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História The Library (minsung) - 61 - i couldn't wait


Escrita por: moonlightAd

Notas do Autor


maratona TL (7/7)

heey, mais um capítulo pra vocês.

me perdoem, por favor :(( eu to me sentindo um lixo por não ter conseguido postar no dia certo. juro, me desculpem por ter falhado com a maratona :(

acontece que eu tive um pico de inspiração, e acabei editando quase metade do capítulo. não imaginei que demoraria tanto, o erro foi meu, deveria ter deixado quieto.

enfim, perdão, prometo que não vai acontecer de novo :(

boa leitura, espero que gostem :)

Capítulo 73 - 61 - i couldn't wait



Han


Meus olhos se abrem sozinhos, mas logo os fecho novamente, porque a luz das lâmpadas no teto, incomodam minha visão. Fico por um tempo assim, e então começo a piscar várias vezes, tentando me acostumar com a claridade do ambiente.


— LINO! O TIO JIJI ACORDOU. – ouço um grito fino, que irrita meu ouvido. Jihoon?


Agora mais desperto, viro minha cabeça na direção da voz, e vejo Minho sentado em uma poltrona, com a bochecha apoiada em sua mão. Jihoon está sentado em seu colo, e agora que me viu acordar, parece eufórico, quase saindo das pernas de seu irmão, para dar pulinhos.


Após a reação nada discreta do caçula, Minho solta um resmungo, balança a cabeça brevemente, e pigarreia. A primeira coisa que faz, após acordar totalmente, e lançar um olhar confuso para o mais novo, e então, olha para mim. Ele está com uma aparência cansada, seus olhos estão vermelhos, as olheiras fundas; ainda está pálido, tem um curativo aonde a aliança de seu "pai" o machucou, e mesmo quando sorri, ainda parece um pouco triste. 


Bom, é óbvio que já sei que estou em um hospital, mas não lembro o que me trouxe até aqui. Porém, meu corpo tá doendo pra caralho, então não devo ter só passado mal.


— Bom dia, margarida. – ri, e mesmo que tenha limpado a garganta, a risada sai rouca.


— Bom dia. – é a minha vez de soltar um pigarro. — O que aconteceu? – me esforçaria para lembrar, mas não estou muito afim.


— Você sofreu um acidente de carro, e está em coma há 5 anos. – zomba, e eu tento revirar os olhos, mas a dor em minha cabeça não deixa. 


— Bom saber que você tá de bom humor. – rio fraco. — Agora é sério, o que houve?


— Meu pai, a festa da vovó, pancadaria… – vai citando. 


Após suas palavras soltas, não demora muito tempo para que eu me lembre o que aconteceu. Tento respirar fundo, a fim de evitar o meu nervoso, mas tenho um pouco de dificuldade para tal; sinto uma dor insuportável na parte de trás da minha cabeça, e meu rosto também está doendo, assim como minha perna esquerda. 


— Tio! – Jihoon sai de seu colo, e vem em minha direção. Fica na pontinha do pé, para me enxergar melhor, já que não consegue subir na cama do hospital. — Assim que o Lino ficou bem de novo, veio ficar aqui, pra ver quando você ia acordar. Aí eu não podia ficar aqui, porque ainda sou pequeno, mas o vovô falou com um monte de gente, e eles deixaram eu vim ficar com o Lino, pra te esperar acordar. – sorrio, mesmo com as bochechas doendo. 


— Sério?! Que bom que te deixaram ficar aqui! – Minho apenas observa nossa interação. 


— Desculpa por ter gritado aquela hora, eu vi que você fez cara feia. – pede, e eu morro de amores. — É que o meu irmão não quis dormir, antes de você acordar, mas aí ele não conseguiu aguentar, aí pediu pra eu avisar ele, se visse você acordando. – apoia as duas mãozinhas no colchão, e vejo que está quase se desequilibrando. — O vovô disse que você tava sentindo muita dor, por isso você dormiu bastante. Agora que você acordou, a dor sumiu? 


Minho voltou a sorrir, e agora, seus olhos estão brilhando.


— Da próxima vez que o Lino der trabalho pra dormir, briga com ele, tá bom? – ele assente freneticamente com a cabeça. — Quase isso. – dou uma resposta vaga, a fim de não preocupá-lo.


— Hoon, vai pedir pro vovô chamar o médico, por favor. – pede. 


— Tá bom! – finalmente volta a sola do pé ao chão. 


Um pouco apressado, sai do quarto, nos deixando a sós. Minho se levanta da poltrona, e vem até mim, se sentando na ponta da cama, e começa a fazer carinho em minha mão, que está em um estado melhor que imaginava. Solta um longo suspiro, e fica em silêncio por alguns minutos, apenas olhando para mim. 


— Você tá bem? – por fim, pergunta.


— Você está? – devolvo. — Eu odeio te ver desmaiando, e parece que é sempre culpa da trindade satânica. – reclamo. 


— Tô sim. – entorta a boca. — Nem fiquei desacordado por tanto tempo assim, porque era mais uma questão de estresse. O soro e os remédios, foram o suficiente pra melhorar meu estado. – explica, e eu me sinto aliviado. — Só minha mente que ainda não funciona direito, porque não consigo entender nada do que aconteceu, e fiquei preocupado com você. – sorrio. — E sim, sempre que algo dá errado, é culpa daqueles três. 


— Percebi, tanto que nem quis dormir. – aponto, e ele revira os olhos. — Como você consegue ser tão lindo, mesmo com essa cara de quem tá mais pra lá do que pra cá? – questiono, após passar um tempo analisando seu rosto. 


— Não começa com isso, Jisung. – fica vermelho, e vira o rosto. — Além do mais, você não pode falar de mim, porque tá dormindo há umas 12 horas, todo machucado, e continua sendo a criatura mais bonita que eu já vi. – é a minha vez de corar. — Agora responde minha pergunta. 


— Eu tô todo dolorido, pra falar a verdade. Jongsu gosta de um soco na costela, né? Puta que pariu, tá doendo pra caralho. – seu humor muda por um breve momento. — Tirando isso, eu tô bem, ainda mais agora, sabendo que você também tá.


— Você nem faz ideia. – não entendo nada.


— Ei, me explica essa história direito. – minha voz sai quase como um resmungo, porque a dor não colabora, e ainda estou sonolento.


— Depois, você tá machucado. – acabo me lembrando da fala de Felix. 


— Quando o Felix foi levar o JiJi pra fora, me disse que não era pra deixar que Jongsu te levasse pro hospital, de novo. Essas coisas estão relacionadas, não é? – já deduzo o que houve, mas quero ouvir de sua boca. 


— Depois, você tá machucado. – repete, com a voz meio falha.


— Tudo bem, Lino. – cedo a contragosto. — Como está o Hyun?


— Sofrendo. – ri de nervoso. — Seu abdômen começou a doer tanto, que ficamos com medo de ter acontecido alguma coisa grave. Porém, depois de ser examinado, viram que era só a dor normal, junto com o estresse da situação. – conta, já me tranquilizando. — Ele vomitou horrores, e teve que tomar anestesia, porque literalmente chorou de dor. Agora está melhor, mas ainda não tá bem pra sair da cama. 


— Daqui a pouco, já vai estar fazendo piadinhas de novo. Sabe como é, né? Vaso ruim não quebra. – zombo, mesmo que ele não esteja aqui para se defender. 


— "Daqui a pouco" não, ele já fez. – ri. — Inclusive, ele delirou com a anestesia. Não pude ver, mas Chris e Yong, me contaram como foi. – tenho vontade de rir, só em imaginar a cena. — O doido deu em cima de um dos enfermeiros, e o cara entrou na onda, fingindo que também estava na dele. Só que quando ele "correspondeu", o Hwang ficou choroso, e pediu pro enfermeiro parar, porque não podia ficar com três. – conta, se engasgando com a própria risada.


— Droga! Eu queria ter visto isso. – reclamo. — Espera... I.N e Seung ouviram isso?!


— Eu também. – continua rindo. — Infelizmente não, porque já foram embora, junto com o Chang e o Yong; eles foram fazer companhia pra vovó. Tirando o Hwang, o Chris foi o único que ficou, pra dar suporte a nós, e ao vovô. Chongho não saiu daqui, e além de lidar com o Jihoon, teve de cuidar de documentações, despesas, e essas coisas. 


— Ok, eu tenho duas perguntas importantes. – me olha com atenção. — Primeiro, Eui deve estar chateada comigo, não? Tipo, eu bati no filho dela. Segundo, como ficou a conta do hospital? – são as dúvidas mais predominantes em minha cabeça.


— Pelo o que sei, ela reclamou, porque disse que havia pedido pra você se controlar, se acontecesse algo do tipo. Só que depois se deu conta do que poderia ter acontecido, se você e Hwang não tivessem se posicionado. – continuo preocupado com nossa relação. — Você vai levar um ótimo puxão de orelha, mas ela entende seu lado.


— Espero que sim. Não quero que ela se decepcione comigo. 


— Isso é impossível, ela deve te amar mais que eu. – ri. — A bronca do Hwang vai ser pior que a sua, porque ela soube que ele quase desfigurou o Jaeraraca, como vocês costumam falar. – dou uma risada fraca, que logo se transforma em uma careta de dor. — Acho que só não será preso por agressão, porque meus avós vão passar pano. É um pouco errado, mas bem que aquele bastardo mereceu cada soco. 


Não gosto muito quando ele fala assim, porque apesar de estar certo, não se parece com meu Lino. É como se aquele desgraçado tivesse tirado um pouco da sua personalidade, e isso me incomoda. 


Porém, fico feliz que não esteja guardando ódio, porque isso pioraria as coisas.


— Hum... – finjo estar em dúvida de algo.


— O que foi?


— Sobre sua vó: ela deve me amar mais do que ama você, ou deve me amar mais do que você me ama? – indago, e vejo sua cara de desespero. Me seguro para não rir.


— V-você sab-be que é a p-prim-meira opção. – começa a gesticular, tentando se explicar. — Seu bocó! – reclama, quando ver que quero rir. — Eu te odeio. – faz um bico emburrado. 


— Também te amo, gatinho. – ele mostra a língua. — Eu estaria gargalhando da tua cara, se não estivesse tão dolorido. – resmungo, sentindo algumas das minhas dores, aumentarem.


— Bem feito, quem mandou querer rir de mim? – lhe encaro com uma expressão incrédula. — Mentira, coitadinho do meu esquilinho, vem cá. – dá um beijinho na ponta do meu nariz. — Você sabe que eu odeio te ver nesse estado, ainda mais sendo por minha causa. Eu quem deveria estar assim, não você. – abaixa a cabeça, parecendo triste.


— E você sabe que pra defender você, eu me sujeitaria a ficar ainda pior. – rebato. — Nunca mais fale uma merda dessas, me ouviu bem? – não me responde. 


— Respondendo sua segunda pergunta... – muda de assunto. — Meu vô já pagou a conta de nós três. – abro a boca para falar algo. — Não adianta reclamar comigo, ele quem insistiu. Na verdade, não vai adiantar reclamar com ele também, porque o velho é mais teimoso que você e eu juntos. – dou um breve suspiro.


— Isso não é justo! 


— Que pena, né? Vai ter que lidar com isso, querendo ou não. – é cínico.


— Você só tá falando comigo nesse tom, porque sabe que não posso te fazer pagar. — acuso. — Seu vô foi criar o médico em laboratório, é? Que demora. – mudo de assunto, e ele ri. 


— Ainda bem que a gente mora junto. – tenho vontade de bater nele. — Ele deve estar ocupado, checando outro paciente. Tenha um pouco de calma, amor.


— Mas só tem um médico aqui? 


— Não, mas o Dr. Kang é o médico oficial da família, e meu vô fez questão de exigir que apenas ele, cuide de você e do Hwang. – não consigo reclamar, e só assinto. 


Não faz nem uma semana que ele nos conhece, mas mesmo assim, nem hesita em fazer esse tipo de coisa por nós.


— Hm… Que horas são? – pergunto, torcendo para que ainda seja cedo. As cortinas são grossas, então não tenho como saber. 


Não é possível que meus planos serão frustrados, por causa daquele idiota.


— Não são nem 13h ainda. 


— Ótimo! Então logo terei alta, e a gente vai estar em casa, antes do anoitecer.


— Mas porquê da pressa?! – acha graça. 


— Fiquei tão aliviado quando soube que acordou! – o médico chega, não me dando tempo de responder sua pergunta.


— Boa tarde! Veio me dar alta?! 


— Infelizmente, creio que não. – perco um pouco do meu bom humor. — Você deve estar com muitas dores ainda, certo? 


— Não. – tento conseguir minha alta. — É sério! – me defendo, quando ele ergue uma sobrancelha, sem acreditar em mim. — Tá bom, ainda tá doendo. – choramingo. 


— Aí tem coisa. – Minho está desconfiado.


— Ninguém te perguntou nada. – digo emburrado, já de mau humor. 


— Cavalo. – revira os olhos. — Sua sorte é que eu te amo, palhaço. 


— Minho, pode sair da cama, por gentileza? – o doutor pede. — E por favor, gostaria que chamasse o enfermeiro Doyoung, pois precisamos trocar o soro.


— Pode deixar. – sorri, se levantando. — Não minta pro médico, ok? É da sua saúde que estamos falando. – assinto. — Já volto. – dá um beijo em minha testa, logo saindo do quarto.


Doutor Kang me faz um monte de perguntas, como, se meu pulmão dói ou arde quando respiro, se minha cabeça está doendo mais do que deveria, e etc. Assim como Lino pediu, eu respondo tudo direitinho, e infelizmente terei de passar mais tempo no hospital, para fazer diversos exames. 


Após o enfermeiro voltar, eles repõem o soro, e colocam no suporte portátil, para que eu possa me locomover; ando com dificuldade, pois na minha queda, acabei machucando o tornozelo. Finalmente posso ir ao banheiro, e aliviar minha bexiga; assim que olho no espelho, percebo que estou horrível que só.


Apesar do meu rosto ter desinchado quase que complemente, estou com cara de cansado, e cheio de machucados. Minha cabeça carrega um curativo, porque foi diversas vezes batida no chão, e a ferida foi um pouco grande. Continuo com roupas de hospital, meus lábios rachados, e minha boca está seca.


Não sei como o Lino teve a coragem de dizer que sou a criatura mais bonita que já viu, quando estou nesse estado lamentável. 


Sou obrigado a fazer raio-x, a fim de descobrirem se meu pulmão foi perfurado, o que felizmente não aconteceu. Também checam como está meus hematomas, principalmente o da minha cabeça. Consigo me alimentar razoavelmente, e finalmente bebo água, o que melhora meu estado. 


Infelizmente, algumas de minhas dores voltam com tudo, e eu sou medicado, fazendo com que eu fique morrendo de sono novamente. Pelo menos, consegui passar no quarto do Hyun pra dar um oi, e vi o Bang e o vovô Lee, além de conseguir passar mais um tempo com Lino e seu irmão.


•••

Pela terceira vez na semana, acordo no hospital, mas sei que agora é só por observação, e finalmente terei alta amanhã. Os meninos voltaram para Kyata, no domingo à noite, pois não podem deixar suas obrigações de lado; Hyunjin voltou no dia seguinte. Eu e Lino, continuamos aqui, e ele simplesmente se recusa a sair do hospital. 


Seus avós trouxeram algumas de nossas roupas, – Eui fez questão de trazer o que eu pedi – e ele toma banho no banheiro do meu quarto. Só sai do cômodo, para buscar água, comida, ou perguntar algo a alguém; sempre que eu acordo, pergunta como estou, e percebo que está tomando remédio para dores nas costas, devido a estar dormindo na poltrona. 


Menos de anteontem pra ontem, que acabou dormindo na cama. Tudo bem que doeu um pouco, porque me abraçou como se eu pudesse desaparecer a qualquer momento; mas mesmo assim, foi a melhor noite, desde que vim parar aqui. 


Está sempre falando algo aleatório, a fim de me manter distraído, e ontem, até cantou pra mim, o que me ajudou a melhorar. Quando demonstro algum desconforto, segura a minha mão, antes mesmo de pensar em chamar alguém. 


— Bom dia, lua. – chamo sua atenção.


Sua atenção estava focada em um livro, e para a minha felicidade, está de óculos. Está com o cenho franzido, e resmunga algo inaudível, antes de soltar um suspiro enfezado, e ajeitar o óculos em seu rosto. Assim que ouve minha voz, marca a página em que está, e deixa o livro de lado, logo olhando para mim. 


— Hoje é alguma data especial? Nunca mais tinha colocado seus óculos. – brinco. 


— Bom dia, amor. Você tá bem? – sorri, e eu tenho vontade de bater nesse vagabundo, porque ele é tão lindo, que chega a ofender. — Eu fiquei entendiado, e resolvi ler. Tinha intenções de estar sem ele, quando você acordasse.


— Ei! Isso é injusto. – reclamo. — Ainda bem que acordei antes, o universo tá colaborando comigo. – rio. — E sim, eu tô bem, e feliz que vou poder ir embora amanhã! E você?


— Idem. – sorri, e coloca seu óculos em cima do livro. — Hm... Você e minha vó, conversaram por bastante tempo ontem, eu fiquei preocupado. – tenta arrancar algo de mim.


— Ah, isso. – banco o desentendido. — Espero que você esteja livre hoje a noite, porque eu vou te levar num encontro. – fica confuso.


— Como?


— Você confia em mim? 


— Com a minha vida. – diz com tanta certeza, que sinto meu coração acelerar. 


— Ótimo! – sorrio. — Eu queria ter feito isso no domingo, um dia antes de irmos embora, mas né... – suspiro frustrado. — Aí seria adiado pra quando voltássemos pra Kyata, mas eu não consegui esperar, e obriguei a Noona a me ajudar nisso.


— Ok... – demonstra curiosidade, mas não questiona nada. — Vou chamar o médico, pra ver se não teve nenhuma piora no seu estado. – se levanta. — Já volto! – dá um beijo em minha bochecha, e sai. 


Com pouca dificuldade, me levanto da cama, e faço minha higiene matinal. A todo momento, sinto um frio na barriga, nervoso com minha ideia maluca, que com certeza não sairá como eu esperava, porque estamos em um maldito hospital. Porém, se demorar mais, sinto que posso entrar em colapso.


Na verdade, já estou em um, porque posso desmaiar a qualquer momento.

///

Narrador


Quando a noite cai, Jisung se embrulha em roupas de frio, e pede para Minho fazer o mesmo. Sem dizer absolutamente uma palavra, sai do seu quarto, deixando o mais velho sem entender nada.


Sai logo em seguida, seguindo Han, enquanto várias coisas se passam pela sua cabeça. A confusão aumenta mais ainda, quando percebe que estão indo na direção do terraço do prédio, mesmo com a temperatura extremamente baixa. 


Ao finalmente chegaram lá em cima, um pano pode ser visto sobre o chão, e o moreno não perde tempo em sentar ali. Lee Know faz o mesmo, e diferente do que se espera, foca a atenção no rosto de Han, ao invés do céu completamente estrelado dessa noite. 


— O q...


— Desculpa, de verdade. – sente que seu coração vai sair pela boca. — Como eu disse, era pra ser algo bonitinho; seria na nossa casa, mas quando descobri sobre seu balanço, adiei a nossa viagem, porque queria que fosse lá. – está visivelmente desesperado. — Mas agora estamos aqui, na droga de um hospital. Porém, fico feliz que tenha um terraço, porque realmente queria que fosse sob a lua.


— Eu não me importo com o lugar. Não sei o que você vai fazer, mas se é você, o lugar se torna irrelevante. – pega em seu queixo, lhe dando um breve selinho.


— Mesmo assim, desculpa. – o outro revira os olhos. — Eu vou te contar o que conversei com Eui, no dia em que chegamos. 


— Oh!


— Por favor, não me interrompe, ok? Eu tô muito nervoso, e quero chorar já, e se algo interromper, eu vou perder a coragem. – gesticula desesperado. — Sei que não vai entender boa parte do que vou dizer, mas tudo bem, eu posso lidar com isso.


— Tudo bem. – solta uma risadinha.


— Ela iria esperar mais tempo pra falar comigo sobre isso, mas por algum motivo, sentiu que aquela era hora certa. – começa, e tem toda a atenção do mais velho sobre si. — Existe duas coisas sobre você, que é questão de genética, mas nunca lhe contaram isso. – Lino franze o cenho. — Você é apaixonado pela lua, e não consegue usar anéis, assim como sua avó.


— Car... – se corta, quando lembra que não pode interromper. 


— Ela nunca contou, porque preferia que você descobrisse sozinho, mas no final das contas, fui eu quem contei. – ri. — Quando seu vô se apaixonou por ela, tentou conquistá-la com um anel de diamante, mas se deu mal, porque né... Desde então, ele procurou diversas maneiras de agradá-la, e quando descobriu seu amor pela lua, teve a ideia perfeita.


Jisung está ofegante, e gesticula como nunca fizera antes, além de falar incrivelmente rápido. Algumas lágrimas ameaçam a cair, e Minho ainda está tentando entender, o porquê de estar contando a história de seus avós. 


O mais novo tira uma caixinha do bolso interno da jaqueta, e Lee Know finalmente descobre sobre o que se trata, ou pelo menos imagina. Jisung deixa o objeto preto, fechado, e batuca os dedos no mesmo, enquanto parece prestes a perder o ar. 


— Ele deu isso a ela, e só assim, sua vó teve certeza que Chongho era o cara certo; porque seus namorados anteriores, sempre falavam que a história do anel, era frescura, o que deixava ela mal. Porém, ele foi compreensivo, e nunca zombou desse fato. – o mais velho sorri, orgulhoso de seu avô. — Noona sempre quis passar isso pro primogênito, quando ele se apaixonasse, e esse dia finalmente chegou. Tudo deu errado, porque Jongsu se recusou a dar algo que vale menos que diamante, pra garota pela qual estava apaixonado.


— Desgraçado. – não consegue evitar em dizer.


— Ao invés de passar pra outro filho, decidiu esperar por seus netos, e quando chegasse a hora certa, decidiria pra qual deles, iria dar isso. – explica. — Quando você nasceu, e ela viu o quanto gostava de observar a lua, e sempre jogava os brindes de pirulito, no lixo, soube que era você. 


Nesse ponto, os dois já estão chorando, e já nem sentem o vento frio, porque só conseguem se importar com a presença um do outro.


— Você sempre foi o neto favorito, e quando ela descobriu que vocês são parecidos em questões tão específicas, decidiu que iria guardar essa "aliança", até que você encontrasse alguém pra amar. – sabendo que está chegando ao fim da nostalgia, para finalmente fazer o pretende, surta ainda mais. — Naquele dia, ela me deu isso, e olhou no fundo de meus olhos, enquanto pedia para que eu desse a você. Eui disse que não precisava mais esperar, porque sabia que eu era a única pessoa capaz de tornar esse presente, mais significante do que já é.


Abre a caixinha, e Lino tem a visão de um colar de prata, com um pingente de lua, de tamanho médio. É delicado, não tem muitos detalhes, mas é incrivelmente lindo, e Minho sabe que não poderia ser algo melhor. 


— É unissex, então nem precisou ser ajustado. – conta. — Lino, lua da minha vida, eu te amo, como nunca imaginei que teria a capacidade de amar alguém. Eu nem acredito que tô falando isso sem gaguejar, mas eu tô prestes a morrer aqui.


— Não se preocupe, nós estamos no hospital. – brinca. 


— Seung me disse que o "Min" não faz sentido sem o "Sung", e pra ser sincero, eu nem quero que faça. Você é o amor da minha vida, e isso é algo o qual eu não escolhi; mas mesmo que pudesse escolher, ainda seria você. – é impossível dizer qual dos corações está batendo mais rápido. — Ter você por perto, é a minha coisa favorita, e eu espero que isso nunca mude. Tudo sobre você é interessante, e eu nunca me canso de descobrir coisas novas sobre ti, mesmo que seja algo simples, como o fato de não conseguir assistir um filme, sem pesquisar a trilha sonora antes. – em meios às lágrimas, os dois riem. — Não importa o que seja, se você estiver envolvido, será algo impressionante pra mim. 


— Eu te amo. – não iria interromper, mas não conseguiu aguentar. 


— Eu... – ri nervoso. — Eu tinha muito mais coisa pra dizer, mas você sempre tira minhas estruturas, e minha mente tá bem embaralhada agora. Eu não disse nem metade do que eu queria, mas espero que você entenda onde eu tô querendo chegar. – suas mãos tremem, e quase derruba a caixinha. — Me desculpa por isso. Em momentos aleatórios da nossa convivência, você conseguiu me dizer coisas tão bonitas, e eu me sinto péssimo por não conseguir fazer o mesmo, em um momento importante como esse. – abaixa a cabeça, um pouco cabisbaixo. — Você é o amor da minha vida, e eu agradeço a tudo que me levou a perceber isso. Minha vida é completa, mas só passou a fazer sentido, quando você entrou nela.


— Hannie... – tenta repreendê-lo por se culpar, mas o choro não deixa.


Jisung estende a caixinha, deixando-a na altura do rosto alheio.


— Lino, você aceita ser a lua do meu eclipse? – usa todo o esforço possível, para conseguir pronunciar a frase de maneira coerente.


— Eu aceito ser qualquer coisa, desde que signifique estar com você. – sorri, e Han sente um peso sair de suas costas. — Não se preocupe, ok? Não precisa fazer um discurso enorme, e nem que faça sentido; o que mais importa pra mim, é que seja sua boca me fazendo essa pergunta. – segura em sua mão livre. — Eu diria sim, mesmo que me acordasse no meio da madrugada, e perguntasse de maneira aleatória. – Sung não consegue responder, porque sua mente está tentando processar a resposta positiva.


— Hm... É... – agora se sente livre para surtar. — Obrigado por aceitar. – se sente estúpido pela resposta, e o outro acha graça. — Posso colocar em você? – tira o colar da caixinha.


— Não poderia ser de outra maneira. – sorri, e vira de costas. 


Jisung guarda a caixa, e manuseia a correntinha com cuidado, ficando de joelhos para ter um apoio melhor. Se aproxima do mais velho, que se arrepia ao sentir a respiração quente batendo contra sua nuca; logo, passa o colar por seu pescoço, e intrinca o fecho. Deixa um beijo estalado na sua nuca, e volta a posição inicial, assim como Lino.


— É como se fosse feito pra você. – sorri, ao ver a lua brilhante sobre o tecido de cor vinho.


— Assim como você. – o mais novo fica vermelho, e antes que pudesse se inclinar para lhe dar um beijo, Minho o interrompe.


— Eu sei que não preciso, mas quero fazer isso. – segura em sua destra, e tira o anel de sol. — Olhar pra você, me coloca em transe. Você é a minha pessoa favorita, e dizer que é bom pra mim, é eufemismo. Eu poderia te ver a cada segundo, e fazer com que cada uma de minhas músicas românticas, sejam sobre você. Só espero que saiba, o quanto significa pra mim, porque nunca conseguiria colocar isso em palavras.


Volta a colocar o anel em seu dedo, de forma um tanto lenta. 


— Obrigado por ser quem completa o meu eclipse. – faz referência à sua pergunta. 


— Ok... Eu realmente nunca me senti assim antes. – parece que pode explodir a qualquer momento. — Acho que é porque não existe nada nesse mundo, que se compa...


Não termina a frase, porque Minho cola seus lábios. O mais velho coloca a mão em sua bochecha, e movimenta sua língua de forma delicada, como quem quer prolongar o momento, o máximo possível. Como se já não estivesse com borboletas despertas em seu estômago, Hannie sai ainda mais do eixo, quando inala o aroma floral que exala de seu namorado. 


Suas mãos automaticamente se entrelaçam, e em meio gemidos e suspiros, continuam com o contato, como se quisessem se tornar um só, apenas por meio do beijo. Os dois se sentem orgulhosos por finalmente estarem com a relação definida, e como não conseguiriam expressar tal coisa em palavras, tentam expressar através da sincronia de suas línguas. 


Minho estaria deitado sobre seu namorado, se este não estivesse com dores, mesmo que sutis. Então apenas continua naquela posição, com os dois sob a lua cheia, e o céu estrelado. 


O barulho dos carros poderia ser um incômodo, mas eles só se concentram nas batidas frenéticas de seus corações, porque é o único som que importa. Assim como para Minho, a única coisa que atrai seu olfato, é o cheiro de bala de melão, vindo do cabelo de Hannie, à medida que o sabor da gelatina de framboesa, no momento, parece ser a melhor coisa que sua boca já sentiu. 


O frio é ignorado, porque a quase febre de ambos, é o suficiente para esquentar um ao outro.


— No final das contas, foi você quem pediu. – sorri, quando o ar precisa se fazer presente. — Eu queria tanto te ver gaguejar, mas estou orgulhoso que conseguiu ser direto.


— Eu nem sei o que aconteceu, só fui falando. – ri. — Nós somos namorados agora, e isso parece novo, mesmo que só faltasse oficializar.


— Tudo parece inédito quando eu tô com você. – fala baixo, um tanto rouco.


— Dá pra parar de me deixar envergonhado? – fica vermelho, e o outro ri. — Fico feliz que tenha dado certo, afinal. Eui quase pagou pro médico me deixar vir aqui, porque não posso me expor a temperaturas baixas... – para de falar, quando recebe um olhar reprovador de Minho.


— Parabéns, Jisung. – é irônico. — Não é porque você acabou de me deixar gay com esse pedido fofo, que eu vou deixar que você se coloque em perigo. – se levanta.


— Se você é gay, não coloque a culpa em mim. – brinca, mas o outro já está sério. — Você tá bravo comigo? – faz um biquinho, com os lábios inchados pelo beijo. 


Minho quase cede, porque é deveras sensível à habilidade que o mais novo tem, de derretê-lo em instantes.


— Vem logo, vamos sair do frio. – estende a mão. 


— Eu queria ficar sozinho com você mais um pouco. – fala manhoso.


— Teremos tempo pra isso, mas você tá em recuperação. Vamos logo, por favor. – pede.


— Mas é q- UI! – solta um gritinho, quando Lee Know o pega no colo. — A gente tá indo pra lua de mel? Mas nem foi um casamento. – diz, e o ruivo não consegue prender a risada.


Com cuidado para não piorar suas dores, Minho continua carregando seu dongsaeng, mesmo pelos degraus. Quando chegam na área interna do hospital, algumas pessoas riem ao ver a cena, mas acham algo fofo. Dona Eui sorri, ao ver que as coisas deram certo, e deixa que os dois continuem aproveitando a companhia um do outro, sem perguntar nada. 


Os dois entram no quarto 102, e com dificuldade por estar com um Hannie em seu colo, fecha a porta. Com cautela, o coloca na cama do hospital, e deita ao seu lado, logo voltando a beijá-lo, esquecendo que o cômodo tem câmeras.


Infelizmente, logo dá o horário dos remédios do menor, e um dos enfermeiros entra ali, esquecendo-se de bater na porta. Os Minsung fazem o possível para disfarçar, mesmo que Han quase tenha sofrido um infarto de vergonha, e graças aos céus, o enfermeiro finge não notar que algo aconteceu. 


Ao ficarem a sós novamente, decidem ficar apenas abraçados, enquanto Minho dá vários beijinhos por seu rosto e pescoço. Por conta das medicações, Han pega no sono rapidamente, e o outro não consegue deixar de admirar o sua feição calma, pela primeira vez em três dias.


Não demora muito para que também durma, e em momento algum, desgruda os braços de seu namorado.


Notas Finais


espero que tenham gostado, me desculpem por qualquer erro. por favor não esqueçam de favoritar e comentar.

apesar de eu ter falhado nos 45 do segundo tempo, espero que tenham gostado da maratona, tanto quanto eu.

é isso, eu volto na quinta-feira, até lá <3

bye, c ü soon 💙


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