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História The Leviathan - Problemas religiosos


Escrita por: Omega_Centuryon

Capítulo 18 - Problemas religiosos


    Era domingo, Mark estava dormindo. Ele aproveitava as horas de sono que ele ainda tinha antes de ter que ir para o piquenique no parque.

    De repente alguém bate na porta e o chama.

- “Mark? Você está em casa?”

    Era uma voz feminina que o chamava, porém ele conhecia aquela voz de algum lugar.

Mark: - Já estou indo!

    Mark pulou da cama, e foi até a porta.

    Quando abriu a porta, se deparou com Jack e Frost, e quando ele olhou mais para baixo, viu Jess. Naquele momento ele se deu conta de que era ela que o estava chamando.

Jess: - Bom dia Mark!

Mark: - Oi. O que vocês estão fazendo aqui?

Frost: - Nós pensamos que talvez fosse melhor se nós fossemos junto com a Jess na igreja, assim não teríamos que esperar um ao outro na frente da igreja!

    Jess e Frost pareciam muito animados com aquilo, mas Jack parecia estar sendo arrastado para sua execução.

    Mark olhou Jack nos olhos.

Mark: - Isso foi ideia dele, não foi?

    Mark se referia a Frost.

Jack: - Dos dois amiguinhos aqui.

    Mark abriu a porta por completo.

Mark: - Por que não entram?

Jess: - Ok.

    Eles entraram, e ficaram na sala.

Mark: - Olhem, eu não quero parecer rude, mas . . . Por que vocês vieram até a minha casa para me perguntar se eu queria ir na igreja?

Jack: - Pelo menos eles estão te convidando. Eu não tive esse privilégio!

    Jack estava de braços cruzados, encarando Frost e Jess.

Jess: - Bem, se nós tivéssemos convidado você, você viria?

Jack: - Não!

    Frost sorriu, com um pouco de malícia.

Frost: - Por isso não te perguntamos!

    Mark bateu uma mão na outra, chamando a atenção dos 3.

Mark: - Eu tive uma grande ideia, porque não deixam eu e Jack aqui, e vocês dois vão juntos? Como bons amigos?

Jack: - Eu aceito.

Frost: - Não, vamos todos juntos.

Mark: - Por que? porque eu tenho que ir?

Frost: - Porque . . . você me deve!

    Mark cruzou os braços.

Mark: - Eu? Te devendo? Pelo o que eu me lembro, você que me deve! Você não estaria aqui se não fosse por mim! Nem você, nem o Jack.

Jack: - Se você pensar bem, foi uma reação em cadeia, que foi causada por causa sua.

    Mark quase se indignou com aquela resposta.

Mark: - Para a sua informação, você estava escorado naquela árvore antes mesmo de eu chegar lá!

    Jack ficou sem argumentos contra aquilo.

    Depois de um pequeno momento de silêncio, Jess se interveio.

Jess: - Do que vocês estão falando?

Mark/Jack/Frost: - NADA!

    Os Três responderam ao mesmo tempo.

Jess: - Ok.

    Eles ficaram alguns segundos em silêncio.

Frost: - Mark, porque você não quer ir?

    Mark revirou os olhos.

Mark: - Eu não sou do tipo religioso, ok? E eu tenho medo de acabar pegando fogo lá dentro. Você também deveria, levando em conta onde nós fomos!

Jess: - Isso faz parte daquele assunto particular de vocês?

Jack: - Sim.

Jess: - Ok.

    Frost deu um passo à frente.

Frost: - Mark, por favor! Só dessa vez. Que mal pode acontecer?

    Mark suspirou.

Mark: - Porque essa obsessão por me levar na igreja?

    Frost não respondeu, mas Mark tinha uma suspeita, de que era porque ele havia comentado sobre demônios estarem ligados aos seus anéis.

    Frost apenas o encarou.

Mark: - Ok, eu vou. Me deixem me trocar primeiro.

    Mark subiu as escadas.

Mark: - Se quiserem, tem comida . . . bem, tem comida na cozinha. Só peço que não comam meu sorvete.

Mark seguiu para seu quarto, enquanto os 3 o aguardavam na sala.

Jess: - Uau, que casa bonita! No que será que os pais do Mark trabalham? Devem ter algum emprego importante, para terem uma casa assim!

    Frost pensou rapidamente em uma resposta.

Frost: - Mark não fala muito sobre os pais dele, talvez seja porque eles nunca estão presentes.

Jess: - Nossa, que pena, deve ser muito triste.

    Eles escutaram barulhos vindo do andar de cima, juntamente com alguns resmungos de Mark.

    Em pouco tempo, Mark estava pronto. Ele vestia uma camisa cinza chumbo, sua jaqueta de couro preta, e uma calça jeans.

    Mark suspirou.

Mark: - Ok, vamos lá.

    Jess abriu um sorriso, e seguiu para a porta de saída. Jack e Frost foram logo atrás dela.

    Eles esperaram do lado de fora enquanto Mark trancava a porta.

    Quando Mark foi até o encontro deles, ele parecia estar sem motivação nenhuma.

Jess: - O que foi, Mark?

Mark: - O que você acha? Eu estou indo para uma igreja, e eu odeio igrejas.

    Jess suspirou, mas não perdeu seu ânimo.

    Em seguida eles foram em direção a igreja.

    Em poucos minutos eles chegaram em uma grande capela branca. Um padre acenava para as pessoas enquanto as convidava para entrar na igreja.

Jess: - Pessoal, esse é o padre Frederick. Um grande amigo meu!

    Eles se aproximaram da entrada. Antes de entrarem na igreja, Frederick se aproximou deles com um sorriso no rosto.

Frederick: - Jess, minha jovem! Que bom te ver novamente!

    O padre olhou para os outros três.

Frederick: - Vejo que trouxe companhia desta vez!

Jess: - Sim. Esse é Frost, e seu namorado Jack!

    O padre os cumprimentou com um sorriso no rosto.

Jess: - E esse aqui é meu mais novo amigo, Mark.

    O padre estendeu a mão e o cumprimentou.

    No momento que Mark tocou na mão do padre, ele sentiu seus músculos arderem. Mark fez o possível para disfarçar a dor.

    Logo em seguida, o padre soltou a mão de Mark.

Frederick: - Bem, já que são novos aqui, poderiam me acompanhar até a minha sala de visitas? Eu gostaria de explicar como as coisas funcionam por aqui!

Mark: - Olha, eu não acho que . . .

Frost: - É claro!

    E assim, Mark foi quase arrastado até uma grande sala do outro lado da capela.

    Eles ficaram impressionados com a decoração e a organização do lugar. Provavelmente o padre tinha um nível muito grande de TOC, porque tudo estava milimetricamente posicionado.

    Mas eles acabaram não percebendo que alguns jovens acabaram entrando na sala logo depois deles.

    Porém, quando Mark se virou, ele conseguiu perceber a presença deles.

Mark: - Quando foi que eles entraram aqui?

    Os outros 3 se viraram, surpresos com os jovens.

    Quando Mark os observou melhor, ele viu que todos os jovens usavam roupas completamente brancas. Mas o que mais chamou a atenção de Mark, era que cada jovem carregava uma cruz de prata em uma das mãos, e na outra um terço. Eles também não pareciam ser muito amistosos.

Mark: - O que é isso? Batismo forçado?

    O padre sorriu.

Frederick: - Cale a boca seu demônio imundo!

    Os 4 se surpreenderam com a resposta do padre.

Jess: - Padre, do que você está falando?

Frederick: - Minha querida jovem, você e seus dois amigos foram enganados pelo inimigo. Peço gentilmente que se afastem, e nos deixem livrar esse mundo deste mal.

    Os jovens de branco se prepararam para um briga.

    Jack e Frost se olharam preocupados, em seguida olharam para Mark, que estava surpreendentemente calmo.

    Mark olhou para eles, com um pequeno sorriso no rosto.

Mark: - Viram? Eu estava certo sobre eu ter demônios!

    Mark ficou com um semblante mais sério, mostrando o quão preocupado ele estava.

Frederick: - Eu disse calado, demônio! Você não fará mais nenhum mal a esses jovens!

    Antes que Frost conseguisse explicar o que estava acontecendo, Mark sorriu enquanto respondia para o padre.

Mark: - Sabe, Padre Frederick, você parece ter um ódio muito grande e desnecessário de demônios!

    O padre rangeu os dentes de ódio.

Mark: - Por que será?

    Mark pôs a mão no queixo, pensativo. Mas depois de alguns segundos, ele parecia ter chegado a uma conclusão.

Mark: - Eu já sei! Foi por causa da Celestia não é mesmo? Pobre jovem, sempre se metendo no lugar errado!

    Jack e Frost olharam, assustados e impressionados, para Mark.

    Porém, Frost conseguiu ver os olhos de Mark, e suas íris estavam verdes, como uma esmeralda. Frost sabia que aquilo não era uma coisa boa.

    O padre cerrou os punhos. Enquanto começava a ficar vermelho de raiva.

Mark: - Mas sabe, aquilo não foi obra de um demônio. Por incrível que pareça! Mas a culpa foi de um amaldiçoado. Um psicopata acabou conseguindo voltar a este mundo, e . . . bem, você sabe no que resultou!

Frederick: - Meus filhos, acabem com ele!

    Um dos jovens partiu para cima de Mark.

    O jovem o atacou de cima para baixo com a cruz, mas Mark, num movimento perfeito, conseguiu pegar o braço do jovem, e utilizando o peso e a velocidade dele, o jogou do outro lado da sala, fazendo o jovem bater contra a parede.

Mark: - Uau, eu nunca pensei que poderiam ensinar combate corpo a corpo contra demônios! No meu tempo os padres rezavam até o demônio sair. Mas eu acho que muitas coisas mudaram em mil anos, não é mesmo?

    Antes que Mark pudesse se virar de volta, o padre tirou um frasco de vidro, o frasco parecia conter apenas água. Mas o padre o jogou em direção a Mark, o acertando no pescoço. O frasco se quebrou completamente no impacto. E quando a água encostou na pele de Mark, a água começou a ferver e a evaporar.

    Mark cambaleou para um lado, ele parecia estar sentindo uma dor horrível.

Frederick: - Rápido, essa é a nossa chance!

    Todos os jovens partiram para cima de Mark.

Jack: - Ei, parem agora com iss. . .

    Frost viu Jack caindo ao seu lado, desmaiado.

Frost: - O que?

    Quando Frost se virou, ele viu o padre erguendo uma cruz de prata, e o golpeando na cabeça. Depois disso, tudo escureceu.

    Quando Frost recuperou seus sentidos, ele estava sendo carregado por um bombeiro, ao mesmo tempo, ele sentia um calor tremendo, e um cheiro insuportável de fumaça.

    Em pouco tempo, o bombeiro o tirou da capela e o deitou no chão.

    Frost, ainda meio tonto. Não estava entendendo o que acontecia ao seu redor. Até que o bombeiro jogou um pouco de água gelada no rosto de Frost. O susto o fez se recuperar mais rápido.

Frost: - Hã, que? O que está acontecendo?

    Frost olhou ao seu redor, e viu Jack e Mark, do outro lado da rua, sentados na traseira de um dos caminhões de bombeiro. Frost disparou até eles.

    Jack notou que Frost estava se aproximando, e correu em direção a ele. Os dois se abraçaram.

Jack: - Frost, graças a Deus você está bem! Achei que os escombros do incêndio tinham te soterrado!

Frost: - É claro que . . . incêndio?

    Frost olhou para trás, e viu que a capela inteira estava em chamas.

Frost: - Meu Deus! O que houve?

Jack: - Eu não sei. Eu perguntei a mesma coisa pro Mark, mas ele não quer falar nada.

    Frost olhou por cima do ombro de Jack, e viu Mark, pálido, apavorado, e cheio de cortes. Um dos bombeiros estava cuidando dele.

Frost: - O que aconteceu com ele?

Jack: - Como eu disse, ele não quer falar. Pelo menos não aqui! Eu também perguntei sobre o sangue nas roupas dele, mas ele não quer falar.

    Frost não conseguiu notar nenhum sangue nas roupas de Mark, pois ele estava coberto por uma toalha.

    Depois de um tempo, a polícia e as ambulância chegaram. Os médicos cuidaram dos 3, que por sorte só tinham ferimentos superficiais. Em seguida, a polícia veio falar com Mark, ele falou durante um tempo com alguns policiais enquanto os médicos cuidavam de Jack e Frost, que não conseguiram prestar atenção em nada que Mark estava falando.

    Depois de algum tempo, os médicos decidiram mandar os 3 para casa. Frost não entendeu o porque daquilo, pois eles poderiam ter ferimentos internos ou algo do tipo.

Frost: - Esperem, vocês não deveriam nos levar para o hospital?

    Um dos médicos se virou para ele.

Médico: - Esse seria o procedimento caso alguns de vocês estivesse comprometido. Mas todos os seus ferimentos são apenas cortes superficiais! Você mal derramou uma gota de sangue até agora.

    Frost ainda estava preocupado.

Frost: - Mas e se algum de nós estiver com hemorragia interna? Nós iríamos morrer em minutos!

    O médico revirou os olhos.

Médico: - Olha, vocês estão aqui há quase uma hora. Se você estivesse com hemorragia interna, você estaria cuspindo sangue já faz algum tempo! Nós somos profissionais, não se preocupe, vocês estão bem! O mais prejudicado de vocês e aquele ali.

    O médico apontou para Mark.

Médico: - Ele está com algumas queimaduras em algumas partes do corpo. Provavelmente por causa da temperatura que ele se expôs para conseguir sair do incêndio a tempo. Mas não se preocupe com ele, as queimaduras dele são menores que uma queimadura de sol!

    Jack, Frost e Mark saíram da ambulância.

Médico: - Agora se nos der licença, temos outra chamada de emergência!

    Em segundos a ambulância saiu em disparada.

    Aparentemente, Mark deu tudo o que os policiais queriam, então eles já estavam liberados para voltar para casa.

    No caminho de volta, Jack notou uma coisa.

Jack: - Onde está a Jess?

Mark: - Ela já deve estar em casa. Ela saiu correndo antes do incêndio.

Frost: - Mark, você poderia nos dizer o que foi que você falou para a polícia?

    Mark limpou a garganta seca.

Mark: - Eu disse que o amaldiçoado que matou a irmã e a família do padre tinha voltado para terminar o serviço. A polícia acabou acreditando!

    Jack e Frost se olharam.

Jack: - Ok, mas o que foi que REALMENTE aconteceu?

    Mark coçou a cabeça.

Mark: - O que aconteceu foi . . . o pior momento da minha vida. Eu perdi completamente o controle! Eu literalmente não consegui controlar as minhas ações, mas mesmo assim eu vi tudo, senti tudo, e foi . . . horrível.

    Frost colocou a mão sobre o ombro de Mark.

Frost: - Está tudo bem, não foi culpa sua. Mas você poderia dizer o que aconteceu? Se você quiser, é claro.

    Mark tirou a toalha que cobria suas roupas, mostrando que elas estavam encharcadas de sangue e fuligem.

Mark: - O que aconteceu foi que, eu acordei amarrado de cabeça para baixo, e abaixo de mim havia um tanque de água benta. Mesmo sabendo que aquilo iria me queimar inteiro, eu mastiguei a corda  me soltei. Depois disso eu dilacerei completamente o padre e os outros jovens, com as minhas mãos. E quando eu vi, eu havia começado um incêndio, mas naquele momento, eu não tinha mais forças para fugir. A nossa sorte foi que os bombeiros apareceram na hora.

    Frost ficou encarando Mark. Frost ficou apavorado com aquilo tudo.

Jack: - Mas e aquilo sobre você saber do passado do padre? Como fez aquilo?

Mark: - Eu não sei, eu apenas sabia.

    Jack coçou a cabeça.

Jack: - Então parece que, de alguma forma, você consegue compartilhar memórias com os demônios que estão nesses anéis.

Mark: - Eu não sei. Talvez sim! Mas nosso maior problema agora, é aquela coelha. Ela fugiu, e ela vai arranjar confusão para nós três.

Jack: - Talvez sim. Mas eu acho que ela vai se esconder pelos próximos dias, coelhos nunca são muito corajosos.

Mark: - Agora você começou a botar estereótipos raciais nas pessoas?

Jack: - São fatos, todo mundo sabe! Mas a questão é que, ela vai se esconder durante alguns dias antes de fazer qualquer coisa. Nesse tempo, podemos aproveitar e ir atrás dela!

    Mark parou de andar. Jack e Frost fizeram o mesmo.

Mark: - E vamos dizer o que? Vamos chegar nela e dizer “Olha, me desculpe pela carnificina do outro dia, mas é que os demônios que me possuíram através destes anéis, assumiram o controle. Mas eu prometo que isso não vai acontecer de novo, porque, ainda tem dois demônios a solta, que provavelmente virão atrás de mim, e eu terei que deixar eles me possuírem, assim eu posso perder completamente a sanidade! E, antes que eu me esqueça, esses dois são amaldiçoados que eu trouxe de volta do inferno!”.

    Jack pensou um pouco naquilo.

Jack: - Bem . . . quando você fala desse jeito, parece ridículo mesmo!

    Os dois se olharam, e sorriram.

Mark: - Ok, nós vamos atrás dela. Mas vamos fazer isso outro dia, eu preciso voltar para casa.

    Frost gritou para os dois.

Frost: - QUAL É O PROBLEMA DE VOCÊS DOIS?

    Os dois se viraram para Frost.

Frost: - Depois de tudo o que aconteceu, vocês ainda sorriem e querem sequestrar a minha amiga?

Mark: - Olha, Frost. Nós não vamos sequestrar ela, vamos apenas explicar o que está acontecendo.

    Mark parecia extremamente calmo naquele momento, o que era estranho.

Mark: - Mas, agora, vamos voltar para nossas casa, e agradecer que estamos vivos. E eu vou agradecer que eu não fui preso, ainda não!

    Frost tentou se acalmar o máximo possível. E então cada um deles foram para suas casas, sem falar nada do que realmente aconteceu para seus pais.

 



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