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História The Most - Circus


Escrita por: resumo

Notas do Autor


“circo”

Capítulo 12 - Circus


Skyler Price

Me encaro mais uma vez no imenso espelho não gostando nada do meu reflexo. Eu estava com olheiras enormes abaixo de meus olhos, fora que meu rosto inteiro estava super inchado. Dormi mais do que o normal, provavelmente por tudo que aconteceu ontem. Não é todo dia que você é sequestrada, não é mesmo?! 

Suspirei saindo do banheiro após ter tomado banho e escovar meus dentes com um dos vários kit's de visita que estavam no armário da pia. Sempre tão prevenidos.

— Droga... — Resmunguei ao ver 6 ligações perdidas do meu tio. Já era 3 da tarde, o que apenas comprova que sim, eu dormi demais. Coloquei em ligar para meu tio e me sentei na enorme cama bagunçada, esperando o mesmo atender, mas foi direto para a caixa postal, o que eu agradeço mentalmente já que não estou afim de levar bronca. — Tio, me desculpa não ter atendido antes, eu acabei dormindo na casa da Sam. Acho que ficarei aqui por mais uma noite... — Vai que eu sou obrigada a dormir aqui novamente, então melhor já avisar. — Não se preocupe, eu estou bem. Até mais.

Bufei desligando meu celular e o jogando sobre a cama, saindo do quarto em seguida. A casa estava um completo silêncio, o que só me faz ter certeza que todos devem estar dormindo ou estão fora de casa. Sigo pelo corredor, tentando buscar vestígios em minha mente de onde o quarto de Caitlin fica. Parando em sua porta, apenas dei uma batida e abri, soltando um grito totalmente agúdo em seguida, tampando meus olhos com minha mão.

— Awnnn... SKYLER! — Caitlin gritou, e eu juro, me segurei muito para não rir daquela cena. — O QUE TÁ FAZENDO AQUI?

— Me desculpa, volto em outra hora. — Fechei a porta rapidamente e com força, soltando uma gargalhada ao ter a imagem gravada da Caitlin vestida de enfermeira em cima de um homem. Não que não fosse constrangedor, óbvio que é, mas eu acho muito engraçado essas fantasias sexuais.

Ótimo e agora? Para quem eu vou pedir uma roupa emprestada? Só sei que aquela Alanna não estava em casa e eu não tenho contato com nenhum dos meninos, a não ser... 

Parei na porta do quarto do Justin, dando duas batidas e esperando ele abrir, o que eu deveria ter feito com Caitlin, vai que ele também tá transando com alguém, apesar que seria legal ver ele pelado. Quer dizer, não, claro que não!

— Abre! — Murmurei para mim mesma, perdendo então a paciência e batendo várias vezes na porta, uma atrás da outra sabendo que a vontade de me matar deve estar presente nele. — BIEBER! — Disse já sem paciência, então virando a maçaneta e bufando ao ver que estava trancada, claro que estava, ele sempre tranca tudo. — ABRE AQUI, BIEBER! 

— Que porra! — Pude ouvir sua voz raivosa por trás da porta que nos separava. Hoje que eu morro. — Quer morrer, caralho? — Não demorou muito para que ele abrisse a porta e meu olhar fosse direto para o seu corpo. Cristo. Seu tanquinho bronzeado totalmente exposto para mim, com pingos de água descendo de seus ombros e indo até a entrada do paraíso, se é que me entende, a qual estava coberta por uma toalha branca mas que mesmo assim mostrava um pouco de volume. — Se bateu na minha porta para pedir uma foto, então peça logo.

Voltei a encarar seu rosto, o qual não estava nada contente. 

— Me da dinheiro para ir embora.

— Você não vai embora. — O encarei puta da vida e ele ergueu as sobrancelhas. — Você tá na mira de muita gente Skyler, você não vai vazar,

— Preciso de uma roupa. — Cruzei os braços, mudando de assunto de uma vez antes que eu perdesse a paciência que ainda restava. — Não vou ficar com esse vestido para sempre, fora que estou com saltos.

— E o que eu tenho a ver com isso? — Ergueu uma sobrancelha me olhando de cima a baixo.

— Como assim o que você tem a ver com isso? Tudo! — Bufei, tentando ao máximo não cair na tentação de olhar para baixo. — Caitlin está ocupada demais, você sabe...

— Por que é tão difícil para você falar de sexo? Tanto faz, vou me trocar e vamos para o shopping.

O olhei surpresa — Sério? 

— Não Skyler, eu gosto de mentir. — Sorriu irônico me fazendo fechar a cara novamente e assim que estava para entrar no seu quarto e esperar, o mesmo me olhou feio e negou com a cabeça. — Eu deixei você entrar? Me espera na cozinha. — E então fechou a porta na minha cara.

— Babaca. — Murmurei seguindo o corredor novamente e ouvindo vozes no andar de baixo.

Desci todos os degraus de uma das escadas - já que era dividida em duas - com cuidado para não cair com aqueles saltos. Inacreditável como eu odeio essa peça, se fosse por mim eu iria para o meu casamento de vans, sem problema algum.

Entrei na cozinha presenciando alguns funcionários e na mesa a garota loira no qual estava aparentemente fora de casa e um garoto, no qual não me era estranho.

— Bom dia. — Murmurei para todos ali, mas os funcionários apenas abaixaram a cabeça. Dei de ombros e me sentei em uma das cadeiras, puxando a mesma para frente até que eu estivesse prensada na mesa.

— Não lembra de mim? — Ouvi a voz do garoto, o que chamou minha atenção. Fiquei encarando ele sem expressão alguma, até eu perceber que ele estava falando comigo.

— Ah... desculpa. — Ri sem graça, colocando um pouco do suco de morango no meu copo. — Eu não lembro.

— Dylan. — Ele sorriu, com seus olhos azuis impregnados em mim. — Daquele beco que você foi com o Bieber uma vez.

— Ah sim, claro! — Mordi meu lábio inferior ao me recordar que ele me conhece como Maggie. — Você sabe que...

— Sim, eu sei que não é prima dos Beadles. 

— A conversa só vai ser entre vocês mesmo? — Alanna revirou os olhos e como eu já havia impressão na primeira vez que nos falamos, muito sincera. — E ai Skyler, já deu pro Bieber? — Sorriu inconveniente colocando algumas uvas na boca. Dylan a olhou incrédulo.

— O que? Não! — Disse rapidamente. — Isso nunca vai acontecer se depender de mim.

— Já ouvi isso antes. — Dylan riu olhando para a Alanna, no qual deu de ombros comendo mais uvas.

— Eu dei mesmo e dou de novo, um corpo daquele não pode ser desperdiçado. — Ela mordeu os lábios, fazendo eu e Dylan revirarmos os olhos.

— Falando de mim? 

Justin surgiu na cozinha, impregnando minhas narinas com o seu perfume doce e forte. Ele estava com uma bermuda preta que ia até suas canelas e uma blusa comum branca, deixando à vista seus braços fortes. Seu cabelo ainda estava molhado, o deixando mais bonito ainda. Filho da puta.

— Oi gatinho. — Alanna sorriu maliciosa. — Sentiu saudades? 

Justin soltou uma risada, negando com a cabeça e abrindo a geladeira. Ele não respondeu ela, o que fez a mesma fechar a cara e sair da cozinha. Não me impressiono, estou começando a sentir saudade do Justin que me levou para ver o nascer do sol.

— Vejo que já se acomodou aqui. — Justin murmurou caminhando até a mesa, mas continuou em pé, comendo um potinho de iogurte. — Já está com as malas no quarto?

— Sim. — Dylan respondeu sua pergunta, repousando suas mãos em cima da mesa, podia observar que ele estava nervoso com sua presença. — Eu sei que você gostaria que eu ficasse na oficina, até eu preferiria porque o lucro de armas aumentou de 36% com a minha presença e a do Hugão. Mas Jeremy fez questão e você sabe que quando ele manda... — Justin levantou a mão e Dylan se calou imediatamente, me encarando por breves segundos. Não sou idiota, entendi que eles não gostariam que eu ouvisse.

— Vou sair agora, mais tarde resolvemos isso. — Justin jogou o potinho no lixo e Dylan concordou suspirando, parecendo aliviado ao ouvir suas palavras. — Vamos Skyler.

Me levantei, dando um breve tchau para Dylan com um beijo na bochecha e seguindo Justin até a garagem. Sorri de lado ao ver os carros que sou tão fascinada.

— Posso escolher um? 

Justin me encarou de canto enquanto estava em frente as chaves penduradas na parede. Mas então bufou e cruzou os braços. 

— Espero que faça uma boa escolha.

Sorri mais ainda. Pensei que ele diria não, do jeito que é chato — E desde quando eu não faço algo bom?

— Preciso mesmo falar?

— Não. — Ele soltou uma risada fraca, eu gostava quando ele aparentava ser apenas um garoto normal e não um retardado que sai matando todo mundo. Eu sei que todos nessa casa no fundo são legais, porém o mundo em que vivem não os permite socializarem. — Quero esse aqui. — Apontei para a moto.

— Você quer mesmo ir de moto? — Justin franziu o cenho totalmente confuso e debochado. — Você está de vestido e salto Skyler.

Segurei na barra do vestido que usava e subi, Justin brilhou os olhos à espera de me ver de calcinha ali, mas me olhou decepcionado assim que viu o shorts legging por baixo da estampa.

— Um salto não vai me matar.

Justin deu de ombros e pegou dois capacetes pretos, me entregando um. Meu coração estava acelerado e eu estava ansiosa. Eu amo andar de moto. Meu tio tinha uma quando eu era mais nova, era difícil ele me levar para sair, então a cada saída eu só me apaixonava mais ainda. A sensação é maravilhosa, muito melhor do que ficar sentada num carro entediada. 

Justin subiu na moto e apertou no botão para subir o portão da garagem. Respirei fundo e assim que já estava prestes a subir, ele virou o rosto me encarando com aquele capacete que só deixava ele mais sexy.

— Tira o salto.

— O que? Você quer que eu ande descalça no shopping? Tá louco?

— Tira logo o salto.

— Just...

— Tira a porra do salto!

Respirei fundo mas não fiz diferente, tirando logo a merda do salto. Se ele me fizer andar descalça no shopping eu arranco o pinto dele para fora. Segurei em seus ombros, pegando impulso e me sentando, o que fez minha bunda ficar empinada pela posição da moto. Bufei, arrastando meu vestido o mais baixo que pude e passando meus braços ao redor do Justin, mordendo a ponta do meu lábio por vergonha, mas ao mesmo tempo aproveitando a sensação de sentir suas “ondinhas” pelo fino tecido da camiseta.

— Se tu cair, eu não vou te socorrer, vou te deixar vegetando na rua .

— Para de ser idiota e vai logo. — Disse já sem paciência.

Justin ligou o motor fazendo o ronco da sua BMW soar alto, me fazendo por impulso apertar mais seu corpo em meus braços. Ok, eu estava com certo medo agora, esqueci que quem vai pilotar essa moto é o Justin, cujo o louco do trânsito.

— Se você nos matar, eu ressuscito só para te matar de novo. — Disse, deixando transparecer o medo em minha voz para que ele levasse a sério o que eu disse.

— Relaxa aí, baby. 

Foi tudo que o J de jumento falou antes de dar partida, passando com a moto por todo o seu imenso jardim. O vento batia com força no meu rosto a cada corrida que o Justin dava. Ele não estava acelerando muito, andava até que tranquilo, porém ele xingava e muito os carros que tentavam passar na sua frente. Mas tentei não dar atenção naquilo e sim na paisagem de Los Angeles em meus olhos.

É engraçado como minha vida mudou em um piscar de olhos. Algum tempo atrás eu era apenas a garota que curtia com suas amigas em várias festas e descontava nas bebidas a raiva que tinha pela vida. E agora aqui estou, vivendo uma vida de gente rica, metida com ladrões e escondendo uma mentira de todos. Não vou dizer que não estou gostando, não posso mentir, eu estou gostando disso por uma parte. Talvez eu esteja me acostumando e esteja confortada nisso. Estava acostumada com as chatices do Justin e da arrogância de Christian, assim como eu estava acostumada com toda elegância da casa, que ver algo de luxo não tem mais o mesmo efeito em mim. 

Despertei dos meus pensamentos assim que Justin desacelerou, percebendo que já estávamos no estacionamento do shopping mais requisitado de Los Angeles, muitos gringos vem para cá fazer compras: Hollywood Highland Center. 

— Admita que você adorou ficar agarrada em mim. — Bieber exclamou convencido, retirando o meu capacete e o dele assim que descemos da moto, colocando no banco da mesma.

— Você é muito convencido.

— Sabe o que eu sou também? Lembrado. — Ele se aproximou mais de mim.

— Como assim? — Perguntei estranhando sua pergunta.

— Acha que eu esqueci o que aconteceu no meu escritório? — Fiquei calada. — Você sabe que vai ter volta.

— Ah mas não vai mesmo. — Me segurei para não gargalhar, o que o fez me olhar feio.

— Drew? — Justin saiu da minha frente e pude ver Ryan de mãos dadas com Samantha. Sorri ao ver que ela estava bem e a mesma veio em minha direção, soltando-se do Ryan e me abraçando.

— Estou te abraçando mas saiba que estou muito brava com você. — Sam se afastou entregando um par de sapatilhas para mim, agora entendi o porquê Bieber pediu para eu vir descalça. — Por que não me contou, Skyler Price?

Franzi o cenho não entendo merda nenhuma que ela estava dizendo. 

— Por que não me disse que o garoto que você fugiu foi o Justin? — Franzi o cenho olhando para Justin, o qual estava focado na nossa conversa assim como Ryan. — Mas pelo menos estamos namorando dois gatos, que são melhores amigos assim como nós, então eu te perdoou em partes.

— O que? Você tá ficando lou...

— Fico feliz que agora sua amiga saiba, amor. — Justin parou do meu lado, agarrando minha cintura. O olhei estranho. Mas que porra tá acontecendo? — Agora vamos logo.

— Isso só pode ser um sonho. — Samantha murmurou animada mas eu ainda não estava entendendo nada. Ryan segurou na mão dela, a puxando em direção ao shopping e me deixando sozinha com o Justin.

— Mas que merda é essa, Bieber? — Me afastei bruscamente do seu corpo. 

— Esse foi o melhor jeito de Samantha não desconfiar, não preciso de mais uma na lista sabendo demais. Pelo menos faz sentido.

— E tinha mesmo que optar pela história de “namorados”? — Eu estava quase batendo nele ali mesmo, na frente de todo mundo.

— Ryan que deu a ideia. Ou você acha mesmo que eu vou gostar de fingir um namoro com você? — Ele ergueu as sobrancelhas. — Mas se quer que tua amiga viva, então melhor cooperar. 

— Você não faria isso, Ryan não deixaria. — Ri irônica e certa de mim.

— Eu já disse para não duvidar de mim, Price.

Mas que ótimo. 

Mais uma mentira para a lista.

 

...

Passamos praticamente a tarde inteira no shopping. Não, eu e Justin não precisamos fingir beijos ou abraços porque depois do estacionamento Ryan praticamente fugiu com Samantha. Comprei tanta coisa no cartão do senhor babaca que ele teve que chamar um carro de seus seguranças para me buscar, enquanto o mesmo foi de moto.

Franzi o cenho estranhando o caminho que o segurança estava fazendo, percebendo que ele havia passado direto pela entrada do condomínio. 

— O condomínio fica ali. — Disse apontando para a janela, mas o homem nem virou o rosto, permaneceu reto e confiante de si.

— Eu sei.

— Se sabe por que não me deixou lá? 

Ok, isso está estranho.

— Senhor Bieber disse para lhe deixar em outro lugar.

— Outro lugar? — Ergui uma sobrancelha, Justin não tinha me dito nada. — Que lugar?

— Não tenho permissões para lhe contar, senhorita.

— Não tem problema, eu não contarei nada a ele.

— Não posso, desculpe-me.

Eu realmente não entendo qual é a desses seguranças, o medo deles por Bieber. Tá, eu sei que ele é o patrão deles e eles devem respeito, mas qual o problema para temer tanto assim?

— Por que vocês são assim?

— Desculpe? — Perguntou confuso.

— Digo, vocês temem Justin como se ele fosse tirar a vida de vocês apenas pelo fato de vocês respirarem. Por que vocês temem tanto ele?

— Não é só ao senhor Bieber que tememos. — Franzi o cenho.

— Temem o que? Os meninos ou Caitlin? Posso te garantir que eles são melhores que o Justin.

— Tememos Jeremy. — O olhei por alguns segundos tentando processar esse nome e nada me vinha a cabeça. Eu realmente não conhecia nenhum Jeremy. O homem me olhou pelo retrovisor e pelo seu semblante estava mais que na cara que ele havia se arrependido de ter dito aquilo.

— Quem é Jeremy? E por que temem ele?

— Eu não deveria ter dito isto á senhorita. — Apertou mais seus dedos no volante. — Eu..eu..

— Não se preocupe, não contarei ao Bieber. — Minto em partes. Eu tiraria essa história a limpo, mas não falaria que foi o motorista que me contou.

— Não posso. — Ele disse mais firme dessa vez. Bufei, desistindo. Sabia que não conseguiria tirar nada dele.

— Pode fechar o painel para eu me trocar? 

Ele concordou, ainda nervoso, apertando no botão e deixando o painel preto subir, bloqueando a visão de mim na parte de trás da grande SUV. Fechei as cortinas da janela e peguei uma das sacolas, optando pela da Forever 21. Suspirei, sorrindo ao ver o tanto de roupa que tinha ali. O bom disso tudo é estar levando essa vida de rica, porque cai entre nós, o meu tio nunca conseguiria pagar tudo isso de roupa para mim, nem por necessidade. Minha sorte sempre foi Samantha e Bella emprestarem roupas para mim, porque se dependesse de minhas roupas, todas as festas que eu fui seria com a mesma roupa.

Tirei meu vestido com um pouco de dificuldade dentro do carro já que o mesmo balançava de um lado para o outro, por fim, colocando uma calça Jeans preta rasgada, deixando parte de minhas coxas e meu joelho expostos, pegando um cropped azul escuro e pegando a sacola da Nike, colocando um Md Runner 2.

— Senhorita Skyler? — o motorista, cujo eu não sei o nome, perguntou por trás do painel. — Chegamos.

— Você pode deixar as sacolas no meu quarto?

— Claro, providenciarei isso.

— Obrigada...

— Pascoal.

— Obrigada Pascoal. — Sorri mesmo sabendo que ele não veria. 

Abrindo a porta da enorme SUV, assim que saí do carro estranhei totalmente à vista que meus olhos estavam presenciando. Um enorme circo, exato, um circo. Várias pessoas sorriam, apreciando seus filhos com vários balões. Já estava de noite e a única coisa que iluminava o local eram luzes de led. Muita gente fantasiada circulava por ali e todos que passavam por mim sorriam, demonstrando o quão felizes estavam naquele lugar.

— Skyler! — Ouvindo a voz da Caitlin meio distante, virei meu rosto podendo ver todos ali. Ryan, Christian, Chaz, Nolan e Justin. Nolan estava comendo um algodão doce rosa gigante enquanto tentava empurrar Chaz que a todo instante tentava roubar um pedaço. Ryan estava mostrando algo no celular para Christian que estava rindo, ual, primeira vez que vejo isso. E Justin estava um pouco afastado e com uma roupa melhor ainda do que eu tinha visto, uma calça preta jeans, blusa branca, jaqueta preta e um óculos de sol em sua camisa. Além de gostoso ele tinha estilo, pena que é um imbecil. — Ótimo que chegou. — Caitlin passou seu braço sobre meu ombro, me encaminhando até a entrada do circo enquanto os outros nos seguiam.

Certo. Eu estava confusa, muito confusa.

— Caitlin, por que estamos aqui?

— Ué, por que não estaríamos? — Ela sorriu de lado a lado, mas aquilo não me convenceu, não mesmo. — Qual é Sky, nós somos humanos também, queremos diversão assim como você e outros querem.

— Isso está muito estranho. Por que me trouxeram, então? 

— Porque você faz parte do nosso grupo agora. — Chaz sorriu, passando o braço por meu ombro e fazendo então Caitlin largar de mim. 

Que merda está acontecendo? Eles nunca agiram assim comigo.

— Chaz eu não sou burra.

— E nem feia. — Ele sorriu me olhando de cima a baixo.

— Isso foi uma cantada?

— Entenda como quiser.

— Você é engraçado. — Soltei uma risada e ele fechou a cara, provavelmente, ansiando por outra resposta de minha parte ao invés dessa.

Assim que passamos pela entrada de plástico colorida do circo, Chaz se afastou de mim indo comprar pipoca. Eu já estava pronta para entrar, assim que senti uma mão em meu braço me impedindo.

— Fique perto de mim. — Justin disse firme, olhando de um lado para o outro.

Dei de ombros e então todos nós seguimos para uma das fileiras organizadas nos bancos de madeira. Não demorou muito para que todos viessem e sentassem na fileira que estávamos, no caso a última do centro do circo. Logo os aplausos iniciaram e o show deu início. Já que Chaz estava ao meu lado, eu roubava uma vez ou outra a pipoca de seu saco enquanto meus olhos estavam atentos no mágico que iniciava o número dos pombos na cartola. Eu não parava de sorrir e era exatamente disso que eu precisava. Não me lembro a última vez que fui em um circo, meu tio nunca foi de me levar para sair, então provavelmente minha última vez foi com os pais da Sam.

— Está tudo bem? — Perguntei para Justin, ao meu lado, que estava com o maxilar trincado e olhando para um lado e para o outro. 

— Por que não estaria? — Disse duro, sem ao menos me olhar.

— Porque você parece tenso, nem está se divertindo.

— Digamos que eu não goste de circo.

— Como assim? — Soltei uma risada achando que era brincadeira, mas pelo jeito sério que ele estava, não era. — Você é a primeira pessoa que eu conheço que fala isso.

— Então você precisa conhecer mais pessoas.

— Quando vai parar de ser arrogante?

— No dia que você parar de ser chata, ou seja, nunca.

— Será que podem fazer silêncio aí? — Um senhor que estava na fileira a nossa frente pediu, olhando feio para nós.

— Eu estou pagando, então se eu quiser falar eu falo a merda que eu quiser. — Justin disse, me fazendo o olhar envergonhada.

Merda.

— Justin...

— Quem você pensa que é rapaz? — O homem ergue uma sobrancelha.

— Quem você pensa que é seu velho imbecil? — Ele praticamente cospe as palavras com desgosto para o homem. Já estávamos chamando atenção.

— Você deveria saber. — O homem sorriu e com aquele sorriso eu travei na hora. Não sei explicar, sabe filmes de terror? O sorriso dele se identificava, era simplesmente macabro. Pude perceber Justin melhorar a postura ao meu lado como se entendesse o que homem disse.

— Skyler, sai daqui. — Sussurrou.

— O que? Mas...

Ele olhou para mim, repousando sua mão no meu joelho. — Eu disse para sair daqui. — E no exato momento eu entendi o que ele estava dizendo, apenas por seu olhar. Engoli em seco, olhando para a frente e mostrando naturalidade para o homem, para não desconfiar de nada. Sorri por breve segundos e me levantei, e assim que já estava prestes a andar, gritos penetraram meu tímpano no mesmo instante.

— SOCORRO! TOMEM CUIDADO!

E então a escuridão do circo tomou luz pelas balas de fogo que preenchiam o lugar. Justin atirou para o homem a nossa frente assim que o mesmo apontou para mim. 

— SKYLER ABAIXA! — Ryan gritou e me deitei rapidamente no chão, e os garotos e Caitlin se agacharam, atirando para alguns que estavam lá embaixo. 

Meu coração estava palpitando tão rápido que por um momento eu sentia que teria um ataque cardíaco ali mesmo. O medo tomou conta de mim no exato momento que eu pensei na possibilidade de tomar uma bala perdida. Eu sabia, sabia que eles não vieram aqui só para diversão, sempre tem algo envolvido e eles sempre tem que me envolver nisso. Justin segurou em meu braço e me fez agachar um pouco com ele, assim que começamos a correr pelas fileiras. Com um braço ele abraçava o meu corpo, me deixando atrás dele, e com o outro apontava a arma para baixo, fazendo vários corpos caírem no chão. Mas arregalei meus olhos assim que enxerguei bem em quem ele estava atirando.

— Justin... — O medo já estava presente em minha voz. — Justin.. são... são...

— Palhaços. — Ele afirmou, me fazendo apenas tremer mais. 

Assim que saímos da enorme barraca montada do circo, o caos só estava pior lá fora. Várias crianças choravam tentando alcançar seus pais, muitos estavam no chão sendo pisoteados enquanto todos tentavam correr. Vários palhaços estavam circulando todos, muitos tinham facas, facões, armas e até mesmo serra elétrica. Aquilo tudo estava parecendo um filme de terror, os gritos, os choros, tudo.

— Mamãe. — Ouvi um garotinho perto de mim berrar enquanto tentava procurar sua mãe. — Mamãe, cadê otê? — O garotinho chorava enquanto segurava seu ursinho em seu braço.

Eu estava prestes a correr em sua direção mas Justin segurou meu braço.

Não demorou muito para que um dos palhaços chegasse por trás do garotinho e enfiasse uma faca contra o seu corpinho, com o mesmo caindo no chão ensanguentando e o homem fantasiado soltasse uma gargalhada pisando nas costas da criança. Abri minha boca mas não saiu nenhum som, as lágrimas já rodeavam minhas bochechas inteiras e o medo foi preenchido com dor. 

— Skyler vamos sair daqui. — Justin tentou me puxar assim que o circo começou a se incendiar, mas eu estava imóvel, não conseguia tirar meus pés da terra. — Sky, olha pra mim. — Ele me chamou pelo meu apelido e segurou em meu rosto, me fazendo o encarar. — Precisamos sair daqui entendeu? Vamos agora. 

Eu não disse nada apenas concordei e ele segurou em minha mão me puxando. Eu tropeçava em meus próprios pés, enquanto Bieber atirava ao mesmo tempo que corria comigo, mas foi em uma distraída que eu acabei tropeçando de vez e caindo no chão. 

— Levanta logo! — Justin quase gritou, se virando de costas para mim e atirando para alguns palhaços que corriam em nossa direção.

Senti alguém puxar meu cabelo com força e gritei, tendo braços fortes segurando minha cintura, e assim que observei a fantasia, só gritei e chorei mais ainda, sabendo o que aconteceria agora. 

— Tá na hora da criancinha dormir. — Sua gargalhada contornou todo o meu ouvido e uma das mãos do homem subiu da minha cintura até um dos meus seios, apertando com tanta força que eu me contorci de dor. Logo meu corpo foi jogado com força no chão novamente e eu tive a visão do palhaço levantando seu facão e assim que estava prestes a enfiar em mim, um tiro preencheu sua cabeça, fazendo um pouco do seu sangue espirrar em minha roupa e meu rosto. Justin me segurou por trás e logo uma SUV enorme estava atrás de nós, a mesma que Justin me jogou e entrou logo depois, fechando a porta da van e ficando em uma das janelas, atirando para todos os palhaços que nos seguiam, assim como os meninos. 

Me arrastei até a “parede” da enorme van e abracei minhas pernas chorando tudo que eu podia, não só pelas cenas fortes que eu acabei de presenciar mas pelo medo que eu senti. Pude sentir um braço em volta do meu corpo e logo deduzi ser Caitlin. Sua mão fazia carinho em meu cabelo enquanto eu chorava em seu ombro, deixando que minhas lágrimas molhassem sua camisa, sem me preocupar se ela acharia aquilo ruim.

Depois disso, eu só pude ter certeza que eu nunca mais serei a mesma. Eu não sabia o que era perigo, eu não sabia o que eles lidam até eu presenciar isso hoje. São crianças, eram apenas crianças e famílias se divertindo, tentando sair um pouco da rotina e alegrar seus filhos. Todos mortos. Vários corpos no chão. Sangue preenchia toda a terra e o circo em cinzas. O que eu presenciei hoje por mais que eu não queira sempre ficará gravado em minha mente, e eu nunca, nunca mais serei a garota que antes se preocupava com as notas da escola e reprovar. Minha preocupação ultimamente é se eu poderei respirar amanhã. 

— Chegamos. — Ouvi a voz da Caitlin distante depois de quase 1 hora naquela van. Franzi o cenho ao perceber que sua voz estava distante mas o corpo ainda estava me abraçando.

Levantei minha cabeça e me surpreendi ao ver que quem estava do meu lado esse tempo todo era Justin. Ele piscou os olhos algumas vezes, parecendo acordar e virou seu rosto para mim, o qual estava a centímetros longe do meu. Ele não disse nada assim como eu não disse nada. Apenas ficamos nos encarando. 

— Foi mal. — Ele suspirou, sem em nenhum momento tirar seus braços de mim. — Eu não queria te envolver nisso, falou? Eu não sabia que seria isso. — Ele olhou para a frente, sem ter coragem de me encarar. — Se eu pudesse eu teria feito diferente para você não ter precisado presenciar tudo isso. — Aquele é mesmo o Justin? — Agora vamos. — E então, se levantou, saindo da van.

Respirei fundo e passei minhas mãos em meu rosto, percebendo que o sangue estava seco. Me arrastei até a porta da van e saí da mesma, estranhando o lugar. Era um lugar de luxo, totalmente iluminado e com chafarizes. 

— Use isso. — Ryan me entregou um moletom, e coloquei o mesmo, em seguida a touca, disfarçando o sangue em meu corpo.

— Onde estamos? — Perguntei, sentindo minhas pernas doloridas, tendo certeza que nós ficamos mais do que 1 hora na van.

— Nevada. — Arregalei meus olhos assim que ele falou colocando seu moletom como todos os outros. — Exatamente, estamos em Las Vegas. Nós não podíamos ficar em Los Angeles. A notícia espalhou e os policiais irão ficar no mínimo 4 dias procurando provas, e caso encontrem, não estaremos lá.

— O que você disse para Sam?

— Que eu fui viajar a trabalho. — Ele respirou fundo, mas logo entendeu meu olhar nele. — Relaxa morena, ela não sabe do meu trabalho.

Concordei e logo caminhamos até o hotel. Enquanto Justin e Christian faziam o cadastro dos quartos, eu e o resto estávamos sentados esperando. Eles conversavam normalmente e logo pude perceber que a cena anterior era normal para eles. A única traumatizada e chorosa ali era eu, porque enquanto eu tinha flashback's, eles estavam conversando normalmente sobre a comida do hotel.

— Vamos. — Christian fez um sinal para nos levantarmos e assim fizemos.

Enquanto esperávamos no elevador, Chaz e Nolan tentavam me distrair com piadinhas ou caretas. Eu apenas sorria fraco para não deixar eles no vácuo. Chaz, Nolan e Ryan foram os primeiros a sair do elevador com dois seguranças do Justin. Christian e Caitlin foram logo depois com mais dois seguranças. E estranhei assim que sobrou apenas eu e Justin. O olhei mas ele continuava sério, conversando com alguém em seu celular totalmente sério. Apenas continuei calada e assim que o elevador anunciou “cobertura”, os dois seguranças que sobraram saíram, com Justin em seguida e eu apenas segui, mesmo achando tudo estranho.

Justin desligou o celular e olhou para os dois homens, o elevador já dava de cara com o quarto, e eu apenas encarava tudo surpresa. 

— Quero que vocês dois fiquem no andar de baixo. Jeff você fica pela porta ao sul e Christopher fica pela porta do norte. Qualquer suspeito que tentar subir para a cobertura, sem ser funcionário, vocês metem bala. — Justin dizia ríspido e os dois apenas concordavam com a cabeça. — Alertem o pessoal, que Mikey ficará de líder em Los Angeles e mandem reforços para cá, com Joshua de líder. E...

Decidi não ficar para escutar mais a ordem dele para os dois, e aproveitei para apreciar o quarto. A parede direita era totalmente preenchida por janelas, as quais eu pude ver claramente Las Vegas inteira. Estávamos no último andar do hotel, ou seja, tudo estava claramente exposto. As luzes da rua e dos estabelecimentos preenchiam a cidade, assim como as montanhas bem no fundo. Vários prédios iluminados e torres intercalando cores. Caminhando mais pela enorme cobertura, era praticamente separada em cômodos: no andar de baixo, tinha uma sala enorme, com três sofás gigantescos pretos e vermelhos, uma mesa de centro com algumas revistas e uma televisão led enorme grudada na parede. Ao lado da sala tinha uma pequena cozinha, com uma mesa redonda para dois e duas geladeiras transparentes, deixando à vista alguns MM's e bebidas na mesma, o interfone do hotel estava ao lado. Subindo as escadas, abri a porta de madeira entrando no banheiro e abrindo minha boca em um perfeito círculo ao ver aquilo. Dava duas vezes um quarto na casa do Justin. Era incrivelmente enorme. O mármore do piso e das pares era beje com alguns detalhes de pedras que eu quase tenho certeza ser diamantes. O chuveiro simplesmente enorme, com duas duchas enormes, dando espaço para 9 pessoas tomarem banho ali, e não, não estou exagerando. Também tinha uma banheira enorme ali, provavelmente com hidromassagem. Saindo do banheiro, ergui minhas sobrancelhas ao notar a cama de casal enorme redonda ali, com lençóis brancos e um fino cobertor preto, e bem algo que estranhei, um espelho gigantesco acima do colchão, grudado no teto. 

Depois de apreciar tudo e praticamente babar, entrei no banheiro e retirei minhas roupas, trancando a porta só para me certificar que Justin não entraria. Ligando a banheira, joguei alguns sais que estavam em cima da pia, jogando na água e logo vendo tomar uma coloração e as bolhas ficarem expostas. Desligando a água, entrei na enorme banheira, suspirando ao sentir uma paz imensa somente por estar ali e não correndo risco. Juntei minhas mãos como se fossem uma conchinha e joguei um pouco de água no meu rosto. 

Posso dizer que demorei uma hora no banho, e Justin reclamou duas vezes dizendo que também queria tomar banho. Eu demorei para me limpar e ficar totalmente descansada. Mas por fim, dispensei a água e me enxuguei percebendo que eu não tinha roupa. Colocando um roupão que estava ali no banheiro, abri a porta e olhei para os lados, vendo que Justin não estava no andar de cima. Saindo do banheiro, me surpreendi ao ver algumas sacolas de roupas ali, provavelmente os seguranças de Bieber que trouxeram, já que são praticamente cachorrinhos dele. Coloquei uma peça de pijama, composta por uma blusa soltinha branca mostrando minha barriga e um shorts minúsculo azul. Aposto que Justin deve ter dado esse detalhe a eles. Ouvindo a porta do banheiro sendo fechada atrás de mim, só tive certeza que o senhor arrogante foi tomar seu banho. 

Depois de pentear meu cabelo e passar um pouco de creme, calcei os chinelos que estavam ali e desci as escadas lentamente. Liguei a TV colocando em um programa que passava no E! E assim que escutei meu estômago roncar de fome, caminhei até a cozinha e liguei para o serviço de quarto, o qual não demorou para atender.

— Boa noite, pois não?

— Olá, eu quero um prato de Lasanha Bolonhesa para dois. — Justin que me agradeça por eu ser legal, porque tenho certeza que ele não faria o mesmo. — Com um suco de laranja, por favor.

— Anotado, algo a mais? — Respirei fundo, lembrando que eu preciso realmente relaxar.

— Cancele o suco e acrescente vinho no lugar, por favor.

— Certo. Logo mais entregaremos!

— Obrigada. Boa noite.

Desliguei e senti um calor humano atrás de mim. Engoli em seco e virei um pouco meu rosto, podendo ver que era o Bieber, e pelo canto de olho pude notar que o mesmo estava apenas de toalha. 

— Vinho, Price? — Soltou uma risada fraca e grossa, o que me fez arrepiar. — Boa escolha, baby.

— Justin? — Perguntei no fino de minha voz.

— O que? — Perguntou se aproximando mais e colocando suas mãos em minha cintura. Justin apertou com força meu quadril e chocou nossos corpos em segundos, o que fez minhas costas se escorarem em seu peitoral nú e molhado, e minha bunda se prensasse com o pequeno volume do seu quadril, que eu tenho certeza ser seu pênis coberto apenas por uma toalha.

— Por... por — Tossi algumas vezes até recuperar totalmente minha voz. — Por que nos colocou no mesmo quarto?

— Porque eu sei que você quer transar comigo tanto quanto eu quero transar com você. — Arregalei meus olhos com suas palavras. Justin aproximou seu rosto do meu pescoço e eu fechei os olhos, controlando minha respiração enquanto meus dedos apertavam o mármore da pia da cozinha. Justin arrastou suas mãos para minha barriga e ele me encurralava cada vez mais em seu corpo, enquanto me abraça por trás. Seu nariz se arrastou por meu pescoço, logo depois de seus lábios darem alguns beijos ali até sua boca chegar em minha orelha. — Ah... Skyler... — Ele forçou um gemido chocando com força seu quadril na minha bunda, me fazendo morder meu lábio inferior com força. — Ninguém nunca te disse que eu não durmo com alguém sem sexo? 

Entre o ódio e o desejo.

Quem ganha?


Notas Finais


O circo pegou fogo, literalmente rsrsrs


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