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História The Leviathan - Jack amaldiçoado


Escrita por: Omega_Centuryon

Capítulo 11 - Jack amaldiçoado


    Algumas semanas se passaram, e Mark as aproveitou para conhecer a cidade, e as rotas que teria que pegar para ir para a faculdade. Também conheceu o parque da cidade, que era mais parecido com uma floresta, a única diferença era que haviam caminhos e bancos no meio de tantas árvores.

    Mas agora ele tinha que ir para a faculdade, que não era tão perto quanto ele gostaria, mas ele podia ir andando se quisesse, mas ele teria que atravessar o parque se ele fizesse isso. Mas, para não chegar atrasado no primeiro dia, pegou um ônibus, que o deixou na frente da faculdade.

    A faculdade era um prédio enorme, ocupava toda uma enorme quadra. A entrada era decorada com um arco de tijolos, e um caminho que dava para o pátio principal, de lá, o caminho se separava para outras entradas do edifício. Onde o caminho se separava, haviam bancos ao redor de uma velha árvore, que fazia sombra nos bancos.

    Enquanto Mark entrava no pátio principal, ele olhou o horizonte, e ele conseguiu ver uma tempestade se aproximando.

“Ótimo, vai ser um dia e tanto! Só que não!”

    Mark decidiu que iria um químico, ou pelo menos cursar química. Ele sempre teve facilidade na área de biológicas, e era o governo que estava pagando mesmo, então ele decidiu arriscar.

    As aulas foram tranquilas, ninguém implicou com ele. Mas durante a mudança de salas, ninguém ficava na sua volta, ou mesmo olhava diretamente em seus olhos. Mark achou que isso acontecia por causa do preconceito que o Dr.Lee tinha o avisado. Isso era quase uma coisa boa, pois ninguém iria ficar o irritando por ser um novato, mas era ruim porque isso iria dificultar amizades. Mas Mark não se preocupou com isso no momento, ele estava mais preocupado por estar rodeado por meio-humanos, e em uma grande quantidade. Ele estava quase entrando em pânico, mas conseguiu se conter.

    No intervalo, Mark ficou completamente sozinho. Aparentemente as pessoas tinham mais medo dele, do que ele tinha das pessoas. Quando ele se sentou no gramado do pátio principal, as pessoas se afastaram dele, deixando ele sozinho num círculo, sem ninguém ao redor, mas Mark não se importava tanto.

    O resto da aula foi muito tranquila, ele nem notou o tempo passar. E quando se deu conta, a aula já tinha acabado. E todos começaram a ir embora rapidamente, para evitar a tempestade.

    Quando Mark estava saindo, o professor o chamou. O professor era uma meio humano com aparência mais humana, porém ele tinha olhos de bode, e isso acaba não ajudando, pois eles acabavam sendo muito distrativos de perto.

Professor: - Mark, eu vi que você passou o dia completamente sozinho. E ninguém, sequer, tentou falar, ou olhar para você.

Mark: - É verdade. As pessoas parecem ter medo de mim.

Professor: - É, elas tem! Infelizmente não posso dizer que vai ser fácil para você. Eu vi sua ficha, você veio do Brasil não é?

Mark: - Sim.

Professor: - Infelizmente as pessoas não são TÃO abertas ao “nosso tipo”, quanto no Brasil. Mas se você precisar de qualquer ajuda, eu estarei aqui para te ajudar. Ok?

Mark: - Ok!

    O professor parecia meio impaciente.

Professor: - Infelizmente, não tenho mais tempo para conversar, eu preciso voltar para casa antes da tempestade!

Mark: - Deixou um janela aberta?

Professor: - Se fosse só uma, não teria problema!

Mark: - Tudo bem, então até amanhã!

    Mark saiu da sala calmamente. Ele andou pelos corredores, vendo as pessoas saírem correndo com medo da tempestade.

“Se eu tivesse essa quantidade de pêlos, acho que eu também ficaria com medo da chuva” Pensou Mark, enquanto seguia para a saída do prédio.

    Quando ele botou os pés no pátio principal, começou a chover.

Mark: - Inferno!!!!

    Mark correu para baixo da grande árvore, ele correu para perto do seu tronco, para evitar pegar muita chuva, mas chegando lá, ele acabou escorregando e caindo no chão.

    Ele caiu em cima de algumas pedras lisas que enfeitavam as raízes da árvore. Ele acabou machucando sua coxa.

Mark: - Caçete . . . Inferno . . . Bem na hora que começou a chover, eu tinha que me machucar nessas porcarias de pedras!

    Mark botou a mão sobre a coxa enquanto estava no chão. Ele não tinha quebrado nada, apenas se machucado.

    De repente, Mark escutou alguém falando: “Tudo bem? Você se machucou?”

    Mark olhou para sua frente, e viu um meio-humano estendendo a mão para ajudá-lo a se levantar. Mark aceitou a ajuda.

Mark: - Obrigado!

    Mark viu que quem o estava ajudando, era um lobo meio-humano. Ele tinha uma pelagem escura. E usava roupas de abrigo mais claras. Mark notou que na gola do seu abrigo, estava escrito o nome “Jack”, provavelmente era o nome dele.

Jack: - Prazer, meu nome é Jack!

    Aquele era realmente o nome dele.

Mark: - Prazer, eu me chamo Mark! Obrigado pela ajuda.

Jack: - Sem problemas. Mas, por que você caiu?

Mark: - Eu tentei evitar pegar muita chuva. E acabei escorregando!

    Mark, já de pé, se apoiou na árvore com o braço direito.

Jack: - Nossa, que desastre. Mas você se machucou muito?

Mark: - Não, não. Eu estou bem.

    Jack botou a mão no seu bolso e o estendeu para Mark. Na Mão de Jack, havia um anel com uma caveira, na verdade, aquele era o anel de caveira de Mark.

    Mark levou a mão ao peito, e viu que o anel havia caído do seu colar.

Jack: - Acho que isso é seu! Você deve ter deixado cair quando . . . VOCÊ caiu!

Mark: - Nossa, muito obrigado. Esse anel é muito importante para mim!

    Jack sorriu.

Mark estendeu a sua mão e pegou o anel.

Mas, no momento em que ele tocou no anel, ele sentiu uma dor inacreditável no seu corpo, junto com uma sensação de formigamento e de queimadura, que percorreu seu corpo em menos de um segundo. Então um estrondo, e os dois foram arremessados para o chão.

Mark mal conseguia se mexer, e sua visão estava completamente distorcida. Mark resolveu tirar suas lentes de contato, e ele conseguiu ver a árvore pegando fogo, e aberta ao meio.

Ele começou a se sentir cada vez mais fraco. A cada segundo que se passava, ficava mais difícil de respirar. Ele estava morrendo.

Um raio acabou atingindo a árvore, e assim, Mark e Jack foram atingidos pelo raio juntos.

Mark virou a cabeça para o lado, e viu Jack, tentando se mexer. E, mais perto de Mark, o seu anel de caveira o encarava. Ele escutou uma voz, quase se esvaindo, em sua cabeça.

“Eu posso nos ajudar, eu posso ajudá-lo! Apenas bote ele, bote o anel. Não podemos morrer agora.” Aquela era voz de Marcos.

    Mas Mark estava muito fraco para pensar, ou para discutir com a voz em sua cabeça.

    Mark, lentamente esticou seu braço, e pegou anel. Quando ele foi botar o anel, ele viu seu braço direito com queimaduras, queimaduras que faziam um rastro vermelho e irregular por todo o seu corpo. E sem pensar duas vezes, ele botou o anel no seu dedo.

    Imediatamente, ele se sentiu vivo novamente. Ele teve forças para se levantar, mas ele continuava sentindo toda a dor de antes.

    Cambaleando, Mark foi em direção de Jack.

“Toque nele, nós podemos salvá-lo. Rápido, antes que seja tarde!” Sussurrou Marcos.

    Mark segurou a mão de Jack, e fechou os olhos.

    Quando ele os abriu, ele estava num lugar completamente diferente. Ele estava num deserto, de uma areia amarelada. Ele olhou para cima, e viu um céu avermelhado. Ele respirou fundo, e sentiu um cheiro forte de enxofre.

Mark: - Que merda de lugar é esse?

    Mark olhou ao redor, e não viu ninguém. Ele resolveu olhar novamente, e dessa vez, ele conseguiu ver uma silhueta humana, bem distante dele. Instintivamente, Mark correu em direção a ela.

    Porém andar naquela areia era um tarefa difícil, pois era uma areia fofa, e fina. Isso acabava obrigando que Mark fizesse mais esforço para correr, mas ele continuou, até chegar na pessoa.

    Quando ele finalmente chegou perto de silhueta, ele notou que não era apenas uma pessoa, era Jack, o meio humano que estava com ele.

Mark: - EI, JACK!

    Jack se virou para ele.

Jack: - Onde . . . onde eu estou?

    Mark se aproximou dele.

Mark: - Eu não sei exatamente aonde . . .

    Mark botou a mão no ombro de Jack.

Mark: -  . . . Mas vamos achar uma saída!

    De repente, o corpo de Jack começou a se dissolver como fumaça, e essa fumaça subiu para o céu avermelhado.

Mark: - Mas o que?

    Quando ele olhou ao seu redor, o deserto começou a escurecer e a se desfazer. até que Mark ficou no escuro.

Mark: - Olá! Tem alguém aí?

    Mark escutou alguma coisa fazer um “BIP, BIP, BIP. . .” repetidamente. Mark começou a seguir o som, entrando cada vez mais na escuridão.

    Ele começou a se sentir estranho, e tonto, até que ele caiu no chão. Mas o chão não era duro, nem arenoso. Na verdade o chão era muito parecido com uma cama de hospital. Foi então que ele se deu conta que ele estava de olhos fechados.

    Quando Mark abriu os olhos, ele se viu em um hospital. Ele estava sozinho numa sala cheia de aparelhos. E seu anel continuava no seu dedo.

    Ele olhou pela janela, era de noite, mas Mark não fazia a menor ideia de que horas eram.

    Ele notou que na sua cabeceira havia uma pasta com alguns papéis. A pasta tinha o seu nome, então ele resolveu dar uma olhada.

    Os papéis diziam todos os resultados dos exames médicos que tinham feito com ele enquanto ele estava inconsciente. Também havia um raio-x da sua mão, e por algum motivo, o raio-x foi tirado enquanto ele usava o anel.

    Quando Mark pegou a última folha, ele entendeu o porque ele ainda estava com o anel. Pelo o que dizia no prontuário médico, o anel se soldou no dedo de Mark durante a descarga elétrica. Mark achou aquilo impossível, pois ele não estava utilizando o anel naquele momento. Então ele tentou tirar o anel, mas não conseguiu, o anel estava realmente preso ao seu dedo.

“Como isso aconteceu?” Mark se perguntava.

    A outra parte do prontuário médico falava sobre a rápida recuperação de Mark. E era verdade, ele nem conseguia enxergar direito as queimaduras em seus braços.

    Mark ficou pensando em como o anel ficou preso em seu dedo, até que um doutor entrou na sua sala. O médico parecia cansado, e com muito sono.

Doutor: - Senhor Mark! Boa noite. Eu vim aqui lhe dar boas e más notícias.

Mark: - Boa noite.

Doutor: - Então, qual notícia você quer escutar primeiro?

Mark: - A má.

Doutor: - Infelizmente não será possível remover esse anel do seu dedo, o único método seria cortando o dedo fora, e substituindo por um novo, mas infelizmente não existem ninguém que seja compatível com o senhor.

Mark: - Imagino o porque.

Doutor: - A boa notícia, é que você não vai mais crescer, fizemos alguns testes, e o senhor não vai mais crescer, o que significa que você pode ficar com o anel, se quiser!

Mark: - O que? Como assim? Vocês vão deixar essa coisa soldada na minha mão?

Doutor: - Aparentemente esse anel não irá atrapalhar o senhor em nada. E não é possível quebrá-lo, cortá-lo ou danificá-lo de qualquer forma.

Mark: - Puta que pariu . . . Eu não acredito.

Doutor: - Mas o senhor terá que se retirar. Você já parece estar recuperado.

    O doutor foi forçando Mark a sair da cama e se arrumar. Quando ele terminou de se arrumar, o doutor o conduziu até a saída.

Doutor: - Um táxi o está esperando do lado de fora!

    O doutor o empurrou para o lado de fora do hospital, e trancou as portas atrás de Mark.

    Mark olhou o médico se virar e ir embora, mas no momento em que ele se virou, Mark viu seus olhos ficarem verdes como uma esmeralda quando eles refletiram a luz interna do hospital. Ele olhou a mão do médico, e ele usava um anel com um emblema de corvo. Aquilo parecia muito estranho, mas Mark resolveu ir até a saído do hospital, onde um táxi realmente o estava esperando.

    Mark deu o endereço para o motorista, e em poucos minutos estava de volta em casa. Mark simplesmente foi para o seu quarto e foi dormir.

    No dia seguinte, Mark chegou na faculdade, e uma equipe estava serrando parte da árvore, enquanto a maioria dos alunos observavam.

    Mas Mark estava a procura de Jack. Mesmo não conhecendo direito ele, Mark queria saber o que tinha acontecido com ele. Mas parecia que Jack simplesmente não tinha ido para a faculdade naquele dia.

    Mark perambulou pelos corredores quase vazios, até que ele escutou um “psiu”. Mark olhou para o lado, e viu Jack dentro do banheiro, o chamando.

    Mark, sem pensar duas vezes entrou no banheiro.

Mark: - Jack, como é bom te ver vivo. O que houve com você? Eu acordei num hospital, sozinho, não vi nenhum sinal de você lá!

Jack: - Talvez porque eu não fui parar no hospital.

    Jack parecia sério, e furioso ao mesmo tempo. Jack estava vestindo uma jaqueta com capuz, uma calça de abrigo e um par de luvas.

Mark: - Para onde você foi?

Jack: - Para casa.

Mark: - Então, você está bem? Não é?

Jack: - Bem? BEM? Eu não estou bem. Você tem noção do que você fez comigo?

Mark: - Eu. . . salvei a sua vida?

    Jack avançou para cima de Mark, e o agarrou pelo pescoço. Mark, sem conseguir reagir pelo ataque surpresa, foi arrastado até uma parede pelo pescoço.

Jack: - Você condenou a minha vida.

    Mark conseguiu ver dentro da manga de Jack, e viu pequenas falhas no seu pelo, como se fossem pequenos caminhos de formigas pelo seu braço.

Mark: - O que você quer dizer com isso?

Jack: - Não se faça de idiota. QUando você usou a sua mágica em mim, você me trouxe de volta do inferno. E o que acontece quando alguém volta de lá?

    Mark se lembrou do discurso do Dr.Lee.

Mark: - Você se tornou um amaldiçoado!

Jack: - Exatamente. E agora? o que eu vou dizer para o Fro. . .

    Jack olhou diretamente para os olhos de Mark. E em seguida Jack o largou.

Jack: - Seus olhos. O que aconteceu com eles? Eles estão . . . estranhos.

Mark: - Então vocês realmente notam os olhos das pessoas! Eu achei que era invenção.

    Mark esfregou seu pescoço com a mão.

Jack: - O que houve com seus olhos?

    Mark sorriu.

Mark: - Nada! Eu apenas tive que descartar as minhas lentes de contato quando o raio quase me matou!

Jack: - Espera, você não conjurou aquele raio?

Mark: - É óbvio que não. Porque eu teria conjurado um raio em você?

Jack: - Para me trazer de volta, e me transformar em tipo de escravo ou soldado zumbi.

Mark: - Porque eu faria isso?

Jack: - Eu não sei, vocês radicais fazem coisas com as pessoas, coisas que ninguém entende, ou sabe. Mas eu só sei de uma coisa!

Mark: - E o que você sabe?

    Imediatamente, pequenos raios de energia começaram a sair da ponta dos dedos de Jack.

Jack: - Eu não vou virar escravo de vocês.

    Mark recuou.

Mark: - Espera, você está se precipitando! Eu posso explicar.

Jack: - Você pode? Me explicar tudo? Por que e como você me trouxe de volta?

Mark: - Legalmente eu não posso.

    Jack começou e se aproximar de Mark.

Mark: - Mas eu posso abrir uma exceção para você se você apenas esperar um pou. . .

Jack: - Que pena, eu não posso esperar. Parece que acabou o tempo.

    A luva de Jack começou a queimar, e Mark viu raios de eletricidade entre os dedos de Jack.

Jack: - Adeus.

    Jack encostou a mão no peito de Mark.

    Mark sentiu uma descarga elétrica percorrer seu coração. E em seguida ele caiu no chão.

    Jack arrastou o corpo de Mark para dentro de uma das cabines do banheiro, e o deixou lá dentro.

    Mark começou a ver tudo escurecer, enquanto sentia um aperto no peito.

    Ele sentiu a abraço gelado da morte se aproximando. Foi quando ele escutou, uma voz, no fundo de sua mente, era Marcos. Ele estava gritando de raiva dentro da cabeça de Mark.

“NÃÃÃÃOOOOO, VOCÊ NÃO VAI ESTRAGAR TUDO!”

    De repente Mark perdeu sua visão, ele começou a perder os sentidos, aquela era a sua hora, seu coração já tinha parado de bater, e não havia mais esperança para ele.



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