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História The light of my darkness - Mau pressentimento


Escrita por: syndream

Notas do Autor


Hooooi! Hoje o dia foi longo, mas cá estou, chegando em um horário razoável! Não prolongarei muito as notas iniciais, ou ela acabará contendo spoilers, então, se puderem, deem uma checada nas notas finais!

Boa leitura! ^^

Capítulo 14 - Mau pressentimento


 

Três dias depois, na fortaleza celestial...

 

 

Um barulho de chuva preenchia o silêncio da sala de estar do templo. Mas dessa vez não era tranquilo ou calmo, e sim um incômodo, fazendo Syndra ter mais um de seus chiliques.

— Que ótimo! O que vamos fazer agora, então? — reclamava ao ver pela janela o furioso temporal. Era irônico como o clima variava com o humor de Syndra: quanto mais esta retrucava, pior o céu ficava. Normalmente a Soberana não ligaria para esse tipo de coisa se não fosse de seu interesse, é claro. Mas, era. A forte chuva impedia o treino planejado por Zed.

— Ainda podemos fazer algumas coisas... eu acho. — Tentava amenizar o clima, enquanto olhava o interior da Fortaleza à procura de alguma distração para ambos.

— E se nós treinarmos no segundo andar? É um espaço bem grande. — sugeriu, ansiosa, lembrando-se da sala de treinamento e dos equipamentos diversos lá contidos.

— Não. Você pode se descontrolar e acabar com metade desse templo.

— Pior que é verdade... — admitiu, fazendo uma careta.

— E se nós... Lermos? — perguntou ao ver a estante de livros de magia.

— Eu já li todos eles. — Mesmo que a situação não estivesse ao seu favor, não deixaria passar a oportunidade de se exibir.

— Sim, mas não tinha ninguém para explicar bem o conteúdo dos livros, porque você não entendeu. — zombou, rindo da própria piada.

— O que quis dizer com isso? — Perguntava de modo debochado e um leve tom ameaçador. Com seus braços, insinuava a criação de uma esfera negra.

— Porque você não é uma maga muito boa. — Não cedeu às provocações da Soberana, falando a verdade diretamente, tentando ser sério. — Se tivesse os lido com atenção, seus poderes estariam bem melhores.

Syndra, preenchida de raiva, socou sua cabeça com a mão que preparava a esfera negra, fazendo-a causar um leve impacto mágico na cabeça do outro.

— Ei!

— Você que começou.

— Estressada demais!

— Grosso demais!

— Enfim, vamos ler. — Impaciente, Zed dirigiu-se à uma das estantes, sendo seguido por Syndra.

— O que você acha que entende sobre magia? — duvidou a maga, cruzando os braços com um sorriso sarcástico.

— Posso não entender muito, mas estou interessado. — Não teve receio algum de ocultar sua imensa curiosidade pelas coisas da garota, pegando logo o primeiro livro da estante: Magia básica, parte 1.

— Então é só isso, né? Sem o intuito de ensinar... — Bufou, decepcionada com o outro. Para ele, tudo se baseava em proveitos.

— Não. — Cortou-a, preparando a mente para formular uma frase nem totalmente falsa, nem totalmente verdadeira. Apenas procurava ocultar a verdade por completo, até porque isso causaria um enorme questionário de Syndra sobre ele, o qual mais evitava. — Eu estou interessado em magia, mas acho que não tem livros apenas com esse assunto. Também quero ver outros assuntos.

— Sim, tem vários livros. Vários mesmo. — Aleatoriamente, pegou três deles na estante e foi mostrando ao amigo. As melhores técnicas ionianas já inventadas e Defesa básica, parte 1.

— Posso lhe ensinar sobre esses aí. Principalmente esse sobre defesa. — Deixou uma risada discreta escapar.

— Mas como eu posso me tornar uma maga melhor sem um tutor de magia?

— Vou lhe ensinar o que eu sei. Esse é o trato.

Syndra engoliu seco e procurou mais livros, assim como Zed. Este, ao ver mais e mais livros, estranhou um deles em específico, não hesitando para perguntar à maga negra:

— Por que você tem isso?

Syndra reorganizava os livros desinteressantes de sua mão, e então tornou sua face ao livro que Zed se referia: Esferas luminosas, parte 5.

— Por que isso ainda está aí? — murmurou para si mesma com dúvida e raiva, enquanto um olhar desesperado substituiu a antiga tranquilidade que sentia. Pegou o livro da mão de Zed de forma rápida e bruta, sem se importar com mais nada que aconteceria.

— “Ainda”? O-O que é isso, Syndra? — Parecia ter sido atingido bem no coração. Sentia um desconforto enorme, como se ela estivesse mentindo esse tempo todo.

— Não lhe devo satisfações. — O olhou friamente, escondendo o nervosismo que sentia.

— Mas a gente sempre fala de tudo. Qualquer coisa. Digo, menos do passado. — falou e observou Syndra, que o encarava como quem dizendo “Por que você acha que eu não quero falar disso, então?” — Ah, entendi.

— Mudando de assunto, por que não vemos aqueles livros sobre defesa? — falou e recebeu um aceno positivo com a cabeça como resposta.

— Então vamos procurar toda a coleção. Você olha nas prateleiras da direita e eu olho nas da esquerda.

— Na verdade, eu tenho que dar um jeito com esse livro das esferas luminosas. Tudo bem por você?

— Entendo. — começou a procurar, mas quando a maga saiu, resolveu, discretamente, mudar seu foco de atenção para ela. Estranhamente, Syndra não levou o livro para a porta dos fundos, onde ficava o lixo. Apenas subiu as escadas, com as pernas trêmulas.

Ao retornar, Zed voltou sua atenção aos livros.

— Achou todos? — perguntou a maga, tentando convencer a si mesma que nada diferente havia acontecido nesse meio tempo.

— Não. Só esses dois. — Mostrou Defesa, parte 2 e Como melhorar sua defesa.

 

***

 

— Acho que isso não foi muito produtivo. — concluiu Zed ao terminar de ler o último volume da coleção.

— Realmente. Tudo o que está escrito é basicamente o que você disse, só que com muitas repetições e mal explicado.

— Ou você que é lerda para entender. Tanto assim que você nem precisaria dos meus treinos se prestasse atenção nos livros.

— Olha, a chuva parou. — mudou de assunto, constrangida.

— É. Isso me fez ter uma ideia...

— Que ideia? — Virou-se para o outro, arqueando a sobrancelha.

— Como não temos tanto tempo assim para começarmos um treino, podemos ir à biblioteca da vila para pegar uns livros novos.

— Pode ser. — concordou, tentando parecer desanimada. Obviamente não admitiria que a ideia de Zed era boa.

— Vou esperar lá fora.

Assim, Syndra apressou-se para colocar sua clássica capa. Enquanto isso, Zed esperava, olhando o Sol para ver quando tempo teriam na biblioteca.

— Cheguei. — falou a maga, passados cinco minutos.

— Foi mais rápida dessa vez. — impressionou-se, rindo sozinho. — Vamos.

 

***

 

— Isso está ficando cada vez mais estranho. — disse Syndra ao olhar à cidade.

A rua estava toda animada. Um monte de pessoas comentavam, criando um barulho extremo. A cidade em si ainda aparentava ser velha, mas o clima estava bem melhor, mesmo depois de uma forte chuva.

— Vamos logo para a biblioteca. — falou e desceu de seu cavalo, amarrando o dele e o de Syndra em uma cerca. Logo em seguida, puxou a garota pelo braço, desviando do tumulto de pessoas que por lá circulavam.

— Ei! Não faça isso assim de repente! — reclamou, enquanto observava aquele tumulto de gente. Por uma fração de segundo, seu olhar atingiu uma garota de cabelos negros, com uma porção de pessoas em sua volta. — Espera! Essa garota...

— Que garota? — virou-se na direção de Syndra.

— Aquela. — apontou com a mão que Zed não segurava. Mas, era tarde demais. Mais pessoas a cercavam, impedindo que a maga negra a reconhecesse. Para piorar, o ninja também a puxara mais forte, fazendo com que ambos entrassem rapidamente na biblioteca.

— Isso está mesmo cada vez mais estranho. — falou Zed, ignorando a loucuras da outra.

— Pelo menos a biblioteca é normal. Que tal perguntarmos para àquela moça se tem livros de defesa por aqui? — Sugeriu ao encontrar uma garota no balcão, enquanto tentava esquecer o estranho acontecimento.

— Péssima ideia. Devemos procurar por nós mesmos, sem chamar a atenção.

— Você vem falar de não chamar a atenção mas anda por aí com uma máscara. — rebateu e logo viu Zed se afastando, envergonhado.

— Eu procuro nessa sala e você na outra. — Ordenou, sumindo do campo de visão de Syndra o mais rápido possível.

— Tanto faz. — Suspirou, e dirigiu-se à outra sala.

 

***

 

— Entendeu? — Zed terminou de explicar a matéria. Fechou o livro que lia, espreguiçou-se e olhou para a feição cansada de Syndra.

— Ahm, o que? — Bocejou e fitou seu amigo com olhares mortos.

— Você prestou atenção em alguma coisa?

— Sim, claro. — Levantou a própria cabeça que se encontrava sobre a mesa, entre seus braços.

— Então me diz como defender-se melhor de um arqueiro e um assassino simultaneamente.

— É só... — Colocava o indicador sobre o queixo, tentando recordar-se de algo dito por Zed, mas nada vinha à sua mente. — Não sei.

— No que você estava pensando durante todo esse tempo?!

— Nada. — Desviou o olhar, em meio a um suspiro.

— Fala. Não adianta fazer isso. — Riu e segurou o queixo de Syndra com sua mão. Virou seu rosto, a fazendo olhar diretamente para o ninja.

— N-Não é nada. — gaguejou com as bochechas coradas, desviando o olhar novamente.

— Olhe para mim. — falou com uma voz mais gentil, fazendo a maga o obedecer, ainda que com um pouco de vergonha. — Isso. — Ele sorria por baixo de sua máscara, mesmo sem perceber.

— O que foi?! — Fez bico.

— É sobre seu passado? — Soltou sua mão do queixo da Soberana.

— Não. Nada a ver...

— Então me diz. — Tentava convencê-la, curioso, como sempre.

Syndra suspirou lentamente.

— Tudo bem. — cedeu, revirando os olhos. — É que eu estou tendo um mal pressentimento. — murmurava, olhando para seus pés inquietos debaixo da mesa repleta de livros.

— Mal pressentimento? De que?

— Aquela garota... Sabe?

— A que você viu lá fora? — indagou, recebendo um “sim” com a cabeça como resposta. — Como assim?

— Nem eu sei direito. — Olhou para Zed novamente. — Acho melhor deixamos esse negócio de livro para outro dia. Por que não compra eles?

— Eu já comprei, esqueceu?

— Ah, é. — Fingiu lembrar-se. — Desculpa. Vamos para casa. — falou, no mesmo tempo em que se levantava, pronta para esticar o corpo. Estava há um bom tempo sentada.

— O que aquela garota te causou, hein? — falou, imitando a ação de Syndra.

— Nem eu sei direito. Sinto algo estranho sobre ela. — Caminhava em direção à saída com alguns livros no colo e o olhar fixado ao chão.

— Espero que esse esses sentimentos não tragam nada de ruim para nós. — Andava ao lado de Syndra, segurando o restante dos livros.

— Espero... — murmurou, perdida em seus pensamentos.

Mal sabia que suas intuições estavam certas.


Notas Finais


Talvez alguns achem esse capítulo desimportante por não ter dado tanto foco na parte romântica do casal, mas acreditem, tem um valor enorme na construção do enredo.
Como prometi nas notas iniciais do capítulo anterior, a relação dos dois aumentará, assim como o mistério de seus passados. Porém, as coisas têm que ir aos poucos, então, nesse capítulo, foquei mais nos mistérios, já que acredito que esse seria o momento perfeito para eles.
O romance receberá SIM muita atenção nos próximos capítulos <3
Enfim, adoraria que comentassem sobre o que estão achando. Talvez eu esteja enganada e, com suas opiniões, tentarei cumprir minhas metas de um jeito mais divertido para vocês!

Próximo capítulo - 06/10 - Sexta-feira!


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