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História The Library (minsung) - 30 - wrong tent


Escrita por: moonlightAd

Notas do Autor


maratona TL (6/6)

heey, mais um capítulo pra vocês.

bom, esse é o último capítulo da maratona, espero que vocês tenham gostado tanto quanto eu.

aliás, estamos fechando com chave de ouro, porque TL finalmente alcançou 100 favoritos (e estamos quase no 5K de views). eu não me aguento dentro de mim, com tanta felicidade. obrigada a todos, isso é muito importante pra mim ❤

sobre o jaemin sumido: satanás trabalha no sigilo, fellas 🗣🗣

boa leitura, espero que gostem :)

Capítulo 36 - 30 - wrong tent



Minho


Bato as mãos em minhas coxas, totalmente inquieto com tudo o que vem acontecendo. Acabo chegando a conclusão que eu sou doido, muito idiota, ou os dois. No momento, eu só tenho certeza de duas coisas; primeiro, beijar o Jisung foi bom para um senhor caralho. E segundo, isso não deveria ter acontecido de jeito nenhum.


O pior de tudo, é que eu fiz isso justo no dia em que ele se mudou para a minha casa, o que torna evitá-lo, uma tarefa bem mais difícil. Não faço a mínima ideia de como as coisas correrão, quando tivermos que nos encarar. Me pergunto se ele vai querer desviar o assunto, ou tirar as coisas à limpo; torço para que seja a segunda opção, porque não sei como explicaria o que aconteceu. 


Não é como se eu pudesse chegar nele, e dizer "Sinto muito por ter te beijado logo depois de você dizer que gosta de mim, e sinto mais ainda por ter vontade de fazer isso novamente". Ele provavelmente me mataria se eu dissesse isso; digo, isso se eu não me matar antes.


Não queria ter brincado com ele dessa maneira, porque posso ter lhe dado esperanças de algo acontecer entre nós, mas isso não é uma coisa possível; o máximo de relação que me permito ter com o Jisung, é amizade. Mas acho que estraguei as chances disso acontecer, porque fui injusto ao mexer com seus sentimentos. 


Continuo sentado por mais um tempo, abraçado à minhas pernas, e ouvindo o som da natureza, juntamente ao som tranquilizante da fogueira. Olhar para ela, me lembra do gesto fofo que foi o Jisung decidido a me ensinar como construí-la, mesmo que o próprio estivesse desconfortável em ficar perto de mim. 


Sempre faço questão de reforçar para mim mesmo, que não posso ceder tão fácil para ele; mas fica difícil quando isso parece uma coisa mútua. O Jisung sempre pende para o lado de ignorar seus próprios sentimentos, a fim de fazer qualquer coisa para que eu me sinta melhor. Essa atitude me fascina, assim como também me assusta.


Querendo esquecer essa história, pelo menos por algumas horas, coloco um capuz – visto que o frio aumentara ainda mais – e sigo na direção da parte central do parque. 


Faço uma careta ao passar perto do local oficial do acampamento; já que só ouço pessoas gritando, e várias músicas tocando ao mesmo tempo. Como eles aguentam isso? 


Finalmente chego onde eu queria, e mesmo que uma parte das pessoas estejam acampando, e outra parte já tenha embora, ainda tem gente bebendo, por mais que a festa tenha se encerrado há um bom tempo. Dou graças aos céus por não estar sozinho, e saio à procura de qualquer coisa que contenha uma quantidade considerável de álcool.


•••

Concluo que bebi demais, uma vez que já não tenho controle nenhum sobre minhas atitudes, e em algum momento da madrugada, – não lembro qual – me juntei a um grupo aleatório de pessoas, que tem indivíduos tão alterados quanto eu. 


— Gente! – soluço. — Eu preciso ir emb... – soluço novamente. — B-bora. – falo, com dificuldade.


— Vai lá, acho que você precisa descansar, porque já tá doidinho. – alguém responde, dando risada. 


— O problema é que... – solto um resmungo, ao soluçar mais uma vez. — Não lembro onde eu tava. – faço um biquinho.


— Ali, homem! – uma moça aponta para uma parte da floresta. — Você veio dali. 


— Obrigado. Deus lhe pague, viu! Fofinha. – dou um beijo em sua bochecha. 


No momento estou bêbado demais para me importar, mas se me lembrar disso amanhã, sei que vou morrer de vergonha por essa cena patética. 


Me levanto do banco no qual estava sentado, e dou um aceno, me despedindo de todos coletivamente. Eles sorriem e também se despedem, mas em momento algum, parecem prontos para ir embora dali.


Por estar um tanto cambaleante, e talvez sem pensar direito, tenho dificuldades em voltar para onde estava anteriormente, mas finalmente chego ao local. Suspiro frustrado ao perceber que o fogo já se apagou, mas não tem nada que eu possa fazer.


Dou risada de mim mesmo, quando dificuldades para abrir o zíper de minha barraca, porém consigo coordenação o suficiente para tal. Ao entrar nela, percebo Jisung está no sétimo sono, o que me deixa confuso.


— Ué... – falo de maneira arrastada. — O que esse doido tá fazendo aqui? – questiono. — Jisunguinha, psiiiiu. Acorda, menino. – o cutuco, mas nada dele acordar.


Minha cabeça não está processando nada direito, e por isso, acho a cena atual, a coisa mais engraçada do mundo. Prendo a risada, tentando não fazer escândalo.


— Hannie, eu trouxe suas nozes, acooooorda! –tenho quase certeza que nada do que falo, está fazendo muito sentido. — Por que você tá na minha barraca? – pergunto, mesmo sabendo que ele ainda dorme. 


Dou um sorrisinho, porque percebo que ele está dormindo de forma adorável. Está de bruços, suas bochechinhas estão levemente vermelhas, e tem um biquinho desenhado em seus lábios, como se estivesse emburrado com algo; sem querer, acabo me perguntando se ele sempre dorme assim. Já que no quarto do Llama, ele apenas cochilou.


— Você é chato. – lhe mostro a língua, quando noto que ele não vai acordar. — Tudo bem, você é fofinho. – dou uns tapinhas em suas costas.


Decido deixá-lo em paz, porque fico com dó de interromper seu sono, e também não quero ser o culpado de acabar com sua carinha manhosa enquanto dorme. Entretanto, ao invés de me mudar para sua barraca, apenas deito ao seu lado, – em uma distância segura – e uso a pontinha de sua manta para me cobrir. 


Após quase apertar suas bochechas, e concluir que ele deve ser a única pessoa que dorme de um jeito bonitinho, acabo por cair no sono, finalmente.


///

Han


Vou acordando aos poucos, e fico confuso ao sentir um peso que vai de minha cintura, até meu abdômen; também me assusto quando sinto a respiração de alguém em minha nuca. 


Pisco algumas vezes, na intenção de despertar totalmente; então percebo que o peso que sinto, é causado pelo braço de Minho. Ainda não me virei pra ver quem é, mas tenho a plena certeza que é ele.


Quando ele veio pra cá? Por que ele veio pra cá? E por que caralhos tá me abraçando? Esse homem perdeu a cabeça de vez?


Querendo não assustá-lo, me separo do abraço com cuidado, para então me concentrar em lhe acordar, e exigir explicações.


— Lee... Acorda. – o balanço, de maneira sutil. 


— Hum... O que foi? – diz com a voz rouca de sono, e ainda sem abrir os olhos. 


— Por que você tá aqui? – pergunto, totalmente confuso.


— Aqui onde? – parece emburrado, por eu ter lhe acordado.


Coça o seus olhos, boceja algumas vezes, e se espreguiça o máximo que pode, mesmo que ainda esteja deitado. Não queria, mas acho fofa a maneira a qual ele acorda.


— Você tá na minha tenda. 


Finalmente desperta, abrindo seus olhos já arregalados. Senta, e se afasta de mim, porém me encara com uma expressão perplexa, e um tanto culpada. 


— Eu... Eu... É...


— Você...? – questiono. 


— A gente dormiu junto?! – sua pergunta me deixa surpreso.


— Depende do sentido que você tá perguntando. – dou de ombros.


— A gente fez... Bom... – percebo que ele está minimamente alterado, então deduzo que bebeu, durante a madrugada; provavelmente ainda está um pouco bêbado.


— Não! – o interrompo. — Nada desse tipo aconteceu. 


— Que susto. – suspira em alívio. — Mas de que outro sentido você tava falando?


— Me responde você. – retruco. — Quando acordei, você tava me abraçando; até senti sua respiração na minha nuca. 


— Sério?! – assinto. — Foi mal, não foi minha intenção. – coça o seu pescoço, visivelmente nervoso.


— Sua intenção era só invadir minha barraca? Sem mais, nem menos? 


Pensa por alguns momentos, provavelmente puxando as memórias do aconteceu enquanto eu dormia. Pela expressão que faz, é perceptível que se lembrou dos acontecimentos. 


— É... Sobre isso, foi mal de novo. – diz, sem jeito. — Infelizmente, bebi demais. Quando voltei pra cá, tava tão bêbado, que jurava que essa era minha barraca. 


— Mas porquê não me acordou? Mesmo se fosse a sua, eu teria saído. – cora, ao ouvir minha pergunta. Decido nem perguntar o motivo.


— Eu tentei, juro. Só que você é uma pedra. – explica. — Só sabia que você não tinha morrido, porque suas bochechas estavam vermelhinhas.


— E por que raios você reparou nisso? – estou em um misto de vergonha e irritação.


Vergonha, porque ele me viu dormir, e eu estou me sentindo meio exposto. E irritação, porque suas atitudes estão me confundindo demais. 


— Sei lá, eu tava bêbado. – resmunga. 


— Minho, é engraçado brincar comigo? – pergunto, indignado.


— Oi?


— Vamos repassar os acontecimentos: primeiro, eu me confesso pra você; segundo, você deixa claro que não posso gostar de você; terceiro, me dá uns elogios inesperados, que mexem com minha cabeça; quarto, você me dá um beijo do caralho; quinto, dorme abraçado comigo. – pontuo todas as coisas que vêm acontecendo desde ontem. 


— Jisung...


— E nem vem com esse papo de impulso, porque as coisas que aconteceram, foram muito além disso. Eu gosto de você, porra! Não queria que me tratasse com frieza depois da confissão, mas isso não significa que você pode brincar comigo. – disparo. — Essas coisas podem ser só impulso pra ti, mas pra mim, elas são sinônimos de falsa esperança. Se aquele beijo não foi real pra você, não desfaça do fato de que foi real pra mim!


— Foi real pra mim também, caralho! – admite, me deixando surpreso. — Eu gostei, tá legal? Não deveria ter acontecido, por vários motivos, mas eu gostei.


— Você se arrependeu, não foi? 


— S-sim, mas...


— Isso já é o suficiente pra anular o fato de que "você gostou"! – faço aspas com meus dedos. — Olha, já sei que isso nunca mais vai acontecer de novo, então fica tranquilo com isso. Não vou ficar atrás de você como o Jae... Opa, como um cachorrinho. – dou um sorriso irônico. — Só vamos fingir que nunca aconteceu, até porque, sei que é isso que você quer. – a história se repete, mas como sempre, ele parece não se lembrar.


— Não queria ter te magoado. – é a vez dele ter dificuldades em me encarar. — Desculpa por ter agido como um idiota, isso nunca mais vai acontecer. 


— Ótimo, bom pra nós dois! Assim você para de fingir que se importa, e eu não me iludo mais. 


— Ei, eu me importo! 


— Se se importasse, não teria se empenhado tanto em me fazer de otário. – argumento.


— Não foi por isso que aquelas coisas aconteceram. – tenta se defender.


— Então foi por quê? 


— Eu não sei. – suspira. — Eu só... É melhor nós irmos embora. 


Sem completar sua fala, sai da tenda, me deixando sem resposta. Vendo que não tenho mais nada fazer, começo a arrumar minhas coisas para irmos embora. Enquanto faço isso, prometo para mim mesmo que nunca mais vou acampar na vida. 


Com as coisas devidamente arrumadas, eu desmonto as barracas, enquanto Minho leva nossas coisas de volta para o carro. Aproveito que ele não está por perto, e tento ligar para o Seung, querendo ver se poderia ficar um pouquinho em sua casa; infelizmente, não sou atendido.


Apenas termino de desmontar tudo, querendo acelerar nossa ida de volta para casa. A casa da pessoa que eu deveria estar evitando. 


•••

Nós passamos o caminho inteiro em silêncio; o único som no carro, são as músicas que tocam no rádio. Às vezes, até abro minha boca para falar algo, mas desisto logo em seguida. 


Quando chegamos em sua casa, respiro fundo, pensando em como vou agir daqui em diante. Decido agir normalmente, para que não haja nenhum tipo de confusão – pior que a atual – entre nós; e também, sei que ele está se sentindo culpado, e não quero piorar seu estado.


— Bom, obrigado por emprestar a tenda. – sorrio de maneira sutil, e começo a subir as escadas, seguindo caminho para o "meu" quarto.


— Por nada. – ele parece estar mais desconfortável que eu.


— Ah, depois te devolvo o brinco. – lembro do acessório. — Mas ainda são oito da manhã, e eu preciso dormir um pouco mais; você não tá com cara de quem vai subir agora, e não vou passar no seu quarto sem você lá.


— Tudo bem. – assente. — É... Jisung, sei que tá chateado por minha culpa, e queria me desculpar mais uma vez. 


— Eu já fiz coisa pior com você, não se preocupa. – tento mediar a situação.


— Isso não me dá passe livre pra ser um babaca.


— Pelo menos, agora tenho a prova de que você não é perfeito, embora ainda tenha minhas dúvidas. – ah, que legal! Eu ainda não consigo controlar meus elogios desenfreados. 


— Como você consegue falar isso pra mim, sendo que ainda no parque, estava prestes a voar no meu pescoço? 


— Acho que não consigo ficar chateado com você por muito tempo. – dou de ombros. — Relaxa, Lee. Como disse antes, vamos fingir que nada aconteceu.


— Ok. – volto a subir os degraus, mas sou interrompido novamente. — Na verdade, não quero fingir que nada aconteceu.


— Como não?! É melhor pra nós dois. Ainda mais pra você, que se arrependeu.


— É que... – suspira. — Esquece. Você provavelmente me jogaria do terceiro andar, se eu dissesse isso.


— Começou, agora termina.


— Talvez, minhavontadefazerissodenovo, seja maior que meu arrependimento. – demoro um tanto para entender o que disse.


— É O QUÊ?! – sinto minhas pernas bambas, e tenho dificuldades em não cair da escada.


— Não me faça dizer de novo.


— Isso é muito pra mim, licença.


Subo as escadas correndo, e me tranco no quarto. Deito na cama, e depois de repassar sua fala, por umas mil vezes, a sobrecarga de sentimentos me vence, e eu acabo dormindo.


Notas Finais


espero que tenham gostado, me desculpem por qualquer erro. por favor, não esqueçam de favoritar e comentar.

então, babes. além de precisar organizar algumas coisas, preciso descansar a cabeça, e acho que vocês também. é tendo isso em conta, que TL entrará em hiatus por uma semana.

dia 20/07(terça) retornarei com um capítulo novinho em folha. por favor, não esqueçam de mim – nem de TL – até lá :((

bye, c ü soon 💙


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