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História The light of my darkness - Momentos frágeis e verdadeiros


Escrita por: syndream

Notas do Autor


HOOOOI! Vim tarde, muito tarde mesmo. Por que? Porque eu enrolei demais para terminar esse capítulo. Na real, eu estava pensando que ele já estava todo ajeitadinho para eu postar! É, eu estou perdidona já no início de 2018, acho que em dezembro eu posto o próximo capítulo (brinks, não me matem sz)

Ah, e eu já ia me esquecendo... (mentira, não ia esquecer, não)
Não sou de fazer agradecimentos por capítulo, mas chegou aos meus ouvidos que a senhorita @GoldenSunshine está fazendo aniversário hoje, então gostaria de lhe desejar parabéns, pequena! ^^
Esse capítulo é para você! <3

Boa leitura! ^^

Capítulo 29 - Momentos frágeis e verdadeiros


 

Um dia depois, na Fortaleza Celestial...

 

 

— Syndra! Syndra, me escute!! — Ahri perseguia a maga negra pela sala de estar animada, dando pulinhos ao invés de passos. A água do copo que a morena segurava balançava a cada pulo, criando um barulho tão irritante quanto a voz da vastaya naquele momento. Giravam e giravam ao redor da mesa central, criando uma situação cômica para quem as observasse. Só não seria engraçado se aquele belo líquido caísse no chão.

Pelo bem da vida de Ahri, isso não aconteceu.

— O que você quer dessa vez?! — gritou a Soberana, tornando seu corpo na direção da outra de um jeito ameaçador. Estourava duas esferas negras nas paredes opostas no local, causando um estrago que não seria consertado tão fácil.

— Quero fazer um suquinho, mas não sei onde estão as frutas... — Fazia beiço, manhosa, abraçando o copo d’água como uma criança mimada.

— Na fruteira, talvez?! — berrou mais uma vez, impressionada com a meia-raposa. Para alguém esperta e habilidosa na paquera, essa lerdeza era desconfiável...

— Faz sentido... — balbuciou para si mesma de maneira inocente, tentando sair daquela situação o mais rápido possível, antes que o alvo das esferas da Soberana Sombria fosse ela. Correu até a cozinha para pegar as tão buscadas frutas, sorrindo como uma boba.

Syndra bufou, contanto até 10 mentalmente para não surtar e destruir a própria casa. Para sua sorte — ou azar —, um ninja apareceu nesse meio tempo.

— Bom dia, Zed — cumprimentou a garota com um olhar cansado, jogando-se para cima do mesmo, que a segurou com dúvida.

— Não sei se estranho mais o fato de ter me dito o primeiro “bom dia” nesse tempo todo em que vivemos juntos ou o inesperado abraço que está me dando agora — riu, acabando por corresponder o ato da maga, mesmo que esta pudesse sentir os rápidos batimentos cardíacos de Zed. Era um abraço aconchegante.

— Estou cansada da Ahri — Apertava ainda mais o abraço, demonstrando o quão bagunceira era a meia-raposa. Nem todos os 30 ninjas que moravam naquela Fortaleza foram capazes de deixar a maga negra nesse estado.

— O que ela fez? — indagou simplório, numa tentativa de irritá-la indiretamente. Adoraria ouvir as provocações da vastaya sobre sua companheira de batalha.

— Só ficou no meu quarto até uma hora da manhã para pular na minha cama e falar coisas... Idiotas — Mostrava o número “um” com o indicador, como um “contador de asneiras”.

— Que tipo de coisas idiotas?

— E ainda acordou às três horas, me chamou com um berro e pediu que eu fizesse um pouco leite para ela porque não estava conseguindo dormir — Mostrava o número “dois”, ignorando totalmente a dúvida do garoto.

— E você fez?

— E não sabe que as frutas ficam na fruteira! — Finalizou com o “três”.

— É... O caso está sério. — murmurou, segurando o riso num sorriso simpático.

— Como dia de folga, hoje eu vou ficar aqui em casa fazendo um pouco de nada — Afastou-se do ninja, pulando nas almofadas da sala com um sorriso satisfatório no rosto.

— Mas não vai mesmo — Zed arrastava a amiga pelo braço. — Hoje é dia de treino. Sem corpo mole, garota.

— Dá um tempo, Zed. Seja legal com a Syndra que você tanto ama... — Numa tentativa de resistência, a maga o puxou com mais força para o lado contrário da saída, o fazendo cair por cima de seu corpo. Má escolha, Syndra.

A situação estava embaraçosa para ambos, que não faziam a mínima ideia do que fazer. A máscara de Zed amenizava a situação e evitava uma possível troca de olhares intensa, mas as mãos da garota sobre o rosto do ninja apenas aumentava aquele clima tenso e provocativo. Syndra continha seus desejos mais secretos, parecendo querer puxá-lo para mais perto a qualquer momento. Talvez ela cedesse logo aos seus instintos se uma raposa não aparecesse de súbito, gostando daquela cena que presenciava.

— Mas essa Syndra não perde tempo, hein? Mal lhe falei as dicas de como conquistar o Zedão e você já está nesse ponto... Interessante. — dizia com o corpo encostado na parede, enquanto dava um gole no seu suco de frutas, admirando a vista com prazer.

— Quer me conquistar, é? — Zed tentava provocá-la, mas acabou por cair na própria armadilha. Suas bochechas coravam e sua voz gaguejava, denunciando que também fora afetado pela fala de Ahri.

— N-Nada a ver. — Foi a vez da Soberana se envergonhar, porém conseguia esconder melhor seu nervosismo.

A vastaya apenas ria da situação. Sabia que seria necessária uma grande ajuda para que aqueles dois se acertassem. E esta seria sua função naquela casa.

 

***

 

— Dá um pouco desse suco aí — ordenou Syndra com uma carranca estampada em sua face. Estava de mau-humor desde que Zed desistiu de convencê-la a treinar e trocou-a pelos seus aprendizes. Afinal, ela apenas queria se fazer de difícil. Com o objetivo não alcançado, restou-lhe fazer bico e ainda querer passar essa frieza para a única companhia que restava na Fortaleza. Vendo pelo lado positivo, não teria que descontar sua raiva em mais estragos nas paredes ou móveis com magia negra.

— O que? Por que está assim? — Ahri percebeu o humor de Syndra, ainda não entendendo o que havia acontecido enquanto apreciava seu suco. Desde o incidente entre Zed e Syndra na sala de estar, ela decidiu deixá-los sozinhos, imaginando que algo poderia acontecer. Iludida, mal sabia que eles eram mais enrolados que carretel de linha.

— Você já não basta? — devolveu com frieza, ainda que, no momento, não fosse sua intenção. Pegou o suco que Ahri a servira, bebendo-o com rapidez e irritação.

— Nossa! Assim você me machuca — respondeu com uma voz forçada, posicionando uma de suas mãos sobre a testa, numa atuação propositalmente horrível.

— Tanto faz — deu de ombros, entregando-lhe o copo já vazio.

— Eu posso te ajudar com qualquer coisa, Syn — franziu o cenho, um pouco decepcionada com a falta de confiança de sua “mestra”. Agarrou o copo e devolveu-o para a Soberana já com o líquido, segurando a risada ao vê-la beber com ansiedade.

— Esse é o problema — Fez uma pequena pausa, intrigada com a fala de Ahri.

— Como assim? — Parecia cada vez mais confusa com a bipolaridade da garota, porém desistir estava longe de ser uma opção. “Juramento é juramento, lealdade de raposa nunca falha”, como ela mesma diria.

— Eu não sei o que fazer com você — confessou, escondendo o tamanho incômodo que carregava.

— Bem, eu tenho habilidades, tanto as convencionais como as de luta. Se quiser o básico, eu posso continuar a buscar as coisas para você e...

— Eu nem te conheço direito — cortou-a numa tentativa de explicar-lhe o problema de uma melhor forma. Afinal, não queria dar o braço a torcer ou começar a interrogar sobre o passado de Ahri, correndo o risco de receber as mesmas perguntas ou cair numa situação ainda mais constrangedora.

— Eu também não te conheço, mas olha, cá estou. Numa ilha flutuante, falando com a maior ameaça de Ionia que tem um caso com o outro ser trevoso — ironizou, ainda não entendendo o objetivo de Syndra com essa conversa.

— Eu não tenho um caso com ele! — ignorou o verdadeiro foco, incomodada com o que fora dito pela vastaya.

— É cada coisa que inventam sobre você, Syn... Primeiro que é uma pessoa com complexo de grandeza e emocionalmente instável. Até agora, só vejo o contrário — disse, dando uma discreta risadinha no final da frase; levemente avoada.

— Como assim? — foi sua vez de encontrar-se confusa.

— Ah, por favor... — Revirou os olhos. — Tudo bem, você é forte, mas abriga 30 pessoas nesse templo e ainda é casada com o Mestre das Sombras. Você é gentil e consegue amar o Zed, mesmo que sua cabeça ainda esteja confusa, principalmente em relação ao último tópico — Deu um sorriso travesso, achando graça da verdadeira expressão de abismada estampada na face da garota.

— É apenas um acordo, benefícios para ambos! — cruzou os braços, tentando mostrar-se séria e não afetada pela provocação.

— Se você diz — suspirou, pretendendo deixar o cômodo.

— Pelo menos eu não fico falando todas essas besteiras sem pensar — irritou-se, como quem esperava uma outra provocação para revidar. Se tinha algo que a tirava do sério era ser menosprezada dessa forma, ou melhor explicando, ignorada de uma maneira tão simples. Ainda mais em um assunto tão complicado como a relação dela com o Zed. As coisas entre eles estavam estranhas, aliás, sempre foram, mas isso não dava direito a ninguém a interferir de maneira tão rápida e incômoda, ressaltando que ela nem os conhecia direito para julgá-los. Pelo menos Syndra pensava de tal forma.  — Você não tem coração!

— Ei, não me chame de... — gritou Ahri, pela primeira vez, fora de si. Fez uma pequena pausa, coçando a garganta. — Disso aí que você falou.

Syndra deu um pequeno salto para trás, assustada com a feição intensa e desequilibrada de Ahri, que emanava uma aura cruel sobre si, realmente parecia machucada com o que ouvira. Sequer a encarava, mas aquele sorriso sarcástico num tom mais escuro dava um ar mais sombrio àquela que costumava ser exatamente o oposto disso.

Seus olhos transpareciam o quão machucada estava. Syndra percebeu o quão errada estava com apenas aquele olhar. Assim, aproximou-se de Ahri, num murmúrio sincero e completamente arrependido.

— N-Não foi minha intenção... Perdão.

Essa dupla, ainda que próxima, parecia muito distante. Syndra aparentava se importar com a garota, que se surpreendera com o pedido de perdão. Até porque, vilões nunca admitiam seus erros. Talvez a tal Soberana Sombria não fosse tão resistente quando se tratava de sentimentos. Ou alguém em específico houvesse mudado tal característica nela nesse meio tempo.

— Eu confio em você — balbuciou, esboçando um sorriso repleto de sinceridade.

Nesse exato momento, a verdadeira natureza das duas se manifestara. Dor, arrependimento e compaixão as rodeavam, permitindo que Syndra correspondesse o gesto gentil com honestidade e empatia.

Todos têm seus lados melancólicos de queda, onde é impossível esconder toda essa dor e sofrer sozinho. Syndra e Zed eram um bom exemplo disso. Mas poderia alguém como Ahri compartilhar os mesmos sofrimentos?

 


Notas Finais


Algumas teorias? Adoro teorias! Ah, gente, eu adoro a amizade/rivalidade da Syn com a Ahri! Queria que elas se aproximassem mais ;u;
Comentem sobre o que acharam desse capítulo, se possível. Adoraria ouvir de vocês sobre essa relação que eu adoro escrever sobre ou até o que isso pode se tornar <3

Próximo capítulo - 19/01 - Sexta-feira!


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