História The love awakens - O Segredo do Ex-stormtrooper

Um tempo depois Finn acordou, ainda estava deitado em meu peito, ambos estávamos nus. Nossos olhos se encontraram e por um tempo demos risada. Eu me sentia completamente à vontade com ele por perto, e ele parecia sentir o mesmo, eu amava a intimidade que estávamos conquistando.

- Preciso de um banho – ele declarou – se quiser me acompanhar.

- Com certeza quero – respondi.

Nós não tínhamos mais forças para continuar fazendo sexo, mas tomamos um maravilhoso banho juntos. Vez ou outra nos beijávamos, a água quente escorria pelos nossos corpos. Era maravilhoso estar com Finn ali. Demoramos um tempo no banho, até que nossas peles começaram a ficar enrugadas e saímos.

  Trocamos nossas roupas, Finn colocou alguns trajes meus que ficaram apertados em seu corpo, eu já havia achado sexy quando o vi com minha jaqueta, mas aquela cena era simplesmente linda. Finn era simplesmente lindo.

- Conte-me então, Finn, quando você teve tempo de transar sendo um stormtrooper?

Ele riu.

- Não é como se a Primeira Ordem conseguisse reprimir esse tipo de coisa em nós. Às vezes, quando ficava muito difícil segurar, dávamos umas escapadinhas, entende?  Mas nunca fiz sexo como hoje, na maioria das vezes mal tirávamos as armaduras.-

- Hm – respondi.

Eu poderia imaginar perfeitamente, vários jovens juntos treinando dia após dia, era perfeitamente possível que algo assim acontecesse.

- Até que você tem disposição para alguém da sua idade – ele acrescentou – realmente sua reputação o precede.

 - Você não viu nada ainda, garoto.

 - Acho que teremos bastante tempo para isso – ele piscou – estou morrendo de fome, não comemos nada desde que voltamos, quer comer alguma coisa?

 Percebi que meu estômago estava roncando.

 - Quero, mas temos que ir ao refeitório, faz um tempo que não reponho comida aqui.

 - Sei como é.

 Fomos até o refeitório estava completamente cheio, Jess, Karé, L’ulo e Snap estavam sentados a uma mesa e acenaram para nós nos juntarmos a eles. Pensei que não conseguiríamos esconder por muito tempo o que estava acontecendo já que ninguém nos viu imediatamente após pousarmos.

 Sentamos no meio deles, quietos, Karé olhou para nós dois pensativa, depois de um tempo declarou.

 - Finalmente vocês transaram.

 Não era uma pergunta, mas mesmo assim eu me engasguei com meu suco e respondi:          

- O quê?

- Ah, não tentem disfarçar. Poe, seu cabelo está molhado e Finn está com as suas roupas, tem um “Dameron” escrito no bolso. Fora que vocês chegaram exatamente juntos.

Todos estouraram em risadas na mesa.

-  Já estava na hora! – Jess declarou.

Eu estava sem graça e Finn também, mas ele fez um movimento que imagino que deva ter demandado bastante coragem e passou o seu braço pelos meus ombros. Todos ficaram estáticos, não era mais brincadeira.

- Então vocês estão juntos? – perguntou Snap levantando uma sobrancelha.

- Estamos? – Finn olhava sério e me perguntava.

- É, acho que sim. – respondi.

Ficou um burburinho à mesa, o pessoal ficou nos enchendo o saco fazendo perguntas e querendo saber sobre nossa vida pessoal, as pessoas se excitavam ao saber que estávamos saindo por conta de toda a situação em que Finn salvou minha vida e desertou, eu realmente não sabia se estávamos juntos, mas sentir o braço do Finn pousado ali nos meus ombros me fez parecer que realmente éramos um casal.

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- Finn, você precisa reportar o que ouviu para à General – pedi a ele assim que nos encontramos sozinhos.

- Eu sei.

- Podemos ir até ela agora se quiser.

- É melhor, né? – ele perguntou hesitante.

- Eu acho, por que você está hesitando? – perguntei – todos nós somos caçados aqui de alguma forma.

- É que já temos tanta coisa para lidar e ainda vamos nos meter com caçadores de recompensa? –  ele respondeu , mais uma vez percebi que ele escondia algo.

- Ossos do ofício, parceiro.

Dirigimo-nos até a sala de Leia, ela estava concentrada estudando alguns mapas.

- Com licença, General – adentrei-me.

- Ah, olá Poe, olá Finn.

- Finn tem algo a dizer a senhora, ele não queria reportar perto de todos para que não houvesse alarde – dei uma piscada para Finn para que ele entendesse que eu estava o ajudando.

Leia levantou a sobrancelha atenta às palavras do soldado.

- Pode me dizer.

- Então General – Finn começou – acredito que a Primeira Ordem tenha colocado um prêmio pela minha cabeça.

Leia suspirou.

- Então finalmente você descobriu? – seu olhar era sério – eu já sabia disso há algum tempo, mas realmente não queria que esse fato interferisse no seu treinamento, também não posso te forçar a continuar se arriscando se for o caso.

- Entendo, General. Bem, eu quero continuar saindo em missões, e como disse ao Poe, não acho que tentarão nada aqui.

- Concordo, mas certamente irão tentar no espaço. Você precisa ser cuidadoso, Finn, tenho certeza que a Primeira Ordem não é gentil com desertores. Há algo mais que você queira me contar? – seu olhar perfurava Finn, se até eu sentia que ele estava escondendo alguma coisa, imagine ela com toda a sua experiência e sensibilidade à Força.

 Finn fez uma pausa e respirou fundo, fiquei atento ao que ele iria dizer.

- Bem, digamos que, antes de desertar da Ordem, eu roubei umas coisas. Ouvi algumas conversas e sabia que era algo que não podia parar nas mãos de Snoke.

- Você o quê? – perguntei.

O semblante de Leia estava calmo.

- O que você roubou? – ela perguntou.

- Dois holocrons*, um jedi e um sith – por um tempo ele ficou parado – o maior motivo para a Ordem estar atrás de Luke era para ele abrir o holocron jedi.

Leia ficou boquiaberta.

- Por que você nunca falou sobre isso antes, meu jovem? E como você sabe o que é um holocron?

- Eu achei que fosse melhor deixar isso de fora, eu não sou sensitivo à Força, mas sei que um holocron sith é muito perigoso. Eu estive em muitas reuniões com gente importante da Ordem como Kylo Ren e Hux, eles falavam muito sobre os holocrons, gastaram muito tempo e mobilizaram muitos recursos para achá-los, acho que nunca imaginaram que um trooper como eu iria prestar atenção em suas conversas.

- De fato é perigoso – ela concordou e ignorou a menção a seu filho – mas os holocrons devem ir para as mãos de Rey e Luke.

Ele assentiu.

- Perdoem-me – interrompi – mas o que exatamente é um holocron?

- São cristais usados para armazenar conhecimento, Poe. Os jedis registravam suas experiências e há como interagir também, são como bibliotecas holográficas – ela suspirou – apenas um jedi pode abrir um holocron jedi e apenas um sith é capaz de abrir um holocron sith.

Lembrei-me dos cristais que eu havia encontrado nas coisas de Finn.

- Precisamos levá-los à Rey e ao Luke então! – exclamei.

- Calma, Poe – ela continuou, percebi que estava pensativa – vou tentar contatar um dos dois antes de sabermos o que fazer, não acho que seja muito seguro viajar com os cristais pelo espaço, acho que no momento aqui é o melhor lugar para guardá-los, mas Finn, você terá de deixá-los comigo.

- Tudo bem, general.

A general nos dispensou, quando estávamos já na saída da sala ouvimos sua voz novamente.

- Finn?

- Pois não, General.

- Você é um rapaz extremamente corajoso.

- Não foi nada, General. Eu só fiz o que senti que era certo, agi por impulso – ele respondeu humildemente.

- Mais uma coisa, Finn. Por hora não quero você saindo em missões em que estejamos em desvantagem, você é valioso demais para te perdermos – ela olhou para mim – pensaremos no que fazer com ele.

Eu assenti e saímos.

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- Por que nunca me contou isso antes? – perguntei a Finn.

Ele estava pensativo, eu peguei em sua mão para demonstrar que independentemente do que ele havia decidido eu iria dar suporte.

- Eu realmente achei que isso era perigoso demais para ser colocado em meio à guerra. Eu sinto uma energia vinda dos cristais, confesso que vou ficar aliviado de ver isso longe de mim.

- Hm, entendo – eu olhei os olhos e Finn e declarei – você é realmente um herói, Finn.

- Eu não sou nenhum herói – ele respondeu – eu agi impulsivamente, e mesmo assim, escondi isso por tanto tempo.

Ficamos um tempo quietos. Até que quebrei o silêncio.

- Acho que isso vai mudar o rumo das coisas, tenho certeza que em breve você verá sua amiga de novo.

- É, eu sinto falta da Rey – ele admitiu – mas são tantas coisas acontecendo ultimamente que confesso que mal tenho pensado nela.

- Guerra faz isso conosco.

- Eu não quero deixar de sair em missão – ele afirmou.

- Você não vai, querido – eu peguei em suas mãos e beijei sua testa – fique tranquilo.

- Se eu não puder sair em missão serei um peso para vocês de novo.

- E quando você foi um peso? – perguntei – você só fez coisas incríveis por nós, temos sorte de ter você aqui e você é importante demais.

- Para a resistência? – ele perguntou.

- E para mim também.

Ele me abraçou, meu coração estava acelerado, mas o dele parecia estar em um ritmo completamente normal, beijamo-nos suavemente.

- Eu estaria completamente perdido sem você aqui – ele falava olhando em meus olhos.

- E eu estaria completamente perdido se você não tivesse sobrevivido.