No Mesmo instante, eu me levantei.
- Kate! Aonde você está indo? - Simone parecia um pouco confusa.
- Preciso tomar um pouco de água. - Nem Olhei para ela, apenas segui em direção a porta. Todos da sala me encarava o que me deixava un pouco envergonhada e dessa forma, a porta parecia mais longe do que o normal.
- Aonde a senhorita está indo? - A voz de relâmpago me atravessou no mesmo instante, me fazendo parar. Mas eu estava decidida em sair daquela sala o mais rápido o possível e respirar um pouco de ar fresco e beber um copo de água e não seria ele me fazer parar. Dessa forma, voltei minha direção à porta ignorando tudo e todos. - Senhorita Benson. Eu estou falando com você! A minha paciência tem limites, e eu deixei bem claro no primeiro dia de aula.
- Eu quero beber água. Eu posso? - Não era a minha atenção ser debochada naquele momento. Mas eu fui. Dimitri cerrou seus olhos e punhos e respirou fundo.
- Claro que pode. - Disse com um sorriso torto. - Na minha sala, enquanto conversamos sobre esse seu comportamento infantil.
Aquele comentário dele fez meu sangue ferver tanto, que pensei que iria explodir ali mesmo.
- DANE - SE. - Gritei batendo o pé e saindo da sala. Dimitri logo veio atrás de mim e agarrou com força no meu braço. Dei um leve gemido de dor enquanto ele me levava até a sua sala em passos rápidos. Todos daquele corredor nos olhava com espanto. Confesso que meu estômago se revirou ao ver o rosto daquelas pessoas. - Você está machucando meu braço! - Quase Gritei, mas isso foi o bastante para todos ali no corredor ouvir.
- Dane- se. - falou entredentes. - Não foi isso que você disse?
Depois de passar pelo interminável corredor, chegamos à sua sala. Ele me empurrou para dentro e trancou a porta.
- O que você pensa que está fazendo? - Se fosse possível, sua voz provavelmente já teria me cortado no meio. Ele transpirava tanta raiva que tive que recuar quando ele se aproximou. - Por que você me enfrentou daquela forma? Já disse que na minha sala, mando eu.
- Dane - Se. - quando estávamos quase colados, assumi uma postura desafiadora e Fechei a cara da mesma forma que ele estava. - Você não pode colocar a mão em mim.
- Ah. Você acha mesmo? - Sua voz era como de um assassino pronto para matar a sua vitima. Minhas pernas bombearam. Suas mãos agarraram nos meus pulsos e os apertou . Fechei os olhos com força tentando ao máximo aguentar aquela dor. - Vai continuar me enfrentando, Kate?
Quando senti uma lágrima saltar dos meus olhos, virei o rosto para o lado. Eu era forte, e não iria deixar ele me intimidar, mas para a minha surpresa ele afrouxou suas mãos.
- Eu não entendo o motivo de você está fazendo isso. - Começou. - Só porque estamos juntos, não quer dizer que você tem que me enfrentar daquela forma, está me ouvindo? - Assenti apenas. - Agora me diga o que está acontecendo?
Respirei fundo e olhei nos seus olhos. A raiva e frustração eram visíveis no meu rosto.
- Por que não me disse que você e eu éramos marcados? - Ele continuou com o contato Visual comigo sem dizer nada, como se ele tivesse sido pego de surpresa, mas todos nós sabíamos que isso era mentira. Ele sabia de tudo desde o início.
- De onde você tirou essas conclusões? - Falou na maior cara de pau.
- Ah, vamos ver. - Ironizei. - talvez agora, da sua aula.
Ele se afastou e deu um sorriso cansado. Andou de um lado para outro e depois parou no meio da sala e me encarou, com o mesmo sorriso.
- Não adianta vir com essa cara de quem não sabia de nada, Dimitri!! - Trovejei. - Você mesmo disse naquela sala que foi marcado! Disse os passo a passo de como saber que foi marcado. Sem contar que na sua casa, eu disse sobre minha tatuagem. - Eu estava ofegante diante da rapidez de que eu disse tudo aquilo.
Dimitri colocou a mão na boca sem tirar os olhos de mim, até ele vim com uma que eu não esperava.
- Levanta a sua blusa. - Disse apenas isso
- Por que eu deveria?
- Levanta! - Ordenou. - Eu quero ver a marca.
Hesitei por um momento, mas logo levantei. A marca havia mudado, nela havia algumas linhas grossas e finas, o que deixava a lua ainda mais bonita. Se não fosse pela rosa gigante que eu tinha tatuado por cima, a lua estaria muito bonita. Ele se aproximou sem tirar os olhos da marca. Apesar de ficarmos por duas noites, nunca prestamos a atenção na marca um do outro. Pelo menos eu nunca prestei a atenção. Sem esperar, ele tocou a minha marca, o que me fez arrepiar.
- Eu... não sei o que dizer.
- Podia dizer que sabia disso o tempo todo e que foi errado esconder de mim.
- Katherine. Talvez eu sabia disso desde o começo mesmo, mas não queria acreditar.
- Essa resposta eu não gostei. - Disse abaixando minha blusa.
Sem esperar. Dimitri me agarrou desesperado jogando tudo que estava na sua mesa no chão. Com suas atitudes, ele dizia para mim deitar na mesa e assim foi feito. Seus beijos estavam rápidos e desesperados que eu mal conseguia acompanhar seu ritmo.
- Por que você sempre faz isso? Logo quando estamos em uma... - Ele colocou seu dedo indicador nos meus lábios indicando para que eu calasse a boca. Dessa forma ele voltou a me beijar, mas foi bem breve, já que fomos surpreendidos por três toques na porta. Nos afastamos no mesmo instante e eu tratei de arrumar minha roupa e meu cabelo enquanto Dimitri ia atender a porta.
Quando ela entrou, eu tive vontade de sair correndo. A líder estava novamente ali, lançando um olhar reprovador na minha direção.
- O que está acontecendo aqui? - Sua voz dessa vez era de aterrorizar. Dimitri nem ligou.
- Estou dando uma bronca nela, ta legal? - a voz dele parecia nervosa também. A mulher o encarou.
Dimitri era o cara mais maluco que eu já conheci. Como ele poderia falar daquela forma com a líder dos caçadores? Putz, ele é maluco. Só isso que eu poderia dizer.
- Eu sei disso. - Falou ela. - É por isso que estou aqui. Um dos funcionários foi reclamar na minha sala que você estava machucando uma de suas alunas. Só não Esperava que fosse ela.
O que ela estava querendo dizer com aquilo?
- Desculpe, mas a senhorita tem algo contra mim? - Falei.
- Katherine...
A mulher levantou sua mão para que ele ficasse quieto, e assim foi feito.
- Não. Não tenho, senhorita Katherine Benson. Sou contra apenas ao o que vocês andam fazendo quando estão sozinhos. - Meu rosto no mesmo momento ficou igual a um tomate.
- Nós já paramos. - Dimitri se pronunciou.
- Porque eu cheguei. - afirmou a mulher.
- Eu estava apenas chamando a atenção dela.
- Claro. Vejo o tipo de repreensão no estado que sua mesa está. Aposto que lutaram aqui dentro. - Era óbvio que ela estava sendo irônica. - senhorita Benson, levante sua blusa.
O que?
- Por que quer que ela faça isso?
Na maior calma, a líder se virou para Dimitri.
- Prefere que ela levante a blusa, ou seja expulsa da academia?
A postura dura de Dimitri, na mesma hora tomou outra forma. A forma de inibição. Ele, depois disso não disse mais nada e ela voltou a pedir para que eu levantasse a blusa. Eu hesitei por um momento da mesma forma que hesitei quando Dimitri me pediu a mesma coisa.
- Eu sabia. - Disse ela com um sorriso no rosto. - Sabia desde o início. Deixarei passar isso novamente. Mas agora falo pra você, Katherine. Não quero que voltem a se pegar nesta academia. Isso aqui não é boate e nem a casa de vocês. Eu falei com Dimitri, mas foi a mesma coisa que nada. Espero que isso não seja com você também, senão eu realmente irei expulsa - La daqui. E eu tenho certeza que não é isso que você quer
- Tem razão. Me perdoe. Isso não se repetirá.
Ela assentiu e saiu da sala. Dimitri e eu ficamos em silêncio naquele enorme cômodo novamente, mas dessa vez ninguém falou nada.
- você sabia que ela sabia que estávamos juntos, não é ? E que ela tinha proibido isso. Porque não me disse? Você por acaso quer que eu seja expulsa?
- Claro que não.
- Então. Não quero mais que você me agarre denovo.
- Ok. - Ele abriu a porta de sua sala e eu sai. Ele saiu logo depois e voltamos para a sala. Todos estavam em um completo silêncio como se fosse eles que tivesse tomado uma bronca. E tranquilamente a aula voltou.
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