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História The leaves of a daily - Do you need more?


Escrita por: FANFICTLOAD

Notas do Autor


OLHA A CAPA DA SEGUNDA TEMPORADA AAAI

Mas esse bônus é pq nem mesmo a gente estava suportando aquele final parado, queremos a introdução do que está por vim né?



Capítulo bônus para vocês, para entender com que pernas vai andar a segunda temporada e ninguém morrer antes da hora hahahaha

No final vou colocar umas coisas legais para vocês saberem, por agora fique com o capítulo bônus mais foda que vocês vão ler!

Segura que tem treta ( que capítulo no tem né? ) comentei aaaai bjs

Capítulo 61 - Do you need more?


Fanfic / Fanfiction The leaves of a daily - Do you need more?

 

  P.O .V Jason Scott.

 

 

       Peguei meu celular e um número restrito brilhava na tela. Eu não atendo números restritos, sempre é um idiota tentando me ameaçar ou algo assim, e eu não preciso ouvir nenhuma outra gracinha hoje.

 

— Atente. — Nina disse olhando para mim e limpando as suas lágrimas. — Eu vou levar a Katte para dentro. — Pegou minha filha do meu colo e entrou pela porta atrás de mim. 

 

         Bufei antes de pegar o telefone e atender, pronto para mandar ir se foder quem quer me perturbar a uma hora dessas. Não estou com tempo nenhum para isso, nem muito menos paciência. Atendi o telefone e uma mulher com a voz enjoada falou. 

 

— Jason Scott? — Perguntou me fazendo revirar os olhos mas murmurar um sim. — Somos do hospital Sades e queremos informá-lo que o nosso paciente está nas suas últimas horas de vida, e diz conhecer o senhor. — Explicou, mas não entendi porra nenhuma. Não conheço ninguém no hospital Sades, aquele lugar é para pessoas com depressão. — O nome dele é Marcos Hyert! 

 

           Gelei no instante que ouvi aquele nome que não me era lembrado tem muito tempo. Marcos, aquele desgraçado filho da puta que mudou para sempre a minha vida. A última vez que eu o vi, estava jogado num beco qualquer comendo lixo, isso foi a seis anos atrás. Eu destruí a vida daquele nojento pedófilo, tudo para que a Katharine fosse vingada quando ele quase a violentou. Na época eu não liguei a minha para o que isso traria para a minha vida, o poder parecia interessante, e jogar Marcos na lama muito mais. 

 

      Não sei por que razão estão me ligando para dizer que ele está nas últimas, já vai tarde, era para ter morrido naquela noite quando ganhei a Explosion no vinte e um, mas eu ainda tinha um coração bom demais para da essa alegria ao mundo. Um verme a menos é muito bom.

 

— Como descobriram meu número? — Disse ríspido. — Olha, não me interessa nada sobre esse cara, espero que faça a passagem dele para o inferno na primeira classe, é o que ele merece! — Posso está sendo grosso com a senhora no outro lado da linha, mas ligar para me amolar sobre Marcos já é demais. 

 

— Desculpa senhor Scott, eu liguei para o número que o paciente me deu e direcionaram a ligar para esse. — Bufei já imaginando que deve ter ligado para as Docas, e algum infeliz de lá achou que eu iria querer notícias dessa traste. — Sei que o senhor parece ter uma mágoa sobre o Marcos, mas ele garante que antes de morrer precisa falar com o senhor, diz envolver suas riquezas. — Falou calma.

 

     Minhas riquezas? O que aquele desgraçado ainda pode ter haver com as minhas riquezas, tirei tudo que era dele, cada mísero centavo, me garanti que nada e nem ninguém envolvidos com ele pudessem continuar a minha volta. Marcos não sabe nada sobre o que me tornei, e como administro a porra do meu dinheiro. 

 

      Mesmo assim, isso me deixou intrigado, Marcos no seu leito de morte resolveu me chamar para falar das minhas riquezas, podendo chamar um padre para tentar livrar sua alma asquerosa do inferno. Me sinto curioso e tentado a descobrir o que ele tem a dizer. 

 

— Tudo bem, eu vou até aí. — Me rendi, voltando para dentro de casa só para pegar a chave do carro. — Não deixe esse babaca morrer antes de eu chegar. — Murmurei desligando o celular na cara da mulher, não ligando a mínima para educação. 

 

       Peguei a chave do carro em cima da mesa. Não preciso avisar a Nina, ela não tem que ter satisfações da minha vida, e depois desse encontro com Marcos, eu irei direto até Buscone pedir ajuda, tentar manter Katte cem porcento segura e longe de Bieber, o mais longe que eu puder. 

 

 

 

 

       O hospital não é tão longe da minha casa então não demoro mais que dez minutos para chegar até ele. O prédio branco e velho na minha frente já me da uma sensação estranha, um hospital para tratar pessoas depressivas nunca é um bom lugar. 

 

      Entrei pela porta enorme e caminhei até a recepção, atrás de informações sobre Marcos e onde posso encontrá-lo. Parei no balcão e a moça atrás dele, sorriu simpática para mim, mostrando seus dentes brancos. 

 

— Procuro Marcos Hyert! — Falei dando uma breve olhada a minha volta. Que lugar horrível.

 

— O senhor é o Jason Scott? — A mulher falou e reconheci a voz do telefone. Assenti lentamente voltando a olhá-la. — Quarto trinta e seis! — Avisou apontando para um corredor. 

 

     Não agradeci e nem nada, só segui andando pelo local indicado em busca do quarto de Marcos. As pessoas no caminho pareciam debilitadas e frágeis, enquanto se apoiavam em médicos ou estavam sentadas em bancos, todas com um olhar acabado. Depressão deve ser uma porra seria tanto quanto parece. 

 

      Marcos veio parar aqui quando se enfiou nas drogas e bebidas após eu ter pego a Explosion, ele ficou com depressão por perder tudo, que um dia foi do seu pai, para um moleque de dezesseis anos. Era a coisa certa a se fazer, ele era um fodido lunático e eu dei um novo sentido a Explosion, fiz seu nome valer bem mais, e um negocio de família virou meu. 

 

     O quarto com o número trinta e seis entrou no meu campo de visão. Pensei em bater, mas preferi sair entrando sem anunciar, Marcos não merece essas meras formalidades. Passei pela porta e uma enfermeira me olhou no mesmo instante. 

 

— Sou Jason, ele quer falar comigo. — Mexi a cabeça na direção de Marcos e o olhei, vendo o estado deplorável que se encontra.

 

        Ele está super magro, seus cabelos loiros  quase não existe mais, ha cortes nos seus braços e rostos, mas que já forma cuidados, seus olhos estão fundos e nebulosos, indicando que a morte o espera logo. Da para ver que Marcos está muito doente e sua tose áspera indica que nem respirar direito ele consegue. 

 

— Tudo bem, só não faça ele se cansar muito, queremos que faça o seu melhor hoje. — A enfermeira avisou. — Ele está com problemas no coração, então evite emoções. — Sussurrou ao passar por mim. 

 

      Me aproximei assim que a enfermeira saiu do quarto, encarei Marcos, que mexeu a cabeça um pouco para me olhar. Lembro dele sendo forte, sempre rindo e mostrando seus olhos azuis para todos, agora não tem nem vestígios daquele Marcos, do Marcos que eu destrui.

 

— Jason...— Falou meu nome com a voz tão baixa que quase não ouvi. — Que bom que veio....pensei que não viria...— Parou para tentar respirar, mostrando que não consegue fazer isso normalmente.

 

— Eu não ia vir, mas pensei melhor, me falaram que você está morrendo e precisa me dizer algo. — Dei de ombros indiferente e ele movimentos apenas os olhos, me olhando de cima a baixo. 

 

— Você se tornou tão frio...— Disse fraco. — Nem olhando para você.... não...consigo acreditar que matou.....que matou a Katharine....eu via o amor em você... — Revirei os olhos ao ouvi-lo falar isso. 

 

   Não gosto de lembrar e nem falar dela, me esforço a colocá-la em um lugar bem longe dos meus pensamentos, o tempo todo. Ninguém nunca vai me ver falando dela por aí. 

 

— Não quero falar disso. — Murmurei. — Você me chamou aqui para dizer algo sobre as minhas riquezas, então fale! — Gesticulei o incentivando a falar e cruzei os braços esperando. 

 

— Eu amei ela....e mesmo assim....não a matei...— Disse com dificuldade e já estou perdendo a porra da paciência com ele falando daquela.... prefiro nem dizer.

 

— Para com essa porra e vai direto ao assunto! — Mandei, mostrando está sem o pingo de vontade de entrar nessa questão. 

 

— Eu a amei tanto...tanto...— Continuou falando com a voz arrastada. Se ele me chamou aqui para falar dela, é melhor eu ir embora e não perder meu tempo. — Que lhe dei tudo...— Disse depois de um tempo em silêncio. Franzi a testa achando que tinha ouvido errado. 

 

— O que? — Perguntei me aproximando mais de sua cabeça para tentar ouvi-lo melhor. Marcos tossiu mais uma vez antes de tentar dizer com dificuldade.

 

— O presente... que dei a ela...— Disse me deixando mais confuso. — Meu presente....... de aniversário de quinze anos pra a Katharine...... está em mão erradas. — Disse quase inaudível. 

 

     Do que esse desgraçado está falando? 

 

— Que presente? — Questionei tentando entender aonde esse idiota quer chegar além de me deixar confuso com suas palavras. Mãos erradas? Que porra doida é essa? 

 

— Eu dei a ela algo especial.... — Contou mais emotivo. — Mas ontem...uma moça loira bonita....apareceu aqui tentando saber de mim.... falou com a minha.... enfermeira.... — Fez uma grande pausa para tentar respirar. — Para tentar falar comigo.....perguntar.....se eu podia lhe responder....sobre o poder daquele presente.....— Mesmo com a voz arrastada e debilitada, eu consegui entender Marcos e o que ele está tentando dizer. 

 

— como assim? — Tentei fazê-lo falar mais, porque não estou gostando do rumo dessa conversa. 

 

       Juro que não tinha conhecimento nenhum de presente, jamais me foi falado, nem pela Katharine e nem por ninguém. Na noite que ele tentou abusar dela, eu a tirei de lá, levei para casa e em nenhum segundo o presente foi citado. Mas pelo visto, parece ser algo muito importante para que Marcos tenha que me contar agora, antes de morrer. 

 

— Era para.....para ela abri....quando fizesse vinte e um....por ser muito sério...— Parou de falar, parecendo perder a voz por alguns segundos. Continuou de onde parou. — Eu  coloquei.... no nome dela....— Tentou respirar. — Eu coloquei.... toda o patrimônio que forma a Explosion no nome dela.... no nome da Katharine..... — Sua voz arrastada entrou nos meus ouvidos como um tiro me fazendo da um passo para trás tentando nos cair com o baque. 

 

     O que esse merda está falando? Ele só pode está de brincadeira com a minha cara, tentado me zoar antes de bater as botas. Essa porra não pode ser seria, não de jeito nenhum. Marcos não faria isso, naquela época a Katharine tinha malditos quinze anos e não há chance, no mais lunático que Marcos seja, de ele colocar algo assim no nome de uma menina de quinze anos. 

 

    Mas também tinha toda aquele amor que ele disse ter por ela, toda aquela dedicação em ensiná-la a ir muito além de roubar, muito além de apenas ficar na ação, ele queria a ensinar tudo, o passo a passo do crime. 

 

     Agora faz sentido, ele fez isso para que ela assumisse no seu lugar quando chega-se a idade, ele colocou a Explosion no nome dela, mostrando toda a confiança e amor que dizia ter. Eu não levava fé quando Marcos dizia que a Katharine seria uma ótima criminosa, era um diamante bruto a ser lapidado. E agora eu entendi o que ele quis dizer. 

 

— Você...que porra você fez! — Aumentei o tom de voz, começando a me desesperar pelo o que está sendo revelado aqui. 

 

— Era um envelope....ela tinha a procuração...tudo...em detalhes...tudo. — Garantiu. Coloquei as mãos na cabeça me sentindo tonto com tudo isso. 

 

 — Mas não importa mais, eu peguei a Explosion de você, essa porra não vale para nada! — Argumentei furioso com ele por ter feito algo assim. 

 

      Deixou uma procuração com plenos poderes do patrimônio de uma gangue na mão de uma menina de quinze anos. Marcos só podia ser locou. Sendo que para mim essa porra não importa, peguei a Explosion dele, ela é mim, só minha. 

 

— Jason.... — Mexeu os olhos para me olhar. — quando você pegou a gangue de mim..... ela já não era minha.....eu só estava lá.....até a Kath perceber o que lhe dei.... então....Jason....a Explosion não è sua.... e sim de quem possuir aquele envelope.....— Revelou, me fazendo sentir um peso em cima de mim, como se quisesse me esmagar. 

 

     Não, não.

 

      A Explosion é minha, eu lutei por ela, eu cuido dela como se fosse uma parte de mim. Marcos não pode está falando isso, dizendo que a Explosion sempre foi da Katharine, o tempo todo, e que ele só estava lá como a merda de um vigia. Isso não pode ser real. Se Marcos não tinha nenhum poder na Explosion, então não a peguei, só assumi o posto de vigia que era dele, então a Katharine tinha isso em mãos por anos. 

 

        Só pode ser um maldito pesadelo. 

 

       Comecei a me sentir ofegante com a hipótese de quem possuir aquele envelope agora, poder ter tudo que é da Explosion, as boates, as casas, o dinheiro, tudo. A Explosion não è nada sem seus patrimônios, è eles que fazem uma gangue, sem dinheiro, sem estrutura, a Explosion não é nada. Ou seja, quem tiver essa procuração, manda em toda a Explosion, de uma vez.

 

     O nervosismo dentro de mim pelo o que estou descobrindo não irá passar até eu garantir que a Explosion seja totalmente minha, quando eu queimar essa procuração de um jeito que ninguém descubra. Essa é a porta de entrada para a minha destruição, qualquer um que tiver em mão, poderá assumir a liderança da Explosion, dominar metade de Atlanta e me foder completamente. 

 

      Eu ainda tenho Cuba, la e mais importante que aqui, mas a história que formei nesse lugar, tudo que a Explosion me trouxe. Não posso deixar que me derrubem dessa forma, não do meu próprio cavalo selvagem que dominei. 

 

— Onde está? Com quem está? — Berrei por saber que ele sabe bem disso, disse assim que cheguei que alguém veio lhe procurar para saber mais sobre, o quanto poder deve ter naquela folha de papel. 

 

     Vou caçar o infeliz que tem isso em mãos, nem que para isso eu tenha que correr o mundo a pé.

 

— Uma garota...veio aqui....tentar falar comigo.... achou que eu estivesse dormindo...e disse o nome para a enfermeira...— Fez uma pausa e quase o forcei a falar logo de uma vez. — Eu ouvi...o sobrenome....e repeti....ela ficou apavorada....e saiu correndo.... vendo que a reconheci.....seu plano era vir...sem ninguém saber.... quem era! — Tossiu diversa vezes. — Ela veio...antes...varias...vezes...mais foi... a primeira vez...que tocou no assunto. — Comecei a sentir meu sangue ferver ao saber disso. 

 

      Tem alguém sondando o terreno para me destruir. 

 

— Qual é o nome dela? — Olhei nos olhos de Marcos, que agora parece bem mais fraco e quase os fechas. — Abre a porra desses olhos e me diz, qual é o nome dela! — Exclamei cara com ele. 

 

—Scott...sobrenome...Scott..— Sussurrou quase inaudível, mas eu ouvi muito bem e entendi muito bem. Me afastei dele, sentindo o meu corpo tremer de raiva. 

 

— Emily. — Rosnei já sabendo bem que é a desgraçada. — Aquela capeta! — Gritei, chutando uma cadeira perto da cama. — Ela não poderia ter algo assim em mão! Emily é maluca! Vai foder com a porra toda! — Olhei para Marcos, mas ele já tinha fechado os olhos. 

 

      Porra. 

 

       Foi por isso que Emily saiu tão de presa hoje, ela sabia que Marcos havia reconhecido seu sobrenome. Ela sabia que eu descobriria sobre esse maldito segredo. 

 

     Como aquela garota foi ter acesso a isso? Katharine deve ter deixado essa folha em um lugar risório. Emily não demonstrava ter isso em mãos, sempre me pedindo ajuda, querendo que eu fizesse algo por ela, enquanto escondido já tem tudo que precisa para trazer o inferno a essa cidade. 

 

      Não consigo, e nem quero imaginar, a Emily dominando uma gangue, será um banho de sangue por Atlanta e a primeira a morrer ser a Liz, não sei porque lembrei dela. Emily não pode ter poder nenhum, ela é louca e isso pode causar a destruição da Explosion e de tudo em volta. 

 

     Se aquela capeta veio até aqui, quer dizer que não sabe ao certo o que fazer com o que tem, mas não garanto que será assim para sempre. Logo quando Emily notar que pode usar e abusar da forma que quiser, a primeira coisa que fará e da um pé na minha bunda. Eu sei disso, conheço a minha irmã egoísta, que mataria a própria família para ser independente. 

 

      Filha da puta.

 

      Estou trasbordando de raiva, Emily me passou a perna direitinho, mas isso não vai ficar assim, vou até New York se for preciso e pegar essa procuração a força das mãos dela. 

 

      Peguei meu celular do bolso da calça e cliquei de casa. Preciso saber qual é o telefone do hotel da Emily, preciso saber onde essa desgraçado vai está, já que saiu de casa não tem nem duas horas. Quero está lá antes dela chegar, para surpreender-la. Nina atendeu e não deixei ela falar.

 

— Nina, vê qual é o número que Emily deixou na agenda perto do telefone! — Mandei, me sentindo afobado para descobri pra onde aquela desgraçada mirim foi.

 

— Vou ver. — Nina disse meio confusa mas não quis perguntar, o que é ótimo, não estou para explicar agora. 

 

       Emily tem só malditos dezenove anos, como pode achar que é tão foda ao ponto de me enganar e querer me derrubar? Eu deveria tê-la deixado bem longe, sendo a minha irmã ou não, Emily não deixaria de querer me derrubar para atingir seus o objetivos. 

 

      Quando eu colocar minhas mãos nela...

 

— Achei, vou te mandar por mensagem! — Nina avisou e então desliguei para esperar a mensagem. Não demorou alguns segundo e chegou o número que Nina encontrou. Direcionei ele para a ligação e coloquei o aparelho na orelha.

 

      Emily me paga, ela vai ver só. 

 

— Hotel Guston, boa tarde! — Um homem atendeu. Disparei em falar sem nem me apresentar. È o hotel mais caro de New York, e não faço ideia de onde ela arranjou dinheiro. Talvez tenha roubado de mim, na verdade tenho certeza.

 

— Emily Scott, ela vai se hospedar! Sabe quando chega? — Perguntei angustiado para saber logo. Preciso pegar o que é meu o quanto antes. O homem ficou em silêncio por alguns segundos. 

 

— Desculpa senhor, não tem esse nome aqui. — Avisou, me fazendo ficar mais desperado. — Nem ao menos para reserva. — Concluiu. 

 

     Merda.

 

      È obvio, Emily não é burra, se sabia que eu descobriria sobre ela e essa maldita procuração, com certeza fugiu e não foi para onde disse que ia. 

 

   Não acredito nisso, não posso realmente acreditar nessa porra. Emily está por aí, sabe-se lá ande, com um poder enorme nas mãos e podendo usá-los quando quiser. Isso è desesperador, mas não vou deixar me abalar, irei procurar a Emily, vascular cada canto desse planeta, até achá-la. Sei que ela, quando descobrir como usar aquilo, irá voltar, e nem que eu tenha que matá-la para pegar a Explosion de volta, eu farei, não me importo mais. 

 

       Essa pirralha com alma de piranha me traiu, e agora ganhou um inimigo bem maior que poderia imaginar. Foda-se os laços de família, aquela lá não tem sangue nenhuma no corpo, è a verdadeira obra do diabo. 

 

        

 

                Uma semana...

 

 

P.O.V Emily Scott.

 

      Cuba faz tanto calor, acho que vou derreter antes mesmo de pisar no meu quarto de hotel. Faz uma semana que estou aqui e ainda, e claramente nunca, vou me acostumar com essa cidade quente. 

 

    Chega, não da mais pra ficar andando de rua em rua perguntando sobre a tal Isabella Martinez e deixando meu número pra as pessoas estranhas, já teve dois engraçadinhos me cantando em espanhol por telefone e eu não falo nada dessa língua, o que dificulta muito mais a comunicação.  Estou vivendo a base de dicionários e muita paciência, o que está sendo uma virtude necessária para esse povo parado nessa nação esquecida por Deus e pela tecnologia. 

 

      Grande momento que resolvi vim totalmente escondida e usando um nome falso, com um celular pré-pago, que não é nem desse milênio. 

 

    Eu sabia que Jason iria descobri sobre eu ter um documento que contém o poder da Explosion. Alguém daquele  hospital asqueroso iria acabar contando, eu tinha certeza, e quando o Marcos ouviu meu sobrenome, sabia que Jason seria comunicado. 

 

   E estava certíssima. 

 

    Jason deixou uns mil recados na minha caixa de mensagens me procurando, com uma raiva engraçada de se ouvir, então joguei o aparelho no mar do México quando passei por lá, Jason não vai me achar tão cedo e nem a essa carta, ela não está comigo , eu seria louca se a trouxesse. A escondi bem demais para que ninguém descubra tão facilmente. E assim que eu voltar para a América, farei questão de tentar descobrir como usá-la. 

 

       Mas antes disso, tenho que descobri o que me trouxe aqui, esse instinto e essa desconfiança de que Isabella pode me contar coisas muito boas, já que Jason mesmo afirmou que ela pode destruí-lo. Estou ansiosa para conhecer essa mulher, confesso, mas ainda não cheguei a lugar nenhum com a minha busca. 

 

      Entrei no primeiro bar que vi na rua, já não suportando mais o calor escaldante dessa cidade, e sentindo vontade de gritar de raiva. Falta duas para o meu hotel, mas não confio na água de lá, não confio na água desse país. Estou no hotel mais horrível dessa cidade, exatamente com o intuito de não ser achada jamais, Jason ainda manda aqui, e corro um grande risco se ele me imaginar nessa cidade. Não tem como fugir estando onde ele domina como mafioso. 

 

 

— Água! Agua! — Gesticulei tentando demonstrar o que quero. Bufei vendo a cara de confusa da senhora. — Você não sabe nem o que è uma água! — Resmunguei rude e revirei os olhos antes de vascular o balcão para tentar desenhar para a mulher. 

 

    È assim que se comunica com animas da idade da pedra né? 

 

     Que raiva. 

 

      Um caderninho velho no canto chamou a minha atenção, eu me estiquei para pega-lo e tentar esboçar o que eu estou tentando pedir, antes  que eu mesma entre ali e pegue a bendita água. Abri o caderninho e todas folhas estavam escritas quase, comecei a folhear para tentar achar alguma livre e meus olhos pararam sobre um nome repetido quatro vezes na mesma folha rasgada, que quase saiu na minha mão. 

 

— Isabella Martinez. — A letra garranchada e quase ilegível me fez franzi a testa não tendo certeza de que estou certa e que esse è o nome que li ou estou delirando de cede e calor.

 

—Isabella Martinez? — A senhora de cabelos brancos perguntou ouvindo o que eu disse. — Si, si! — Afirmou com a cabeça demonstrando que me entendeu.  

 

      Isso è serio? 

 

— A senhora conhece a Isabella? — Perguntei na minha língua e ela pareceu confusa, mas repetiu Isabella novamente assentindo mostrando que isso ela sabe o que é. 

 

     Só pode ser brincadeira, eu estou a uma semana caçando essa Isabella, para encontrar alguém que a conhece, numa taberna a duas ruas do meu hotel? Se Deus existe ele está ternado me testar. 

 

     Estou realmente chocada com esse fato, nem consigo acreditar que a Isabella que procuro è a mesma dessas folha, seria muita sorte. 

 

     Alternei os meus olhos entre a mulher e a folha. Três vezes no mesmo dia, pelo o horário que aparece no lado dos nome, um vez de manhã, uma a tarde e outra quase no fim da noite. Ela vem todos os dias, e leva consigo diversas coisas pelo o que está escrito. Algumas vezes seu nome está riscado, quer dizer que já pagou essas. 

 

     Olhei para o relógio em meu pulso e já marcam duas da tarde. Pelo o que está escrito ela não vem antes disso, sempre entre três e quatro, atrás de algo que posso reconhecer como ervas. Então ela ainda vai vir hoje aqui.

 

— Ela vem hoje? — Gesticulei lentamente para tentar fazer a velha me entender. — Hoje, Isabella! — Tentei ser mais clara e ela tirou a cara de confusa, dando um sorriso sem alguns dentes. 

 

— Si,si! — Afirmou. Soltei o ar de forma lenta. Então ótimo, se ela vem ainda hoje eu poderei ver se è ou não a pessoa que Katte me descreveu. Cabelos pretos, olhos azuis, muito bonita. Não é difícil de descobrir, as pessoas desse país não são boas no quesito beleza. 

 

      Resolvi me sentar em uma mesa velha para esperar, já me sentindo ansiosa para saber se acabei de achar quem procuro, ou se foi apenas mais um sinal falso. Eu só não estou aguentando mais tudo isso, só vou continuar porque não quero ter perdido a viagem até aqui, e depois de Jason ter descoberto o que tenho em mão, preciso chegar em Atlanta com algo grande para lançar sobre ele. 

 

       E essa Isabela sabe o que é. 

 

 

 

 

  

     Estou cansada de esperar, e começando a achar que a senhora se enganou em afirmar que conhece ou que vem hoje ainda. Pelo o que vi no caderno ela vem três vezes ao dia e uma na parte da tarde entre três e quatro horas, ou seja, já era para está aqui a tempos, mas não deu as caras. Se for outra qualquer Isabella, eu juro que irei tacar fogo nesse lugar com a velha dentro. 

 

      Tento não dormir enquanto estou deitada com a cabeça sobre meus braços apoiados na mesa de madeira velha e suja, a música ambiente está me deixando com os nervos à flor da pele, música latina com certeza não é uma das minhas favoritas. O que estou passando só para descobrir uns podres do meu irmão. Que saco. 

 

— Isabella! — A senhora exclamou e dei um salta levantando a cabeça de uma vez. 

 

    Olhei para a entrada do lugar, vendo uma mulher alta e com cara de modelo, passar. Cabelos pretos até os ombros, olhos azuis, bem bonita, se chama Isabella. Bingo.

 

 —  ¿cómo está madrina? — Disse com um grande sorriso e se aproximando do balcão. 

 

       Não acredito que achei ela, eu tenho certeza que é ela, se encaixa mais que perfeitamente nas descrições que Katte deu. 

 

        Me levantei sem tirar os olhos dela, que conversa com a velha do balcão totalmente em espanhol, o que não me faz entender absolutamente nada que dizem. Só falta Essa Isabella não falar a minha língua, será um sacrifico dizer o que quero. 

 

      Parei ao lado dela no balcão, olhando para a lateral do seu rosto enquanto ela sorri pra a mulher. Ela é realmente bonita, não tem cara de baba. 

 

— Oi, você fala a minha língua? — Perguntei olhando,a mulher de cabelos pretos e olhos azuis, de cima a baixo. Ela me olhou com a testa franzida por me ouvir falar numa língua não local. Parece que ninguém fala com ela assim tem um bom tempo. 

 

— Claro, morei  nos Estados Unidos por um bom tempo! — Sorriu para mim e agora tenho total certeza que é ela quem procuro. — Desculpa, eu te conheço? — Perguntou confusa e neguei lentamente não querendo demostrada a felicidade de tê-la achado.

 

— Não, mas eu estou de férias por Cuba, e lá nos Estados Unidos me falaram de você tão bem. Isabella Martinez, então achei que seria uma boa guia! — Menti, mantendo um sorriso falso nos lábios, mas que da para se sair muito bem como verdadeiro. — Estava procurando você! Meu nome é...Jazzy!

 

    Não ha nem chances de eu dizer quem sou de verdade, se Jason ameaçou essa mulher como disse na conversa com Nina, ela irá fugir de mim assim que souber que sou irmã dele. 

 

— Prazer! — Estendeu a mão para me cumprimentar e apertei formalmente. — Quem disse sobre mim? Não lembro de ter mantido amizade com as amigos do hospital! — Me olhou confusa e viu minha cara perdida para o que estava falando. — Eu nasci aqui, minha família toda esta aqui, fui para os Estados Unidos cursar medicina, em Atlanta, voltei tem uns quatro anos! — Explicou e assenti mostrando que entendi. — Mas não foram eles né? — Mudou a expressão para uma mais tensa. 

 

       Ela é médica, por essa eu não esperava, pensei que era apenas uma babá da Katte, nem ao menos imaginei que tivesse morado nos Estados Unidos, e que voltou para cá justamente quando Jason e Nina estiveram. Essa história está ficando interessante. 

 

— Na verdade. — Torci os lábios. —  Trabalho para Jason foi lá que falaram de você, eu também queria saber como era a convivência  da antiga babá. — Tentei explicar, mas o rosto de Isabella mudou completamente, mostrando ter ficado tensa demais em ouvir falar do nome do Jason. 

 

— Nao falo sobre isso, desculpa. — Disse rapidamente e se virou para o balcão, dizendo algo na sua língua, antes de sair andando apressada para fora do lugar, claramente querendo fugir de mim e do assunto. 

 

       Nem pensar, eu vim até aqui para essa mulher fugir de mim agora que a encontrei. Isso não vai acontecer nem fodendo. 

 

      Corri atrás dela, saindo do local e a vendo descer a rua com presa de sair de perto de mim. Que merda, porque ela tem tanto medo assim? Foi Jason que a ameaçou, não eu. 

 

— Espera! — Pedi a seguindo. — Kattarina, ela me falou de você! — Gritei para ela me ouvir. Isabella parou de andar no instante que ouviu o nome da Katte. — Ela disse que você era legal, e também me disse que Jason te mandou sumir, mas só foquei no legal, achei que seria bom trocar experiências, já que estou aqui! — Argumentei, a fazendo virar para me olhar novamente, com um rosto mais calmo. 

 

— A Katte? — Perguntou suavemente. — Aquela sapeca! Com certeza fez isso escondido daqueles monstro que tem como pais! — Disse amargurada. — Como ela está? Sinto falta dela! — Disse, e tive que me segurar para não a olhar espantada. 

 

     Katte disse que ela tentou machucá-la, não estou entendendo mais nada, essa Isabella parece gostar bastante da Kattarina, então porque aquela doidinha disse que havia tentado lhe machucar? Talvez tenha sido Nina e Jason colocando essa história na cabeça da criança, para fazê-la desapegar de Isabella, o que me deixa mais curiosa ainda para saber o que a afastou. 

 

— Ela está ótima, esperta como sempre. — Garanti e recibo um sorriso de Isabella. — Eu só queria saber como reagir entende? Nina parece cansada e abalada emocionalmente, Jason sempre briga com ela... a menina é um amorzinho. — Comentei andando até mais perto dela, que assentiu concordando com as minhas palavras. 

 

— Aquela mulher. — Falou com desprezo. — Quando a conheci, Jason havia acabado de mandar raparem a cabeça dela, vi isso acontecer, a vi sofrer, achei que era uma boa pessoa....até fazer o que fez! — Me olhou seriamente, desmontando ter uma grande raiva da Nina. 

 

     Estou vendo que o assunto aqui é muito maior do que imaginei. O que a Nina fez para essa mulher? E porque ela causa ameaças a Jason e Nina? São tantas perguntas, mas não posso fazê-las, tenho que sondar até descobrir. 

 

— Eu entendo, ela me trata mal as vezes. — Afirmei e Isabella respirou fundo, parecendo me entender. 

 

— Olha, vem comigo, vamos conversar melhor na minha casa è que não posso sair por muito tempo. — Fez uma careta envergonhada. Assenti sem nem pensar duas vezes. Quanto mais tempo com ela, mais coisas irei descobri. 

 

      

 

     Caminhamos juntas algumas quadras até a casa pequena grudada a outras casas pequenas, bem simples e mal cuidada, mas com a fachada bastante colorida em um tom de azul claro. A maioria das casas são assim aqui, é quase um padrão. 

 

      Entrei pela porta, seguindo Isabella e vendo como a casa é pequena, tem quase o tamanho do meu guardo em Atlanta. Uma sala ligada a cozinha, um pequeno corredor com uma porta ao fundo e duas no meio dele. É tão estranho ver como ela vive, com certeza é bastante pobre, tudo está meio velho e desgastado. 

 

— Quer um cafe? Um suco? — Perguntou chamando a minha atenção. — Não repara na bagunça, não tenho tempo para nada!— Avisou e dei um meio sorriso para ela.

 

      Sem chances de não reparar as roupas jogadas no chão, os pratos sujos pelo local, e toda uma zona que me da vontade até de sair correndo. Essa mulher não é nem um pouco organizada. 

 

— Tudo bem. — Falei olhando para ela. — Você disse ser médica, quando virou babá? — Questionei curiosa com isso. Não há razões para Jason contratar uma enfermeira para ser babá da sua filha.

 

— Sou enfermeira. — Me corrigiu gentilmente. — Trabalho para os doentes graves e para as crianças, a Katte foi minha primeira experiência como babá, Jason me contratou e acompanhei toda a gestação dela. — Disse com um meio sorriso, mostrando tensão.  — Mas aquela fofa, é incrível sabe, burla tudo que já vi nesses anos trabalhando para Jason. — Balançou a cabeça, mostrando não gostar de lembrar do que passou. 

 

— Ela e incrível mesmo! — Resmunguei. — Mas porque foi demitida? — Olhei em volta, tentando achar um lugar para sentar, mas não há nenhum. 

 

— Jason não gostou de algumas coisas que eu falei, me demitiu, mas me deixou ficar com essa belíssima casa! — Falou irônica o final da frase. — Ganho dinheiro do governo, tipo um auxílio, para me sustentar, mas não é muita coisa. — Comentou. 

 

     Eu ia responder, até que ouvi um som diferente, que me fez franzi a testa, mas Isabella parece não ter notado a mesma coisa que eu. Essa casa é tão velha que faz barulho estranho como se fosse desabar, era mais fácil viver embaixo da ponte. Seria menos arriscado. 

 

     Isabella trabalhou para Jason por anos, e mesmo assim, olha onde ela veio parar, meu irmão é muito cruel mesmo, mas depenado do que ela fez, podemos dizer se mereceu.

 

— Eu vou aceitar aquele suco! — Ressaltei no silêncio chato que ficou. — É complicado pedir água sem saber o espanhol! — Ri de leve e ela fez o mesmo, se aproximando do sofá e tirando uma roupas que estavam jogadas sobre o mesmo.

 

— Tudo bem, espera aí, vou pegar para você! — Avisou gentil, antes de se afastar e ir até a pequena cozinha, que é atrás de uma pequena parede que a esconde da sala. 

 

   Revirei os olhos, já não aguento a sensação bonde de hoje, preciso saber o que essa Isabella sabe, mas não está sendo fácil, ela só rodeia e não chega a lugar nenhum. 

 

 

 

    Me levantei enquanto ela ainda está na pequena cozinha e andei em passos lentos pelo corredor, querendo descobri mais sobre a casa e sobre essa tal Isabella. Ela parece legal, mas o medo que tem de Jason deixa ela inútil para muitas coisas, só queria que ela me falasse os segredos de Jason, mas o terror e a cautela, que está estampado nos seus olhos, só por falar nele, mostra que não será tao fácil como imaginei. 

 

     Caminhei até o fim do correto reto e estreito, indo em direção ao quarto final. Sei que é errado andar pela casa dos outros, mas estou impaciente naquela sala.  Tentei abrir a porta mas esbarrei em um vaso no chão e ele virou quebrando e fazendo um barulho alto o suficiente para ser ouvido da sala. Abri a porta totalmente e me abaixei para tentar limpar o mais rápido possível, antes que Isabella veja que o quebrei.

 

— Merda. — Resmunguei pegando os últimos cacos de barro, antes de levantar querendo sair logo dali. 

 

 

 

 

                 

                Dois meses depois....

 

 

P.O.V Justin Bieber. 

 

     Não da para fingir que tudo está numa boa, mesmo que eu tenha que fingir que está. São dois torturantes meses sem a Liz, tendo que lidar com a maldita saudades e com toda a tensão de querer saber como ela está. Confesso que quase a procurei umas três vezes nesse tempo, quando já não dava para esconder a merda que isso tudo está me causando. 

 

     Eu vivo para a K agora, Buscone me mandou ficar longe de Nina e Katte, então estou realmente tentando apenas chegar até Jason, ele fez a mesma coisa que eu, tirou quem ama da jogada, esperto demais. Mas isso não quer dizer que Nina um dia não irá pagar por isso, que não a farei lamentar cada dia que passei chorando pela Katharine. Para Jason será pior, ele pagará pela Katharine e a Liz, ele tirou as duas de mim, e isso não vai ficar assim. 

 

     Me sinto vazio sem a Liz, nada realmente faz sentido sem ela, aprendi a viver sabendo onde ela estava, até mesmo quando Emily me chantageou, eu sabia onde Liz estava o tempo todo. Agora não faço a mínima ideia, e isso me sufoca de uma forma tão intensa que me deixa sem vontade de fazer mais nada além de trabalhar o tempo inteiro. 

 

— Uma moeda pelos seus pensamentos! — Dakota disse brincalhona, se encostando na grade da aérea vip e olhando para baixo exatamente para onde eu olhava, mas eu não estava encarando um ponto certo, apenas estava pensando.

 

— Para que, se ele vale milhões! — Olhei para ela, que deu o dedo do meio para mim. 

 

      Todos estão agindo bastante normal depois da ida da Liz, só eu mesmo continuo sofrendo com isso, sentindo como se meu coração e minha vida não tivessem mais sentido. Mesmo que ela tenha garantido que irá me esperar, eu não posso me prender a isso, talvez Liz encontre algo melhor do que eu em breve e se apaixone de novo. O que eu já me peguei desejando que não aconteça. 

 

— Convencido. — Dak riu de leve me olhando. — Mas posso ganhar um milhão se acerta no que você está pensando? — Me olhou sugestiva e nem a respondi. — Liz Blue, acertei? — Perguntou o óbvio. 

 

    Não assenti nem nada, Agatha é minha melhor amiga, sabe bem o que estou sentindo agora, ela me viu regir parecido quando a Katharine morreu, mas a Liz não morreu e eu tenho que me prender a isso.

 

— Lembra da nossa primeira vez aqui, na AD+? — Disse pensativa e quase que o som local abafou a sua voz completamente. — Lembro de eu e o pessoal deslumbrados com tudo, e você com um olhar sério e centrado, como está agora! — Tocou no meu ombro. — Quando eu vi que você não estava feliz, nem nada, eu me peguei desejando da um jeito de trazer a Katharine de volta, sei lá.— Confessou suspirando, e em seguida me olhou. — Só para te ver feliz! — Sorriu docemente. 

 

     Dakota geralmente não é sentimental, ela é a mulher mais corajosa e foda que eu conheço no crime, ela não tem medo de nada e não precisa demonstrar se frágil para conseguir algum privilégio, ela briga por eles o tempo todo, constantemente. E eu amo isso nela. 

 

— É, mas agora, a situação é quase tão pior, perdi quem eu amo de novo. — Lamentei sem olhar para ela, não tentando demostrada todos os sentimentos que estão guardados em mim agora. 

 

      Não quero me tornar um frio de merda de novo, motivado unicamente pela vingança, Liz tirou isso de mim, consigo ser calculista e minucioso, sem esconder que também sou humano, posso conciliar ambos os extremos, sem perder o poder e as habilidades que tenho.

 

— Eu sei, e me sinto da mesma forma daquele dia. — Afirmou. — Mas então, Nash quer falar com vocês, lá do lado! — Apontou para minha esquerda. — Parece que ele trouxe meninas para aqui de novo. — Dak revirou os olhos. Bufei já sem paciência com isso. 

 

     Pode passar a merda do tempo que for, Nash ainda continua com a mania de trazer vadias exibida para cá. No início eu adorava, era um ótimo passatempo foder com todas elas, mas agora, não tenho olhos para mais ninguém. O que me torna um babaca de fato. 

 

 

      Me virei para ir até Nash, mas esbarrei em alguém antes que eu pudesse fazer isso. A pessoa derrubou bebida na minha blusa branca e ainda deixou cair todas as coisas da sua bolsa no chão. A menina se abaixou rapidamente para pegar tudo, mesmo com o escuro da boate. 

 

— Desculpa! — Ele  gritou contra o som. — Sou uma estabanada, eu não deveria ter saído com uma bolsa dessas! — Gritou, mais sua voz quase saiu diminuída pelo som. 

 

      Eu queria gritar agora, a chamar de lerda por ter esbarrado em mim, mas não vou fazer isso, não tem porque, ela com certeza não fez com a intensão, e se tiver feito, eu prefiro fingir que não, estou tentando não perder a paciência com todas as coisas como era antigamente. Agora quero ser um pouco mais compreensivo antes de agir. 

 

— Tudo bem, só siga o seu caminho. — Falei simples, mas alto o suficiente para que me ouvisse. Ela finalmente se levantou, tirando os cabelos do rosto e olhou diretamente para mim. 

 

— Você é muito gentil, geralmente os caras me xingariam de todos os nomes por isso! — Ressaltou com um sorriso. — Fico feliz em saber que é diferente! — Riu de leve e acho que estou bastante chapado, mesmo não bebendo mais que dois copos hoje.

 

       Pisquei os olhos algumas vezes para ter certeza ir não estou tendo alguma alucinação, ou que fiquei louco de vez. Pelo o que parece, não estou realmente ficando louco agora, não ainda. O sorriso bonito na minha frente iluminou todo o espaço em volta e eu queria que me socassem para eu ter certeza que estou vendo esse rosto em minha frente agora. 

 

—Liz! — Exclamei ainda muito surpreso com isso. — Que porra você está fazendo aqui? — Indaguei sem entender nada e sentindo uma mistura de sentimentos. — Você tem que manter distância de mim, se não...caralho você está louca? — Perguntei perdido, começando a ficar nervoso e  preocupo com ela tão perto de mim.

 

       Mesmo que eu tenha sentido saudades, Buscone jamais poderá imaginar que Liz está bem aqui diante de mim, ele cancelaria o acordo e isso fode com tudo, sem Liz protegida e em segurança, eu não sei que merda irei fazer. 

 

     Ela me olhou nos olhos, e mesmo com a pouca luz da boate, eu pude sentir a intensidade e o calor saindo deles, como sempre foi. 

 

— Eu falei para você contar os dias, falei que iria voltar, e eu voltei! — Dei de ombros naturalmente, como se essa porra não fosse extremamente perigoso para a sua vida. 

 

     Acho que Liz não entendeu quando eu disse para sempre, não falei dois meses, isso é ridículo, ela não poderia está aqui, corre um grande perigo de Buscone saber e parar de mantê-la protegida da porra toda, e é isso que me preocupa, quero a Liz bem, segura e feliz com a sua vida, sem precisar está correndo perigo constantemente. 

 

— Você não deveria! — Falei sério. — Para você ter uma vida normal precisa ficar longe! — Tentei deixar claro, mas no fundo estou queimando de felicidade em ver seu rosto em minha frente de novo. 

 

     Isso é tão doido , estou feliz e puto ao mesmo tempo, Liz vai me deixar louco antes que possa definir quais desses sentimentos é maior. 

 

— Eu sei de cada perigo, cada confusão que está aqui me causa! — Disse calma demais. — O pessoal me falou, disse qual era a outra condição de Buscone. — Me olhou com um olhar significativo. 

 

       Filhos da puta, eles não deveriam dizer que havia outra condição, eu escondi isso da Liz exatamente para que ela não tentasse escolher a primeira para si. Isso que da contar tudo para um bando de fofoqueiros. 

 

     Mas espera aí, ela falou com eles nesse tempo? 

 

— Você estava falando com eles? — Minha voz saiu muito alta e não foi uma bronca, foi uma indignação. Isso so pode ser brincadeira, ela deveria se afastar de todos ligados à mim também. 

 

— Sim, estava esse tempo todo morando no apartamento no lado do de Kato. — Disse com um olhar de como fosse óbvio. Agora eu tenho certeza que essa garota é maluca. — Eu precisava pensar, aceitei naquele dia, mas eu precisa de um tempo para rever tudo, cada detalhe! — Colocou de forma simples, e me mantive em silêncio a ouvindo falar. — Tive que pesar, o meu amor por você, a minha liberdade e futuro, e todas merdas que cairiam sobre mim estando ao seu lado. — Falou me olhando minuciosamente. 

 

      Ela parece está falando muito mais do que sério, e não consigo dizer nada, apenas a vendo falar e admirando a sua beleza na minha frente de novo, depois de dois meses achando que jamais a veria assim tão perto, que jamais ouviria sua voz novamente. 

 

— E cheguei a uma conclusão. — Deu mais um passo, ficando tão perto de mim, que consigo sentir sua respiração perto do meu rosto. — Eu morreria por você, Justin, um milhão de vezes, se fosse para esta com você até o último dia! Confessou, fazendo o ar em volta de nós pesar por conta das suas palavras. 

 

— Não, morrer não. — Acho que isso saiu mais como um maldito pedido do que como uma afirmação da forma que eu queria. 

 

      Ter sua boca tão perto da minha está tirando a minha total concentração em afastá-la, mas ouvi-la falar sobre morrer por mim, isso fez meu estômago embrulhar. Não posso imaginar perdê-la no meio dessa merda toda. 

 

        Liz não parece brincar quando disse que morreria por mim. Isso é muito errado, ela não tem que morrer por alguém cheio de problemas e metido até em cima numa situação irreversível, não posso permitir isso, e não irei de forma alguma. A única razão para eu está de pé agora é saber que a Liz está viva, se ela não estiver, tudo acaba. 

 

   — Não brinca com essa porra! — Firmei a voz. — É sério, você precisa está segura, viver uma vida direita! — Ela me olhou e assentiu lentamente, mostrando que me entendeu. Então por que está aqui correndo perigo e dizendo que morreria por mim? 

 

— Eu não quero isso isso! — Disse fazendo uma careta. — É chato pra cacete, não sei nem mais como se anda sem um segurança! Você me mimou muito, a culpa é sua! — Cruzou os braços me olhando de um jeito petulante, que só a Liz sabe fazer. Comecei a ri das palavras dela e de seu olhar desafiador.

 

— Você é louca! — Falei sorrido para ela que piscou para mim. — Que porra eu fui fazer em me apaixonar por você? — Olhei nos olhos dela que deu de ombros queremos dizer que também não sabe. 

 

— Talvez porque eu seja muito boa em matemática, muito boa em arrumar problemas. — Sibilou quebrando o pouco espaço entre nós. — Não importa, porque eu também me apaixonei por vocês assim, com guerras, inimigos, perigos. — Lambeu os lábios se aproximando mais do meu rosto. — Mas eu nunca tive medo, desde sempre me salvou. — Garantiu. — Quando me pegou antes que eu caísse no barranco do estacionamento do colégio, quando poupou a minha vida, no leão, no labirinto, quanto enfrentei Dylan, quando Emily te ameaçou. — Pontuou devagar. — Eu sempre precisei de você! 

 

         Caralho, não da para ignorar a boca da Liz tão perto da minha dessa forma, dizendo essas palavras que estão mexendo comigo, com tudo que montei para afastá-la. Liz sabe exatamente o que dizer e como dizer para me fazer entrar em seu jogo, ela aprendeu isso com o tempo, e quero xinga-lá por usar agora. 

 

     Eu só queria protegê-la, lhe da uma vida normal, mas Liz está aqui na minha frente dizendo que precisa de mim, isso é muito golpe baixo, não tem como eu fingir que não a quero ao meu lado agora, porque essa é a porra que mais desejo. 

 

 — É isso mesmo que você quer? — Perguntei perto dos lábios dela. Eu estou prestes a desistir de tudo e aceitar essa ideia maluca de deixá-la aqui, mesmo com tudo que pode e vai causar. 

 

— Com toda a certeza. — Afirmou dando um leve sorriso para mim. — Eu amo você, tanto. — Colocou seus braços em volta do meu pescoço. — E Agatha disse o caminho inteiro até aqui que eu deveria te beijar, assim te convenceria, ela está certa? — Disse em um tom de brincadeira, me fazendo imagina Agatha dizendo essas coisas a Liz. 

 

         Quer saber, foda-se. Não vou me permitir sofrer longe da Liz, mesmo que a presença dela na minha vida seja um perigo para a sua, ela quer ficar, ela me quer assim com a quero, não tem como eu negar essa porra, de jeito nenhum. Liz é a garota que preciso agora, e depois de todas as porras que passamos juntos, o que vir pode ser ultrapassado também, seja o que for. 

 

       Me manter com ela significa trabalhar para sempre como escravo de Buscone, mas eu faria, eu vou fazer. Mesmo que eu tenha vontade de matar aquele maldito, ainda sim, se eu chegar em casa e encontra a Liz, tudo vai valer a pena. 

 

      Não importa o que queira nos afastar. Nada e nem nem ninguém irá conseguir isso, somos mais forte que todas essas merdas e nosso amor é o que importa, mesmo no meio de uma guerra de gangues, eu ainda serei dela e ela será minha. E foda-se todo o resto. 

 

— Ela está certa. — Concordei com as palavras da Liz. — Muito certa. — Me aproximei beijando seus lábios suavemente. 

 

 


Notas Finais


AGORA ACABOU MESMO TÁ!

Meu Jesus o que foi esse bônus né! Eu não poderia deixar essa temporada acabar sem otp, a outra autoria queria ver geral sofrer hahahaha( nem sei se vcs sabem diferenciar a gente aqui, mas enfim)

Agora é rumo a segunda temporada e eu tenho coisas a dizer:

* dia 2 de novembro primeiro capítulo da segunda temporada.

* a sinopse já está lá, com o livro novo, basta entrar no meu perfil e ver em histórias/obras.

*vou começar, a partir do capítulo 1 da segunda temporada, a contar um pouco sobre a nova fanfic e tals, será fodaaa.

* não sabemos quantos capítulos terá a segunda temporada, mas será a última.

* sei que esperar até dia 2 é covardia mas Enem tá aí e precisamos estudar né.

* anos vocês!

AGORA VOU FALAR MAIS SOBRE AS BOMBAS BÔNUS.

JASON TÁ FODIDO EM TODAS AS LÍNGUAS MINHAS MANAS HAHAHAHAHHA TO RINDO MAS É DE NERVOSO.

EMILY NA SEGUNDA TEMPORADA VAI TA A LOUCA SONSA VOCÊS VÃO QUERER ESGANAR( eu quero sempre, sorry outra autora que gosta)

ISABELLA MINHA FILHA VOCÊ CHEGOU PARA FICAR E CAUSAR PQ SE NÃO POR PARA ISSO A GENTE NEM COLOCA PERSONAGEM.

AGORA A MELHOR PARTE DESSE BÔNUS: OTP JUNTISSIMO SIM AMORES!

Agradeçam a mim, unicamente a Juju ahhhh. Manas, eu não podia deixar vocês sem isso, esperar até a segunda temporada? Jamais! Tem tanta merda pra acontecer lá, deixa eu da uma felicidade a vocês antes de vim o furacão e nos levar.

Então Jiz está junto mais do que nunca, mas isso não significa que não vamos ter que rezar do primeiro capítulo da segunda temporada ao último né. Deus nos ajude.

E tem uma bomba, mas uma bomba....enfim, vocês vão ver!

AGORA QUERO MOSTRAR PRA VOCÊS OS NOSSOS PERSONAGENS, PARA QUEM AINDA NÃO SABE NÉ.

Liz Blue: Jéssica Jarrell
Justin Bieber: Justin Bieber
Katharine: Hailey Baldwin
Jason: Daniel Sharman
Nina: Kylie Jenner
Emily: Gigi hadid
Kato: Shawn Mendes
Nash: Nash Grier
Matt: Mattew Espinosa
Agatha: Justine Sky
Rachel: Beyoncé
Crystal: Rihanna
Nikki: Nikki Minaj
Dylan: Lucky Blue ( o nome dele parece o masculino de Liz)
Christopher: Mason Disck
Stella: North West
Kattarina: Mina Talarico
Isabella: Bella hadid

E é isso amores, até a próxima temporada anos vocês e vão ler a sinopse e o prólogo: https://spiritfanfics.com/historia/the-leaves-of-a-daily-2-the-stolen-leaves-10697882/capitulo1


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