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História The List - Capítulo 9- Maio.


Escrita por: Leets1

Notas do Autor


Vou postar de mês em mês para dar sequências as cartas !
Até junho.

Capítulo 9 - Capítulo 9- Maio.


Jared estava no estúdio e pensou sobre como havia sobrevivido ao fim de maio tentando dar um pouco de ordem á sua vida. Alguns dias, ele se sentia muito feliz, satisfeito, confiante de que sua vida ficaria bem, e com a mesma rapidez a sensação desaparecia. E ele voltava se sentir tristeza. Tentou restabelecer uma rotina que se adequasse bem, para poder sentir que tinha controle sobre seu corpo e sobre sua vida, em vez de vagar como um zumbi observando todo mundo seguir com suas vidas enquanto ele esperava terminar a sua. Infelizmente, a rotina não se tornou o que ele esperava. Passava horas no quarto ou na sala sem se mexer revivendo as lembranças, único momento que ele tinha uma rotina era quando estava no estúdio com a banda.

Passava horas revivendo suas lembranças que ele tinha de sua vida com Alex. Lembrou das discussões que tiveram, que ao invés de ter ficado sem se falar poderiam ter feito amor com ela. Queria voltar ao tempo e corrigir todos os momentos, queria que todas as lembranças só fossem coisas boas. Ninguém havia dito que eles tinham pouco tempo juntos. Aqueles tinham sido seus dias felizes, quando ela vivia bem, como em um sonho, sempre sorrindo, e quando se pegava rindo ao descer a rua e pensar em uma brincadeira feita por eles. Aquela era a sua rotina.

Ele caía em uma depressão forte e finalmente reunia coragem para ser positivo e sair daquele estado triste por mais alguns dias. Mas as coisas mais simples e menores faziam as lágrimas rolarem de novo. Era um processo cansativo, e na maioria das vezes ele não procurava lutar contra a sua mente, que era muito mais forte que qualquer músculo de seu corpo.

Os amigos e sua família se aproximava e se afastava, ás vezes ajudavam-no enquanto ele chorava, ás vezes faziam- o rir. Mas mesmo em seu riso, faltava alguma coisa. Ele nunca parecia totalmente feliz; parecia apenas estar deixando o tempo passar enquanto esperava por outra coisa. Estava cansado de apenas existir; queria viver. Mas para que viver se não existia vida na existência? Essas perguntas tomavam sua mente o tempo todo, até ele chegar ao ponto de não querer despertar dos seus sonhos – eles eram o mais próximos da realidade.

No fundo, ele sabia que era normal se sentir daquele modo. Ele sabia que as pessoas diriam que um dia ele seria feliz de novo e que aquela sensação seria apenas uma lembrança distante. O mais difícil era chegar a esse dia.

Ele leu e releu a carta original de Alex, analisando cada palavra e cada frase, e todos os dias conseguia encontrar um novo sentido. Mas podia ficar ali, tentando entender as entrelinhas e descobrir mensagens ocultas. A verdade era que ele nunca mais saberia exatamente o que ela quisera dizer com aquilo, por que nunca mais falaria com ela. Era com isso que ele tinha mais dificuldade de lidar, o fato que acabava com ele.

Agora, maio havia se passado e junho chegado, trazendo noites com sol e belas manhãs. E juntamente com os dias ensolarados, junho trazia clareza. Ela não mais se escondia quando escurecia e não dormia até o começo da tarde.

Estava na hora de abrir todas as janelas e deixar o ar entrar na casa, para livrá-los dos fantasmas do inverno e dos dias sombrios; estava na hora de acordar cedo com o canto dos passáros e sair para andar, olhar nos olhos das pessoas, sorrir e dizer oi em vez de se esconder sob camadas de roupas, olhando para o chão enquanto corria das pessoas e ignorava o mundo. Estava na hora de parar de se esconder no escuro e erguer a cabeça e enfrentar a verdade.

Junho também trazia mais uma carta de Alex.

Jared se sentou ao sol de frente ao jardim que ela tanto amava, aproveitando a claridade da vida, e com nervosismo e excitação, leu a carta. Adorava sentir o papel e as ondulações da caligrafia de Alex sob seus dedos, que corriam sobre a tinta seca. Do lado de dentro, a letra bonita havia relacionado os itens que pertenciam a ele e que permaneciam na casa. E ao lado de cada um de seus pertences, ela explicava o que queria que Jared fizesse com eles e para onde queria que eles fossem mandados. No final, estava escrito:

P.S Eu te amo Jared, e sei que você me ama. Você não precisa de minhas coisas para se lembrar de mim, não precisa guarda-las como prova de que eu existi ou de que ainda existo em sua mente.

Já estou aí... sempre abraçando você.

Foi difícil para Jared aceitar aquilo. Mas ela tinha razão, e ele sabia. Quantas noites passou tocando ou sentindo seu perfume em suas roupas. Quantas vezes ficou imaginando as peças em seu corpo. Não poderia manter os pertences ali para sempre. Não podia fingir par si mesmo que ela voltaria para pegar tudo. O corpo de Alex não existia mais; ela não precisava de roupas.

Foi uma experiência emocionalmente desgastante. Ele demorou dias para realizá-lo. Reviveu milhões de lembranças com cada peça de roupa. Abraçou cada item antes de dizer adeus. Sempre que deixava de lado um objeto, era como se estivesse dizendo adeus a uma parte de Alex tudo de novo. Foi difícil; muito difícil e ás vezes difícil demais.

Jared informou á família e aos amigos o que estava prestes a fazer, e apesar de todos terem oferecido ajuda, ele sabia que precisava fazer aquilo sozinho.

Precisava ir com calma. E se despedir direito, por que não reaveria nenhum pertence. Assim como não reaveria Alex.

Apesar de querer ficar sozinho, Shannon havia telefonado algumas vezes oferecendo ajuda e Jared agradeceu. Cada objeto tinha uma história e eles conversavam e riam a respeito das lembranças envolvidas. Ele a ajudou quando ela chorou. Foi uma tarefa difícil, mas teve que ser feita, e que foi facilitada pela ajuda de Alex. Jared não teve que se preocupar em tomar todas as grandes decisões, pois Alex já tinha tomado por ele. Ela a estava ajudando, e, pela primeira vez, Jared sentiu que também a estava ajudando.

Ele riu ao encontrar as primeiras demos da banda, pelo menos uma vez por ano Alex pegava a caixa velha de sapato. E colocava para tocar em todas as rádios que tinha pela casa para atormentar Jared com aquelas guitarras gritantes e a má qualidade do som mal produzido.

Tantos objetos, tantas lembranças. Cada uma delas estava sendo etiquetadas e guardada em sacolas, como em sua mente. Para serem arquivadas naquela área que ás vezes seria aberta para ensinar e ajudar no futuro. Objetos que já foram tão cheios de vida e importância, mas que agora estavam jogadas ao chão. Sem ela, aquelas eram apenas coisas.


Notas Finais


Foi um capítulo de cortar o core 💔 até o próximo gente !!!
Xoxo !
Deixe seus comentários que eu gostaria de vê-los novamente !


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