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História The Model And The Photographer - Jikook - Jimin


Escrita por: NamieK

Notas do Autor


Esse é o cap com a passado de Jimin <3 Espero que gostem, eu realmente trabalhei bastante nele, sendo que é o mais sentimental que eu fiz dessa fic :/
Bjkas
Agradeço imensamente pelos 140 favoritos <3

Capítulo 10 - Jimin


Fanfic / Fanfiction The Model And The Photographer - Jikook - Jimin

Sempre foi assim. "Park Jimin, saía daí e venha para sua aula de Francês", " Park Jimin, pare de falar com essas crianças pobres" ,"Park Jimin, venha para dentro, você precisa estudar", "Park Jimin, seu futuro será promissor, por isso não faça nenhuma burrada", "Park Jimin, esqueça esse sonho de ser músico, você será um modelo famoso", "Park Jimin, ser músico é para os sonhadores, você já tem tudo o que precisa, para quê sonhar mais?", "Park Jimin, fique quieto na sua, seus pais sabem o que é o melhor para você".

Sou um boneco que meus pais querem controlar, sem opinião e sem desejos. Ou pelo menos é isso que eles sempre querem. Não posso ter amigos, não posso sair ou ir para a escola. Tudo que eu faço é estudar e aprimorar minhas habilidades, que meus pai julgam necessárias. Minha família não liga para o que penso, querem saber apenas de suas reputações.

Sou deixado de lado sempre que eles têm compromissos, ou encontros com os "amigos". Tudo bando de interesseiros. 

Park jimin, isso e Park Jimin, aquilo. Vá, faça isso; Não, esqueça isso; Desista, isso não lhe serve.

Meus sonhos não me servem? Então por que eu existo?

Não posso fazer nada que eu queira? Então por que tenho sentimentos? Não existe um botão para desligar essa dor?

Meus sentimentos não valem de nada? Por que não criam um robô?

Não posso ter amigos? Como viverei?

Minha infância inteira, foi sempre deveres e deveres. Broncas e punições por fazer algo errado, e ao estragar a reputação de meus pais. Não deveríamos ser uma família unida e feliz? Por que não posso ser normal?

Por que não posso ser livre?

***

- Jimin, meu filho, olhe suas roupas... estão horríveis - Minha mãe olhou-me com aqueles olhos reprovadores novamente - Andou brincando no jardim novamente?

- Sim, senhora - Abaixei minha cabeça, esperando o sermão.

- Quantas vezes terei de lhe dizer, gaste seu tempo estudando - Bateu o copo na mesa, com força - Pare de desperdiçar sua vida.

Seu tom não era nada sutil, era reprovador e cruel. Sou apenas uma criança de oito anos, não quero estudar.

- Sim, senhora - Era tudo que eu podia dizer, uma palavra a menos ou a mais, era o fim.

- Vá para seu quarto, e não saía de lá até que lhe chamem - Suspirou, cansada, e voltou sua atenção ao livro que lia - Estude!

- Sim, mãe!

***

- Park Jimin, não quero ouvir reclamações novamente - Meu pai disse, com seu tom ríspido - Estou cansado de ter que cuidar de tudo.

- Mas, pai...

- Cale-se - Gritou - Não pode destruir nossa reputação, com suas amizades inúteis.

- Sim, senhor - Engoli em seco.

- Tratei de despejá-los novamente.

- O quê? Não - Exclamei, alto demais.

Um tapa foi-me desferido. Uma tapa forte que estalou em meu rosto, como sempre.

- Se não começasse amizade com os filhos das empregadas, talvez eles ainda tivessem algum lugar para morar e trabalhar - Seus olhos me perfuravam com o ódio - A culpa é sua!

Sim, a culpa era minha! Era sempre minha.

***

- Mãe, você tem que ir mesmo? - Implorei para que ficasse - Por que sempre tem que ir à esses lugares?

- Jimin, deixa de drama - Olhou-me com repreensão - Sabe que não posso fazer nada quanto à isso.

- Mas eu me sinto solitário, por favor, mamãe - Apertei minha mão pequenas, umas nas outras, a fim de convencê-la.

- Você já tem nove anos, pare de ser tão irritante - Aumentou a voz - Deveria estar em seu quarto.

- Mamãe... - Choraminguei - Eu não quero que vá!

- Chega desse assunto - Bastou - Eu preciso ir, essa reunião resultará em muito lucro. Agora deixe de espernear, e vá para o quarto. Agora.

***

Com doze anos, meu pai resolveu fundar uma empresa. A grande empresa Park's Flower. Seu dinheiro fluía cada vez mais, e seu poder também. E como sempre, fui arrastado anos depois para me tornar um dos modelos.

Com apenas quinze anos, eu já fazia sucesso pelo mundo, sendo considerado o modelo promissor. Com quinze anos percebi o que realmente queria. Meu sonho de se tornar músico estava cada vez mais forte, e doloroso. Cada flash disparado era uma parte de minha esperança se esvaindo e meu sonho cada vez mais sendo oprimido pelos desejos de meus pais. E foi com quinze anos de idade, que eu finalmente tomei coragem de desafia-los e passei o tornar-me mais rebelde.

Em todos os eventos, sempre buscava envergonhá-los, sempre dando em cima das garotas e garotos que compareciam aos mesmos eventos. Sempre causando mais desastres e assuntos que nunca deveriam existir. Tornei-me um flertador de primeira, e passei a debochar das coisas, sempre sendo o mais irônico possível. 

E isso continuou até os meus dezoito anos.

- Você deve parar com essa atitude agora mesmo - Gritou minha mãe, agarrando fortemente a gola de minha blusa - Antes que eu resolva explodir.

- Qual é, mulher - Sorri ao ver seus olhos se arregalarem. A falta de respeito era o que mais odiava - Eu sou o modelo que vocês queriam, certo? Deixe-me viver a minha vida.

- Seu moleque! - Gritou, e correu para pegar a primeira coisa que pudesse jogar em mim - Seu inútil.

Várias taças de vidros foram tacadas em mim, várias almofadas, vários móveis pequenos, tudo isso enquanto eu saía pela porta e ai para o bar mais próximo.

O bar era o que me fazia sentir vivo, o álcool me fazendo esquecer da angustia e a dor da solidão. Os homens e mulheres com quem eu me relacionava duravam apenas um dia, e não causavam dor. Eles me aliviavam da pressão, e sempre iam embora depois, sem choramingar. Sem qualquer problemas para me irritar ainda mais.

Mas aquilo era apenas uma atuação. Uma simples atuação para que eu pudesse enganar a mim mesmo. Enganar para que não sofresse mais nenhuma desilusão. Talvez tentar ser algo que não sou, algum dia pudesse se tornar real. 

A verdade? 

A verdade era que eu nunca poderia ser aquilo que eu era. Nunca poderia seguir meus sonhos. E a cada dia que passava, eu me tornava mais famoso, mais prestigiado, mas bonito, mais desejado. E a cada dia que passava meu sonho era enterrado, e esquecido. 

Eu ainda trabalhava na empresa de meu pai, mas nada realmente muito deslumbrante. Minha personalidade sempre mudando, me tornando cada vez mais falso. Estive sempre me escondendo. Escondendo minha fraqueza, assim nada me abalaria, nada me destruiria, nada me abalaria. Nada me alcançaria. Nada.

E eu realmente consegui enganar bem, ninguém nunca desconfiou, e nunca percebeu. Pelo menos era isso que eu pensava, já que ninguém reclamava, ou me perguntava se eu estava bem. Meus pais conseguiam o que queriam, eu eu conseguia o que eu queria por partes. Eu conseguia o prestígio para eles, enquanto eu podia viver minha vida em meu apartamento, sozinho. Sem ninguém para ditar-me o que fazer. Tudo o que eu devia fazer era continuar a ser o modelo que sustentava a fama daquela empresa ridícula.

***

- Já chega, Park Jimin - Minha mãe trancou a porta de seu escritório - Quando irá acabar com essa sua atitude?

- Poderia ser mais clara? - Debochei - Não sei exatamente do que está se referindo.

- Pare de ser sonso - Espreitou os olhos - Essa sua mania que querer bancar o durão, não lhe servirá de nada.

- E como pode saber de algo assim? - Bati minha mão em sua mesa, assustando-a levemente - Você nem me conhece, não sabe de nada.

- Eu sou sua mãe - Elevou a voz, aguda e fina - Deve-me respeito.

- Eu lhe devo respeito? - Ri, olhando em seus olhos, raivosos - Respeito se conquista, e você não o merece.

- Se não fosse por mim, você nem estaria aqui agora.

- Talvez você nunca devesse ter engravidado - Sorri, lhe perturbando. Seus olhos já falhavam a esse momento, e sua boca tremia em raiva - Acha que uma criança merece viver o que eu vivi?

- Você sempre teve tudo do bom e do melhor, não pode reclamar - Gritou, apontando para meu peito, enquanto dava a volta na mesa e se aproximava de mim - Não seja ignorante.

- Por acaso reclamei do que eu tive? - Arqueei as sobrancelhas - O problema sempre foram vocês.

- Seu pai lhe deu as oportunidades perfeitas para um futuro excelente - Suas unhas compridas pinicavam meu peito.

- Ah é? E você pelo menos sabe o que é um futuro excelente para mim? - Derrubei tudo que havia na mesa, me afastando de si - Sabe pelo menos do que eu gosto? O que eu quero fazer?

- Você não tem que querer nada - Olhou-me intrigada - Não sabe nada sobre a vida, nós sabemos o que é o melhor para você.

Eu ri.

Ri de toda essa besteira.

Apenas ri, deixando-a ainda mais furiosa. Exatamente como eu queria.

- Me dê essa chave - Rosnei, em descrença - Me dê, antes que eu cometa um crime.

- Espere para desafiar seu pai, e você estrará na linha, como sempre - Riu, e me entregou as chaves.

***

- Jiminnie - Chamou manhosamente, uma mulher qualquer - Vamos, só mais uma noite.

- Não, sua cota acabou - Virei a bebida de uma vez só - Você não me serve mais.

- Vamos, eu lhe provarei valer a pena - Arranhou meu pescoço, levemente - Eu sei que quer.

Sua boca estava rente ao meu ouvido, enquanto tentava conseguir apenas mais uma noite, de puro sexo.

- Você é surda? - Levantei-me da mesa - Você não me agrada mais.

Sai, deixando-a irritada, e com os olhos explodindo em raiva. 

Eu não podia dar-me ao luxo de me apegar, mesmo que ela não fosse o meu tipo e não servisse para um relacionamento. 

Relacionamentos deveriam ser puros, e singelos. De nada me serviria uma vadia qualquer.

No fundo, eu sabia que aquilo era só carência de minha parte. Sempre procurando algo, que eu desconhecia, mas que ninguém poderia me dar. Em cada pessoa, minha procura apenas aumentava, e nenhuma delas pareciam saciar esse vazio. 

Um sentimento estranho.

*** O ***

Hoje era meu aniversário de vinte e dois anos. Vinte e dois anos de uma vida ridícula e superficial. 

- Quando você vai parar de agir assim? - Perguntou-me Namjoon.

- Assim como? - Arqueei uma sobrancelha.

- Você age como se estivesse com tédio, em todas as sessões de fotos.

- Se eu expresso tédio, certamente é porque eu estou com tédio - Ri, desconfortável.

- Está bem, chega disso - Puxou-me Suga - Hora de posarmos para as fotos.

- Se está com tédio, devia para com essa profissão - Namjoon respondeu rapidamente - Não faz bem ao corpo.

- Como se eu tivesse escolha - Bufei, e segui para o set.

Estava tudo igual, as mesmas roupas ridículas, o mesmo ambiente estúpido, os mesmos funcionários e a mesma rotina. Tudo de novo. 

Era como um máquina, eu posava, não olhava para nenhuma câmera, e ficava parado esperando o tempo passar. Eu não queria que as câmeras captassem algo que poderia ser descoberto por alguém, e por essa razão, raramente olhava na direção delas. Mas algo diferente me chamou a atenção. Foi como se um imã tivesse virado meu rosto em direção à aquela pessoa. Havia algo de diferente hoje. Havia uma nova pessoa ali, e aquilo me atingiu de uma forma estranha. Foi a primeira vez que olhei tão intensamente para uma câmera, porém, o que eu observava era o seu dono. O novo fotógrafo que parecia tão absorto em me observar quanto eu, que quase lhe comia com os olhos.

Finalmente algo interessante. E não era algo que eu temia, eu me sentia diferente. Totalmente diferente.


Notas Finais


Espero que tenham gostado, e calma que ainda haverá Lemon, sim, e vai será em breve e.e huaisflkmfdek
Bjkas e até o próximo.


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