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História The Most - About your secrets


Escrita por: resumo

Notas do Autor


“sobre os seus segredos”

Capítulo 20 - About your secrets


— Jeremy. — Justin disse sério, encarando o homem a sua frente.

— Não vai me apresentar sua amiga? 

— Sou Skyler, prazer. — Estiquei minha mão em sua direção. Jeremy sorriu, segurando a mesma.

— O prazer é todo meu.

Justin se afastou das crianças, parando à frente de Jeremy e fazendo com que eu soltasse sua mão.

— Sky, fica com eles, preciso falar com o meu pai.

Sem que eu pudesse sequer concordar, Justin já estava arrastando seu pai para a cozinha, em uma pressa absurda. Não vou falar que não achei estranho, porque sim é muito estranho alguém tratar o pai assim, o que me causou uma curiosidade absurda.

Observando as duas crianças me olhando sem expressão, sorri, me ajoelhando e ficando na altura dos dois.

— Como vocês chamam? — Nenhum dos dois me responderam, apenas me olhavam sem expressão.

To vendo que o mal do Justin passou até para os irmãozinhos.

— Você tá namorando o Bizzle? — A garota loira perguntou, me olhando zangada.

— Não! — Neguei na mesma hora. — Sou amiga dele.

— Bom mesmo, não quero que o Bizzle me esqueça! — Suspirou.

— Por que diz isso?

— Quando o Bizzle namorava a garota loira, ele me esqueceu. — Ela fez uma cara tão triste, que eu pude sentir meu coração se despedaçar.

Garota loira?

— Você lembra da garota loira? 

— Ela tem o olho azul e é bem, bem, bem alta!

E, então, um nome surgiu em minha cabeça.

— Alanna?

— Isso! — Ela levantou o dedinho como se a ideia tivesse surgido e ela tivesse lembrado de algo que parecia tempo tentando entender.

— Justin namorou a Alanna? — Perguntei realmente confusa, porque para mim ele só havia tido um relacionamento com Caitlin há muito tempo atrás.

— Namoiava. — O garotinho loiro disse, passando seus pequenos dedinhos no cabelo de sua irmã. — Mai ela era muito chatinha com Jax e Jazzy!

— Qual seu nome? — A garotinha loira perguntou, com um sorriso dessa vez, mostrando seus pequenos dentes.

— Skyler, mas podem me chamar de Sky. — Os dois sorriram se aproximando mais. — E o de vocês?

— Me chamo Jazmyn, mas pode me chamar de princesa! — Soltei uma risada pela pose que ela fez, como se realmente fosse uma princesa. — E esse é o Jaxon, meu irmãozinho.

— Vocês são lindos, sabiam?

— Bizzle disse que puxamos dele. — Jazz sorriu mais ainda, encantada de falar de Justin.

Bieber nem é convencido.

— Ocê que bincar com a gente, Sky? — Jax perguntou, passando os dedinhos por meu cabelo.

— Claro, vamos lá! 

Guiei os dois até a sala e lá já estava espalhado milhares de brinquedos. Tive que separar o tempo em que brincava com os dois, já que os mesmos brigavam por atenção, querendo cada vez mais. Jazmyn brincou comigo de Barbie, mas Jaxon não gostou nada disso, fazendo seu carrinho atropelar as bonecas da garota, o que a deixou muito irritada. Já com Jaxon, brinquei de Lego, onde montamos uma delegacia, ele havia me dito que queria ser delegado quando crescesse, tentei não pensar com ironia nisso mas foi inevitável quando seu irmão é um bandido.

Eu tentava a todo custo me focar na brincadeira dos pequenos, mas a curiosidade por saber o que Justin falava na cozinha era maior, muito maior. Respirei fundo, passando a mão no cabelo dos dois, que agora — finalmente — brincavam juntos com tranquilidade.

— Eu já volto tudo bem?

— Não demoia! — Jaxon quase gritou.

Concordei, deixando um beijo em sua cabeça e me levantando, mas antes que pudesse seguir meu caminho, Jazmyn segurou em minha mão, fazendo um sinal para que eu abaixasse para que ela pudesse contar um segredo, e assim fiz.

— Você pode namorar o Bizzle, mas só você!

Ela saiu correndo, me fazendo soltar uma risada. Eles eram tão adoráveis que por um momento me perguntei se Justin era assim quando pequeno.

Caminhando em passos curtos até a cozinha, já pude ouvir certo tom de voz alto, o que me fez apenas encostar meu ouvido na porta, já que a mesma estava fechada. 

— Eu já disse para você mandar o pé daqui.

— Como você quer que eu vá embora quando eu recebo a notícia que você estava morto, moleque? — A voz de Jeremy não estava nada tranquila como antes. — Tão na sua cola, Justin, você vai acabar morrendo de verdade se não colaborar da maneira certa.

— Eu estou colaborando, eu já tenho todo um plano e ter você aqui só vai me atrapalhar. Como pretende me ajudar? Usando Jaxon de isca como da outra vez para assaltar aquele banco?

Arregalei meus olhos.

— Eu me sinto culpado e você sabe disso, mas você que está jogando sua vida em risco, e é disso que estamos falando, não troque de assunto. — Eu não estava vendo aquela cena, mas mentalmente nesse momento eu pude ver Justin revirar os olhos e travar o maxilar, como costuma a fazer quando o interrompem. — Se você continuar desse jeito, vai acabar como Hannah!

— NÃO OUSE TOCAR NESSE NOME.

Justin gritou tão alto que eu pude sentir meu coração palpitar com força, o que me fez olhar para a sala e por sorte os pequenos não haviam ouvido. 

— Eu estou falando para o seu bem, meu filho. Você sabe que Thomas é esperto e todos os índices mostram que ele está envolvido com a Rainha Vermelha.

Thomas? 

A única pessoa que me veio à mente foi o Thomas, o Thomas que me salvou da Rainha Vermelha.

Não, não pode ser a mesma pessoa.

Não seja burra, Skyler. Quantos Thomas existem por Los Angeles? Milhares!

— Eu não tenho medo do Thomas e estou pronto o suficiente para arrancar a cabeça dele de uma vez.

— Você tem apenas 20 anos, meu filho. Olhe para mim, tenho muito mais anos de experiência.

— Foda-se a sua experiência, eu sei me virar sozinho.

— Skyler? — Escutando alguém chamar meu nome ao meu lado, pulei no mesmo segundo, levando automaticamente minhas mãos até minha boca para que eu não emitisse um grito e os dois lá dentro escutassem.

Era Daniela.

— O que faz aqui? — Perguntou com uma cara de tédio, me olhando de cima a baixo.

— Como assim o que faço aqui? Que pergunta mais idiota.

— Se você está aqui, quer dizer que... — Ela sorriu maliciosa com seus pensamentos. — Justin voltou?

— Voltou.

— Ótimo. — Mordeu seu lábio inferior, abrindo alguns botões de sua camisa social que estava por baixo do seu mini vestido de empregada. — Quero mostrar novas coisas para ele.

— Boa sorte. — Soltei uma risada pela cara que ela fez ao ver que eu não me afetava com aquilo.

A porta da cozinha se abriu rapidamente, com Jeremy indo até a sala e Justin subindo as escadas rapidamente, totalmente irado. Se fosse como os desenhos animados, nesse exato momento, teria fumaça saindo de suas orelhas.

— Oi Jus...

— Skyler, vem aqui. — Justin interrompeu Daniela.

Não segurei a risada, fazendo questão de apreciar sua cara de surpresa e raiva, me encarando com um ódio imperdoável. Era hilário ver ela assim.

Mas não demorei para que subisse os degraus, seguindo Bieber que andava com pressa no corredor, fazendo sua calça de couro cair e mostrar boa parte de sua bunda — maravilhosa — coberta pela boxer preta.

E, então, entrei em seu quarto, fechando a porta atrás de mim. Minha reação foi literalmente abrir minha boca, admirando o único cômodo da casa em que não tinha entrado. Seu quarto era totalmente preto, com algumas pichações a direita, com vários skates colados na parede e uma mini rampa. Sua cama era incrivelmente grande, que poderia caber umas 20 pessoas ali, sério, não estou exagerando. O piso era branco, dando um tom mais suave para o quarto e tinha vários e vários quadros de mulheres seminuas pendurados na parede acima da cama, revirei os olhos com aquilo, ele com certeza deveria se masturbar vendo esses quadros. Justin tinha entrado no banheiro, e assim que retornou o quarto, estava apenas com sua boxer, caminhando com agilidade até mim, até parar na minha frente.

— Por que me chamou aqui? — Perguntei realmente confusa já que nunca deixa ninguém entrar aqui.

— Porque eu quero relaxar, esfriar minha cabeça. — Colocou suas mãos geladas em minha cintura, na parte em que a blusa não cobria. — E eu sei que você pode me relaxar.

Justin colou nossos lábios com brutalidade, puxando meu corpo para o seu e os colando em um baque forte, fazendo meus peitos se espremerem em seu peitoral. Bieber deu passos para trás me prensando na porta e fazendo um barulho estrondoso. Suspirei entre o beijo, deslizando minhas mãos para a ponta de suas costas e o prensando mais em mim, querendo sentir mais e mais dele. Justin levou os dedos até meu shorts, o tirando com uma pressa incrível e me deixando com uma calcinha, e assim que eu faria o mesmo com sua boxer, ele não deixou, se afastando de mim.

— Não. — Negou com a respiração ofegante e os lábios inchados, eu provavelmente não estava diferente. — Quero algo diferente contigo.

Franzi o cenho, mas não argumentei, o seguindo assim que ele entrou no banheiro. 

Justin era como uma droga, literalmente, mal provei do seu sabor e só quero cada vez mais, sabendo que talvez não teria uma boa consequência, mas eu não ligo.

Acabei tirando minha camisa no caminho, ficando apenas com minhas peças íntimas. Quando entrei no banheiro, Justin já estava nú, em baixo da ducha. Céus, ele é tão gostoso.

Mordi meu lábio inferior, tirando minhas peças íntimas também com certa vergonha. Ele não havia reparado totalmente em meu corpo ontem, pois estava tudo escuro, mas agora que estava claro me deu certa insegurança. 

Entrei no box, tendo o seu olhar em mim, Justin me olhou de cima a baixo lentamente com a boca meio aberta, e juro, só com esse olhar eu já poderia ter tido um orgasmo. Ele sabia como provocar e muito bem. Bieber levou sua mão até seu membro, o apertando com força, me fazendo sentir algumas pulsações nas minhas partes íntimas.

— Você tá quase gozando não tá? — Ele perguntou com a voz bem rouca. — Mas você não vai gozar agora, nada disso. Você vai gozar quando eu tiver te fodendo, porque agora eu vou te foder de verdade, vou fazer você gemer bem gostoso enquanto rebola no meu pau, porque eu quero você rebolando Skyler, quero você rebolando bem gostoso em cima de mim.

Ele falava tudo tão sério que a revirada de olhos com meus pensamentos inapropriados foi inevitável, caminhei em sua direção no gigantesco boxer, pronta para o beijar, mas Justin segurou em meus ombros, me prensando de frente na parede gelada, se posicionando atrás de mim e me fazendo sentir seu pau totalmente duro em minha bunda. 

Mordi meu lábio inferior com força, ignorando a vontade de gemer.

— Não quero beijos, não quero nada, tá entendendo? Você só vai sentir, nada de me tocar. 

— Vai logo! — Disse arrastado, querendo sentir ele logo de uma vez.

Sinto que estou ficando louca.

— Implora.

— Justin, não...

— Eu quero que você implore para sentir meu pau, vai, implora para mim.

— Não!

Eu me recuso a isso.

— Ah, não? — Mordeu meu lóbulo com força, me fazendo soltar um grito. — Ok, sua decisão.

Ele começou a se movimentar atrás de mim, e gemi tão alto quando senti a cabeça de seu membro entre as bandas de minha bunda, que Justin soltou um gemido rouco bem em minha orelha. Senti uma de suas mãos em meu peito, apertando com força e massageando de uma maneira totalmente sensual. Eu nunca havia sido tocada desse jeito e é totalmente delicioso.

— Não vai implorar, Sky? — Disse meu apelido com ironia, arrastando dessa vez seu membro para a entrada da minha vagina, roçando com força a cabeça na área.

Revirei meus olhos, sentindo espasmos em meu corpo apenas com esses pequenos toques. Ele estava quase me fazendo gozar só com isso, mas eu não queria dar esse gostinho a ele.

— Eu quero você!

— Nada disso. — Estralou a língua no céu da boca três vezes como repreensão.

— Eu estou implorando, Bieber!

— Eu quero que você diga da maneira certa. — Deixou alguns beijos em meu pescoço, arrastando seus lábios para minha orelha em seguida. — Quero que você me peça para te foder.

— O que? — Perguntei em choque.

— Quero que você fale isso, se não vai ficar sem meu pau e vai ter que se aliviar sozinha.

— Isso é injusto!

— Como se eu ligasse para justiça. — Soltou uma risada debochada.

— Eu quero que você me foda! — Disse contra minha vontade em dizer essas palavras.

— O que? Não entendi.

— Eu quero que você me foda. 

— Não to escutando.

— EU QUERO QUE VOCÊ ME FODA, BIEBER!

Pude sentir um sorriso em seu rosto e Justin deixou um beijo em minha bochecha com uma mordida em seguida.

— Agora sim.

Justin segurou em minha cintura com força, me fazendo empinar de uma maneira totalmente exposta. Apoiei minhas mãos na parede que nem parecia mais gelada com o tão quente que estava rolando ali. Fechei meus olhos assim que senti seu membro novamente deslizar sobre toda minha parte íntima, de cima até em baixo, pressionando em meu clitóris.

— Awnn...

Deixei minha boca aberta, querendo mais que nunca sentir seus lábios nela, mas sei que isso não seria possível. Senti Justin me penetrar de uma só vez, me fazendo gritar e soltar alguns gemidos super altos, ele nem estava se movimentando mas eu já podia sentir uma dor e um incômodo de ter novamente algo dentro de mim, mas que logo desapareceu quando ele começou a se movimentar. Minha bunda era espremida no pé de sua barriga enquanto seu pênis era enterrado em minha vagina fazendo um barulho super alto, eu conseguia sentir seus testículos batendo com força contra mim, deixando tudo mais gostoso. Justin como na noite anterior, começou uma sessão de putaria, falando coisas improprias apenas para deixar o clima mais sensual do que já estava. 

Apoiei minha cabeça na parede, levando minhas mãos até meus peitos e os apertando com força, como uma forma de descontar todo o prazer que meu corpo não estava aguentando. 

— Você é tão gostosa que eu tenho vontade de te foder o dia inteiro. — Gemi com suas palavras, sentindo seu pênis ir tão fundo que não duvidei ser o começo do meu útero. — Isso, geme para mim, mas geme bem gostoso.

Acabei não aguentando, gozando tudo em seu membro, Justin não demorou muito para gozar, mas dentro de mim dessa vez, e se não fosse por ele segurar meu quadril, eu com certeza cairia de cara no chão. 

Bieber me virou, fazendo minha cabeça deitar em seu peitoral até ele nos levar para baixo da água morna. Não descolei do seu corpo por nem um segundo. Não falávamos nada mas o silêncio estava gostoso, assim como o toque único de nossos corpos. Mas logo me afastei dele, com cada um tomando seu devido banho da maneira certa. 

Não rolou mais nada além de algumas brincadeiras e toques do Justin. Eu com certeza havia mudado seu humor de alguns minutos... horas atrás?

Não sabia quanto tempo estávamos nesse boxer, mas foi tempo o suficiente para que meus dedos ficassem enrugados. Saí primeiro que o Justin, caminhando até seu quarto e admirando tudo ali, era simplesmente uma personalidade que não sabia sobre ele.

Skate? Nunca passaria pela minha cabeça que ele curtia.

— Veste isso aqui. — Justin jogou uma blusa sua em minha direção. — E isso aqui. 

Jogou um shorts feminino dessa vez.

— Eu não vou usar roupa das suas putas. — Disse séria.

— Não é de minhas putas, eu não deixo ninguém entrar aqui. — Disse tão óbvio que eu até acreditei.

— Então de quem é?

— Da Caitlin?

Ergui minha sobrancelha sentindo uma pontada no meu coração, talvez, eu disse talvez eu esteja incomodada com isso.

— Por que tem roupa da Caitlin aqui? — Perguntei não sabendo ao certo se queria saber a resposta.

— Porque Rosa acabou confundindo a roupa dela com as minhas e deixou aqui no closet. 

— Ou você transou com ela?

Justin saiu do closet, vestido apenas com uma bermuda vermelha e uma boxer preta, me olhando estranho.

— Claro, transei com ela a noite toda, porra, ela é maravilhosa na cama você tem que ver. 

O encarei chocada.

— Eu tô zoando, caralho, qual parte do não deixo ninguém entrar aqui você não entendeu?

— Será que dá para parar de ser grosso?

Perguntei irritada, colocando minha calcinha, o shorts que ele deu e sua blusa preta que ficou como um vestido em mim.

— Iiiih, tá bravinha?

Mostrei o dedo do meio para ele, seguindo até seu banheiro e penteando meu cabelo. Justin ficou ao meu lado, na pia ao lado — sim, tem duas pias — onde ele escovou seus dentes e passou uns produtos, que não quis saber, no rosto.

Logo saímos do quarto, onde pude ouvir uma gritaria e risadas no andar de baixo, me dando certeza que eles haviam voltado. Suspirei aliviada, assim que entrei na cozinha e todos estavam lá, todos mesmo.

Todos os olhares focaram em nós curiosos.

— Eu vi vocês se pegando na boate e tal mas não sabia que foi tão longe. — Nolan disse me fazendo ficar vermelha e me sentar de imediato ao lado de Caitlin, que por incrível que pareça, ainda recebia sermões de Christian na cadeira ao seu lado.

— Justin não desperdiça nem uma. — Chaz disse com boca cheia de bolo.

— E você só fica babando, otário.

— Cala a boca, testa de avião. 

Ryan o encarou com raiva.

— Pelo menos minha testa é maior que o seu pau.

Os garotos riram, fazendo Chaz ficar vermelho e dar um tapão na cabeça de Ryan. Soltei uma risada, negando com a cabeça. 

— Bizzle!

Ouvi a voz de Jazzy e logo a mesma entrou correndo na cozinha, chamando a atenção de todos. Justin a segurou no colo, com um sorriso lindo no rosto, a abraçando com força.

— Oi princesa.

— E ae, moleque, como você tá? — Dylan perguntou para Jaxon, que tentava roubar algumas bolachas do prato do Chaz.

— To bonito.

Todos soltaram risada com a resposta de Jaxon.

— Metido que nem o Justin. — Dylan revirou os olhos.

— A culpa não é nossa se somos maravilhosos. — Dessa vez foi Jazmyn que disse, fazendo Dylan ficar com cara de merda e todos rirem mais ainda.

— E as revistas, Jaxon? Tá aproveitando? 

— Só tem muié goitosa!

Arregalei os olhos, olhando para o Justin na mesma hora.

— Você deu PlayBoy para o seu irmão?

Ele deu de ombros, pegando uma bolacha do pacote que Jazmyn segurava.

— Aprende desde cedo.

Revirei os olhos e logo todos começaram a conversar novamente. Senti meu celular vibrar e peguei o mesmo do bolso do shorts, vendo que era uma mensagem de Samantha.

Engoli em seco, com certo medo de abrir.

 

Não vou brigar com você, quem vai pagar as consequências é apenas você.

Hoje tem um jantar na sua casa, seu tio quer comemorar o aniversário dele.

 

Abri minha boca surpresa, eu não havia só esquecido  o aniversário da minha amiga como o do meu próprio tio também.

 

Sam, me desculpa.

Só vem hoje, é o mínimo que pode fazer.

 

Respirei fundo, voltando a comer em silêncio. 

 

...

 

— Você está linda! — Caitlin disse me encarando.

— Obrigada por me ajudar, como sempre.

— Não tem de que, eu adoro fazer isso. 

Olhei para o relógio de seu quarto vendo que já passava de 8:30 P.M.

— Tenho que ir Caitlin, depois a gente se vê.

Ela deixou um beijo em minha bochecha e logo saí do seu quarto. Estava vestindo um vestido florado, delicado que não imaginava que fazia parte do look de Caitlin. Usava os mesmos Supras brancos de antes, sem me importar se combinava ou não com o vestido.

Descendo as escadas com certa pressa, pude observar Jazmyn e Jaxon dormindo no sofá junto com Chaz e Nolan que dormiam no chão acima dos brinquedos. Soltei uma risada fraca, e logo pude notar Ryan de terno na porta.

— Por que você está indo formal? — Soltei uma risada, ajeitando sua gravata vermelha assim que fiquei a sua frente.

— O pai da Sam vai estar no jantar também. — Ele disse parecendo nervoso.

— Ele vai gostar de você, não se preocupa.

— Vai mesmo?

— Não. — Segurei a risada com a cara que ele havia feito. — É só você não agir como um idiota que vai dar tudo certo.

— Vamos. — Franzindo meu cenho, olhei para o lado notando Justin ali.

Ele estava maravilhosamente lindo.

Usava uma calça social colada e um terno também colado, com as mangas levantadas, mostrando as tatuagens em seus braços. Seu cabelo estava arrumado em topete bonito, e ele estava tão cheiroso, que pude sentir o cheiro de perfume caro de longe.

— Você vai? 

— Já está na hora do seu tio conhecer o tal “Cameron”, não?

Bieber passou na nossa frente, e logo eu e Ryan o seguimos. Não sei se era certo ter ele no jantar de hoje, não mesmo. Justin sabe ser um idiota quando quer, e isso que me preocupa. 

Mordi meu lábio inferior, com certo frio assim que arrecadamos o jardim. Ryan entrou no banco de passageiro, me fazendo sentar no traseiro. O caminho inteiro foi em silêncio, apenas algumas palavras que os dois trocavam de vez em quando sobre o Hockey do Canadá, o que me fez lembrar que eles não eram americanos. Eu podia sentir minhas mãos tremerem de ansiedade, me arrependendo de ter deixado Justin vir.

— É aqui? — Ryan perguntou, olhando para a casa mais humilde do bairro.

— Sim.

Disse, talvez, com certa vergonha. Nunca tive vergonha de onde vim, muito menos de quem eu aprendi a ser nessa casa, mas eu sentia uma necessidade desconhecida de querer impressionar eles, talvez por eles sempre terem morado no luxo e no mais sofisticado glamour. Isso me incomodava.

Ryan foi o primeiro a sair do carro, afrouxando sua gravata. Era nítido o nervosismo em seu rosto, mas nem isso conseguiu me divertir, já que a ansiedade estava muito maior.

— Eu vi a cara que você fez no carro. — Justin parou ao meu lado na calçada.

— Eu...

— Não precisa ficar com vergonha, eu já passei pelo mesmo e seria patético te humilhar por isso.

Sorri fraco, logo entrelaçando nossos dedos. Bieber me olhou estranho e assim que quis arrancar sua mão da minha, segurei com mais firmeza ainda.

— Não esqueça que você é o Cameron para o meu tio e meu namorado para minhas amigas.

Ele pareceu lembrar, relaxando mais sua mão na minha. Eu sabia que aquilo talvez fosse um gesto estranho para ele, e sim, para mim era também, mas não queria que todos ali desconfiassem de algo. Ryan tocou a campainha e não demorou para que Samantha abrisse, e uma falação de dentro fosse nítida aos nossos ouvidos. Ela agarrou Ryan, os dois se engoliam na nossa frente me fazendo soltar uma carranca até os dois notarem que eu e Justin ainda estávamos ali.

— Oi Justin. — Sam sorriu e me olhou, murchando o sorriso. — Oi Skyler.

Sorri fraco e logo ela e Ryan entraram. Eu e Justin entramos, e posso jurar, nunca vi minha casa tão cheia desse jeito. Meu tio me viu, e logo correu em minha direção, observando Bieber ao meu lado com um olhar estranho, muito, muito estranho.

— Oi, tio. — O abracei deixando um beijo em sua bochecha e negando com a cabeça assim que senti o cheiro forte de pinga. — Parabéns.

Ele nem ao menos me respondeu, encarando Justin com a mesma cara estranha.

— Esse aqui é o Cameron.

— Prazer. — Justin disse com tédio, me fazendo dar um beliscão em seu braço, o fazendo me encarar feio.

— Hm... Oi, Cameron. 

— To com fome, da licença. — Justin saiu dali totalmente folgado, caminhando até a cozinha.

— Tio, tenta ser legal com ele, tá legal?

— Onde você conheceu ele? — Meu tio parecia assustado e eu não estava gostando nada disso.

— Eu já disse, nos conhecemos na escola e...

— Não quero você perto desse garoto, Skyler.

— Mas tio...

— Eu to falando que não quero você perto dele!

Neguei com a cabeça, e empurrei o tanto de gente que eu nem ao menos conhecia, subindo as escadas correndo e entrando no meu quarto. Respirei fundo, parando em frente ao espelho e me encarando, eu parecia tão diferente... mas ao mesmo tempo igual. Coloquei a mão em cima do roxo em meu pescoço onde era o chupão do Justin.

Skyler Price.

Antigamente apenas uma garota que ligava para os estudos e queria passar na prova do UOT.

Pera.

UOT.

Saí imediatamente do meu quarto, descendo as escadas com pressa. Pude ouvir algumas pessoas chamando meu nome mas ignorei, caminhando com pressa para fora da casa até o correio. Abri o mesmo, vendo que tinha uma carta para mim lá. Senti meu coração palpitar e abri a carta imediatamente. 

 

Senhorita Skyler Price,

É com prazer que a University Of Toronto ( UOT ), que aceita a solicitação de seu pedido para a prova de bolsa. As passagens já estão nessa embalagem para o Canadá. Desejemos boa sorte.

 

Sorri, soltando um grito e pulando diversas vezes. Eu havia estudado tanto apenas para ter a solicitação para fazer essa prova e agora, agora eu podia fazer e ter a chance de entrar na melhor faculdade de medicina da América do Norte.

— Skyler? — Cessei minhas risadas e gritos assim que vi Justin parado em minha frente. — O que é isso?



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