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História The Masked Rider - Terceiro


Escrita por: Mah_Andradeee

Notas do Autor


Bom dia amores!❤ Como estão essa semana? Foi mal por atrasar um dia, mas aqui estou, não é mesmo?

Boa leitura!❤

Capítulo 3 - Terceiro


Fanfic / Fanfiction The Masked Rider - Terceiro

O sol da manhã já começava a brilhar no céu, emitindo luz entre as pequenas frestas da cortina marrom, que se encarregavam de cobrir a janela do quarto de Kirishima. O ruivo, que estava todo esparramado no colchão, começou a se incomodar com os raios solares que iam diretamente para o seu rosto.

Seus olhos se abriram lentamente. Ele olhava para o quarto de cor verde claro, onde se encontrava. Por um momento estranhou, pois não era o lugar onde costumava acordar, até que se lembrou de que estava na casa do tio agora.

Ainda grogue pelo sono, sentou-se na cama. Eijirou se perguntava que horas eram, e, quase como se ouvisse seus pensamentos, o seu celular começou a tocar uma música alegre — indicando que já estava mesmo na hora de levantar.

Coçou os olhos para espantar a sonolência e desligou o aparelho que continuava a tocar. Bocejou, e se levantou. Se Eijirou bem lembrava, o banheiro ficava à direita de seu quarto.

Jogou a água fria no rosto e sentiu um arrepio com o contato em sua pele morna. Agora sim, sentia-se mais disposto para começar o dia. Voltou para o quarto e afastou a cortina da janela, tendo a bela visão da rua onde começara a morar.

Trocou de roupa. Optou por uma camiseta branca e uma bermuda preta, junto com um par de tênis da mesma cor, colocou um casaco na bolsa, caso sentisse frio — o que era pouco provável. Lembrou-se da mãe que sempre fazia isso, pois, às vezes, o filho esquecia.

Kirishima sorriu com a lembrança e se dirigiu para a sala, com as coisas já prontas. Sentiu um cheiro bom vindo da cozinha e seus pés o guiaram para lá quase imediatamente. Ele encontrou o tio em frente ao fogão, terminando de fazer panquecas para o café da manhã.

— Bom dia, tio! — disse para o homem, que se virou e o cumprimentou de volta.

— Bom dia, Eijirou! Vá se sentar na mesa, estou acabando aqui. — Continuou olhando para a frigideira, pois não queria queimar a comida.

— Tudo bem — Kirishima respondeu, e sentou-se à mesa. Logo depois, Taishiro se aproximou com um prato cheio de panquecas e um vidro de mel.

— Bom, eu não sou um especialista na cozinha, mas tem algumas coisas que eu sei fazer bem — comentou, servindo um pouco para si e Eijirou. O ruivo nem esperou para levar uma garfada até a própria boca, se deleitando com o sabor doce do mel na massa.

— Estão uma delícia! — falou, já levando outra porção à boca.

(...)


Após o desjejum, Kirishima terminou de arrumar suas coisas, e Taishiro explicou direitinho o caminho até à escola para o ruivo antes de sair. Kirishima estava seguindo à risca, pois não queria correr o risco de se perder mesmo com as instruções dadas.

Uns minutos depois, lá estava ele, parado em frente ao portão enquanto tomava coragem para entrar. Nunca gostou muito do primeiro dia de aula em um lugar novo, pois sentia-se muito deslocado, como se não fosse aceito naquele lugar.

A cada passo que dava Kirishima se via perdido nas decorações que as paredes exibiam; um azul claro junto de alguns detalhes em branco. Não percebeu que alguém se aproximava de si e deu um leve pulo ao sentir uma mão em seu ombro.

— Olá, me chamo Momo Yaoyorozu! Você deve ser o Kirishima, certo? — Ela era um pouco mais alta que ele. Seus cabelos negros estavam presos em um rabo de cavalo alto e vestia roupas casuais. Kirishima acenou em concordância. — Venha comigo, vou te levar até sua sala... E, se precisar de ajudar, pode me chamar.

— Tudo bem — foi o que respondeu, e assim começou a seguir a garota.

O caminho não se estendeu muito, logo estavam em frente a uma porta azul escuro. Momo se aproximou e deu algumas batidas de leve. Quase que no mesmo instante ela se abriu, revelando uma figura alta e também com cabelos pretos; a diferença de que estavam soltos pelos ombros. O olhar do homem era cansado, quase como se não quisesse estar ali.

— Bom dia, professor Aizawa! Esse é o novo aluno. — Yaoyorozu apontou para o ruivo ao seu lado.

O olhar do mais velho enviou um arrepio a espinha de Eijirou e ele engoliu em seco. O homem era bem intimidador.

— Olá, senhor. — Manteve a voz firme para não deixar seu nervosismo transparecer. O professor apenas bufou e os mandou entrar, Kirishima conseguiu escutar o mais velho reclamar: “por que me enviar mais um para me dar trabalho?”, e se segurou para não rir. Não era o momento.

Já na frente da sala, Kirishima pôde visualizar os outros adolescentes que seriam seus colegas de classe, sua expectativa era de que conseguisse fazer amizade com pelo menos a maioria. Sua mãe sempre lhe disse que não precisava ter muitos amigos, apenas aqueles em que poderia confiar cegamente.

— Muito bem, turma — começou o professor —, sei que é bem incomum termos alunos transferidos no meio do ano, mas aqui está. Se apresente, mas seja breve, não temos todo o tempo do mundo e preciso continuar minha aula.

Sendo assim, por livre e espontânea pressão, Eijirou começou a falar:

— Oi, pessoal! Meu nome é Eijirou Kirishima, e tenho 17 anos. Espero que possamos nos dar bem — sem falar mais do que devia, Eijirou foi em direção ao único lugar livre para se sentar, que era atrás de um garoto de cabelos pretos.

A aula seguiu normalmente, apesar de Kirishima achar que o professor dormiria em pé se pudesse, de tanto que bocejava e piscava os olhos para se manter acordado.

Já na hora do intervalo, Eijirou se sentou em uma mesa afastada dos demais alunos. Comia tranquilamente quando três pessoas se aproximaram, sentando-se ao seu lado.

— Oi! Kirishima, certo? Eu sou Mina Ashido, esses aqui ao meu lado são: Denki Kaminari — apontou para o loiro — e Hanta Sero. — Seus dedos se moveram em direção ao moreno, que sentava em sua frente.

— E aí, cara, você é novo na cidade? Nunca te vi por aqui... — Kaminari perguntou.

— Sou sim, cheguei ontem de manhã. Estou morando com o meu tio.

— Que azar, hein?! Mal chega de viagem e já no outro dia tem que vir para à escola... — Sero diz, recostando a mão no queixo e suspirando.

— ‘Pra você ver, né? Mal tive tempo de dar uma olhada na cidade — os três meninos riram.

— Ah, é? Então, o que você acha de sairmos todos juntos algum dia? Podemos te mostrar a cidade e, de brinde, nos conhecemos melhor — Mina se pronunciou. Era uma boa ideia para passarem um tempo juntos.

— Isso me parece bom! O que você acha, Kirishima? — Os três olharam diretamente para o ruivo, que ficou meio envergonhado com a atenção que estava recebendo.

— Me parece divertido! Quando der, podemos combinar sim. — Sorriu.
Conversaram trivialidades por mais um tempo antes do intervalo acabar.

Kirishima gostou, e ficou surpreso por ter conseguido fazer amizades tão rápido. Mesmo sendo extrovertido desde criança, ele ainda era um pouco tímido.

Só não sabia o porquê de as pessoas ficarem encarando a mesa em que os quatro estavam sentados, como se tivessem inveja ou algo do tipo. Decidiu ignorar os olhares sobre si e continuar a conversa, como se não tivesse percebido.

(...) 

Assim que a aula acabou, Eijirou se despediu do trio — que parecia ligeiramente apressado — e começou a andar para a casa do tio, enquanto escutava "Believer" nos fones de ouvido que estavam conectados ao seu celular no bolso.

Abriu a porta da casa e encontrou o tio no quarto, enquanto passava o pente nos fios em uma tentativa de ajeitá-los.

— Olá, Eiji, como foi na escola nova? — perguntou-lhe, enquanto terminava de arrumar o cabelo.

— Não foi tão desconfortável quanto eu pensei... Algumas pessoas até vieram falar comigo no intervalo. Eu gostei! — Ele sorriu, e se jogou no sofá. — Ai, me deu preguiça!

— Sem preguiça, hein! ‘Bora levantar para almoçar, porque depois nós vamos para o haras começar o seu primeiro dia!

A expressão de Eijirou murchou um pouco. Ele lembrou das coisas que poderiam estar acontecendo com os animais daquele sítio, a possibilidade de estarem sendo explorados. Até pensou em perguntar ao tio quando chegara em casa, mas não sabia se realmente queria saber o que acontecia.

Taishiro percebeu a mudança na expressão de Kirishima e não tardou a perguntar o motivo.

— ‘Tá tudo bem? De repente, parece que ficou triste com alguma coisa.

— O quê? Ah, não é nada! — Rapidamente tratou de mudar as feições. Levantou-se nervoso do sofá, e seguiu para o quarto. — Vou trocar de roupa e já volto para comer.

O mais velho notou o nervosismo do sobrinho, mas decidiu não se pronunciar. Se Eijirou quisesse falar consigo, viria atrás dele.

(...)


Saindo do carro, Kirishima seguiu o mesmo caminho até a sala do tio, porém, dessa vez, entrando no cômodo. Era relativamente grande, possuía armários brancos com alguns medicamentos, que os animais precisavam tomar semanalmente pendurados nas paredes; uma bancada de metal no meio, onde Eijirou acreditou que era onde atendia os bichos menores; uma pia em frente a uma janela aberta e mais um armário ao lado; e um sofá encostado no canto.

— Uau, é bem equipado! — comentou o ruivo, passando a mão pela bancada. — Quais os outros animais que há aqui?

— Bem, além dos cavalos e cachorros que viu no outro dia, tem também algumas galinhas, porcos, ovelhas, vacas... — Parou um pouco para respirar. — E todos eles ajudam aqui. Quer dizer, Toshinori conseguiu reerguer esse lugar vendendo leite, ovos, lã e mais algumas coisas para comerciantes locais.

— Como assim, reerguer? — perguntou, curioso, se encostando na parede.

— Não sei muito bem do assunto, apenas algumas coisas que os funcionários me falaram. Alguma coisa aconteceu com ele que deu nisso. — O loiro olhou para baixo pensativo, mas logo ergueu a cabeça novamente. — Mas, bem, isso não é assunto nosso, não é mesmo? Bom, deixa eu começar o meu trabalho, tenho que ver como as galinhas estão. Você quer vir comigo ou vai dar uma olhada no estábulo primeiro? Sei que está morrendo de vontade de ir lá.

Eijirou sorriu envergonhado.

— Será que posso ir no estábulo primeiro? Depois prometo que vou no galinheiro com você!

Seu tio riu, pegando a maleta com os objetos necessários que estava perto de si e respondendo o sobrinho.

— Não tem problema, mas só lembre que está aqui para aprender, e não para “ficar de boa” como vocês jovens falam!

— Fica tranquilo! Já, já, eu te encontro lá. — E saiu em direção ao estábulo que ficava perto da sala de seu tio.

[...]


Era bem grande, todo revestido de madeira e com luzes penduradas pelo teto. As baias que separavam os animais também eram de madeira, porém mais clara, e com portões de ferro na cor preta. Colunas de tijolos ajudavam a sustentar a estrutura do estábulo.

Olhando em volta, contou o total de oito cavalos. Não conseguia pôr em palavras o quão entusiasmado estava, parecia uma criança que havia acabado de ganhar o brinquedo que tanto almejava.

Apesar de ter achado todos os cavalos bonitos, um em específico lhe chamou a atenção. Ele estava entre as cinco primeiras baias. Sua pelagem era marrom e parecia brilhar conforme a luz do sol refletia contra ela; nos cascos, uma pequena parte possuía a cor branca, contrastando com o restante do corpo.

Lindo!, essa palavra que rondava a cabeça de Eijirou. O cavalo era muito lindo.

Aproximou-se mais um pouco, podendo ver uma placa de “cuidado” em frente ao portão.

— Hã? Quem será que coloca o nome do cavalo de “Cuidado”? Eu, hein... — comentou inocentemente consigo, mesmo enquanto se aproximava do animal, que estava encolhido no canto.

Kirishima encostou no portão de ferro, esticando sua mão na intenção de acariciá-lo. Tinha um sorriso estampado no rosto. Tamanha era a felicidade que estava sentindo por ver um cavalo, novamente.

Já com o braço esticado, deixou que o animal se aproximasse de si. A cena lembrava muito o filme “Como Treinar O Seu Dragão” e o ruivo riu ao perceber. O cavalo olhava para si com superioridade e parecia estar com receio de se aproximar, com certo medo.

— Não tenha medo, não irei te fazer mal algum. — Eijirou sorriu para demonstrar segurança ao cavalo, mas não forçaria uma aproximação.

Ao contrário do que pensou, em vez de se afastar mais do que conseguia, o cavalo veio em sua direção, com passos lentos e encarando-o.

Sua cabeça encostou contra a palma de Kirishima, os olhos se fecharam com a leve carícia que recebia. O ruivo sorriu.

Eijirou não estava prestando atenção ao seu redor, e, por isso, sobressaltou-se quando uma voz rouca se fez presente atrás de si.

— Estou impressionado que conseguiu se aproximar dele. Geralmente, ele tenta morder ou dar coice quando alguém se aproxima, que não seja eu. 


Notas Finais


Eu estou muuuuito animada para o próximo capítulo! (Mesmo ele não estando nem na metade ainda, ksksks)

Um beijo e até mais! ❤❤


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