Seungmin
— Não acredito que você fez ele passar por tudo isso, Han Ji Sung! Ele é tão legal poxa, tô decepcionado. – digo um pouco nervoso. — Só pra deixar claro: você vai conseguir o perdão desse homem, nem que eu tenha que trancar vocês num quartinho, com o Changbin segurando ele pra você poder dizer tudo direitinho. – me acalmo, soando mais compreensivo quando Han termina de me contar seu histórico com o Lee.
Vejamos, depois que saímos da biblioteca com o meu tão esperado livro, passamos na cafeteria Yang para eu pagar minha dívida com Jisung, mas ela estava cheia então voltamos para o apartamento dele. Notei que ele ficou estranho desde que viu o Lee, mas só perguntei sobre o assunto quando chegamos em sua residência, então ele me explicou tudo.
Entendo que o bibliotecário deve ter sofrido muito nessa época e sei que não vai ser fácil conquistar o seu perdão, mas não custa tentar, não é? Afinal, eu sou a prova de que meu amigo mudou e é uma pessoa melhor agora, até porque se ele ainda fosse o babaca que me contou que era, eu passaria longe.
— Não é assim que funciona, poxa. Ele me odeia e tem razão pra isso, duvido que me perdoe um dia. Deixa isso pra lá, vai dar muito trabalho. – me responde num tom frustrado, esparramado no sofá.
— Ei, se acalma aí Jisung. – dou risada de seu estado. — Eu tô falando pra você tentar conseguir o perdão dele, não pra pedí-lo em casamento. – brinco e posso jurar que o vi corar. Tenho certeza que tem mais coisas por trás dessa história toda.
— A-ah… m-mas ninguém f-falou e-em ca-casamento. – ele diz meio nervoso mas quando percebe que foi só provocação, joga uma almofada na minha cara. — Ha-Ha-Ha, muito engraçado, tô rindo horrores aqui. – soa irônico e irritado.
— Relaxa, garoto! Foi só uma brincadeira, por que ficou tão nervoso? – pergunto rindo histericamente de sua reação, e ele apenas me mostra a língua em resposta. — Se ajeita aí, vai.
Vou na direção do sofá e espero que ele arrume a postura para que eu possa sentar ao seu lado no móvel. Acabo por fazer carinho em seus fios, enquanto ele olha em qualquer direção, parecendo completamente pensativo.
— Hey, amanhã nós vamos na cafeteria comprar comida pra ti, ok? Você precisa se animar.
Seus olhos brilham quando menciono comida e eu recebo um "sim" feito com a cabeça, nada mais que isso; ele está realmente precisando pensar.
— Vou te deixar sozinho agora, até amanhã. Ah, por favor, não pensa muito nisso, você vai acabar ficando doido. – digo e logo pego minhas chaves e meu celular, indo embora de seu apartamento em seguida.
•••
Chegamos na cafeteria e logo de cara vejo Jeongin e seu amigo, junto com outros dois caras; eu realmente não esperava encontrá-los aqui hoje, mas essa é uma boa chance de tentar mudar algumas coisas, não?
Infelizmente as coisas não foram bem e Han até se retirou do ambiente; é, vou ter que pensar em outra coisa. Agora, já com o croissant em mãos, vou ao encontro do meu amigo.
— Toma, minha dívida tá oficialmente paga. – entrego o doce em suas mãos.
— Obrigado. – ele começa a retirar da embalagem. — Desculpa por ter saído, mas você viu, né? Como se não bastasse só ele, os amigos dele me odeiam também. – diz sério, logo dando uma mordida no alimento.
— Eles não te odeiam, só querem proteger o amigo. Convenhamos, você agiria assim por mim e eu por você, não é?
— Nisso você tem razão, mas sei lá, acho que não vale a pena tentar.
— Deixa de besteira, homem! Você tem eu pra te ajudar, o que pode dar errado? – dou um sorriso ladino em sua direção.
— Essa sua cara me dá medo, você tá prestes a aprontar, né? – responde, rindo dessa vez.
— Não sei, talvez.
Saímos da frente do estabelecimento e seguimos em direção ao shopping, onde provavelmente eu compraria mais comida para ele.
•••
— Bom dia, Changbin! Por acaso você viu o Yang Jeongin por aí? – digo assim que encontro meu amigo no nosso local de trabalho.
— Bom dia, Seung. Então, ele tá auxiliando uma das professoras a preparar uma atividade, mas acho que já já acaba, por que?
— Eu preciso falar com ele sobre um assunto, aliás, preciso falar com você também.
— Devo me preocupar?
— Não, relaxa. É coisa boa, eu acho. – dou de ombros. — No nosso intervalo a gente conversa.
Vou para o meu escritório – não é totalmente meu, mas gosto de pensar que sim – cuidar de alguns assuntos e espero ansiosamente pelo intervalo, espero que eles me ajudem com isso.
•••
— Então Jeongin, por tudo o que aconteceu ontem, creio que você já sabe o histórico de nossos amigos, não?
— Sim, eu sei. – ele me responde sério.
— Acontece que o Han mudou muito de lá pra cá, ele realmente tá arrependido. Confia em mim, conheço meu amigo e sei que ele realmente quer o perdão do Lee, eu não estaria aqui te falando isso se não acreditasse em sua mudança.
— Hum, ok. Supondo que eu acredite nisso, o que exatamente você quer de mim? – me pergunta curioso.
— Ah, você sabe né. Queria sua ajuda pra convencer seu amigo a perdoar o meu, e se possível, contar com a ajuda daqueles dois moços que estavam com vocês ontem.
— Você tá doido, Seung? Pelo o que você me contou, isso não vai acontecer nem em sonho. – diz Changbin, que até então estava quieto.
— Claro que não, tenho certeza de que se o Lee conhecer o Han de agora, ele vai mudar de ideia. Poxa Hyung, você o conhece, não acha que ele merece uma segunda chance?
— Pensando por esse lado, você até que tem razão. – ele dá de ombros, pensativo.
— Ok, eu posso me arrepender disso depois, mas eu acredito que ele se arrependeu. Eu tô disposto a ajudar, mas não garanto que Bangchan e Hyunjin vão topar, principalmente Bangchan, que seria capaz de quebrar seu amigo na porrada se isso evitasse machucar o Lee Know. – batuca os seus dedos na mesa. — Vou tentar falar com eles, mas não prometo nada.
— Ah, obrigado. – bato palmas, animado. — E você, Changbin Hyung? Vai me ajudar também? – pergunto com um sorriso esperançoso no rosto.
— Sim Seungmin, eu vou te ajudar com o seu plano maléfico. – dá um suspiro longo e eu sorriso ainda mais animado. — Mas só tenho uma pergunta: o que você ganha com isso?
— Simples: meu amigo vai ficar feliz e eu vou ter uma boa participação nisso.
— Mas por que ele ficaria tão feliz? Sinceramente, isso nem é grande coisa. – Jeongin pergunta, dando uma risada fraca.
— Eu ia guardar isso só pra mim, mas já que vocês toparam me ajudar, acho que merecem saber. É o seguinte, eu tenho certeza de que o Han tem sentimentos além de empatia pelo Lee Know, ele só não sabe ainda. – sorrio. — E agora, cabe a nós tentar ajudá-lo a descobrir o que sente. E já aviso uma coisa: eu vou ser um dos padrinhos do casamento, ok?
Nós três damos risada, e então eu começo a explicar para os dois o porquê de eu ter certeza que meu amigo sente algo pelo bibliotecário; depois de ouvir tudo antentamente, eles acabam concordando comigo, realmente espero que os outros dois amigos de Lee Know nos ajude.
— Então é isso, gente. Nós vamos fazer Minsung acontecer. – digo, enquanto os dois dão risada junto comigo.
Olho no relógio e vejo que nosso horário já está acabando, então me despeço deles e me levanto da mesa, indo para o meu local de trabalho em seguida. Sinceramente, espero que eu esteja certo e que Han realmente sinta alguma coisa, se não vai tudo por água abaixo.
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