo dos meus olhos o tempo inteiro me deixa muito mais aliviado, ainda mais que não tem a desgraçada da Rachel para atrapalhar a nossa relação, e se depender de mim nenhuma outra merda vai atrapalhar. 

 

   A K está ótima e não tem como nada a tirar do topo, somos maiores que a Explosion e isso não vai mudar, não importa os esforços que Jason tente executar, a K é a nova potência dessa cidade, e as coisas só vão melhor para mim e piorar para ele. 

 

      E para completar a minha felicidade, terminei a merda da escola depois de tanto tempo e já estava de saco cheio para tudo aquilo, e agora vou poder da um belo dedo do meio para meu pai, além de poder ficar cem porcento dedicado na K a fazendo crescer ainda mais. 

 

     Já consigo pensar em todas as palavras que estou doido para dizer ao meu pai, e nenhuma delas são coisas educadas. 

 

— Nada de arrumar confusão com o Gregg! — Melissa pediu me olhando e cortando minha linha de raciocínio, como se soubesse exatamente os meus malditos pensamentos. — Ele não é ruim, só não sabe ser contrariado — Deus de ombros e a olhei, tentando ver se não estava brincando ou debochando da minha cara. 

 

      Se Gregg Bieber è ruim? Ele è péssimo, um desgraçado sem coração e que só liga para a porra do seu status e do seu dinheiro, jamais ligou realmente para os filhos, além de querer criá-los para ser alienados e acomodados como ele. Um péssimo pai, que não tem nenhuma ideia de como se educar ou da carinho.

 

     Ainda bem que sai fora antes que me tornasse um homem chato, que se acha culto e correto o tempo todo, quando na verdade, coloca a própria filha grávida para fora de casa com o intuito de " proteger o nome da família". Gregg è um fodido e me sinto bem melhor sendo um bandido do que sendo filho dele. 

 

— Você só pode está brincando! — Ri com humor e Melissa negou mostrando está falando sério. 

 

— Nosso pai sempre gostou de ter razão, ele fica assim porque vê a gente o enfrentando! — Deu de ombros como se fosse fácil de entender. — Ele só não consegue lidar com a opinião alheia! — Ri das palavras perdias dela que não fazem nenhuma porra de sentido se estamos falando de Gregg Bieber. 

 

— Não seja modesta! — Reclamei. — Ele è o maldito filho da puta que te colocou para fora de casa grávida e até hoje joga isso na sua cara! — Melissa revirou os olhos como se soubesse isso de cor pelas inúmeras vezes que já tive que repetir, porque parece que ela esquece essa merda com uma facilidade do caralho.

 

— Não precisa lembrar disso toda a hora né? — Resmungou mexendo na sua bolsa. — Aliás, acho que deveríamos esquecer um pouco do que ele nos fez! Já estamos muito bem sem ele, isso pode se considerar uma vitória! — Me olhou com um olhar sugestivo, como se fosse para que eu aceite suas palavras e entenda, que ela quer da um fim às discussões e brigas com Gregg. 

 

— Só acaba quando eu humilhar aquele desgraçado, da mesma forma que ele fez com a gente a quatro anos atrás! — Afirmei e Melissa desviou os olhos, vendo que não tem nem discussão nesse assunto.

 

      Sei que eu não deveria sentir raiva do meu próprio pai, ou simplesmente deixar essas merdas no passado, mas não é tão simples assim. O que ele fez com Melissa e comigo a quatro anos atrás, é algo que nenhum pai poderia fazer. Se eu tivesse uma filha eu jamais a colocaria para fora de casa da forma como Gregg colocou Melissa, ela estava grávida e machucada, a única função dele como pai era garantir que Melissa ficasse bem. Mas Gregg Bieber não é a porra de um pai, nem chega perto de ser um. Eu não ligo a mínima para as coisas que ele disse para mim, mas me importo bastante com as coisas que ele disse a Melissa. 

 

       Ninguém mexe com as pessoas que eu amo, e isso vale muito para Melissa e Christopher. Eu jamais vou perdoar o que aquele homem fez por eles, nem se pedir de joelhos.

 

    Estacionei na frente daquela casa, que um dia já foi tudo que eu tinha. Nem gosto de lembrar da época que eu era um completo babaca e não tinha liberdade alguma para ser o que estava dentro de mim de verdade. Não consigo me ver sendo exatamente o que o meu pai queria naquela época, um cara centrado e comandando uma empresa, sempre engravatado e tendo que ficar calado o tempo todo, isso nem de longe é o que sou. 

 

     Sei bem que o crime não é o melhor caminho, mas por mais ruim que seja, é exatamente o que se encaixou na minha cabeça, não sei se foi a raiva pela morte da Katharine, ou se já estava dentro de mim faz tempo. Essa vontade de dominar, de viver no limite, e ter sempre uma aventura diferente. Isso me deixa bem, me faz bem, mesmo que um dia eu possa acabar morto. 

 

      Melissa saiu do carro em silêncio e foi em direção à porta sem ao menos me olhar. Não consigo ter paciência para as bondades das mulheres, em especial da Melissa, ela consegue perdoar o cara que a tratou como se fosse um lixo, quando na verdade tinha a obrigação de  tratar com respeito e carinho. Com certeza essa é a maior diferença entre Melissa e eu, ela consegue perdoar muito fácil, e no meu caso, poucas pessoas têm o meu perdão.

 

     Me aproximei de Melissa e foi o tempo para a porta se abrir e Michelle aparecer esboçando um grande sorriso de felicidade em nos ver.  Continuei parado enquanto Melissa foi abraçá-la feliz.

 

— Como você está? — Michelle perguntou para Melissa enquanto a abraçava.

 

— Eu estou bem, e muito feliz por tudo acabar hoje para você! — Melissa esta realmente animada com isso e muito mais por ter o filho dela de volta. 

 

      Desde que Chris foi sequestrado por Mika a meses atrás, Melissa decidiu deixo-lo morando aqui com a mãe dela, onde achou ser mais seguro, mesmo que eu tivesse matado aquele cara e me certificado disso, Mel demorou mais tempo para conseguir superar e precisou entrar oficialmente na gangue para entender tudo e se estabiliza de novo. O prazo de permanecia de Christopher aqui era até eu acabar o colégio, e essa porra finalmente aconteceu, então ele pode voltar para casa, de onde nunca deveria ter saído. 

 

      Senti falta de Christopher pela casa e fazendo bagunça, eu amo esse garoto como se fosse o meu filho, acompanhei tudo desde quando ele estava na barriga de Melissa até hoje, deixá-lo aqui não foi uma decisão muito fácil, mas eu sabia que era preciso, Melissa não se sentia segura e eu não estava conseguindo manter todos que amo em segurança, mas agora, eu tenho total certeza de que consigo, nada e nem ninguém irá atacar minha família novamente. 

 

— E você Justin,  está bem? — Michelle perguntou sendo gentil ao me olhar, apenas assenti e ela sorriu para mim como sempre fez.

 

     Michelle tinha e tem o total direito de ter medo de mim, ou querer me ver longe por me considerar um perigo para ela ou para a sua filha e neto, mas ao contrário disso ela demostrar me tratar da mesma forma como sempre tratou quando eu era mais novo, nem seu olhar gentil e seu sorriso mudaram em relação a mim, é quase como se ela não ligasse a mínima para quem eu sou agora e a ameaça que eu represento. 

 

— Vamos entrar, Chris está esperando vocês! — Abriu mais a porta para que passássemos, olhei pra Melissa que me jogou um olhar de seriedade,como se eu estivesse fazendo alguma coisa errada. 

 

       O fato de eu não desmontar sentimentos para todo mundo o tempo todo como antigamente, não quer dizer que estou com raiva, só não consigo ficar sorrindo o tempo todo, nem se eu tentar. Melissa me conhece a anos e deveria entender essa porra, já entendi que Michelle se preocupa comigo e tudo que Melissa me cansa de dizer varias vezes, mas estou ciente de que fingir um sorriso, ou qualquer coisa do tipo, é bem pior, só estou sendo eu mesmo agora e Michelle sabe disso. 

 

      Entrei tentando não prestar muita atenção na casa, ela me traz todos os tipos de lembranças que se possa ter, mas principalmente as da Katharine. Ela odiava essa casa, odiava o meu pai, e eu sabia disso, porém, fingia que não via, que não entendia cada vez que ela tentava deixar isso claro para mim. Essa era a minha vida, minha realidade e pensar que a menina que eu amava não gostava me deixa mal, o problema é que isso não me fazia ver que a Katharine estava certa. Essa casa parece um presídio, meu pai é um cara deplorável, e eu só fui capaz de compreender tarde demais para poder dizer que ela estava certa. 

 

— Filho. — Melissa pegou Chris no colo e o abraçou com força. — Vim te levar para casa! — Falou para ele com uma voz fofa e Michelle ficou apenas olhando e sorrindo, como se tivesse um grande orgulho do que a filha se  tornou.

 

— Finalmente! — A voz do meu pai fez ecoou pela sala de um jeito debochado demais e isso me fez ter que contar até dez para não começar a falar as primeiras merdas que estão na minha cabeça. 

 

— Oi pai.. — Melissa disse monótona e olhou para mim. 

 

     Espero que ela não esteja achando que vou cumprimentar esse homem, essa com certeza é a última coisa que irei fazer nessa sala, não importa o que Melissa pense, a bondosa na história é ela, não eu.

 

— Espero que você esteja com tudo pronta para me entregar o que é meu. — Fui curto nas palavras, e Gregg riu levemente.

 

— Não acredito que sua única preocupação nesse momento é essa herança, ao invés do seu rosto na lista de procurados! — Balançou a cabeça enquanto ria debochadamente, e realmente tem que ter uma paciência do caralho para aguentar esse homem. 

 

     Quanto mais o tempo passa, mais ridículo meu pai fica, ele sabe que não pode me atingir com suas palavras, e mesmo assim continua tentando, talvez para testar até onde vai a minha paciência e para a grande sorte dele, hoje estou com bastante. 

 

— Você sabe que não serei procurado, então por que se preocupar. — Dei de ombros naturalmente, tentando limitar ao máximo minha conversa com ele, pois não vim aqui para contar como está sendo a experiência de ter meu nome na tv. 

 

        Mesmo que eu sabia que não dará em nada a denúncia que a irritante da Rachel fez, ainda sim Atlanta inteira sabe quem eu sou agora e isso não deve agradar nada Gregg. O homem que expulsou a filha de casa só para zelar pelo sobrenome dele, agora tem o mesmo colocado nos noticiários e ligado ao crime. Eu poderia dizer que estou me divertindo com isso. 

 

      Independente do que isso poderia me trazer, só pelo fato de ter o meu pai puto e frustrado, me deixa bastante feliz. 

 

— O sobrenome Bieber agora está ligado ao crime, o que você acha que seu avô iria pensar disso? — Questionou me olhando com atenção. — O que você acha que seus filhos vão pensar disso? A menos que você queira criá-los no meio de armas e drogas! O que não me surpreenderia vindo de você! — Cuspiu com desprezo. Estreitei os olhos para olhá-lo. 

 

    Ele conseguiu me atingir de leve, não pelo início, por que meu avô era um cara igual ao meu pai, mas sim pelo final. Eu nunca parei para pensar nisso que Gregg disse, apesar de haver Christopher e ele jamais ter chegado nem perto de drogas e armas por, ilusoriamente, achar que tudo isso envolve super-heróis e não criminosos. Um dia ele vai crescer e vai se deparar com tudo isso de uma outra forma, com outros olhos. Podemos enganar uma criança, mas não um adolescente ou um adulto. 

 

       Eu não faço a porra da ideia do que isso vai da, mesmo que Chris não seja meu filho, se um dia eu tiver um, ele também estará ligado totalmente nesse meio,e o pior, herdará tudo que é meu, inclusive a K. E não sei se gosto dessa ideia tanto quanto deveria. O mundo do crime é perigoso, e ninguém tem que se forçado a fazer parte disso, ou por laços de sangue, ou por falta de opção, se eu estou nessa merda toda é por que eu quero, mas não são todos que vão querer. 

 

— Você sabe que não ligo a mínima para a sua opinião ou para qualquer porra que você fale? — Essa frase é mais uma afirmação do que uma pergunta. — Então por que ainda insiste em querer perde o seu tempo falando? — Cruzei os braços ainda sério, ele parecia furioso por eu está literalmente tranquilo em relação a criação dos meus filhos. Mas na verdade, isso é algo que ficará na minha cabeça rondando por bastante tempo. 

 

— Estou vendo que será um pai pior do que eu fui. — Resmungou como se tivesse certeza disso e só estivesse afirmando para si mesmo. — Aqui está os papéis e tudo que é seu por direito! Não sei exatamente para que vai usar já que seu patrimônio, ou melhor, o patrimônio da sua gangue, é avaliado em milhões. — Caminhou para me entregar as pastas. — É isso que a mídia disse ontem! — Concluiu se afastando novamente, mostrando que não há nada mais que eu possa esconder. Ele é quem pensa. 

 

      A mídia é ridícula e invasiva pra cacete, mas não esta errada. A K tem um patrimônio milionário e extenso por Atlanta e cada dia vem crescendo mais, e pretendo até mesmo estender para outros estados, mas isso não é algo que vou focar agora.

 

— Não é pelo o dinheiro ou propriedades, é pela vitória! — Sorri sínico, e vi o rosto do meu pai se contorcer de raiva.  

 

      Quando eu ganho alguma coisa, ou ganho de alguém, não tem chances de eu ficar irritado com isso, ainda mais que a satisfação de ver a cara de babaca do perdedor não tem preço algum. Gregg foi o primeiro a me desafiar, duvidar de mim e da minha capacidade de me reerguer sozinho, e agora estou aqui, de frente para ele, mostrando que nada e nem ninguém podem me derrubar.

 

— Aliás, espero que você fique feliz sozinho, já que nunca foi capaz de amar ninguém! — Ressaltei olhando com superioridade para ele. — E por último, eu vou deixar coisas bem claras aqui. — Apontei para Gregg. — Se você chegar perto da Michelle, da Melissa, do Christopher, ou principalmente de mim, você vai entender porque sou tão temido nessa cidade, entendeu? — Ameacei com tranquilidade, porque não tem nenhuma chance desse babaca tentar entrar no meu caminho de novo. 

 

— E você pode se desconsiderar meu filho. — Rosnou tentando me atingir e tive que ri disso. 

 

— Eu ja não te considero como meu maldito pai desde que você me expulsou de casa, por acaso você ainda me considerava seu filho? Não entendo o porque! — Ri debochando da cara dele. 

 

       Olhei para Melissa, que me encarava como se o show tivesse que acabar. Logo agora que estou começando a me divertir? Mas ela está certa, da moral para Gregg Bieber não deveria nem ser uma ideia, ele merece ser isolado de todos e ficar sozinho para sempre, já que só ama a si próprio e seus patrimônios, jamais foi capaz de da amor aos filhos de verdade e muito menos as mulheres, isso desde a minha mãe até Melissa. 

 

     Eu posso ser o bandido que for, mas ainda sim serei melhor do que ele. 

 

— Vamos embora. — Falei para Melissa e Michelle que assentiram. — Mas antes...— Olhei para Gregg. — Espero que você não se importe tanto com o sobrenome Bieber na frente de uma gangue, porque foi você mesmo que me disse, que Bieber é um nome de poder, e eu tenho muito poder! — Joguei antes de olhar para Melissa novamente e ir em direção à porta, sabendo qua meu pai iria querer responder e já estou cansado de falar com ele. 

 

       Espero que nunca mais precise olhar para a cara do meu pai ou ter que respondê-lo novamente. Eu deveria ter deixado bem claro que o que sinto não é só o puro ódio, ele não é nem digno desse sentimento, só consigo sentir desprezo e náuseas por ser o maldito filho desse cara. 

 

       Tenho certeza que Gregg vai se reerguer, provavelmente construir outra família onde possa controlar todos do jeito que bem entender, eu não ligo, só espero que ele esqueça que eu existo assim como vou me esforçar a casa dia para fingir que ele não existe. 

 

     Melissa e Michelle saíram carregando algumas malas pequenas e Christopher veio correndo até a mim com um largo sorriso fofo. 

 

— Eu vou ter meu quarto do Batman? Eu juro que não fiz pirraça para o vovô! — Disse pulando como se tivesse tomado enérgico ou algo similar. 

 

     Crianças sempre estão felizes e pulando o tempo todo, não consigo entender, mesmos que eu tenha visto Christopher crescer, a animação das crianças ainda me deixa muito confuso.

 

— Claro! — Ressaltei. — Apesar que eu preferia que fizesse! — Pisquei para ele que riu e ouvi Melissa reclamar enquanto colocava as coisas no carro. 

 

— Semana que vem é meu aniversário! — Christopher gritou com animo. — Vou fazer quatro anos! — Contou como se eu não soubesse. — Posso ganhar outro presente? — Piscou os olhinhos azuis, exatamente como Melissa faz quando quer alguma coisa. 

 

      Realmente ele é filho dela.

 

 — Pensei que o quarto do Batman fosse seu presente! — Melissa se aproximou olhando para Christopher, e ele olhou para mim como se eu fosse responder por ele. — Justin, nem pense. — Melissa murmurou e a ignorei. 

 

— Você pode escolher outro presente! — Falei para a criança, e minha irmã rosnou ao meu lado como se quisesse me matar. 

 

     Qual é o problema? É o aniversário do menino e realmente eu não poderia imaginar que ele já vai fazer quatro anos, sinto como se fosse ontem que ele tinha nascido e chorava o tempo todo irritando a porra da minha cabeça. Chris está crescendo rápido demais e isso me assusta em relação a ele, então acho que ele merece outro presente e muitos deles. Porque as mães não gostam de ver os filhos felizes com o que querem? 

 

— O que você vai querer! — Peguei Chris no colo, enquanto Melissa me encarava como se eu fosse um babaca, mas na realidade, ela que é chata pra caralho. Christopher me olhou docemente, como se estivesse pensando no seu pedido e não quisesse errar. 

 

— Quero que você vá no meu aniversário! — Disse tão rápido que achei que tivesse ouvido errado. — Você nunca foi! — Cruzou os braços me olhando sério demais para uma criança de três anos, quase como se estivesse brigando comigo. 

 

     Juro que não imaginei que ele fosse pedir isso, Christopher sempre pede presentes, ou no caso, coisas do Batman. Mas, isso em específico é diferente. É verdade, eu nunca fui em nenhum aniversário do Christopher, não porque eu não goste dele ou alguma merda do tipo, mas sim porque sempre é em um parque de diversões, o único e maior dessa cidade. 

 

    Nesses três anos, eu passei quase o tempo todo tentando ser durão, sério, um líder forte e inabalável, para conseguir colocar a K no topo, e isso não me dava tempo nenhum, além de parques de diversões não ser o tipo de lugar que um cara como eu deveria frequentar. Todos da K iam, menos eu, e não poderia imaginar que Chris sentia isso, sempre achei que ele ficasse feliz com os presentes que eu dava e só. 

 

    Agora sinto que isso é muito idiota. 

 

     Eu queria montar uma imagem de um homem forte e vingativo, e não notei que isso não é algo que uma criança é capaz de entender, para Christopher, ironicamente, eu sou o Batman, e tudo que eu faço de errado não é errado, ele me vê como uma inspiração e isso é muito estranho, e se tornou muito mais depois das palavras do meu pai hoje. Chris poderia pedir qualquer coisa, mas mesmo assim, a única coisa que ele me pediu é que eu vá na sua festa. 

 

     Olhei para Melissa, que está surpresa com o pedido do filho, com certeza ela não podia imaginar, mas Chris è esperto, até demais para a idade dele, além de ser bem sincero. E tenho certeza que ele será um garoto forte e corajoso, só por ver como ele já enfrentou diversas coisas diferentes ainda sendo tão pequeno. 

 

— Eu vou. — Olhei para ele que me lançou um olhar desconfiado. 

 

— Promete? — Perguntou com a voz baixa e assenti. — Legal! — Exclamou animado. — Vou te levar na Montanha-Russa, no carrossel e na casa dos monstros! — Começou a falar sem parar, mostrando ter ficado feliz com a notícia. 

 

— Carrossel? — Franzi a testa já imaginando um carrossel e isso me deixa levemente entediado. — Não tem nada de tiro ao alvo não? — Chris assentiu. 

 

— Mas não tem graça! Os tios sempre ficam lá, e tia Dakota vence todo mundo! — Gesticulou e ri só de imaginar aqueles quatro babacas discutindo por conta de um jogo, principalmente a Dakota, que é super competitiva. 

 

       Chris continuou falando enquanto eu andava com ele até o carro e o coloquei no banco de traz. Isso realmente animou ele, e parece que jamais vai parar de falar e contar tudo que há nesse parque. Eu sem bem o que tem lá, já fui varia vezes antes da minha vida mudar complemente e esse ser o último lugar que eu me veria indo. 

 

— Michelle. — Falei assim que entrei no carro e ela olhou para mim do bando de trás. — Você vai ficar na casa que era da minha mãe perto da floresta de Atlanta, até eu resolver  o problema das suas coisas! — Expliquei e ela assentiu mas parecia confusa. 

 

— Como você vai resolver? Está tudo no banco em domínio do seu pai! — Contou o que eu já sabia. 

 

    Digamos que passei uma parte desses sete meses, enquanto tentava ficar o mais longe de Emily possível, descobrindo que meu pai guarda toda a papelada de Michelle em um banco, em específico o de maior segurança em Atlanta, o que era de se imaginar, meu pai jamais deixaria algo assim em algum lugar óbvio e de fácil acesso, não com um filho bandido. 

 

— Eu sei, mas fica tranquila, você vai ter tudo que é seu. — Pisquei para ela que parecia ainda mais confusa com as minhas palavras, Melissa riu já entendendo o que eu quis dizer. Vai ser muito fácil, e será a última parte da minha vingança contra o meu pai. 

 

     Ele vai ver o poder do Bieber, do melhor Bieber. 

 

P.O.V Liz Blue. 

 

      Ainda não me acostumei cem porcento com essa mansão enorme, e nem sei se vou um dia. Precisa praticamente de um mapa para andar aqui dentro e tem partes que nem fui ainda,

mesmo com todo esse tempo conhecendo Justin. 

 

      Esse exagero todo com certeza deve ser para se achar o maior, sei lá, por que nada explica uma casa assim para três pessoas morarem, agora quatro comigo. 

 

     Aceitei vim morar aqui porque não é tão fácil dizer não ao Justin Bieber, ainda mais quando ele tem uma ideia fixa na cabeça e realmente é boa. Eu não queria vim por varias razões, mais a principal é que eu não queria ter que força-lo a se achar comprometido comigo por me abrigar aqui. Mas, por incrível que pareça, Justin me surpreendeu de uma forma surreal e me pediu em namoro, do jeito dele, é óbvio, mas foi tão especial como se fosse de qualquer outro jeito convencional.

 

       Eu o amo, e tenho isso mais forte dentro de mim a casa dia, isso se for possível ser maior, está com ele agora definitivamente como sua namorada é muito mais intenso do que imaginei, parece que eu estou em um sonho e jamais quero acordar dele. E tenho certeza que é com o Justin que eu quero ficar, independente do que apreçar entre nós. 

 

     Então posso me acostumar com a casa. 

 

      Até os jardins daqui são enormes e extravagantes, literalmente poderia ser usado como um campo de futebol ou algo similar, a vasta quantidade de caras que andam pelo jardim nem parece ser muita comparando com a dimensão do lugar. 

 

    Me sinto em palácio, cheio de funcionários e de seguranças. Mas confesso que também sinto uma enorme falta da minha casa e do meu singelo e aconchegante quarto, que dividi com a minha prima por anos, mesmo pequeno, ele era perfeito para mim.

 

     Sair de casa foi uma decisão importante, e mexe comigo cada vez mais que as horas passam, não fazem nem vinte e quatro horas e parece que foram dias. Tenho total certeza que não vou voltar a trás, sei que sair de onde vivi a vida inteira è bastante difícil, mas vou me manter firme e certa de que essa foi a melhor decisão que tomei, para o meu bem, e para a minha relação com o Justin. 

 

      Me lembro quando vim nessa casa a segunda vez, eu estava acompanhada de Kato e perguntei o porque de tantos seguranças, já que Justin se achava, e se acha, o rei dessa cidade, Kato desconversou naquele dia e não me contou a verdade, mas agora estou lidando com ela bem diante dos meus olhos. 

 

     Jason Scott, é ele quem faz essa casa ser uma fortaleza, pois, Justin pode até afirmar com todas as letras que não tem medo de Jason, porém, sei que no fundo ele se procura com o que aquele homem pode fazer com a sua vida e com as pessoas a sua volta. Me ameaçar não foi nem o começo e eu sei disso, para quem matou uma pessoa e acabou com a vida de outras como consequência, tenho certeza que só foi o começo. 

 

      Algo impede que Jason me ataque como quer, Justin descobriu isso e está guardado como um segredo de estado, como se eu saber fosse interferir em algo, e isso me preocupa. Sei que Justin não iria me esconder isso se não fosse alguma coisa bem tensa, já imagino que para controlar Jason, deve ser bem pessoal. Só espero que Justin não deixe essa sede de vingança o levar a agir como Jason agiu a anos atrás, isso é algo que eu não aguentaria saber. 

 

     Os caras no jardins nem me olham e continuam mantendo a postura séria e fazendo suas rondas. Está um dia lindo em Atlanta, estamos em pleno julho e é verão, mas tem caras de ternos e outros de casacos, nem imagino o calor que devem está sentindo, mas continuam sérios e ignorando a minha presença, mesmo que meus olhos curiosos estejam sobre eles. 

 

     Apesar da casa ser enorme, eu precisava sair dela e andar, mesmo sabendo que, para sair na rua, eu teria que chamar Kato para me acompanhar, e toda um sistema de segurança chato e complexo, e não quero fazer isso, sei que é a nova "função" dele, mas não quero explora-lo. E da para andar bastante se eu tentar da uma volta completa ao entorno da casa, o que eu realmente não serei capaz de fazer. 

 

     Passei por três seguranças e todos mantinham seus olhos retos e seus corpos heteros, como os de seguranças da rainha da monarquia inglesa, aqueles que não podem nem ao menos olhar para o lado. Bem, pelo o que sei, Justin não é literalmente um rei, mas estou vendo que tratam ele como se fosse. 

 

      Isso explica muito o seu ego. 

 

      Tentei ignorar a presença dos homens, mesmo que isso seja difícil, falar com eles é algo que realmente não parece ser uma escolha, eles iram continuar me ignorando a menos que eu esteja morrendo, aí eles teriam que agir. 

 

        Aposto que isso foi a maior ordem de Justin para eles, quase consigo vê-lo dizendo para todos os seguranças manterem seus olhos em mim mas não literalmente colocando os olhos em mim. 

 

      Antes que eu pudesse seguir meu caminho, ouço um dos rádios dos seguranças perto dizer algo que chamou a minha atenção. 

 

— Uma tal de Queen Johnson está no portão, ela afirmar ser a mãe da Emily. — A voz masculina soou pelo jardim silencioso, vindo dos rádios e diminui os passos gradativamente para tentar ouvir outra coisa que eles falassem. 

 

— Ordens claras para não deixar passar ninguém vinculado à Jason. — Outra voz falou pelo rádio, me fazendo olhar levemente para trás vendo os homens com armas enormes, parados como estátuas não ligando para os seus rádios falantes. 

 

      A Mãe do Jason está aqui? Por que? Será que ele a mandou? 

 

      Ouvi alguma histórias dessa tal de Queen e pelo o que vi no diário da Katharine, essa mulher não era uma boa pessoa, muito pelo contrário, ela maltratava e explorava a Katharine e isso com certeza agravou o estado de cleptomania da menina. Além também do que essa Queen fazia com os próprios filhos, a forma como ela se mostrou tratar a Emily... Não sei se a Katharine exagerou ao escrever, e creio que não, mas essa mulher foi descrita como o diabo, e  por ser mãe de dois capetas... posso entender que é real. 

 

      Eu não deveria, mas estou morrendo de curiosidade para saber o que essa mulher está fazendo aqui, se os dois filhos dela estão na mira do Justin, acho que seria melhor ela ficar longe, Justin não gosta mesmo dessa Queen e eu sei disso, e tem que ter algum assunto bem sério para enfrentá-lo assim. 

 

       Só tem eu em casa no momento, Melissa e Justin saíram e forma buscar Christopher na casa dos pais deles. Então essa mulher perdeu a viagem se está aqui para falar com Justin, e mesmo se ele estivesse em casa, mandaria essa mulher ir para todos os lugares imagináveis pela cabeça dele. 

 

— Ela quer falar com a menina da chefe. — A voz disse no rádio e me virei totalmente para os seguranças a alguns metros a minha esquerda. 

 

— A menina sou eu? — Perguntei para eles que continuaram parados empunhando seus fuzis enormes e me ignorando totalmente. — Da para responder? — Aumentei o tom de voz e continuaram calados e com os olhos no horizonte.

 

       É óbvio que sou eu, a menina do chefe com certeza sou eu. Mas acho que minha cabeça demorou alguns segundos para associar isso. 

 

    O que a madrastra da Katharine quer comigo? Nunca vi essa mulher na minha vida e os filhos dela querem me matar. Não tem um motivo para ela está aqui a minha procura. 

 

— Eu vou lá! — Falei para os homens sérios e me virei para andar, mas na verdade eu só queria alguma reação deles, porque ainda não sei se vou mesmo até lá.

 

— Senhorita! — Um dos homens falou e me virei para olhá-lo. — O chefe vai ficar irritado se você for. — Disse meio hesitante, como se não quisesse me contrária. 

 

— Então vocês podem vim comigo! — Apontei para os três e eles se olharam como se tivessem dúvidas se deveriam fazer o que estou pedindo. Eu não deveria ir, eles com certeza estão certos, Justin vai me matar se souber.

 

     Porém, o fato de algo ter feito a mãe de Jason e Emily vir, e a curiosidade para saber como ela é, começa a me mover em direção ao portão e a ignorar os seguranças confusos. Minha intensão não é falar ela, até porque ela não me agrada e nem ao menos a conheço, mas não entendo o que ela quer comigo. 

 

      Percebi que os seguranças me seguiam e me senti mais tranquila com isso, não que está mulher veio me atacar ou algo do tipo, porém, as história que sei sobre ela, me fazem ficar tensa e com um frio na barriga diferente, como se eu fosse conhecer um personagem de um livro fictício, no caso, ela é personagem do diário da Katharine, só conheço o que li. 

 

       Demorou alguns minutos mas finalmente cheguei na frente do grande portão preto de ferro que completa o ar de fortaleza dessa casa. Estou nervosa, ansiosa, sei lá, não sei definir ao certo, mas meu coração está saltando no peito. 

 

    Só posso esta ficando louca, Justin vai me matar, e talvez até demita os seguranças, que só estão seguindo o que eu mandei. Eles não têm culpa, eu que pedi para me acompanharem e se algo acontecer é totalmente minha responsabilidade. 

 

— Pode abri! — Falei para o homem que estava na guarita e ele assentiu sem reclamar e começou a abrir o portão eletrônico numa lentidão que só me deixa mais nervosa. 

 

       Eu posso me arrepender de esta fazendo isso, e tenho quase total certeza de que irei, mas a curiosidade está me matando e preciso saber o que está mulher, que nunca me viu na vida, quer comigo.

 

      O portão se abriu completamente, depois de alguns segundos, e a mulher alta, magra, de cabelos bem curtos e platinados, vestindo calças pretas, blusa preta, apareceu. Sendo exatamente como eu poderia imagina-la, com cara de madrastra de filmes infantis. 

 

— Liz Blue? — Perguntou olhando diretamente para mim antes de passar pelos grandes portões e se aproximar. — Sabia que você era bonita! — Apontou como se estivesse certa e riu de leve. — Agora entendi o desespero da Emily. — Balançou a cabeça, senti meu estômago revirar. 

 

    Falar da Emily não é a melhor coisa para se iniciar uma conversa, ainda tenho sentimentos ruins em relação a ela, e duvido que vão passar tão rápido assim. A Barbie já declarou me odiar com todas as forças dela e agora sua mãe está aqui na minha frente dizendo essas coisas, que não ajudam nada. 

 

— O que você quer comigo? — Tentei ignorar o seu comentário sobre Emily. 

 

    Sinto que eu não deveria nem ao menos esta falando com essa mulher, mas a curiosidade me instigou a está aqui agora, diante da pessoa que gerou outras duas que querem me matar. Eu realmente vou arranjar problemas por isso. 

 

— Sim, eu queria conhecer a próxima vítima dos meus filhos de perto antes de volta para Londres. — Tirou os óculos de sol e me olhou de cima a baixo com os olhos azuis que me lembram os de Emily. 

 

     A cada palavra dessa mulher, me deixa mais nervosa e ela não parece se incomodar em dizer o que tem em mente para mim, como se não tivesse filtro entre sua boa e seu cérebro. Mas uma coisa a mais me chamou a atenção. Queen acabou de falar que sou a próxima vítima dos filhos dela, e posso levar isso como uma confirmação óbvia que os dois iram atacar novamente, mas não entendi o porque do "próxima vítima". 

 

— Próxima? — Soltei sem querer, levada pela curiosidade e Queen deu alguns passos até parar em minha frente, mostrando seu ar superior e maldoso.

 

— Sim, depois de matarem a Katharine, com certeza você será a próxima! — Disse indiferente e meu coração parou de bater por alguns segundos. — Emily odeia você, isso não é nada bom, a minha filha tem uma mente doentia! — Comentou voltando a colocar seus óculos escuros, com uma naturalidade absurda. 

 

       Eu poderia jurar que ouvi errado, que Queen não acabou de dizer na minha frente que Emily ajudou a matar a Katharine. Eu não fazia ideia disso, mesmo que eu já tivesse pensando em algo do tipo, ter a certeza que Emily estava no meio do assassinato da Katharine me faz tremer em horror. 

 

— Emily... ela ajudou a matar a Katharine. — Afirmei mais para mim mesma do que para a mulher esnobe na minha frente, enquanto tentava assimilar as coisas na minha cabeça.

 

      O que Emily sentia pela Katharine não era só uma implicância normal, ela ajudou a matar a própria prima e depois seguiu como se nada tivesse acontecido, convivendo com as pessoas que mais sofreram com isso, fingindo se importar...

 

      Por que não era óbvio para mim? Se Emily pensa em me matar, o que ela poderia ter feito com a Katharine, com certeza algo bem pior, mas me mantive presa apenas no Jason e em o quanto cruel que ele poderia ser, não levei isso até Emily, achei que pelo menos desse crime ela estaria isenta.

 

— Ela planejou, do sequestro a morte, mas quem matou foi Jason. — A naturalidade na voz de Queen me assusta ainda mais e eu a olhei perplexa. 

 

     Os filhos dela mataram uma pessoa, tiraram uma vida, e ela age como se não fosse absolutamente nada, como se Jason e Emily não fossem assassinos frios e calculistas. Isso é loucura, a Katharine conviveu e viveu com essas pessoas? As mesmas que planejaram a sua morte.

 

      Estou tonta só de tentar pensar no quanto horrível que isso é, não tem nada nesse mundo que passe por cima do que está me sendo dito aqui. Mesmo que essa mulher não tenha ajudado, ela sabia e não fez nada, alias, o que ela faria? Já que também não gostava da Katharine, aposto que desejou a morte dela assim como os filhos. 

 

— Vocês são monstros assassinos! — Disparei indignada, e Queen pareceu revirar os olhos diante das minhas palavras, mas não deu para ver por conta dos óculos escuros. 

 

— Não, o que matou a Katharine foi o amor dela pelo Justin! — Cruzou os braços e falou de uma forma diferente, como se isso fosse justificar tudo.  — Não fique com essa carinha! — Fez uma voz sarcástica, descruzando os braços e tocando de leve o meu queixo para levantar o meu rosto. Dei um passo para trás, tentando fugir do toque dela. — A Katharine só se apaixonou pela pessoa errada, igual a você! — Afirmou com um leve sorriso. 

 

— Não foi pela pessoa errada, foi por quem o coração dela escolheu, e Justin sentiu o mesmo! — Defendi a Katharine e já perdi as contas de quantas vezes fiz isso desde que entrei no meio dessa história assustadora. 

 

      Realmente não é preciso que eu a defenda, mas algo bem maior dentro de mim me faz querer fazer isso o tempo todo, a cada momento que falam algo ruim sobre ela. Acho que entrei tanto na sua vida, que é basicamente como se eu a conhecesse a anos, como se tivéssemos convivido, ou pelo menos se falado alguma vez. Eu só sinto isso, e nem sei o porque. 

 

— A Katharine nunca mereceu passar por tudo isso! — Afirmei. — Nem muito menos merecia ter vivo com vocês! Vocês mataram ela! Uma garota que não tinha nada além de vocês na vida! Uma garota de malditos dezoito anos! — Aumentei o tom de voz, já sentindo as lágrimas nos meus olhos totalmente levadas pela revolta. 

 

      A Katharine morreu por que ninguém que realmente deveria protegê-la fez isso, Queen era quem tinha a guarda dela, e mesmo assim, fechou os olhos em relação a todas as merdas que os filhos dela fizeram. Quase como, se ela preferisse ficar calada vendo os filhos matarem alguém, do que os denunciar e salvar essa pessoa que não tem o seu sangue. E foi isso o que ela fez. 

 

— Meu Deus você é boa demais! — Queen disse lentamente, como se isso lhe deixasse em choque. — Mais até que a falecida Katharine...— Sibilou calma. —  Liz Blue, aconselho a você não ser tão amiga de quem ja morreu.. — Jogou como se fosse uma dica e neguei rapidamente. 

 

— Isso é problema meu! — Cuspi certa disso. 

 

      Não estou sendo amiga de quem já morreu, só estou sendo justa, coisa que Queen parece nem tentar saber como é ser. Não posso ouvi-la falar com tanta naturalidade da morte de alguém, isso mexe comigo completamente, e eu não ligo ser for chamada de " muito boa", até porque, não sei para Queen, mas para mim isso não é uma ofensa. 

 

— Não, Querida, acho que você não entendeu. — Gesticulou claramente. —  A Katharine jamais iria gostaria de você, porque ela tinha um ciúmes enorme dos amigos dela, das coisas dela... — Pontuou. — E você pegou tudo para você, cada coisa. Além de você ser tão boa, ao contrario dela que enganava todo mundo fingindo ser o que não era! — Senti uma coisa no estômago ao ouvi-la  falar assim, com uma certeza enorme de que a Katharine me odiaria se estivesse viva. 

 

      Eu queria responder, mas o fato de Queen ter dito que Katharine não iria gostar de mim por eu ter pego o que é dela, mexeu comigo. Sempre fico tensa em relação a isso, eu acho que essa é a minha vida, não levo como se eu tivesse roubado da Katharine, até porque, as pessoas que ela conhecia eram bem diferentes dessas, todos mudaram, eu não conheci o Justin da Katharine, o garoto rico e romântico, eu sou namorada do Justin bandido que não tem medo de nada e se esforça ao máximo para tentar ser carinhoso. Não é a mesma coisa, não estou com a vida dela, essa é a minha vida, a dela era tudo isso, mas antes de sofrer as mudanças causadas pela sua morte. 

 

— Sua sorte é que ela está morta, se estivesse viva por aí, vocês seriam piores inimigas! — Queen reforçou. — Acredite em mim, Katharine era mesquinha, egoísta, não gostava de dividir nem as bonecas, quanto mais o cara que amava! — Riu de leve.

 

— Você não pode falar por ela, ninguém pode! — Retruquei e Queen assentiu. — Agora sai daqui! — Pedi gentil demais para quem está levemente irritada pelas palavras provocativas dessa mulher. 

 

— Claro que vou, tenho voo marcado para daqui a uma hora. — Olhou o relógio no seu pulso. — Mas antes, eu queria dizer para tomar cuidado, Emily está destruída e a última vez que ela se sentiu assim, não desistiu até acabar com a pessoa, e nem preciso dizer quem foi! — Alertou com um sorriso provocativo, mostrando que ela não está nem um pouco preocupada com isso e sim apenas quer me ver mais tensa. 

 

 — Obrigada pela dica, agora pode ir! — Falei seca apontando para o lado de fora. 

 

— Tchau Liz, e boa sorte. — Disse antes de se virar e me olhou novamente sobre os ombros. — Você realmente é bonita! — Me elogiou, voltando a andar sobre seus saltos marrons, em direção à saída. 

 

     Soltei um ar que eu nem sabia que estava segurando, enquanto o portão se fechava atrás de Queen, fazendo sua figura desparecer dos meus olhos. 

 

      Essa mulher é completamente louca igual aos filhos dela. 

 

     Me virei para os seguranças e os três se mantiveram parados o tempo todo. Agradeci pela favor, antes de começar a andar de volta para a casa. 

 

     Minha cabeça ainda está girando diante de tudo que eu ouvir agora, não é possível que possa existir um DNA tão frio como esse, pensei que Jason e Emily eram assim por contra própria, mas descobri que está no sangue deles e veio da mãe. Que mulher deplorável, uma pessoa sem coração. 

 

     Assim que parei na sala, respirei fundo algumas vezes para me acalmar e esvair a tensão que cresceu dentro de mim. As palavras de Queen ainda rondam a minha cabeça e me deixam tonta. Passei as mãos nos cabelos tentando manter a calma, enquanto ha varias coisas rondamos os meus pensamentos. 

 

     Demorei alguns minutos até conseguir organizar a minha mente e caminhei a passos largos ate o corredor que já é familiar para mim, parei diante da porta branca que ainda me causa algum certo tipo de calafrio. Girei a maçaneta sem querer pensar muito e abri a sala, encontrando a mesma vazia, totalmente vazia. Uma sensação estranha de vazio tomou conta do meu peito, enquanto meus olhos tentavam acreditar no que estou vendo.  A sala que era cheia de coisas agora esta completamente vazia e sem vida. 

 

      O que aconteceu aqui? 

 

— Liz Blue! — Ouvi a voz seria de Justin e quase cai para trás de susto. 

 

    Me virei no mesmo instante e ele me encarava sério, quase como um flashback da primeira vez que entrei nessa sala. Me lembro da voz do Justin me questionando o que eu fazia aqui, enquanto a minha mente ao invés de alertar o perigo, apenas quis pergunta quem era Katharine Jonhson. Nesse momento, Justin me olha tão sério como daquela vez, mas não parece ser pela sala, e sim por outra coisa. 

 

— O que a velha da Queen estava fazendo aqui? — Rosnou irritado. — Que porra ela veio falar com você e por que a recebeu? — Ele esta visivelmente irritado comigo e nem preciso perguntar o motivo.

 

     Eu sei que não deveria ter recebido a Queen, isso com certeza iria da problemas para mim, mas eu precisava saber o que ela tinha para falar e acabei ouvindo coisas que não queria ouvir. 

 

    Acho que ainda estou meio tonta por tudo, porque demorou alguns longos segundos até que eu pudesse respondê-lo. 

 

— Como você sabe? — Nem eu acredito que essa foi a primeira coisa que saiu da minha boca. 

 

— Os seguranças me ligaram, falaram que a Queen estava aqui e quando cheguei me avisaram que você tinha recebido ela! — Explicou sem deixar o olhar sério por nenhum segundo. 

 

      Tão óbvio que foram eles, eu tenho olhos sobre mim o tempo todo, e deveria ser claro para mim que essa informação seria dada ao Justin assim que eles o encontrassem. 

 

— A Queen queria falar comigo, então eu fui, mas levei uns seguranças comigo! — Dei ênfase e Justin continuava a me olhar da mesma forma como se aguardasse o resto da explicação. — Ela queria me conhecer, sabe quem sou eu, me elogiou, mas também disse coisas horríveis e afirmou que eu tenho que tomar cuidado com a Emily! — Contei e rolei os olhos antes de falar sobre a parte mais tensa da conversa. — E ela me contou, que foi a Emily que mandou matar a Katharine! — Olhei para Justin, que foi diminuindo a expressão seria vendo que descobri sobre isso. 

 

  — Ela te disse isso? — Perguntou como se não tivesse me ouvido, assenti lentamente o encarando. — Eu vou matar a Queen. — Rosnou mostrando que ficou mais irritado por ela ter me contado sobre essa parte da Emily, do que por qualquer outra parte do acontecido. 

 

— Você não precisa se preocupar! Ela já voltou para Londres! — Cruzei os braços, agora eu ficando séria. — E quando você pretendia me contar que a Emily mandou matar a Katharine? — Justin parece incomodado por eu ter tocado nesse assunto diretamente e o está questionando. 

 

     Não acredito que ele sabia disso a muito tempo e não me falou nada. Tudo bem que não é realmente algo que eu gostaria de saber, porque só me deixa mais apavorada com Emily e suas atitudes, mas eu deveria saber desde o momento que voltei para perto de Justin. Por que é como Queen disse, eu sou a próxima vítima. Estou correndo mais perigo do que eu poderia realmente calcular, Emily não está fazendo isso pela primeira vez, e já foi bem sucedida antes. 

 

— Eu não queria que você ficasse assustada. — Murmurou e deu alguns passos na minha direção, vendo que sim, estou bastante assustada. — Emily confessou tudo de uma forma fria, destruiu essa sala, enquanto contava com todas as porras detalhas desde o dia que ela resolveu vender a Katharine para o Jason! — Explicou e meu queixo caiu no mesmo instante. 

 

— Ela vendeu a Katharine? — Minha voz saiu uns tons mais alto e Justin demorou alguns segundos para assentir. — Não acredito que Emily foi capaz..... Meu Deus! — Coloquei a não sobre a boca horrorizada ainda mais com toda essa história.

 

      Já não bastava a menina ser assasinada ainda tem que ter participação de mais pessoas e uma dela a que ela mais confiava. Emily vendeu a própria prima para a morte, isso é macabro e terrível

 

— Vendeu e mandou matar. — Concluiu, e acho que não consigo ouvir mais nada dessa história sem sentir vontade de vomitar. — Com a ajuda da maluca da Queen,  e você recebeu ela aqui hoje! — Disse dando ênfase, o olhei. — Você só pode se louca mesmo! Não consigo entende porque se meter em perigo assim! Qual è o seu problema? —Reclamou, me advertindo pela minha audácia e até eu mesma estou me julgando por ter feito isso. 

 

        Eu devo ser louca mesmo, deixar a mãe de dois assassinos, que querem me matar por sinal, vim aqui e conversar comigo, como se não fosse extremante perigoso. 

 

    Justin está certo, mas eu não podia imaginar o tamanho dessa história, talvez se ele tivesse me contado antes, que Emily ajudou a matar a Katharine e a Queen sabia de tudo ficando calada, talvez isso vencesse a minha curiosidade e me deixasse bem longe dela também. Mas não vou culpar o Justin por esconder isso de mim, a situação é bem pior do que eu imaginei, e entendo ele não querer me colocar no meio disso também, me assustando ainda mais como estou agora. 

 

— Desculpa..— Pedi me sentindo triste. — Eu não queria...

 

— Você não vai chorar, né? — Se aproximou mais de mim tirando a cara séria. — Não precisa chorar, só não fale com pessoas que você não conheça, principalmente quando elas têm ligação direta com Jason! — Segurei uma lágrima que queria cair. — Não sei o que eu faria se perdesse você. — Parou na minha frente dizendo com sinceridade. 

 

— Não diz isso, por favor, eu prometo que não vou fazer nada de errado de novo, só que.... é diferente para mim ter que temer tudo e todos! — Tentei explicar o que se passa dentro de mim, e realmente palavras não bastam para isso. 

 

    É complicado ter que lidar com toda essa situação,é uma pressão enorme em cima de mim, não saber em confiar e sempre ter que está com medo de tudo e de todos. Claramente não é a melhor vida e ninguém sonha em viver assim, mas eu sou capaz de enfrentar isso e muito mais por Justin. Também não quero deixá-lo saber que me sinto assim, eu posso me acostumar, sei que posso, só preciso de um tempo.

 

— Está tudo bem, sei que você não fez por mal! — Ele disse passando a mão pela meus cabelos e isso me acalmou um pouco mais, olhei nos olhos dele, antes de correr meus olhos pelo local novamente.

 

— Você vai reconstruir a sala? — Voltei a olhá-lo,e ele franziu a testa como se isso fosse estranho de se perguntar. 

 

— Claro que não. — Riu de leve. — Porque eu faria isso de novo? — Questionou antes de suspirar. — Eu construí essa sala assim que comprei essa casa, um ano depois da morte da Kath, coloquei tudo que tirei da antiga casa dela, fiz isso meio que para deixá-la viva aqui, sei lá que porra se passava pela minha cabeça naquela época, mas não vou fazer isso de novo, de jeito nenhum! — Afirmou olhando ao redor e completamente convicto das suas ideias. 

 

      Quem ouve o Justin falar agora pensa que é outra pessoa, complemente diferente daquela que quase me matou, literalmente, quando me viu entrar nessa sala pela primeira vez a quase um ano atrás. Não sei que mágica ou milagre estranho aconteceu com esse menino, e talvez eu leve um grande tempo para me acostume com isso também. Vi Justin tratar essa sala como santuário, tratar Katharine como algo intocável, e isso está mudando aos poucos, como se ele estivesse se libertando dela. 

 

— Você não está esquecendo ela né? Porque você não pode de jeito nenhum! — Disparei nem notando o que acabei de falar. 

 

    É ótimo o Justin está querendo seguir em frente, adoro isso nele, mas também não acho justo apagar a imagem dela completamente de sua volta. A Katharine não escolheu morrer e muito menos escolheu não está aqui agora com Justin, só acho que seria justo ele manter algo da memória dela viva, como homenagem e uma boa lembrança. 

 

— Não vou esquecer a Katharine, ela significou tudo na minha vida. — Olhou nós meus olhos e depois sorriu de uma forma encantadora. — Baby, você está defendendo a Katharine, realmente não te como não te amar. — Segurou meu queixo e dei de ombros vendo que é a segunda pessoa que fala isso para mim hoje. 

 

— Ela faria o mesmo por mim, eu acho. — Ri e Justin assentiu como se concordasse. 

 

      Eu só faço o que eu acho certo, e não vou jamais tratar a Katharine como se ela não fosse importante ou que não merecesse meu respeito, entendo que as pessoas achem estranho eu esta falando assim de uma pessoa que nem ao menos conheci, mas é como se eu tivesse conhecido, não sei explicar exatamente. Fui ensinada a ser sincera e honesta, eu não consigo fingir que não me simpatizo com a Katharine. 

 

        Porque eu realmente gosto dela. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

      Uma coisa que eu definitivamente não vou conseguir me acostumar, é sair dias de semana sem me preocupar com a escola no dia seguinte ou com estudar para algo. Eu preciso arranjar uma faculdade, não é porque New York foi vetada que eu vou passar os dias todos atoa e saindo para festas a noite, só por que namoro um bandido milionário. Essa vida não é nem de longe a minha e nada vai me convencer de que é.

 

     Tentei me concentrar na história que Christopher está me contando com os bonecos dele, mas realmente estou com a cabeça em outros lugares, o que me deixa mal por não está dando a atenção que Chris acha que estou dando. 

 

— Pirralho, não era para você está dormindo ou alguma porra do tipo? — Justin perguntou chegando na sala e olhei para ele que esta muito bonito, mais do que o normal. 

 

— Você falou palavrão! — Chris disse com os olhos arregalados.

 

— Não conta para a sua mãe e eu não conto que você está acordado a essa hora! — Justin falou dando de ombros e o pequeno negou lentamente e se virou para mim como se eu pudesse falar algo  em sua defesa. 

 

— Você esta chantageando uma criança de três anos? — Perguntei so para ter certeza, e Justin assentiu. 

 

— Ele não é só uma criança de três anos, ele é um Bieber, sabe negociar melhor do que ninguém! — Justin piscou para Chris que retribuiu. — Agora vai para o quarto e dorme de verdade, não é para ver televisão, se Melissa souber que já são quase meia noite e você está acordado, ela mata nós dois! — Disse para o menino que assentiu e se levantou pegando apenas o Batman entre os seus bonecos. 

 

— Boa noite, Liz! — Veio ate a mim e me abraçou com os seus bracinhos pequenos que me fez lembrar de Stella e seu super carinho para mim. 

 

— Boa noite! — Falei beijando o rosto dele. - Você não vai ajudar ele a dormir? — Perguntei ao Justin, lembrando que Melissa deixou isso claro antes de sair. 

 

— Eu não, ele sabe subir na cama dele sozinho, eu só iria ficar lá parado o vendo fazer tudo! — Disse banalmente e Chris bateu na mão dele fazendo um toque e subiu as escadas. 

 

 — Você vai ser um ótimo pai! — Revirei ironicamente os olhos, Justin gargalhou. 

 

— Meus filhos vão saber fazer tudo sozinho antes dos dois anos de idade! — Afirmou e foi minha vez de gargalhar.

 

— Boa sorte! — Fui sincera e me coloquei de pé ajeitando o vestido preto no corpo. — Crianças não são tão fáceis assim, Chris é esperto e dorme sozinho, mas a Stella é um sacrifício para fazê-la dormir sem a chupeta, a boneca e essas coisas. — Relatei me lembrando da minha pequena e amorosa priminha. 

 

     Sinto tanta falta dela, nós éramos apegadas quase igual sou com Agatha, e não vejo ambas a mais de vinte e quatro horas. Eu não posso ficar pra sempre contando quanto tempo faz que sai de casa, sei disso, mas ainda é muito complicado assimilar tudo. 

 

— Vamos? — Justin perguntou olhando para mim e assenti. — Antes que você comece a ficar triste falando da sua prima! — Resmungou antes de piscar para mim como se fosse uma estratégia para me tirar de casa antes que eu desista de sair. 

 

 

 

 

 

 

      K Club, realmente é o triplo do tamanho da AD+, e por incrível que pareça o tamanho não quer dizer que as pessoas não estejam amontoadas na pista de dança sem se importarem como o espaço pessoal de cada um. Ainda me surpreendo com a animação dessas pessoas em plena quarta feira. Eu normalmente estaria indo dormir a essa hora, mas a minha vida normal já parou de existir faz tempos, para ser exata desde a primeira vez que eu sai com Agatha e deu nisso tudo que minha vida está agora.

 

      Subir até o camarote foi muito mais fácil do que eu achei ao ver a multidão na pista de dança. Basta olha para Justin, que todas as pessoas abrem caminho no mesmo instante, e realmente não quero ter que imaginar o que aconteceria com quem ficasse no seu caminho. Justin pode ser legal comigo, mas eu sei bem que ele não é legal com todo mundo e que tem que manter a fama de frio para continuar tendo o poder que tem. 

 

     Chegamos a parte de cima e meus olhos já encontraram, Dakota, Nash, Matt, Ryan e Melissa sentados e uma mesa e conversando. Nos aproximamos deles é todos olharam para nós com sorrisos animados. 

 

— Olha o casal! — Dak exclamou mostrando que bebeu bastante. — Vocês são a minha meta de vida! - Gesticulou exageradamente. Céus, ela está bebada? 

 

— Que porra vocês fizeram com a Dakota? — Justin perguntou não querendo ri mas já quase fazendo isso, enquanto eu estou claramente assustada. 

 

— Ela está bebendo desde que a boate abriu! — Melissa afirmou já que foi quem abriu a boate hoje. Estou chocada, de verdade. 

 

       Eu poderia imaginar qualquer pessoa desse grupo bebada, menos a Dakota. Não consigo nem imaginar o que a levou a beber desse jeito tão desvairado, mas tenho certeza que não é uma atitude normal dela. Dakota sempre se mantém centrada enquanto todos estão perdendo o controle, e justo hoje, parece que isso se inverteu. 

 

— Mas ela vai ficar bem assim? — Perguntei preocupada vendo ela ri para o próprio copo, como se ele tivesse vida. 

 

— Não é a primeira vez que ela fica bêbeda, e também não será a última! — Justin deu de ombros indo se sentar ao lado de Ryan, eu continuei parada olhando Dakota. — Isso é normal! — Disse me puxando para sentar no colo dele e fui sem dizer mais nada. 

 

     Isso é normal aonde? Só se for no mundo mágico do Justin onde as coisas improprias são legais. Não quero ser chata, mas a Dakota parece bastante alterada e isso me preocupa, da última vez que vi uma pessoa assim foi eu mesma no dia que passei vergonha na AD+, e não posso esquecer da Agatha, que quase foi violentada pelo Dylan enquanto estava bebada. Porém, estamos falando de Dakota, ela não iria deixar nenhum cara encostar nela sem permissão, e até bebada eu acho que ela conseguiria não passar vergonha. 

 

       Então talvez ela realmente fique bem. 

 

— Kato chegou! — Dakota exclamou com um animo exagerado. — E está acompanhado! — Ressaltou forçando os olhos para enxergar quem é e eu me virei para ver também. 

 

     Por conta da pouca luz, foi um pouco complicado saber quem era a pessoa ao lado de Kato, mas assim que eu reconheci, levantei imediatamente e corri para abraçar Agatha que já sorria a me ver. 

 

— Liz! — Agatha disse antes de me abraçar com força e quase me tirar do chão. — Já estava morrendo de saudades de você! — Me apertou mais, e não reclamarei da força exagerada de Agatha, pela primeira vez na vida. 

 

— Eu também! — Afirmei me afastando para olhá-la. — Como está a Stella, e as tias? — Perguntei super curiosa e Agatha sorriu levemente.

 

— Estão todas bem! Stella está morrendo de saudades de você, minha mãe parece perdida ainda, e Crystal está segura de que isso foi melhor para você! — Contou e senti meu peito se aquecer ao saber que todos que se importam comigo estão bem, mas preciso pergunta, mesmo que não devesse.

 

— E Rachel? — Tentei não falar muito alto, mesmo com a música no último volume da boate me impedindo de fazer isso. 

 

— Ela está bem, muito bem. — Desviou os olhos, parecendo não querer me falar isso. — Mas não sei se está triste por trás! — Tentou justificar e assenti já sabendo que Rachel seria a última a sentir alguma coisa por mim. Aposto que deve está morrendo de felicidade por eu ter saído de casa, posso acreditar que era isso que ela queria. 

 

— Tudo bem! — Dei de ombros e olhei para Kato que estava parado nos olhando e fui até ele abraçá-lo também. — Oi Kato! — Falei quase ficando na ponta do pé para abraçá-lo.

 

— Você está linda, Liz! — Disse se afastando do abraço e me olhando de cima a baixo. — Agatha me ligou dizendo que precisava ver você, e então achei que seria uma boa ideia trazê-la aqui. — Deu um sorriso fofo para mim me fazendo concordar.

 

— Foi uma ótima ideia! — Afirmei voltando a olhar para Agatha, que agora está com os olhos fixos na mesa do pessoal, e não precisa nem ser um vidente para saber o que em especial chamou sua atenção. 

 

      Posso pensar que trazes Agatha não pareça uma boa ideia agora, vendo o seu olhar fixo em Nash, mas também acho que já está mais do que na hora dela encarar isso de frente e saber de uma vez se a história com Dakota foi ou não foi real. Eu confesso que tenho as minhas dúvidas, mas isso não é problema meu, só se torna meu se magoar a minha prima. 

 

      Fomos juntos até a mesa e todos olharam para Agatha, menos Dakota, que parece ignorar propositalmente, o que é bastante estranho, isso não é uma atitude típica dela, mas posso considerar como uma consequência da bebedeira, nada mais. 

 

— Oi! — Agatha disse, todos responderam juntos, e eu continuei parada analisando a cena, com todos os inúmeros porquês que ainda não forma respondidos nesse meio.

 

— Senta aqui! — Ryan disse puxando uma cadeira entre ele e Matt, para Agatha que assentiu indo se sentar, parecendo levemente incomodada com os olhares nada discretos de Nash sobre ela.

 

      Se ele gosta dela, ele mesmo irá ir falar e esclarecer tudo, por enquanto esta so olhando sem parar para ela, como se minha prima fosse uma assombração. 

 

— Dak me falou que Nash e Agatha ficaram bem próximos depois que Emily ameaçou matá-la. — Kato disse no pé do meu ouvido e concordei com a cabeça, antes de me virar para ele.

 

— Eles namoraram! — Respondi perto da orelha de Kato e ele me olhou com um olhar confuso. 

 

— Dak não me disse isso. — Ri de leve ao ouvir isso. Está vendo, eu não estou louca, tem algo de estranho nessa história, posso sentir desde que reencontrei eles. Por que Dak esconderia essa informação sem motivo algum? 

 

     Kato se afastou indo se sentar ao lado da irmã, que parece concentrada demais em encher seu copo novamente. Não quero parecer fofoqueira ou ter um pre julgamento do que possa está acontecendo entre Nash e Dak, mas que essa história está me deixando curiosa, isso está. 

 

     As horas foram passando e apesar de eu tentar não encarar os três, é quase impossível. Dakota continua bebendo sem parar e não sei como ainda não passou mal, só de ver já me sinto tonta. Nash esta tentando não entregar que olha para Agatha a todo o tempo, mas acho que não está sendo muito discreto nessa tentativa. E Agatha parece concentrada demais em falar com o Ryan, seja lá o que estão conversando, estão fazendo isso desde que ela chegou e ela parece interessada só em ouvi-lo.

 

        Me apoie na grade da área vip e olhei para baixo, vendo o mar de gente se movendo ao ritmo da música, e bebendo, como se a vida deles dependesse disso. Só de olhar consigo ver que isso é totalmente ao contrário de quem eu sou, não consigo ser assim, viver por festa, bebidas e drogas, mas estou loucamente nisso agora. Meu namorado é dono de varias boates e é venerado por todos aqui, mesmo que eu ache loucura, esse é um meio que terei que conviver bastante de agora em diante. Principiante que eu sei bem que Justin Bieber faz as meninas babarem por onde passa.

 

— Liz! — Ouvi uma voz chamar o meu nome e me virei para ver Christian a poucos metros de mim e com um meio sorriso nos lábios. 

 

      Andei até ela por completo instinto e o abracei forte, sentindo saudade do meu amigo. A última vez que eu o vi, foi no sábado de manhã, depois disso, tudo meio que virou de ponta cabeça e só trocamos mensagens no domingo de manhã e não nos falamos mais. 

 

— Onde você estava? Te mandei mensagem! — Exclamei por conta do som alto e ele torceu os lábios como se não quisesse falar muito sobre isso. 

 

— Foi minha mãe, ela precisou de mim, me desculpe, não quis parecer que estava abandonado você! — Gentilmente, colocou uma das suas mãos no meu rosto e a levou para o meus cabelos em seguida, em um gesto carinhoso e amigável. 

 

— Eu entendo! — Sorri para ele. Senti uma movimentação estranha e em segundos, toda a K estava em volta de mim me cercando. 

 

— O que esse filho da puta está fazendo aqui? — Justin gritou furiosos e me tirou de perto de Christian como se ele fosse uma grande ameaça. 

 

  Ah não. 

 

      Eu esqueci completamente de contar para Justin que eu e Christian somos bons amigos agora, acho que o medo da reação dele me fez ficar adiando e adiando, e agora, realmente sinto que falar vai ser bem pior. Droga, essa era a primeira coisa que eu deveria ter contado, Justin vai ficar furioso comigo, já posso até imaginar. 

 

      Justin encarava Christian de frente enquanto todos estavam sérios e prontos para qualquer coisa. Kato parou do meu lado, como se quisesse me proteger e eu só quero explicar que Christian não e ameaça nenhuma, ele jamais faria nada contra mim. 

 

— Você não contou a eles? — Christian perguntou tentando olhar para mim por cima das pessoas que estão entre nós. Eu queria dizer que não tive tempo, mas na realidade eu tivesse bastante tempo para isso, só não consegui arranjar o momento certo para dizer, aconteceu tantas coisas seguidas que me perdi no meio. 

 

— Contar o que? — Justin continuou encarando Christian como se quisesse matá-lo. Eu  acho que fiquei muito assustada para conseguir responder, mas felizmente, ou não, Agatha apareceu atrás de Christian pronta para falar.

 

— Contar que eles são melhores amigos quase namorados e você está sendo um bruto em fazer isso com ele! — Puxou Christian para trás, como se pudesse protegê-lo. 

 

— Melhores amigos quase namorados? — Justin perguntou incrédulo e Agatha assentiu firmemente como se estivesse totalmente certa disso. — Liz Blue! — Gritou o meu nome se virando para mim e neguei antes mesmo de ele falar alguma coisa, ainda sem reação alguma para me explicar. 

 

— É mentira isso do namorado! — Exclamei tentando argumentar a pior parte do que Agatha falou.

 

    Agatha só pode ser maluca de afirmar isso para Justin, sou namorada dele agora, e Agatha sabe disso por que contei para ela hoje de manhã. Então ou esta se fazendo de doida ou ficou realmente.

 

— O que? — Justin parece está confuso e muito irritado, até a sua pergunta tem cara de raiva, pois seus olhos estão escuros e fixos em mim de uma forma bem ameaçadora, como se eu devesse pensar bem no que falar. 

 

— Christian é meu amigo! Ficamos próximos depois que você demitiu ele e...

 

— Depois que eu demiti ele por ter colocado uma maldita bomba na sua bolsa e tentado te matar? — Me Interrompeu aumentando mais o tom de voz, e nem sei se é possível já que está gritando comigo desde o início. Todos me olharam esperando uma resposta boa em cima do que Justin falou. 

 

 — Ele não fez isso! — Falei com total certeza e Justin estreitou os olhos para mim e deu poucos passos na minha direção, como se tivesse se controlando ao máximo. 

 

— E o que prova que não fez? A porra da palavra dele? - Disparou parado na minha frente e seu olhar está realmente me intimidando. 

 

       Não sei explicar o que em fez acreditar no Christian, talvez sua bonde extrema comigo, ou pelo fato de ter sido o único, daqueles três seguranças, que realmente me tratou bem de verdade desde o início. Confio no Christian, ele nesses sete meses jamais se mostrou perigoso, muito pelo contrário, sempre se preocupou comigo de uma forma única, como se estivesse ali para isso especialmente.  

 

— Eu confio nele, Christian não fez nada, e jamais faria, contra mim! — Tentei firmar as palavras mas o olhar de Justin não está deixando eu me concentrar, ele visivelmente está chateado. — E não é por que você acha que ele fez, que eu tenha que acreditar, ele cuidou de mim e foi um ótimo amigo por todos esses meses! Nunca demonstrou ameaça! — Argumentei e Justin continuava me olhando como se eu estivesse enlouquecido. 

 

— Se você não acreditar no que eu falo, como vou proteger você? — Gritou mais uma vez se aproximando rapidamente. — Não é só porque você acha que todo mundo tem bom coração que essa porra tem que ser verdade! — Disparou sendo rígido. Movimentei meus olhos até Christian, que está ao lado de Agatha, e ele parecia bem incomodado com toda essa situação. E eu não queria que ele se sentisse assim por minha culpa. 

 

      Eu e meu dom de fazer as pessoas ficarem tristes sem querer. 

 

— Desculpa, mas não vou me afastar de Christian! — Olhei para Justin novamente e ele está bem mais irritado a cada minuto que passa, e minha frase de agora não ajudou muito.

 

      Já entendi que ele quer me proteger, também já entendi que ele acha que Christian colocou a bomba na minha bolsa, mas não é verdade, isso não aconteceu, eu tenho certeza, Christian jamais me colocaria em perigo. Justin tem que entender isso, não vou me afastar de alguém que eu gosto so por causa das desconfianças dele. Eu consigo sentir algo bom vindo de Christian, coisa que não senti vindo de Nolan e Chaz. 

 

— Essa porra não vai da certo se você não me ajudar! — Apontou para mim, ficando a menos de um centímetros de mim e seu dedo quase encostando no meu rosto. — Se eu falo que algo é perigoso você tem que entender que é! — Tentou me convencer rosnado as palavras, mas estou convicta disso, certa de que posso confiar no Christian cem porcento.

 

— Justin, fica calmo também! — Kato se meteu me puxando mais para trás, vendo que Justin está realmente bastante descontrolado. 

 

— Não se mete! — Rosnou para Kato, com os olhos presos em mim. — Esse cara quase matou a Liz e não é como se eu fosse não ligar para essa merda! — Repetiu a acusação, mostrando que não ligou a mínima para nada do que eu disse. 

 

      Às vezes ele é um cabeça dura de merda. 

 

— Justin, eu estou afirmando, Christian não é perigoso! — Falei pausadamente, dando ênfase nas palavras, e Justin não pareceu não tentar se convencer pela minha insistência. 

 

— É Bieber! Eu também tenho certeza! Enquanto você estava longe foi o Christian que cuidou dela! — Agatha exclamou e assenti dando  apoio às palavras da minha prima. 

 

— Justin elas podem está certas! — Melissa entrou na discussão, como sempre sendo certa nas palavras e tentando ajudar. 

 

— É cara, talvez aqueles outros dois tenham mentido! — Ryan se posicionou e Justin continuou me olhou da mesma forma, com se estivesse bastante irritado comigo, e acredito que esteja. 

 

— Os outros dois, o Nolan foi quem entrou na biblioteca comigo antes da explosão no seu carro, ele foi quem esteve por último com a minha bolsa! — Contei me lembrado dessa fato importante, todos ficaram calados e o som alto da boate foi a única coisa a ser ouvida entre nós. 

 

       Continuei olhando Justin nos olhos e tentando passar que não estou mentindo e que Christian pode realmente ser de confiança. Justin bufou irritado antes de passar a mão pelos cabelos, ato típico de quando ele está bem nervoso quase perdendo o controle de si mesmo, mas também mostra quando ele tem que se da por vencido em algo. 

 

— Você vai me deixar maluco um dia. —  Resmungou olhando nos meus olhos e logo depois tirou o olhar de mim, se virando para Christian novamente. — Eu vou acreditar na porra que a Liz está me falando, porque confio nela, mas se eu souber que você está mentindo para nós ou qualquer porra do tipo, eu mato você! A Liz é minha namorada agora, e é melhor você tomar muito cuidado! — Ameaçou o Christian que me olhou brevemente antes de assentir em silêncio. 

 

      Justin não está brincando quando diz essas palavras, se ele ver Christian fazendo alguma coisa de errado que seja, logo ele jogará na minha cara que estava certo e mandará darem um fim a Christian, tenho certeza disso. 

 

— É melhor eu ir embora. — Christian disso olhando para mim. — A gente e fala depois. — Assenti e ele se virou ignorando a presença dos outros, saiu em seguida aparentando está bastante irritado também por essa confusão. 

 

     Eu não queria que Christian se magoasse, fui uma burra por esquecer de contar ao Justin a parte mais importante de todos esses meses. É quase como se eu estivesse escondendo o Christian, mas não é verdade, não fiz isso por mau, apenas esqueci de falar com o tanto de coisas que aconteceram ao mesmo tempo. 

 

— Vocês dois são loucos! A relação também é! — Dakota Gesticulou gritando, claramente bebada. — Mais ainda vou no casamento de vocês! — Apontou para nós dois e olhei para ela que ria. Agatha revirou olhos para Dak e saiu com o seu copo de bebida tentando ignora-lá.

 

       Mesmo com Dakota falando, o clima ficou pesado e ninguém mais falou nada, apensas foram voltando para onde estavam, enquanto eu me mantive parada no mesmo lugar, com Kato do meu lado e Justin a poucos centímetros de mim, mas virado para o outro lado. 

 

     Já passos imaginar a raiva que ele deve está sentindo por eu ter escondido isso dele, e sinto muito mesmo por ser uma idiota. 

 

    Olhei para Kato que negou lentamente respondendo a minha pergunta interna, se eu deveria me aproximar de Justin ou não. 

 

— O que eu faço? — Sibilei sem som para Kato, apenas mexendo a boca e ele negou novamente. O barulho das batidas da música já estão fazendo minha cabeça doer, e a situação tensa também não está ajudando. 

 

— Kato, sai! — Justin mandou, chamando a nossa atenção para ele, mas Kato nem ao menos se mexeu, continuou olhos para mim esperando eu pedir. Assenti indicando que ele poderia ir. Kato se afastou e olhei para Justin. 

 

— Eu entendo que você está com raiva, mas foram tantas coisas acontecendo que eu esqueci de falar! Eu só não queria ter que contar de qualquer jeito e deixar você assim! — Dei alguns singelos passos em direção ao Justin, ficando praticamente grudada a ele e sentindo sua respiração pesada. — Quem colocou a bomba foi aquele tal de Nolan, eu tenho certeza, me lembro bem daquele dia! — Afirmei novamente,  Justin moveu o rosto e me olhou ainda bastante serio. — Eu te amo, e amo a sua proteção por mim, jamais quis ir contra isso, eu juro! — Levantei uma das mãos em juramento, e ele bufou tentando se acalmar. 

 

— Você vai acabar me matando antes que eu consiga te salvar! — Falou sério, mas não consegui não ri dessa sua afirmação. 

 

— Bandidos não te matam, mas uma garota vai matar? — Soou petulante, eu sei, mas quis deixar assim mesmo. Ele aproximou o seu rosto do meu, me olhando suavemente e perdendo o seu olhar irritado, mostrando que já está mais tranquilo.

 

— Amar você é mais perigoso que enfrentar bandidos, com certeza! — Acenou com a cabeça, quebrando a pouca distância que havia entre nós os nossos lábios e os encostando de leve. — Não me faça arrepender de deixar esse cara por perto! — Assenti rapidamente, enquanto ele sussurrava contra a minha boca. — E não ache que não estou com um pé atrás com essa história de namorado! — Reclamou, colocando uma mão entre os meus cabelos e fechei os olhos sentindo seus dedos gélidos em contado com a minha pele. — E para uma nerd você anda conquistando muito caras por aí! — Dei risada disso, podendo sentir seu sorriso também.

 

        Esta  assim tão perto dele e não o está beijando é quase como uma tortura. Mas, antes que pudesse beija-lo, algo chamou a minha atenção, a voz do pessoal estava alta o suficiente para eu conseguir ouvir sob a música, e me virar para os lado que vinha a voz de Agatha e Kato, que estavam parados olhando para um lugar em específico, parecendo indignado e assustados. Movi meus olhos na direção e pisquei algumas vezes antes de conseguir dizer alguma coisa. 

 

— Justin.. — Apontei para a mesma direção que eu olhava, enquanto tentava entender o que esta acontecendo bem diante dos meus olhos, mesmo que a cena seja bem óbvia. 

 

       Justin se virou para olhar também e claramente pelo seu silêncio, ele ficou tão assustado quando eu ao ver o que exatamente está acontecendo agora. 

 

      Eu poderia definir como alguma brincadeira, mas depois de muitas coisas que achei estranho, isso com certeza poderia ser real. Mas minha cabeça ainda não consegue encaixar as pessoas a cena, como se fosse surreal demais para qualquer um aqui entender, e com certeza é, basta olhar para as reações de todos. 

 

      Nash e Dakota estão se beijando, de verdade, na boca, e de língua. 

 

     Não sei se estou muito chocada, ou apavorada. Apesar de tudo estranho que anda rondando esses dois, não pensei que os veria se beijando dessa forma, e na frente de todo mundo, como se fosse uma cena bem normal, e nem pouco estranha, o que claramente é. 

 

      Acho que parei de respirar por alguns segundos enquanto a cena ia se clareando na minha frente. Todo o pessoal estava olhando, e ninguém conseguia se mexer, ou dizer alguma coisa. 

 

         Meus olhos poderiam ficar preso neles até minha ficha cair, mas uma pessoa passou por trás de mim correndo e me virei para ver Agatha saindo em direção às escadas, querendo descer do camarote. Ela presenciou toda essa cena e eu sei que ela gosta muito do Nash ainda, Agatha deve está realmente mal agora e quero ir atrás dela, ao mesmo tempo que quero matar Nash e Dakota por estarem fazendo minha prima ficar mal. 

 

— Agatha! — Gritei ela querendo ir atrás, mas Justin segurou a minha cintura, me mantendo na frente dele, o olhei, e estava com um olhar de quem não sabia o que fazer.

 

— Não vai sair por aí atrás dela sozinha! — Disse, alternando o seu olhar entre mim e Agatha que já desapareceu no meio das pessoas que estavam perto da escada. 

 

      Péssima hora para Justin falar da minha proteção especial, minha prima provavelmente está abalada agora e eu tenho que ir até ela para conversar. 

 

— Não começa com isso agora! — Disparei seria e Justin me ignorou e olhou em direção ao novo "casal", enquanto ainda me segurava. 

 

— Ryan! — Gritou ele, que estava tão em choque quando os outros, em seguida fez um gesto com cabeça indicando a direção que Agatha foi. Ryan assentiu antes de sair correndo atrás da minha prima. 

 

      Mas isso não me deixou menos preocupada e irritada com a situação. Eu mesma queria falar com a minha prima, ela se abre melhor comigo que a conheço a anos do que com qualquer um. 

 

— Kato, da para segurar a sua irmã! — Apontou para Dakota, fazendo Kato despertar do seu estado de choque e se mover até a Dak. — Ela está muito bebada e vai matar a gente por ter deixado isso acontecer! — Justin constatou e olhei quase rindo da cara dele. 

 

        Justin está se fazendo de burro ou ele realmente acha isso? Obviamente que a bebida deu coragem, mas os dois não se beijaram só por que ela está bebada. 

 

    Dakota é uma mulher muito atraente, e Nash é bonito e mulherengo, as chances deles ficarem era uma em cem milhões, exatamente pelo precipício de diferenças que há entre os dois. Dakota odeia a forma como Nash age com as garotas e Nash odeia o fato de Dakota ser sempre centrada enquanto ele adora fazer piadinhas. Além do mais, eles são amigos a anos, praticamente irmãos, o que torna o fator beijo, ser quase impossível nessa altura da vida. 

 

     Mas aconteceu, e duvido muito que eles realmente estejam arrependidos, apesar de que aposto que vão afirmar que sim. A bebida só faz a gente agir como queremos quando estamos sóbrios, eu sei bem disso, me lembro da minha cena de ciúmes na AD+, e na época eu não queria assumir nem para mim mesma de que já gostava do Justin. Algo parecido aconteceu com Dakota hoje. 

 

    Kato tirou ela de perto de Nash, a levando em direção à saída também. Melissa se aproximou de nós e Matt foi logo até Nash falar com o amigo, que não parece está tão babado assim. Justin me soltou logo que Mel parou na nossa frente. 

 

— Eu sabia! Eu disse para ela que tinha algo estranho! — Mel cruzou os braços como se tivesse razão o tempo todo, e assenti. 

 

— Eu também sabia, na verdade imaginava! Eles estavam estranhos! — Contei para ela, que me olhou como se finalmente alguém tivesse a entendido. 

 

     Imagino que ninguém realmente tenha dado ouvidos a Melissa sobre isso, todos parecem ter fechado os olhos para possíveis relacionamentos entre membros do grupo, por exatamente serem amigos a anos, mas nem tudo pode ser explicado, talvez essa aproximação, para fingirem estarem juntos quando Emily ficou no controle, pode ter os aproximando de verdade. 

 

— Vocês estão falando sério? — Justin perguntou confuso, como se isso tudo não fosse nem um pouco claro para ele. — Essa porra não faz sentido! — Passou a mão na nuca, se sentindo claramente perdido.

 

     Para o homem que não conseguiu ver nem os próprios sentimentos e demorou meses para isso, imagino que seja difícil ver os dos outros. 

 

— Muito sério! — Dei ênfase. — E Agatha deve está muito mal agora! — Suspirei pesado. — Eu vou atrás dela! — Afirmei olhando para as escadas e comecei a andar, sentindo que Justin e Melissa também me seguiam. 

 

      Tadinha da minha prima, não posso imaginar o que ela deve está sentindo agora, basicamente é como se eu visse Justin aos beijos com uma menina, e não com qualquer menina, a mesma que separou a gente, mesmo que fosse de mentira. Nash e Dakota eram de mentira e se tornou real, nem posso imaginar o que os levou a tornar algo tão louco real, eles são o casal mais inesperado do mundo inteiro, e isso é o que mais assusta. 

 

     Só espero que Agatha fique bem. 

 

P.O.V Jason Scott.

 

    O barulho do toque do meu celular ecoou por todo o quarto silencioso, me fazendo levantar em um pulo para atender. Tem sido assim desde a primeira notícia sobre ela, e so vou conseguir ter paz quando a tiver perto de mim novamente. Mal consigo dormir esses dias de ansiedade, então não posso considerar que essa ligação às duas da manhã, tenha me acordado de fato. 

 

      O nome de Dylan brilha na tela, o que me faz atender imediatamente a ligação, colocando o celular na minha orelha. 

 

— Jason! — Dylan falou antes de pausas por alguns segundo. — Encontrei, ela está na minha frente! — Exclamou afobado. 

 

         Coloquei uma das mãos na cabeça e foi quase como se uma onda de alívio tomasse conta de mim por completo. Passei meses atrás dela e nada foi encontrado absolutamente nada, agora, finalmente estou com a alguns minutos de colocar as minhas mãos naquela ingrata. 

 

— Onde ela esta? Estou indo para aí! — Falei andando pelo quarto e começado a procurar as chaves do carro. 

 

      Eu sabia que a Explosion a acharia em dias, a minha equipe é especializada em achar qualquer porra nessa cidade, até um alfinete se eu pedir. 

 

— Melhor você correr, ela está na K Club do lado de fora e parece querer entrar, se fizer isso, se eles reconhecerem ela...— Parei de andar no mesmo instante, sentindo uma tensão enorme me dominar. 

 

      Ela não vai fazer isso, não pode nem querer, ela sabe a porra terrível que pode acontecer se tomar essa decisão. Eu juro que a mato de verdade dessa vez se ela tentar entrar lá. Não estou brincando, voltar para perto daqueles idiotas não é nem a porra da opção que ela tem. Passei a merda dos meus quatro anos dando tudo do bom do melhor, para que na primeira oportunidade ela vá atrás do Justin? É isso que eu recebo por ter a poupado da morte? 

 

 — Se ela entrar, você pega ela! - Ordenei antes de desligar o telefone e o enfiar no bolso da calça. A sensação é como se eu estivesse indo para a guerra, e talvez se torne uma caso aquela mulher passe pelas portas da K Club. 

 

      Justin a reconheceria de longe, ele deve farejar o cheiro dela até hoje. Tive todo um cuidado para que o plano desse certo, que ela jamais ousaria pisar nessa cidade. Mas é essa a porra que acontece quando se confia demais em alguém, eles podem te trair dessa forma. 

 

       Em quatro malditos anos, ela nunca falou o nome do Justin ou de qualquer um da K, sempre fingiu que não se importava com o que poderia ter acontecido com eles, e com o que tirei dela, sendo que era tudo uma grande mentira de merda. Aposto que por trás ela pedia aos céus todos os dias para trazê-la de volta para Atlanta e a livrar de mim. Como se eu fosse um monstro. O fato de eu bater nela não justifica, casais brigam o tempo todo e nem por isso precisam se separar, ou recorrer aos inimigos do outro. 

 

       Ela vai me enlouquecer antes que eu possa fazer algo contra, isso se eu já não estivesse à beira da loucura por conta das constantes coisas que tive que passar por ela. Cada obstáculo, cada dificuldade, foi por ela. 

 

     Entrei no meu carro de presa e sai cantando pneu pelos portões o mais rápido que a Ferrari podia ir. Foda-se o limite de velocidade ou se vou morrer no caminho, o que importa é que eu chegue lá a tempo de impedir um desastre, por que eu prefiro morrer do que ter que lidar com isso. 

 

     A minha cabeça esta a mil, meu corpo presta a ter uma ataque junto ao meu coração. Não posso descrever o que estou sentindo, além de um puta aperto no peito e uma angústia enorme. Parece que estou correndo contra o tempo, que a cada segundo a mais, eu estou perto de tê-la de frete para Justin, com ele a vendo e constatando óbvio. 

 

     Apertei as mãos no volante, ao mesmo tempo que tentava me concentrar para não olhar o relógio constantemente e ver os minutos se passarem. 

 

      Eu vou matá-la, na verdade eu queria matá-la, mas não posso. Merda! Por que eu não fiz isso quando devia a quatro anos atrás? Agora não há chances de isso acontecer, envolve tudo que está dentro de mim e fora também.

 

    Me julgo todos os dias por não ter colocado ela trancada para sempre em Cuba, jamais eu deveria ter lhe dado liberdade para andar pela cidade, sempre soube que não era da sua vontade está lá, mas pensei que isso tinha mudado depois de tudo que nos aconteceu. 

 

   Eu estava enganado, ela me enganou. 

 

     Filha da puta, desgraçada. 

 

     Virei a esquina, e a movimentação maior de pessoas tomou a minha visão, mostrando que já estou perto da K Club. Eu não deveria está dirigindo nessa velocidade pelas áreas do Justin, principalmente se quero agir sem levantar suspeitas. Diminui a velocidade assim que a faxada brilhante da boate piscou na minha frente. Olhei para os lados a procura de Dylan ou do seu carro e logo avistei parado a alguns metros da entrada. Parei meu carro ao lado do seu e sai sei me procurar em desligar o veículo, pretendendo sair logo daqui . 

 

— Cadê ela? — Disparei sem rodeios e Dylan mexeu a cabeça para a extensa fila para entrar na boate. 

 

— Se a fila da boate não fosse grande ela já estaria lá dentro! — Afirmou. Meus olhos bateram diretamente na mulher loira bonita com os cabelos até o peito e que parecia impaciente enquanto olhava para todos os lados, visivelmente preocupada em alguém a reconhecer antes da hora. 

 

       Ela não é burra, veio a noite para poder se misturar na multidão e não deixar que ninguém a encontre. Felizmente Dylan a viu antes que conseguisse entrar na boate e pedir a ajuda que tanto quer. 

 

   Só de vê-la aqui, na porta da boate de Bieber, querendo entrar para falar com ele, já me da uma vontade absurda de enche-la de porra para mostrar quem é que manda nessa porra, e que ela não pode nem de longe tentar me enganar, ou me lagar.

 

      Tentei não me levar pela raiva que estou sentindo quando comecei a caminhar em direção a ela pelo meio da multidão. Não posso deixá-la me ver antes que chegue perto o suficiente para colocar minhas mãos nela. Se ela fugir, ou gritar, vai chamar atenção demais e não é isso que eu quero, Bieber e sua equipe não podem nem sonhar que ela esteve aqui, não podem sonha que ela esta viva.

 

     Passei por dois caras e comecei a andar atrás de um que estava indo exatamente na direção dela. So de vê-la a poucos metros de mim, já me sinto nervoso e doido para tirá-la daqui o mais rápido possível. O homem que estava na minha frente foi um pouco mais para a direita, e eu apressei os passos até parar ao lado dela, já sentindo meu corpo suar e minhas mãos tremerem em adrenalina.

 

— Te achei! — Rosnei pegando no seu braço, quando seus olhos se arregalaram em espanto, se virou para mim querendo se soltar ao mesmo tempo que parece está assustada demais para isso. Consigo ver o medo nos olhos dela, medo e mim, o mesmo medo que a fez fugir. 

 

— Jason..— Sussurrou surpresa com o fato de eu tê-la achado. Não é tão fácil fugir de mim, e essa ingrata deveria saber, se eu colocasse a Explosion no meio, obviamente eu colocaria minhas mãos nela em dois tempos.

 

— O que você achou que iria fazer? — Minha voz saiu um pouco mais alta, e firmei mais a mão em volta do seu braço. — Essa cidade não é mais para você e muito menos qualquer porra que tenha nela! — Afirmei sentindo que minha mão a apertava com uma força maior e seu rosto franziu em dor. 

 

       Antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa, com o canto dos olhos, vi a movimentação dos seguranças da entrada e a porta extra foi aberta, me dando a noção rápida do que está por vim. 

 

— Merda! — Murmurei, encostando ela na parede atrás de si brutalmente, e juntando os nossos lábios em um beijo forçado e falso, apenas para que cobrisse seu rosto e o meu. 

 

      A voz de Melissa dizendo algo fez meu coração aumentar as batidas, principalmente quando Bieber a respondeu, me deixando mais tenso ao ver que eles passam atrás de mim, indo na direção contrária da fila. Continuei prendendo ela contra a parede, ignorando seus pedidos para que eu me afastasse. Ainda consigo ouvir a voz de Bieber e de sua irmã, e há outra voz feminina e não sei dizer ao certo de quem é.

 

      Meu corpo esta em total alerta e sou capaz de quase rezar para que ele saia logo daqui. Tento me concentrar em manter a boca dela fechada e percebo a maciez dos seus lábios contra os meus, fazendo o beijo forçado ganhar outro formato para mim, mas não para ela que tentava manter a boca fechada, impedindo minha língua de passar pelos seus lábios. 

 

     A voz de Bieber desapareceu e finalmente eu pude me afastar dela, mas ainda segurando o seu braço para não ter risco de correr de mim ou algo do tipo. Sei que ela não é louca de tentar fazer isso na minha frente, foi fácil fugir de Cuba enquanto eu não estava em casa, na minha presença ela não tem nenhuma coragem. 

 

— Jason, esta me machucando. — Ela resmungou olhando para o seu próprio braço, e seus olhos correram em direção aonde Bieber tinha ido. Peguei seu rosto com a outra mão, o virando com força, para que ela não o olhasse. 

 

— Foi por pouco, se ele te ver...— Sibilei encarando os olhos amedrontados dela. — Eu não quero saber de nenhum pio até sairmos daqui, se você gritar, eu juro por Deus que mato você! — Cuspi ameaçador e ela tentou não parecer abalada com as minhas palavras.

 

— Você não vai me matar Jason, eu sei disso, já teve a chance e não fez! — Disse em voz baixa, mas mostrando a certeza que isso é para ela. 

 

— Cala a boca! — Rosnei, antes de começar a puxa-la em direção ao meu carro.

 

     Ela até tenta lutar, mas sou mais forte e com a raiva que eu estou, me sinto capaz de levantar um caminhão. Dei tudo para essa mulher, a livrei da morte, confiei nela mesmo que não merecesse, e é assim que me agradece. Ela é uma ingrata de merda. 

 

     Parei ao lado do meu carro e Dylan se aproximou com um sorriso malvado nos lábios.  Só ele sabe o que achá-la significa para mim, e não é qualquer besteira, é algo muito maior do que eu possa explicar. 

 

— Avise aos homens que podem acabar com as buscas! — Olhei para ela, que está apavorada e retraída, enquanto seguro seu braço. 

 

     Juro que posso ver as lágrimas nos seus olhos, mas ela sempre se impediu de chorar na minha frente, até mesmo quando a bati, então duvido que vá fazer agora. 

 

  — Você vai me levar até o lugar onde está ficando, ouviu? — Segurei o rosto dela com força usando a mão livre e apertando seu rosto entre meus dedos. Ela assentiu lentamente, engolindo a vontade de chorar. — Vamos ver se você vai fugir de mim novamente! — Desafiei ela antes de abrir a porta do carro empurra-la para dentro imediatamente, antes que alguém a reconheça. 

 

    Finalmente consegui achá-la, mas ainda falta uma parte muito importante dessa porra toda e eu irei resolver isso agora. 

 

    Nunca mais vou deixá-la fora dos olhares de seguranças, ela jamais terá qualquer tipo de liberdade novamente. A tranquilidade que estou sentido por tê-la achado antes de Bieber, não me faz demonstrar toda a raiva que estou realmente, por todas as merdas que tive que passar por conta dela nesses meses, sofri pra caralho, me senti vazio e porra nenhuma fazia sentido na minha vida. 

 

     Agora minha vida vai voltar a valer a pena, por que só tem uma razão para eu está vivo agora e me manter assim para o tempo que Deus quiser, e essa razão é o que faz o meu coração pulsar todos os dias. E não vou deixá-la longe de mim por nenhum segundo a mais. 

 

 

 

P.O.V Liz Blue. 

 

 

 

      Avistei Agatha encostada em algum dos carros parados do lado de fora e suspirei antes de me aproximar completamente e parar na sua frente, primeiro analisando o seu rosto e constando que ela está bem triste e segurando para não chorar. Ryan está ao seu lado e parece tentar conforta-la, mas se Agatha não chegou a chorar, quer dizer que ainda não colocou tudo para fora. 

 

— Agatha, não fica assim! — Pedi passando minha mão pelos seus cabelos de tom roxo escuro. Ela negou lentamente e levantou o olhar para me olhar. 

 

— Não ficar assim? — Riu sem humor. — Isso é ridículo! Eles são ridículos! — Exclamou e parece bastante perplexa. — Você disse que a Emily forçou o Justin a mentir,  e eu achei que tivesse acontecido o mesmo com eles, mas não! — Negou segurando a vontade de chorar. 

 

— Olha eu não posso falar por eles! — Melissa começou a dizer e se aproximou mais de Agatha. — Mas eu vi o que aconteceu, Nash realmente teve que inventar essa relação com Dakota para te afastar, na época até sugeriram que eu fizesse a cena com ele! — Explicou e Agatha levantou o olhar para ela. — Nash sofreu muito para ficar longe de você, ele não queria isso, e todos estão de prova! — Disse olhando para Ryan que assentiu e depois para Justin que fez o mesmo. 

 

— Essa porra que Melissa disse é verdade. — Justin disse. — E realmente não acho que Nash goste de Dakota, ele sempre ficava falando de você! — Confessou normalmente, mas não serviu para convencer Agatha. 

 

— Eu te falei que eles estavam agindo estranho nesse mês. — Ryan comentou, olhando docemente para Agatha. — Talvez eles tenham descoberto esse sentimento agora. — Ele parece também bastante incomodado com essa história, e não quero nem imaginar o porque. 

 

— Que seja! Eu to pouco me fodendo! — Levantou o olhar com petulância e superioridade, mudando completamente o seu estado emocional, ou melhor, escondendo ele, como fez esses sete meses. 

 

— Porra nenhuma! Está na cara que você liga, se não nem sairia correndo! — Justin disse nada discreto, me fazendo olhá-lo seriamente para que ficasse calado. 

 

— Não, Justin, eu não ligo! — Sibilou. — E aí de quem dizer que eu ligo! Só sai de lá porque queria ir embora mesmo! — Mentiu e olhou para nós quatro com um tom de ameaça na voz, querendo deixar claro que devemos afirmar isso se for perguntado. 

 

— Mas..

 

— Justin fica quieto, amor! — Interrompi antes que ele falasse mais alguma coisa. 

 

    Justin visivelmente não entende o sentimento das mulheres, e muito menos quando elas estão querendo mandar você não falar mais do assunto, discretamente. 

 

— Eu quero ir embora, você me leve? — Agatha olhou para Ryan que assentiu rapidamente. — Tchau, obrigada! — Falou, se virando para abraçar Melissa. — A gente se vê, prima! — Veio me abraçar também e assenti concordando. — Tchau Bieber, e boca fechada! — Mandou e ele revirou os olhos. 

 

      Sai da frente de Agatha e ela se virou para sair com Ryan, deixando apenas eu, Melissa e Justin ali. Agatha consegue disfarçar tão bem quando está triste, eu deveria aprender com ela para variar as minhas lágrimas de sempre. 

 

— Por que mulheres são tão malucas? — Justin perguntou em voz baixa, olhei para Melissa brevemente e depois para ele, achando graça da sua pergunta que parece ser seria. 

 

— Espera só para ver a Dak amanhã tentando fingir que nada aconteceu! — Melissa riu e tive que ri junto já podendo imaginar o quanto ela vai negar tudo. Mas não tem como negar o que vi, não mesmo. 

 

 

 

 

                      Dois dias depois... 

 

 

 

P.O.V Emily Scott.

 

        Quase uma semana naquele hotel calmo e com barulho irritante de pássaros, eu realmente odeio esse animal. Eu já estava ficando louca por internet e tecnologia, não sei viver sem isso. Mas em compensação, todo esse tempo, recebendo massagens e tratamento vip, me fizeram pensar bastante em como me vingar. 

 

      Primeiro, eu fiz um juramento para mim mesma, que farei o possível e o impossível para tornar a vida de todos que estavam naquele dia do casamento, a pior vida de todas, nem que para isso eu tenha que ser infeliz também, aliás, eu já sou infeliz, então só irei trazer todos eles para o mesmo barco que eu. 

 

     Segundo, eu quero a K, não é loucura, apesar de parecer, mas ela ficar perfeita no meu plano, e só para poder ornar com tudo que já posso fazer. Justin é o amor da minha vida, mas é péssimo, terrível, em conseguir machucar pessoas inocentes e é isso que os bandidos fazem, machucam inocentes. Liz amoleceu o coração do meu vingativo favorito, e não ache que não farei de tudo para trazê-lo de volta. 

 

      Liz, só de pensar nela já sinto toda a calma que adquiri nesses dias, irem embora de mim como um passe de mágica. Eu odeio essa garota, com todas as forças em mim, e sou capaz de tudo para acabar com ela e irei fazer isso, primeiro irei a deixar bem infeliz nessa vida que deveria ser minha, depois, vou matá-la, e já tenho em mente inúmeras formas de fazer isso. Essa garota vai pagar muito caro por ter entrado na minha vida e ter feito o que fez. Ninguém tenta roubar o Justin de mim e sai vivo dessa, as pessoas deveriam ter aprendido no caso com a Katharine. 

 

      Tão burrinhos. 

 

      O motorista nem ao menos falou comigo durante o trajeto de duas horas até a parte sul da cidade. Jason encerrou minha estadia no hotel, o que quer dizer que a minha mãe já foi e eu posso voltar para a casa dele. Se eu passasse mais um dia com aquela mulher eu iria matá-la, posso jurar isso. Mesmo sendo a minha mãe, Queen está longe de ser a minha pessoa favorita nesse mundo, e ultimate, não estou pensando em poupar nem a vida dele. 

 

     O grande portão cinza entrou no meu campo de visão e suspirei já vendo que estou de volta à realidade e logo precisarei agir. Jason não vai me ajudar mesmo, então terei que fazer tudo sozinha, uma pena para o resto das pessoas, porque eu sou mais destrutiva que um bomba fabricada pela Explosion, podem ter certeza disso. 

 

       O carro entrou pelo portão e olhei para a casa enorme, já vendo o meu querido e burro irmão, saindo pela porta. O motorista parou ao lado de Jason e eu abri a porta do carro, não esperando nenhum segundo a mais. 

 

— Preciso de tecnologia! — Exclamei gesticulando. — Aquele lugar não tinha nem televisão! Foi quase como me torturar! — Dei ênfase, jogando meus cabelos loiros, extremamente lisos pela escova que fiz, e Jason revirou os olhos. 

 

— Tinha espelhos e tratamento de beleza, pensei que isso bastasse! — Disse monotonamente e neguei. 

 

— O que adianta está linda e não ter um celular para tirar uma foto e postar para matar todos de inveja? — Perguntei sendo sincera e Jason suspirou não parecendo focar muito no assunto que estou tentando discutir aqui. 

 

     Meu irmão olhou para um ponto fixo distante de mim e seu olhar perdido e sua expressão sem animo, mostra que algo aconteceu enquanto estivesse fora, e algo realmente sério para ele está desse jeito. Tudo bem que Jason tem sua carga de problemas que não me envolvem, mas sinto que esse em específico envolve. 

 

    O motorista deixou minhas três malas,com roupas novinhas, perto de nós e saiu, deixando Jason e eu sozinhos na frente da casa, com o clima estranho no ar e uma tensão diferente saindo do meu irmão. 

 

— O que aconteceu? — Questionei agoniada pela falta de conta visual de Jason. — Me diz logo, você está estranho! — Afirmei e ele olhou para mim ainda mantendo o olhar perdido.

 

— Primeiro de tudo, eu quero que você mantenha a calma! — Pediu e só por essa razão já comecei a ficar nervosa. — E entenda que, isso não é o maior problema que você via encontrar, as coisas não são tão ruins assim! Sei que vai ficar furiosa, mas eu prometo que isso sairá da sua vida ainda essa semana, antes mesmo que você se acostume de novo! — Tentou se explicar, mas só está embolando mais ainda a situação e me deixando mais confusa. 

 

     Do que porra o Jason está falando? 

 

— Não estou entendendo! — Cruzei os braços totalmente confusa, não gostando nada do rumo que esta história está levando. 

 

     Estou vendo, o que quer que seja me atinge de verdade, e Jason está preocupado com a minha reação, mas não consigo imaginar o que seja, nem ao menos há uma dica em suas feições, Jason está sério e parece temer o que pode vim de mim quando eu ouvir o que ele tem a dizer. Mas se ele espera que eu fique calma, não deveria está enrolando tanto assim. 

 

      Jason fechou os olhos e parecia tentar achar a melhor forma de me dizer. E isso só me deixa mais impaciente. A melhor forma de me dizer é contando logo que merda esta acontecendo. 

 

— A pessoa que eu estava procurando, está nessa casa! — Soltou de uma vez e dei um passo para trás sentindo a tensão dessas palavras contra mim. 

 

       A vadia que fez Jason me abandonar quando mais precisei dele finalmente foi encontrada? Não posso acreditar nisso, ela se tornou experiente fugindo dele esse tempo todo, e eu realmente não acreditava que ele iria achá-la. Mas pelo visto meu irmão conseguiu, e não parece nada feliz em ter que dividir essa informação comigo. 

 

      Aposto que ele sabe da raiva que estou sentindo por essa garota ter empacado a minha vida, justamente quando iria concluir todo o meu sonho. E tenho certeza que esse deve ser o medo dele, de eu fazer algo por esta com raiva. 

 

 — Não me diga! — Sibilei sarcástica. — E quem é a vadia? — Ri e dei alguns passos para tentar ir até a entrada da casa, mas Jason me parou antes disso, ficando sério e me olhando nos olhos, com algo muito diferente em seus olhos azuis.

 

— Não é qualquer pessoa. - Afirmou friamente. — É por isso que eu preciso te contar primeiro e te explicar tudo...— Tentou dizer, e uma sensação estranha dominou os meus sentidos. Dei novamente alguns passos para trás, enquanto encarava Jason, vendo em seus olhos, que não é só uma vadia qualquer. 

 

      Eu conheço ela, e conheço o suficiente para fazer Jason temer a minha reação. Isso não é nada bom, para fazê-lo agir assim com certeza é algo que vai me tirar completamente do sério. Meu irmão não é do tipo que se importa muito com o que eu sinto ou penso sobre a vidinha dele, mas hoje em específico, ele parece se preocupar bastante com isso. 

 

     Além de toda essa sanção de nervoso e duvida que me domina, quase me fazendo sentir meu coração na garganta em nervoso e precipitação, sinto como se mais alguém estivesse me olhando nesse momento, com os olhos queimando em mim. Movi a cabeça em direção a janela da sala e minhas pernas bambearam ao ver os cabelos loiros que se afastaram rapidamente assim que viu que a peguei me olhei. 

 

 — Quem é ela Jason? — Disparei com uma pontada de desespero em mim, perguntando mais uma vez,  já tendo ideias na minha cabeça e não são nada boas. 

 

    Meu irmão continuou em silêncio parecendo buscar palavras para explicar e ele mesmo está viavelmente perdido no meio da própria merda que criou. Isso já prova que meus pensamentos estão certo, de alguma forma, meus instintos estão dando dicas fortes de quem é, e cada segundo que passa, isso se firma dentro de mim. 

 

      Meu corpo se arrepiou quando um nome veio a minha cabeça, e no mesmo instante corri para a porta da casa, passando por Jason tão rápido que foi impossível ele me impedir. Abri a porta  em uma velocidade incrível e entrei na sala como uma furacão, mas parei alguns passos depois ao encontrar outra pessoa na sala. 

 

     A garota da janela estava de costas e parecia querer ir a alguma lugar, mas parou ao ver que alguém tinha entrado com tudo no local. Seus cabelos loiros soltos sobre os ombros em ondas perfeitas, não me permitem ver seu rosto sem que virasse totalmente para mim. A tensão chegou a minha garganta e me impediu de eu falar algo para que ela se mexesse. Mesmo assim, a mulher começou a se virar como se tivesse medo da minha reação ao vê-la. 

 

       As batidas do meu coração pareciam sincronizadas com a velocidade que a menina ia se virando. Vestindo shorts jeans e camiseta, consigo avistar algumas tatuagens em pontos específicos, e eu sei que já decorei todos esses pontos. 

 

    Assim que parou de frente para mim e levantou a cabeça para olhar dentro dos meus olhos, meu coração parou completamente e o som ao redor sumiu. Tudo ficou mudo e em câmera lenta, o vento suave nos cabelos dela, faz parecer uma miragem fantasiosa da minha cabeça, mas tudo se torna um pouco mais real, quando seus olhos me olham do mesmo jeito que sempre olharam, e eu, particularmente,  odiava. 

 

    O rosto dela e seus cabelos loiros são as únicas coisas que consigo enxergar, como se tudo tivesse desaparecido ao redor, como um pesadelo e que logo irei acordar. 

 

     Nenhum músculo meu queria se mexer, tudo parecia paralisado em espanto pela visão que meus olhos estão tendo agora, a última visão que eu queria ter nessa altura da minha vida. Nem sei o que estou sentindo no momento, todos os meus sentimentos congelaram junto com a ação, parece que abriram uma porra de buraco em baixo dos meus pés e eu irei despencar a qualquer momento.

 

    Apenas me mantive olhando para ela, que me olhava de volta com um  olhar diferente, mas no fundo ainda è aquele maldito olhar que eu tanto odiei. Jamais pensei em vê-los novamente me encarando, esses olhos, esse rosto, essa boca, esses cabelos. 

 

   Jamais pensei em vê-la de novo.

 

       Me senti tonta, quase como se fosse desmaiar, e finalmente meus pés se mexeram, dando alguns passos para trás, tentamos me firmar de pé, antes que eu caísse desmaiando de espanto. È como se um fantasma terrível estivesse a minha frente e è exatamente isso, um fantasma que eu pensei já ter me livrado faz quatro anos e não faço ideia de como ainda está ainda aqui. Isso è impossível, não pode ser real, não pode está acontecendo. 

 

     Minha boca se mexeu e nenhum som conseguiu sair na primeira tentativa, mas na segunda vez eu conseguir falar o que estava querendo. 

 

— Você...— Sussurrei a única coisa que conseguia sair da minha boa. — Você está viva.. 

 

 

 

 

P.O. V Liz Blue.

 

 

 

   Se eu estou com o coração quase saindo pela boca, è por que com certeza Justin Bieber está indo se meter  em perigo.

 

     Tem que ter muita confiança em Deus quando se envolve com bandidos dessa foram. Eles sempre estão correndo perigos sérios, e que deixam meu coração a ponto de sair pela boca. 

 

     É exatamente isso que está acontecendo agora. São quase sete da noite e eu estou sentada em cima de uma mesa velha, em um galpão do Justin, onde o resto da equipe está espelhado pelo local, fazendo diversas coisas ao mesmo tempo. Justin pegou três armas em uma mala enorme e colocou do meu lado. 

 

       E já  è de imaginar o que está por vir. 

 

    Uma missão, mas uma missão diferente. Não é para o lucro da gangue nem muito menos deles, e sim para outra pessoa. Justin está mesmo disposto ajudar a madrasta, então, resolveu que deveria assaltar o banco central de Atlanta, justamente para pegar toda a papelada de Michelle e entregar a ela, um gesto nobre, mas que me deixa pra ter um ataque do coração só de imaginar. Invadir um banco não é tão simples assim, ao meu ver, e exige todo o cuidado do mundo. Se algo der errado alguém pode ser preso em flagrante e isso é terrível só de imaginar. 

 

— Já falei que è para ficar calma, perdia as contas de quantas vezes já assaltei esse banco, deve ter sido umas duas vezes bem no início da gangue só como preparação! — Falou me olhando. — É bem fácil, ninguém nem vai notar que entramos, e o prefeito sempre abafa o caso para que ninguém ache que a cidade está em caos! — Afirmou enquanto mexia em uma arma, que acho que é um fuzil, e colocava balas na mesma. 

 

— Não importa se você já foi lá um ou cinquenta vezes, ainda estarei preocupada! — Não preciso nem dizer isso, Justin já deve saber de cor, baseado nas vezes que o vi ir me missões e em com eu fico até ter notícias de que tudo está bem. 

 

— Eu sei baby, mas dessa vez realmente não precisa se preocupar! — Reforçou apontando uma arma para mim, testando sua mira, olhei seria para. Se é uma missão segura, para que as armas? Justin acha que me engana ou que sou burra. 

 

— Pare com isso! — Falei da arma. — Isso pode disparar sem querer! — Tentei prender meu cabelo em um rabo de cavalo, e Justin riu colocando a arma sobre a mesa e vindo até a minha frente, ficando entre minhas pernas. 

 

— Eu jamais atiraria em você, nem sem querer! — Afirmou com um sorriso provocativo. — Baby, você é a pessoal mais importante da minha vida agora, e sabe disso! — Usou seu melhor sorriso para mim, me fazendo assentir por ele já ter dito isso antes. 

 

— O amor é lindo. — Dakota resmungou parando na mesa para pegar uma arma. — Pena que eu tenho um remédio bom para isso! — Destravou a arma em suas mãos, e forçou um sorriso para nós antes de sair. 

 

— Ela ainda está tentando convencer todo mundo que não sente nada pelo Nash? — Perguntei em voz baixa para Justin que assentiu querendo ri. 

 

      No dia seguinte do beijo, Dakota fez questão de dizer para todos que sua bebedeira foi a principal culpada do que ela chama de " surto psicótico alcoólico" um nome bem engraçado por sinal, mas ela só quis deixar claro que se sente péssima por ter feito aquilo e que jamais, nem na sua outra vida, ela tomaria essa decisão por conta própria e blábláblá de desculpas.

 

        O mais irônico de tudo, é que eu já imaginava exatamente que ela diria isso, jogaria a culpa para cima da bebida por seus atos, estranho seria se ela assumisse. Mas Nash não pareceu se incomodar em nada com essa declaração de Dakota, ele disse que nem sabe por que a beijo, e os dois terminaram a explicação dizendo que nem em cem anos esse assunto pode ser tocado de novo, que foi um terrível erro e que todos têm que apagar o momento. 

 

      Sendo que a dois dias, ambos ficam jogando indireta para todo o resto do pessoal, como prova de que nada realmente esteja acontecendo depois disso. Porém, não é preciso mais lembrar, porque já entendemos, e isso torna a situação engraçada. 

 

— Daqui a pouco aparece Nash dizendo que já fodeu sei lá quantas hoje! - Justin revirou os olhos e se apoiou nas minhas pernas. — Eu não queria acreditar nessa porra contraditória, mas to começando a levar a sério o que você e Melissa dizem sobre essa tal sentimento oculto entre eles! — Levantei uma das sobrancelhas por causa da afirmação de Justin.

 

— Só agora? — Questionei irônica e ele riu de leve se afastando de mim. 

 

— Tenho coisa para fazer ao invés de pensar nisso! — Voltou a mexer nas armas, as preparando para o que quer que eles acham que vão enfrente hoje à noite. 

 

    A porta de metal puro do galpão se abriu, fazendo barulho, e Kato passou por ela sendo seguido por Agatha. Saltei da mesa, não acreditando mesmo que ela veio. Justin me deixou chamá-la para me fazer companhia enquanto os meninos estão na missão, mas ela negou nas três vezes que pedi, então desisti de tentar. 

 

    Confesso que estou feliz em vê-la aqui, e juro que não a trouxe para encarar Dakota e Nash, sei qua Agatha é bem forte e vai ignora-los, eu só precisava de uma ajuda para passar o tempo e não enlouquecer enquanto espero. 

 

      Kato vai ficar comigo aqui, Justin achou bem mais seguro para nós e assim eu poderei ver toda a ação, já que Matt dará os comandos daqui. O banco está a menos de três quilômetros e toda a ação será bem rápida. 

 

       Cheguei até a Agatha que me abraçou rapidamente com um sorriso de saudação.

 

— Essa é uma pistola semi-automática? — Agatha exclamou passando por mim e indo ate Justin. — Eu tinha uma! — Deu ênfase, me fazendo revirar os olhos. 

 

— É eu não sei quem foi o idiota que te deixou usar uma! — Justin olhou para ela enquanto falava. Tenho que concordar cem porcento com ele nisso, Agatha já e uma perigo sem arma, imagina com uma. 

 

— Eu tenho um palpite. — Ryan murmurou como quem não queria nada e se aproximou da mesa para pegar a sua arma. — Você não precisa de uma arma para se proteger, se fosse assim Justin dava uma para a Liz! — Falou mexendo na sua e alternado os olhos entre ela e Agatha. 

 

      Ryan esta totalmente certo nisso. Eu não preciso de uma arma e muito menos a Agatha, e olha que eu atualmente estou correndo muito mais perigo do que ela, isso já foi provado quando tinha armas apontadas para mim por meses e eu nem sabia disso, e pode vim algo ruim a qualquer momento. 

 

— Melhor irmos logo! — Nash disse de longe. — Quero sair depois daqui! — Se aproximou da mesa e pegou sua arma sem nem ao menos olhar para Agatha, deixando um leve clima no ar.

 

— Que clima. — Kato comentou em voz baixa do meu lado e assenti lentamente. — Pronta para ter a minha companhia? — Perguntou me olhando. 

 

— Claro, é a melhor parte de ter você como meu segurança! — Sorri para ele. Justin se aproximou de nós com um olhar sério e já imagino que ele irá falar alguma gracinha para Kato, é sempre assim. 

 

— Eu e o pessoal vamos agora, cuida da Liz, você sabe o que fazer! — Disse firmemente, como uma ordem. — Confio em você para isso, mas do que em qualquer um aqui, até mesmo mais do que eu! — Confessou, olhei para ele como se estivesse vendo uma miragem. — Sei que a Liz gosta muito de você, e foi a melhor decisão te trazer de volta, na verdade acho que você nunca deveria ter isso, a porra seria mais fácil com você aqui! — Me olhou e depois voltou a olhar para Kato. — Espero que esqueça nossas diferenças, elas não importam mais! — Concluiu me deixando surpresa. 

 

      Acho que estou delirando por conta do calor que esse lugar faz, mas não tenho certeza de que isso realmente esta acontecendo na frente dos meus olhos. Justin Bieber está assumindo de coração para Kato, que confia nele e que quer esquecer todos os problemas que tiveram. E estou muito mais do que surpresa em ouvir isso saindo do Justin, é tão louco, porque ele odiava até pensar no Kato até alguns meses atrás, e agora afirma precisa dele e dizer sua importância. 

 

      Sei que Justin se comprometeu a não brigar com Kato por mim, mas isso é muito maior do que imaginei que ele pudesse fazer. E admiro muito o Justin está fazendo isso, tomando a iniciativa nessa paz significativa, que também  é muito importante para mim. Acho que espero por isso a tempos demais, e jamais pensei que iria acontecer. Justin e Kato são diferentes em tudo, opostos perfeitos. Justin sempre age por impulso e se descontrola muito fácil, Kato sempre usa a razão até em situações extremas. Mas ambos se uniram em algo em comum, que é me proteger de Jason e Emily. E me sinto muito feliz por ser o meio bom entre os dois depois de tudo que aconteceu. 

 

       Acho que meus olhos estão brilhando mais do que as estrelas do céu hoje, ainda mais quando Kato resolveu falar. 

 

— Claro, eu não ligo para as merdas que aconteceram entre nós, éramos moleques quando começou e levamos como uma maldita disputa idiota! Mas, realmente quero deixar isso no passado! — Afirmou para Justin, que deu um meio sorriso para ele e eu poderia registar esse momento só para ficar olhando pelo resto da minha vida. 

 

       Os meus dois amores, de jeitos diferente e formas diferente do amor, estão finalmente se entendendo e deixando de lado todas as diferenças que os separaram durante esse tempo todo. Estou tão orgulhosa dos dois, principalmente de Justin, por que sei que algo assim vindo dele é um pouco mais difícil. E não me canso de afirma o quanto ele está me surpreendendo essa semana, mostrando uma mudança incrível.

 

— Vamos? — Dakota perguntou para Justin, já pronta para sair. Justin mexeu a cabeça concordando e começou a se virar para a saída, mas segurei sua mão e me aproximei ficando na sua frente. 

 

— Eu te amo, muito, muito, muito! — Falei com ênfase. — Não morra, não tome tiros, não me deixe preocupada, lembre-se que eu preciso de você, mais do que de qualquer um aqui! — Usei as palavras que Justin disse para Kato, mas de uma forma diferente, quero mostrar para ele que preciso extremamente dele, e que mesmo que Kato faça a minha segurança, eu ainda vou esperar que Justin me salve de qualquer coisa, por que eu sei que ele fará. 

 

— Te amo. — Se aproximou de mim e juntou os nossos lábios em um beijo rápido e quente, do melhor jeito Justin de beijar. E eu poderia fazer isso muitas vezes ao dia. 

 

     Me afastei dele com um sorriso confiante, sabendo que meu namorado é o melhor bandido dessa cidade, e que será bem fácil para ele agir, e é nisso que meu coração iria se prender até ele voltar. Estou confiando nas habilidades de Justin hoje, como sempre.

 

— Aí meu Deus! — Melissa exclamou assustada, fazendo Justin e eu virarmos para ela e meus olhos caíram diretamente em Agatha beijando Ryan. 

 

  O que? Isso é sério? 

 

    Só pode ser brincadeira. 

 

      A dois dias atrás eram Nash e Dakota se beijado, e agora é Ryan e Agatha? Mas o pior, é que não tem nem a desculpa da bebida no meio disso, ninguém aqui está bêbado, talvez malucos, mas não bêbados. Eu estou me sentindo levemente irritada por esse festival de troca de salivas entre pessoas aleatórias que jamais nem trocaram olhares. Eu vou enlouquecer se isso continuar. Quem serão os próximo? Matt e Melissa? 

 

— Podem parando de putaria aqui! Agora! — Justin gritou, se virando para eles, e Agatha se afastou com um sorriso satisfeito nos lábios, um sorriso de vitória. Conheço a vadia da minha prima como ninguém. 

 

— O que foi isso? — Melissa resmungou ainda sem entender e confesso que quero saber também, mesmo que esteja óbvio que foi para provocar Nash. 

 

      Agatha pode ser bem venenosa se quiser. 

 

— Foi só um beijo de boa sorte! — Deu de ombros, se sentando numa cadeira ao lado de Matt que estava no seu computador, mas ate ele olhava para Agatha com espanto. 

 

— Eu não quero saber o que foi, isso é uma gangue, não uma maldita novela adolescente! — Justin disse tentando botar ordem no lugar. 

 

— Você beijou a Liz e eu não posso beijar o Ryan? — Agatha perguntou com naturalidade e um deboche que não recomendaria ela usar com o Justin. 

 

      Olhei rapidamente para Nash e Dakota, que estavam parados sem esboçar reação alguma e visivelmente incomodados com esse beijo estranho. Incrível que Agatha beija o Ryan e isso afeta Nash e Dak da mesma forma....

 

  Ai não.

 

   Só falta a Dakota gostar do Ryan, ou melhor, o Ryan gostar da Dakota, já que ele está olhando diretamente para ela agora. Isso só pode ser uma piada ou uma pegadinha, mas estou prestes a ficar louca. 

 

— Você só pode ser doida. — Justin reclamou para Agatha, e olhou para mim. — Cuida da sua prima para que ela não beije o Mattew até eu voltar! — Nem precisei responder nada e ele já saiu andando em direção à porta, impaciente, sendo seguido pelos quatro que lhe vão acompanhar. 

 

      Quando todos saíram, sobrou apenas, eu, Agatha, Kato e Matt no ambiente silencioso e levemente tenso. Já da para ver, que se o clima continuar, assim não dará para ficar, se eles ficarem trocando de casais todos os dias isso aqui vai ficar uma loucura, e duvido que isso agrade ao Justin. Se Agatha não andar na linha é capaz dele proibir ela de vim aqui, ou andar com a K. E é capaz de eu da razão a ele por isso. 

 

     Agatha pode ser qualquer coisa, mas tenho certeza que ela de jeito nenhum é uma vadia ou algo parecido, ela está agindo assim porque está com raiva de Nash e quer mostrar a ele que não se abalou com o insano beijo dele com Dak, mas não acho que assim seja o melhor meio. 

 

— Agatha. — Parei do lado dela. — Aconselho você a parar, se essas suas atitudes irritarem o Justin, eu não vou discutir quando ele quiser te manter longe da K! — Alertei ela, que me olhou como se fosse uma santa inocente. 

 

— Ryan tem conversado comigo esses dias, não foi como se ele não esperasse! — Gesticulou banalmente, me fazendo bufar e ir sentar no sofá do outro lado da mesa, não querendo mais entrar nesse assunto. 

 

      Já estou imaginado a confusão que isso vai dá.

 

 

 

P.O.V Justin Bieber. 

 

 

 

    Nem preciso dizer que o clima ficou péssimo depois do que aconteceu dentro do galpão. Agatha parece ter merda na cabeça ou instinto de puta, por sair beijando todo mundo por aí, principalmente quando estamos a caminho de uma missão muito importante e que precisa de concentração. E pela cada deles, nem Melissa está concentra no que deve ser o foco agora. 

 

      Durante todo o caminho até o banco foi um silêncio irritante dente da van. Senti vontade de falar alguma coisa, mas realmente não parecer ser uma boa ideia, só me faria estressar ainda mais com uma porra desnecessária. Preciso focar no plano e em cada passo que ele tem. 

 

     Vamos invadir o banco por uma saída de funcionários que existe aos fundos, um cara que trabalha aqui nos deu a chave, mas mesmo com ela, a essa hora da noite o alarme vai disparar de qualquer jeito, e é aí que Matt entra, bloqueando o sinal dos alarmes por cinco minutos, tempo mais do que suficiente para executar tudo. 

 

      Óbvio que eu tenho em mente que logo quando meu pai descobrir que seu cofre foi roubado, ele pensar primeiramente e unicamente em mim. Então por isso, irei ter que assaltar todos os outros cofres, será um prazer da prejuízo a esses riquinhos idiotas. Sei que já fui como eles, mas felizmente isso está no passado. 

 

— Estão prontos? — Dakota perguntou olhando para todos nós que assentimos. — Ótimo, quem  vai entrar primeiro? Tem que prender os seguranças da noite! — Falou o que já sabíamos.

 

— Eu vou! — Ryan e Nash falaram ao mesmo tempo, e Melissa já revirou os olhos como se soubesse o que está por vir. 

 

— Eu vou! — Ryan deu ênfase. — Sabemos que sou mais bem preparado para isso do que você! Estou a mais tempo nesse ramo, não sou um iniciante de merda! — Disse se achando, com um olha superior.

 

— Exatamente, está velho, não deveria  nem tentar! — Nash contrapôs com um duplo sentido visível na sua frase. 

 

— O que está insinuando? — Ryan aumentou o tom de voz, e Nash repetiu a mesma coisa novamente, mostrando não temer uma briga. 

 

     Respirei fundo duas vezes, tentamos não me irritar, mas essa porra não é possível enquanto eles discutem aos gritos na minha frente sobre coisas que obviamente não envolve o que estamos prestes a fazer. 

 

— Chega! — Gritei e os dois se calaram no mesmo instante. — Se vocês querem agir como duas crianças e colocar a gente em perigo podem ficar aqui, não vou precisar de vocês! — Olhei para ambos que se encaravam com raiva e senti vontade de deixar os babadas aqui longe de tudo, melhor do que fazer merda lá dentro. — Vocês dois não vão começar a brigar por causa de uma garota, não agora. — Tentei falar mais calmo, por que me estressar só vai piorar tudo. 

 

       Não vou perder a minha paciência por causa desses dois idiotas, não agora que preciso de total concentração para o que vou fazer, e não tem chances deles conseguirem me desconcentrar, mesmo que quase tenham conseguido agora. Brigar por causa de uma mulher maluca que com certeza fez isso para provocar, è realmente o pior problema dos homens, como se não fosse a porra mais óbvia que tudo foi um showzinho da exagera da Agatha, e os dois caíram direitinho e estão brigando como crianças. 

 

— Que patético, parecem crianças. — Dak resmungou em voz baixa, sendo ácida, lancei um olhar serio para ela também. 

 

— Fica quieta também! — Sei que tudo isso começo por conta do beijo indevido dela no Nash. — Melissa, você vai primeiro. — Apontei para ela que me olhou como se eu estivesse falado errado.

 

— Eu? — Perguntou surpresa. — Tem certeza? — Não acho que eu tenha falado outra língua para que minha irmã não tenha intendido direito. 

 

— So tem você de Melissa aqui, então vai logo porra! — Fui o menos gentil possível e ela assentiu saindo da van primeiro que todo mundo. Sei que Mel é muito boa com armas e estou tranquilo com isso, só não sei se os dois "amigos" vão se comportar durante a missão. Não tem como da errado se todos seguirem o combinado e se comportarem como os criminosos que são. 

 

      Nunca tive problema com a minha equipe, e não é a agora que vou ter por conta de uma garota. Preciso concluir todo esse plano hoje e da um grande prejuízo a Gregg Bieber, ele pode  até tentar prestas queixa alegando que foi eu, mas como tudo envolvendo o crime das gangues nessa cidade, não dará em nada. Mas farei questão de deixar um recadinho especial dentro do cofre dele. 

 

      Meu pai vai ter uma grande surpresa amanhã de manhã. 

 

 

 

 

                 Uma semana depois....

 

 

 

        Não è  possível que Christopher realmente tenha me convencido a vir em um parque de diversões. Faz anos que não entro em um, e realmente não senti necessidade. 

 

        Aqui è muito colorido e cheio de pessoas falando alto otempo todo, não que seja muito diferente das boates, as luzes piscando e uma massa de pessoas falando alto e andando. Posso crer que é uma boa para menores de idades, por que a quantidade de crianças è enorme. 

 

      Já são quase seis da tarde e estamos aqui a vinte minutos, mas parece que è a uma eternidade. Christian não para de pular e querer ir em todos os brinquedos, ao mesmo tempo que quer arrastar todo mundo para ir com ele. Mas prefiro ficar só olhando, è demais participar ativamente disso. 

 

      È nesses momentos também, que eu noto que minha namorada tem dezenove anos. Liz parece quase tão animada quanto Christian e aceita ir a todos os brinquedos que ele pede, e realmente não parecesse se cansar, ou qualquer coisa. 

 

      Dakota passou o tempo todo gruda a Melissa e ignorando o resto do pessoal. Tem sido assim a uma semana desde o roubo. 

 

     Conseguimos fazer a porra toda correta e Michelle já está com tudo que é dela, óbvio que meu pai deve ter ficado maluco com isso, mas não me importo, a minha vingança está concluída e nada vai muda a minha felicidade em relação a isso.

 

      Nash e Ryan não se olham e não se falam, nem o necessário, o que poderia me irritar, mas pensando pelo lado, que em silêncio os dois não falam merdas ou me irritam, já è bom pra caralho. Eles vão continuar agindo como crianças até verem que a maior criança è a menina de vinte anos que os fez brigar assim. 

 

    Em falar nela, Agatha não veio, graças a Deus, estou puto com ela ainda, por causar brigas na minha equipe, sei que a culpa não é totalmente dela, por que começou com o beijo de Nash e Dakota, mas ela causou o resto e isso me deixa irritado. Liz pediu para eu ter calma, para não me estressar com a vida dos outros, mas no momento que essa merda me afeta eu tenho que me meter. 

 

— Tio, Tio! — Christian gritou puxando a minha mãos e querendo a minha atenção, enquanto estou com a mente longe. — Vamos no carrossel! — Pediu com animo e olhei para ele já negando. 

 

— Carrossel é irritante! — Murmurei a mesma coisa que falei dos últimos quatro brinquedos que ele me chamou. 

 

— Você não foi nesse tio! Ele deixa a gente tonto! —

 

— Que custa ir? — Liz perguntou parando do meu lado. — Eu adoro carrossel! — Afirmou para Chris que riu fofo. 

 

— Então vai você! — Apontei para ela sugerindo e quase realmente pedindo para que ela vá no meu lugar. 

 

        Já estou fazendo muito em está aqui, sei que eu poderia ser mais legal e participar mais, porém é uma coisa de cada vez, to tentando ter uma vida um pouco normal depois de anos e as coisas não podem correr assim. 

 

— Ele chamou você. — Liz disse com um olhar óbvio. Eu sei disso, mas não quero ir. 

 

— Que tal irmos todos! — Melissa sugeriu. — Aí vemos você lá! — Sorriu para o filho, enquanto carregava os três ursos de pelúcia que ele ganhou. 

 

      Todos assentiram  e começaram a andar atrás de Chris, que parece conhece o caminho  desse brinquedo de cor. O ambiente familiar e as diversas famílias se divertindo trás uma sensação muito estranha dentro de mim, quase como um incômodo. Talvez o problema seja esse com o lugar, o fato de ter pessoas feliz e com suas famílias completas, parecendo não viver em nenhum problema, sorrindo como se a vida fosse muito fácil de ser vivida. 

 

      Quando eu era um cara normal, antes de toda a tragédia acontecer, esse era o lugar favorito da Katharine, ela adorava vim aqui apenas para andar às vezes, e não tem como não lembrar dela ao está aqui agora. 

 

      Enquanto nos aproximávamos do brincando, Chris começou a andar mais rápido, como se quisesse correr até lá, ansioso para chegar. 

 

— Chris para de correr! — Melisa exclamou para o filho que continuou, como se nem a tivesse ouvido, ou melhor ignorado. 

 

      Mesmo bem pequeno e podendo desviar facilmente das pessoas, Christian esbarrou de frente com alguém que o segurou antes de ele cair pelo baque. Uma mulher loira, que estava com quase todos os cabelos sobre o rosto, enquanto olhava Christian em suas pernas e o segurava gentilmente pelos ombros. 

 

— Está tudo bem? — Perguntou, e a voz conhecida entrou pelos meus ouvidos, me causando um arrepio estranho e o ar me fugiu. 

 

     Todos pararam de andar no momento que a ouviram falar, e ficaram extasiados no mesmo lugar. Ela levantou a cabeça lentamente e deu de cara com todos nós....


Notas Finais


TO VIVA DEPOIS DESSE CAPÍTULO? ACHO QUE NÃO!

     gente do céu, vamos primeiro falar dos beijos desse capítulo, que troca troca de salivas doido foi esse Brasil? Ahahahahaah, as tretas envolvendo esses quatro só começou e to adorando. ( sou team Dash, a outra autora não kkkkkkk)

     E agora vamos falar de Jason e essa menina misteriosa. A reação da Emily quase já disse quem era né? Por favor gente esta óbvio demais nem preciso dizer.

      Atlanta é um ovo mesmo porque Justin deu de cara com a mana na primeira vez. E vocês já podem imaginar( por quem é ) que esse encontro vai mudar todo o rumo da fanfic, Deus, estou tão tensa, não me matem por favor.

     O próximo capítulo vai ser tão louco, se vocês leram o capítulo 7 recomendo reler rapidamente para lembrar de algumas coisas que foram ditas lá( love suicide o nome do capítulo vai ler). Vão ser comentadas no próximo capítulo, por que tem outra coisa na história e vocês vão surta mais do tudo quando verem o tamanho da treta que está nascendo.

      Deus proteja nosso OTP Jiz, porque vai precisar bastante a partir dos próximos capítulos.

     E VEM SEGUNDA TEMPORADAAAA 2 CAPÍTULOS GENTEE...

   Então bjs e até o próximo capítulo! Amo vocês juro!


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