Lá estava a garota novamente, desdo começo das férias de inverno, a morena entra pela porta do café, senta-se na mesa ao lado da janela, tira seu livro (o qual cada semana é um diferente), e pede um americano.
Já faz um mês que ela está nesta rotina, não que eu pare de trabalhar para observar a misteriosa.
O engraçado é que nunca tive coragem de atender sua mesa, ou de pergunta para os outros quem ela era, já que os mesmos pareciam ter uma boa relação com a mesma.
— Jungkook, você está fazendo de novo. — Jimin falou, tirando-me de meu transe.
— Merda. — resmungo, descontando-me do balcão.
— Você tem que parar com isso, vai acabar sendo demitido. — fala Taehyung, pegando um dos pedidos que tinha no balcão. — Por que não fala com ela afinal, a Kara é legal.
— E não morde. — brinca Jimin.
— Como conseguem falar com ela? — pergunto, limpando o balcão mais uma vez. — Ela parece inalcançável.
— Você começou a trabalhar agora, não sabe quase nada sobre a rede de empresas Kim, em Seul, pelo menos. — fala Taehyung. — Kara trabalha com a gente no verão, para ganhar um dinheiro extra, e no inverno ela vem fazer companhia.
— E o que tem haver? — pergunto.
— Vá entregar o pedido dela e descubra. — disse Jimin, entregando o pedido da tal Kara, forçando-me a pegar. — Para de ser medroso e vai lá.
— Mas cuidado... — avisa Tae. — O Jimin já tentou dá em cima dela, e o irmão da mesma quase o matou.
Jimin, fez uma careta, mas depois começou a me empurrar em direção a mesa da garota.
— Er... Aqui está seu café. — digo, quando fico ao lado de Kara. Faço uma reverência, colocando o copo sobre a mesa.
— Obrigada. — diz ela, tirando sua atenção do livro e voltando para mim. — Você é o novato, certo? Sou Kim Kara.
— Jeon Jungkook. — falo, tentando não encarar Kara.
— Posso te fazer uma pergunta? — pergunta ela.
— C-claro. — digo.
— O que vocês tanto falam? Não sou permitida a entrar na cozinha quando não estou em expediente. — fala ela.
— Nada de mais, coisas de garotos. Mas como assim, expediente? — pergunto, realmente fiquei curioso para saber. — Desculpe, não devia me meter.
— Não tudo bem, os garotos não devem ter comentado que eu trabalho aqui no verão... — começa ela. — Sabe, é melhor te falar outro dia, não é muito bom ficar batendo papo na hora de trabalhar. Se cuida, novato.
Ela sorri, e não pude evitar de retribuir. Faço uma reverência, e volto para meu posto no balcão, onde apenas Jimin estava, já que Tae atendia outra mesa.
— Doeu? — pergunta ele, irônico.
— Realmente, ela não morde. — digo.
— Eu disse. — diz Jimin, e eu revirei os olhos.
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