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História The Lost Oracles - Capítulo II


Escrita por: Grace4Me

Capítulo 2 - Capítulo II


CAPÍTULO II

Hora de acabar com a raça de alguns monstros

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Nico sabia que uma hora o monstro atacaria. Na sua humilde opinião, até demorou.

O filho de Hades havia aceitado realizar um favor ao Treinador Hedge e ajudar o irmãozinho dele no resgate de três semideuses. Depois de atravessarem o mundo juntos e ele salvar sua vida, impedindo-o de virar pura sombra durante a viagem para levar a Atena Partenos até o Acampamento Meio-Sangue, aquela era sua forma de retribuir o favor.

E Will ajudou a convencê-lo com o argumento de: se infiltrar leva a socializar para se aproximar dos semideuses, e ele precisava de mais socialização. Nico não era fã da ideia, mas Solace conseguia ser bastante persuasivo e insistente consigo até parecer uma boa ideia.

Até tentou levar o namorado junto, mas ele preferiu ficar no acampamento com seu trabalho de curandeiro na enfermaria e conselheiro-chefe o ano inteiro, como de costume. Então, acabou ali infiltrado como um aluno do Ensino Médio com outros três semideuses, um sátiro e rodeado de monstros — segundo o faro do Hedge 2, havia muitos ali —, e trocando mensagens de Íris com Will de duas a três vezes por dia, para o filho de Apolo garantir que ele estava bem e não desrespeitou nenhuma ordem médica.

Will levava muito a sério suas ordens médicas.

— Você conseguiu me convencer a estudar aqui e nem vai vir nesse maldito festival? — Nico resmungou ao namorado, que lhe encarava através da mensagem. — Nem o Jason? 

— Não precisa de mim para aproveitar o festival. Adoraria conhecer seus novos amigos, mas estou muito ocupado aqui. Nossa Caça a Bandeira ontem foi brutal — explicou Solace ao que fazia uma careta. O chalé de Ares e Hefesto pegaram pesado na noite anterior. — Jason está me ajudando. O Percy não ia com a Annabeth e a irmãzinha dele? 

— A Estelle ficou doente e eles vão cuidar dela até Paul e Sally voltarem para casa — O filho de Hades suspirou, ouvindo alguns barulhos do lado de fora do quartinho de limpeza onde havia se enfiado para poder mandar a mensagem. Segurava um prisma e uma lanterna para criar um arco-íris, fornecidos pelo irmão do Treinador. — Gilbert tem certeza de que algum dos monstros irá aproveitar a oportunidade para atacar hoje.

— Se isso acontecer, nada de viagem nas sombras e manere nos poderes. 

Nico revirou os olhos. Cansava de ouvir aquilo, mas namorava um aspirante a médico muito preocupado com sua saúde. Já estava se recuperando da longa viagem pelo Atlântico e conseguindo manter mais energia ao usar suas habilidades. Pensava que Will estava exagerando na cautela.

Apenas concordou com a cabeça. Observou o leve sorriso surgir nos lábios do garoto bronzeado de olhos azuis.

Nico sentia falta do namorado, mesmo que nunca tenha expressado aquilo em palavras para o loiro. E isso era obviamente recíproco, pois Solace nunca parava de pensar no seu garoto das trevas teimoso.

— Já tem alguma suspeita de quem seriam os pais divinos deles? Seus palpites com novis campistas costumam ser bons.

— Não, mas Hedge Segundo diz que sente uma aura forte nos dois irmãos, principalmente na garota. Não faço ideia de como ela chegou aos dezoito sem ser atacada. — Nico suspirou, pensativo. Allyssa era o maior mistério daquela missão, e ele estava realmente curioso.

Mesmo que em Nova Roma existam vários semideuses mais velhos, fora de lá raramente sobreviviam tanto sem nenhum tipo de treinamento.

— Talvez não existam muitos monstros na Austrália.

— Ou ela teve muita sorte. — Deu de ombros. — Acho melhor eu voltar logo. Estou curioso sobre a peça do último ano.

— Divirta-se! Quero que me conte tudo depois.

— Will, melhor vir aqui! — a voz de Jason soou um pouco afastada.

— Já estou indo! — o filho de Apolo respondeu — Também tenho que ir. As tarefas como curandeiro nunca acabam.

— Diz ao Nico que mandei um oi e peço desculpas por não ir ao festival! — ouviram Jason outra vez.

— Você ainda me paga por isso, Grace! — Nico falou num tom de voz mais alto, esperando que o melhor amigo ouvisse.

É. Ele considerava Jason Grace seu melhor amigo. As coisas evoluíram bastante desde a Guerra contra Gaia.

Will riu baixo e encarou di Angelo.

— Tenho que ir. Tchau, garoto das trevas. 

Nico despediu-se do namorado e saiu discretamente do quartinho de limpeza de volta para o festival. Guardou o prisma no bolso de sua jaqueta. Seguiu até o ginásio e devolveu a lanterna para Gilbert Hedge. Observou à distância os três semideuses sentados assistindo a peça dos alunos do último ano. 

Ainda lembrava de quando foi salvo por Percy, Annabeth, Thalia, Grover e as caçadoras, também em um evento de sua escola. Apesar de achar tudo emocionante, ainda foi assustador e teria morrido se não fosse por eles. Ele ajudaria a levar aqueles semideuses em segurança para o acampamento assim como fizeram consigo.

Não foi fácil tentar se aproximar deles, Nico admitia. Porém, o jeitinho sociável e alegre de Thomas Choi ajudou bastante. O garoto de descendência asiática, cabelos e olhos acastanhados que sempre tinha um sorriso animado e travesso no rosto tentou aproximar-se do filho de Hades e deixá-lo confortável na escola pouco depois que ele chegou. 

Tentou ser o mais amigável possível e apreciava a amizade do garoto. Tom conseguiu conquistar a confiança de Nico, e ele a sua. A energia contagiante do garoto às vezes o lembrava de Will e de alguns de seus cunhados mais próximos do Chalé de Apolo. Ele até mesmo contou sobre seu namorado e a falta que ele fazia por estar longe; sentiu-se mais à vontade para comentar depois que o garoto desabafou e choramingou sobre sua infeliz desilusão com um garoto do time de beisebol e suas outras paixonites pelo colégio — exceto a que tinha pelo próprio filho de Hades, é claro. Tornaram-se bons amigos e isso ajudou a também se aproximar um pouco dos irmãos Nightmare.

Pelo que descobriu, o parente divino de Thomas era o pai. Sabia bem mais sobre Tom que sobre os outros dois. Pelo que o novo amigo lhe contara, Allyssa e Alexander foram criados pelo avô, pois o pai morrera em um acidente de carro quando eram menores, e eram mestres em esportes, algo que pôde ver com os próprios olhos.

Uma vez todo o Ensino Médio foi para uma quadra de tênis e carinhosamente obrigados pelo professor de educação física a jogarem algumas partidas. Se existia um deus dos esportes, Allyssa poderia muito bem ser filha dele.

Ally já havia passado muito da idade de ser reclamada e chegar ao acampamento, o que significava que a jornada até lá seria repleta de monstros e explicava porque havia muitos deles por ali, segundo Gilbert.

Nico soube que havia algo de errado quando perdeu de vista os semideuses ao distrair-se com a peça teatral. Percorreu o local com o olhar à procura deles e não os encontrou.

— Onde eles estão? 

— Espero que não sendo devorados por um monstro. Esse lugar está fedendo a esses desgraçados! — Gilbert falou.

— Vamos atrás deles, treinador.

— Treinador é o Gleeson! 

— Tanto faz, vamos!

O filho de Hades correu pela escola em sua busca. A maioria dos corredores estavam vazios, pois os alunos e seus convidados — pais, amigos, etc. — estavam centrados na peça no palco montado no ginásio. Por precaução, manteve sua espada consigo na cintura e segurava o cabo. 

Não viram sinal deles, e o garoto começou a preocupar-se. Não permitiria que aqueles três se machucassem por um leve descuido seu.

Enquanto caminhava por um corredor, ouviram-se gritos e passos rápidos. Nico seguiu o som e ao virar num outro corredor, avistou os semideuses correndo de uma enorme mantícora. Suas expressões eram de puro espanto. A blusa de Tom estava rasgada, e Ally ganhou um belo arranhão no rosto e parte do vestido também rasgado. Alex parecia melhor, exceto por seus cabelos que estavam um verdadeiro caos.

— Nico, cuidado! O-o Parker… E-ele… — Tom exclamou.

Di Angelo sacou sua espada, enquanto os outros três pararam atrás de si. Hedge preparou seu taco de golfe e xingou o monstro em grego antigo.

— Cala a boca, sátiro petulante! — vociferou o monstro — E você, filho de Hades, não poderá me impedir.

— É o que veremos — Nico disse e virou-se para os amigos, que estavam congelados de medo e surpresa. — Se escondam! Eu cuido dele.

— Eu vou te quebrar em mil pedacinhos! — Hedge exclamou.

***

Nico não cuidou tão bem do monstro quanto gostaria, nem Hedge o quebrou em pedacinhos.

Naquele exato momento, corriam junto aos outros pela escola sendo perseguidos pela mantícora e seu reforço com duas dracaenae e uma empousa

Chegaram aos bastidores da peça, e durante a corrida Allyssa acabou derrubando vários equipamentos, onde algum maluco deixou copos de água que causaram um curto circuito e as cortinas e parte do cenário começaram a pegar fogo. Nico foi rápido em acionar o alarme de incêndio próximo às arquibancadas, logo ouvindo os gritos e a multidão correndo para fora.

Era uma confusão tão grande e aconteceram tantas coisas que foi quase impossível acompanhar.

Dezenas de pessoas corriam para as saídas, empurrando umas as outras e se pisoteando. A mantícora destruiu a entrada no vestiário e avançou sobre Alex, que esquivou-se agilmente e se jogou no chão para escapar. Ally correu em socorro do irmão e ficou cara a cara com o monstro.

A garota engoliu em seco e olhou para o irmão desesperada, porém havia uma enorme criatura em seu caminho.

— Ei, monstrengo! Que tal um lanchinho direto do Mundo Inferior? — Nico chamou a atenção dos monstros.

O monstro com cabeça de homem, corpo de leão e cauda de escorpião  avançou sobre ele, que lhe acertou um golpe com a lateral de sua espada. Gilbert acertava a empousa com seu taco e gritava insultos que deixariam seu irmão mais velho orgulhoso. 

Nico atacava e o monstro desviava, e vice-versa. Por um momento, esqueceu-se dos outros monstros, até ver os irmãos Nightmare na mira das duas mulheres-cobra que se rastejavam até eles, enquanto Ally abraçava seu irmão.

Allyssa, num ato de impulso para proteger Alex, agarrou uma estaca de madeira quente de 45 cm dos destroços da arquibancada destruída pela luta de Nico. Ela ergueu o braço e atirou como em um arremesso de facas ou dardos, acertando em cheio a testa de uma das mulheres com pernas de cobra, que ficou atordoada. Arrastaram-se para longe e a garota pegou um pedaço de madeira maior para se defender, como se fosse uma espada.

Nico correu para ajudar e apunhalou a dracaena com um belo acessório na testa, reduzindo-a a uma pilha de pó. Olhou para Tom, que estava encolhido atrás dos destroços do que restou da porta do vestiário. Sua expressão de pavor doeu em di Angelo, pois entendia o medo que o amigo deveria estar sentindo.

— AARGH! — Allyssa grunhiu de dor quando as garras da mantícora, que desistiu de dar atenção a Nico, lhe acertaram.

Mesmo ferida, a garota se jogou sobre o chão e rolou para o lado, fugindo de mais um golpe. Colocou-se de pé com agilidade e acertou o monstro com seu pedaço de madeira. A mantícora urrou e tentou acertá-la mais uma vez, porém ela desviou.

Nico invocou alguns esqueletos do chão, que logo atacaram os monstros, enquanto ele partia para cima da mantícora. Por pouco as garras não fizeram um picadinho italiano de semideus.

— Crias do Submundo insolentes, vocês não irão escapar vivos! — falou o monstro — Quero apenas o garoto.

— Qual deles? — Nico perguntou e colocou-se ao lado de Allyssa. Seu olhar vagou entre Alex e Thomas. O mais novo dali arrastava-se para trás apavorado enquanto um esqueleto partia para cima da empousa que tentou pegá-lo e Hedge cuidava da dracaenae.

— Não viverá o suficiente para saber, filho de Hades.

Hades…? — A garota assumiu uma expressão confusa no rosto. 

— Explico depois. Ajude Alex e Tom.

Então Nico atacou o monstro. 

Gilbert foi derrubado pela dracaena, que rastejou até Tom. O garoto saiu de seu esconderijo e correu em direção a onde estava Alex, porém a mulher-cobra agarrou seus braços.

Ally avançou sobre a dracaena com seu taco de madeira queimado, fazendo-a soltar Thomas e voltar sua atenção para ela. Atacou outra vez, a adrenalina dominando seu corpo. Ela não iria morrer para nenhum monstro, nem seus amigos. Não sabia de onde vinha aquela coragem, mas não iria se render.

— Renda-sssse, garota — sibilou a mulher-cobra — A matarei rápido. Nossssso mestre cuidará bem de sseu irmão.

Os olhos de Allyssa arderam em fúria. Ninguém ameaçava seu irmão e saía impune.

— Deixe suas escamas nojentas bem longe do meu irmão!

Ela atacou a dracaena com toda sua força. 

Thomas nunca viu os olhos da amiga brilharem com tanta fúria e determinação como naquele momento. Ela atacava o monstro como se fosse algo costumeiro, apenas mais um adversário numa luta — só que com dez vezes mais raiva acumulada. Preferiu não ficar muito tempo por perto e correu até Alexander.

Alex encolheu-se nos braços do garoto. Estava muito assustado. 

Gilbert deu um chute na empousa com seus cascos já expostos e olhou ao redor enquanto ela cambaleava desnorteada. Havia muita fumaça.

Nico xingou em italiano ao perceber que o fogo ainda crescia e se espalhava. Gritou e pulou nas costas da mantícora, que sacudiu-se tentando derrubá-lo. Foi arremessado contra uma parede e sentiu uma dor maçante em seu corpo.

— NICO! — Tom gritou ao vê-lo ser arremessado.

A mantícora que ele conhecia anteriormente como seu coordenador, Sr. Parker, correu em direção a eles. O sátiro atacou com seu taco de golfe enquanto Choi corria em direção a uma das saídas de emergência com Alex.

A empousa chutou Tom, enquanto o antigo coordenador arremessava o sátiro. 

Uma pilha de destroços queimando caiu sobre a dracaena que Ally lutava. Ela tossiu pela fumaça e olhou na direção do irmão. Seu sangue ferveu imediatamente ao ver o monstro gigante agarrar seu irmão e erguê-lo no ar.

— ALLY! — Alex gritou com a voz chorosa e se debatendo. Seu rosto estava banhado em lágrimas.

— TIRE SUAS PATAS DELE, SEU CÃO SARNENTO INFERNAL!

— Muita coragem, Senhorita Nightmare. Mas terei que levá-lo comigo.

— O que você é? O que quer com meu irmão?

— Os planos do mestre são confidenciais. 

— Ally, me ajuda… — o garoto choramingou.

O sangue de Allyssa fervia de raiva ao ver seu irmão chorar nas garras daquele monstro. Não sabia de onde tirara coragem para bater de frente com aquelas criaturas. Apenas seguia seu instinto.

Ela viu Nico se colocar de pé com dificuldade e olhar em sua direção. 

— Vou te ensinar uma coisa, Sr. Parker — ela disse firme e encarou o monstro — Nunca mexa com um Nightmare, nós podemos ser o seu pior pesadelo.

Com toda sua força, ela jogou a madeira em sua mão na mantícora com um alto grito furioso. Isso foi o suficiente para o monstro ser pego de surpresa e soltar Alex. 

O olhar da garota estava fixo no monstro, que se recuperava da sua surpresa, porém não conseguiu mover-se um passo e apenas rugiu.

— Espero que essa espada sirva para alguma — falou para Nico. 

Di Angelo direcionou-lhe um leve sorriso de canto.

— Não sei como está lutando tão bem, mas… Vamos acabar com a raça desses desgraçados.

— Espero que tenha espaço para mais um. — Uma voz surgiu de uma das saídas de emergência, e todos encararam o garoto de olhos verdes que ali estava. — Me desculpe o atraso. 

O garoto tirou a caneta do bolso e tirou a tampa. Logo, uma espada surgiu em sua mão.

— Aceita uma ajudinha aí, Nico?


Notas Finais


Olá, amores!

Agora o bicho começa a pegar!
Percyval chegou pra ajudar nessa bagaça.

Não sou muito boa com cenas de luta, mas fiz o meu melhor.

Espero que tenham gostado do capítulo. Por favor, votem e comentem bastante tá bom?
Os comentários são muito importantes e me animam mais, além de ajudar a saber se estão gostando 🥺🥺
Panfletem bastante essa belezinha para seus amigos fãs de fanfics do Riordanverse!

Até o próximo capítulo!
Beijinhos,
Bye bye 😘👋


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