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História The Mysterious Killer - Medo da Perda


Escrita por: Melissa36912

Notas do Autor


Oi meus amores. Eu voltei com o penúltimo capítulo para vocês. Estou contente com esse capítulo, ele chegou em minhas expectativas para o que eu estava planejando para ele. Espero que vocês também gostem.
Com amor, Melissa36912 <3

Capítulo 38 - Medo da Perda


Fanfic / Fanfiction The Mysterious Killer - Medo da Perda

Ariana P.O.V

 

Justin expressava há algum tempo sua cara de surpresa, afinal ninguém esperava que eu conseguisse me lembrar de muito mais coisa do que eu já me lembrava. Depois de conversar com ele calmamente, o mesmo quis me ajudar a recordar das coisas, o que eu achei graça, pois a todo o momento Bieber foi paciente comigo. Não conseguimos muita coisa e isso o deixou frustrado, mas eu lhe disse o que o doutor havia me informado. Após toda a confusão que passamos, as memórias estavam presas em algum lugar de meu cérebro e precisava de tempo até elas pudessem ser liberadas com calma. Eu vou precisar frequentar constantemente o hospital. Como avisado, demorará até que eu traga à tona, tudo o que foi tirado de mim. Então, todos concordaram em ser pacientes e esperar, até porque se forçarmos a barra, tudo pode piorar e eu poderia perder as memórias de vez. Sabendo o risco que eu corria se não tomasse cuidado, Justin finalmente entendeu a gravidade da situação e não insistiu por um tempo naquele assunto.

Alguns meses se passaram e eu ainda não tinha me recordado de muita coisa. Minha barriga já tinha um volume visível e, minha mãe e minha sogra resolveram me vigiar o dia inteiro, o que eu acho um pouco exagerado. Tudo bem que fui recomendada a não pegar nada pesado para que a gravidez não seja afetada, mas isso não me denomina como inútil. Justin ainda não se acostumou com a ideia de que será pai. Sempre que podia, quando estávamos deitados na cama, ele ficava olhando minha barriga e acariciando a mesma. Eu estava feliz por ele. Observei de perto a sua evolução e estou contente com os resultados. Pattie o sugeriu que procurasse um psiquiatra, pois o mesmo estava decidido que faria de tudo para tentar parar de matar. Porém como ele é teimoso, Bieber não quis ninguém além de mim para ajudá-lo. Pode ter suado estranho, mas mais estranho é que tudo isso está dando certo. O seu humor já melhorou muito e com certeza pode melhorar bastante se continuarmos desse jeito.

 De vez em quando, quando não tem ninguém em casa, eu vou ao manicômio onde Robert foi internado, numa ala onde cumprirá seu exílio. Não falei com ele até hoje. Isso não me parece certo quando o mesmo fez tão mal a mim e a minha família. Eu gostaria muito de resolver as desavenças com ele. Porém, segundo os seus médicos, Robert continua agressivo e precisa de várias injeções para conseguir se acalmar.

Isso me fez ter pena dele por um momento. Não precisava ter sido desse jeito. E tudo por causa de um desejo incontrolável por Pattie, a mulher de seu irmão. Eu ainda não consigo entender porque, nem que seja uma vez, ele não tenha pedido ajuda. Ao contrário disso, quis continuar na sua bolha, fazendo mal não só a mim, mas como em muitas outras pessoas. Somente por causa de seu orgulho, Robert está onde está hoje.

 

                                               (...)

 

- Pegou a sua bolsa, minha filha? - Joan perguntou pela milésima vez, fazendo-me revirar os olhos.

- Mãe, eu estou com tudo o que preciso - mostrei-lhe a bolsa que estava mais pesada do que o normal - Justin vai me levar à ginecologista e eu volto assim que puder tudo bem? - a encarei esperando pela sua resposta. Ela respirou fundo e encarou a minha barriga, dando um meio sorriso.

- Quando vamos saber se é menino ou menina? - perguntou dessa vez me olhando. Pensei um pouco, tentando me lembrar do que a ginecologista me disse. Eu estava com somente três meses, mas parecia que já eram oito. Infelizmente, eu só conseguirei saber daqui a mais ou menos dois meses. Temos que esperar o bebê se desenvolver mais.

- Ainda vamos ter que esperar dona Joan - ouvi seu suspiro cansado - não se preocupe. Daqui há alguns meses estará segurando seu neto em seus braços - disse fazendo-a sorrir.

- Assim espero - ri de sua expressão.

- Ariana? - escutei a voz de Justin me chamando e me virei para encará-lo encostado no batente da porta da cozinha onde eu me encontrava junto de minha mãe - vamos?

- Justin, tome conta da minha menina - minha mãe disse olhando-o também.

- Pode deixar Dona Joan - piscou para ela e sorriu para mim. Ri do jeito que eles falavam.

- Vamos então - eu me pronunciei chamando a atenção de meu namorado. Passei por ele, indo em direção à saída. Não demorou até eu sentir a sua presença atrás de mim.

- Quando eu vou poder te buscar hoje? - perguntou como das últimas vezes.

- Bom, a consulta não vai demorar como as outras, então acho que você pode entrar comigo hoje. Ainda terei que fazer uns exames, mas você pode ficar, se quiser - afirmei, vendo a cara de entusiasmo que ele fez. Mas é claro que ele fez questão de se conter. Bieber não tem o costume de expressar o que sente principalmente na rua. Então ele só deu um meio sorriso e abriu a porta do carro para mim - obrigada - agradeci, vendo o mesmo correr para entrar no banco do motorista.

- Para o hospital? - perguntou, ligando o motor.

- Para o hospital.

 

 

- Muito bem Ariana, seus diagnósticos só estão melhorando a cada mês. Eu estou muito orgulhosa de você.

- Obrigada doutora, mas eu não estou fazendo isso sozinha. Todos da minha família e a do Justin também estão contribuindo para isso.

- Eu posso afirmar que independente do sexo, o bebê vai nascer muito saudável - sorriu contente.

- Mas o meu problema não vai atrapalhar a gravidez?

- Normalmente eu diria sim às mães que tem um problema hereditário/genético, mas o seu não se encaixa nessa categoria, então você não tem com o que se preocupar.

Sorri aliviada.

- E, para te tranquilizar mais ainda, eu conversei com o doutor Adams e ele me disse que o seu caso é estável e que você só tende a melhorar.

Senti a mão de Justin em minha coxa. Eu sabia que ele estava tão feliz quanto eu. Era do que nós precisávamos. O silêncio permaneceu na sala até que ela o quebrou:

- Pronta para os exames? - Carla, a médica, perguntou-me encarando nós dois como que se nós fôssemos uma raridade.

Levantei-me, vendo Justin fazer o mesmo e, logo depois, Carla se apressou a abrir a porta e ser a primeira a atravessá-la para que nós a seguíssemos. Essa era a primeira vez que Justin me acompanhava para fazer os exames e eu fiquei um pouco nervosa, pois eu não sei como ele vai reagir quando ver o quanto complexo era tudo aquilo. Deixei que a doutora ficasse um pouco distante de nós dois e, quando viu que eu diminuía os meus passos, Justin também o fez.

- O que aconteceu Ari? Está tudo bem? - perguntou enquanto continuávamos a andar lentamente.

- Eu só queria dizer para que você fique calmo. Sei que se exalta facilmente, mas eu quero que saiba que todos os exames que farei são tão rápidos como complexos. Eles colocarão muitas coisas em mim, mas são todos para ver como estão os meus sinais vitais e também os do nosso bebê. Então não se desespere - observei o quão sereno Justin estava e toda aquela serenidade estava me assustando, pois ele não costumava ser assim, porém isso vêm mudando de uns dias para cá.

- Está tudo bem, pequena - sorriu, beijando minha bochecha - eu vou estar com você, independente do que acontecer.

A emoção me preencheu, quando escutei as suas palavras e a vontade de chorar também, porém me contive quando vi que tínhamos chegado à sala. Eu estava pronta para entrar quando a Carla nos informou que infelizmente, Justin não poderia entrar comigo.

Apenas respirei fundo e entrei na sala, olhando para trás e vendo a imagem de Justin com as mãos no bolso de trás da calça. Pisquei e sussurrei para o mesmo:

- Eu já volto para você. Eu sempre vou voltar.

Virei para a frente, escutando a porta se fechar.

 

                                                           (...)

 

Ao terminar de fazer todos os exames, eu já podia sentir o meu corpo todo dolorido e dormente. Eu sei exatamente de tudo o que vai acontecer com o meu corpo. Meu traumatismo está controlado, mas nem por isso eu estou mais segura dos efeitos colaterais que me avisaram que eu terei. Nada de cabelos caindo ou algo do tipo, só pele ardendo, sonolência e cansaço. Mas nada que prejudique o bebê e isso os especialistas me asseguraram. O problema sou eu que fico muito cansada e sei que Justin vai se preocupar se me ver assim. Tenho que me concentrar para ficar bem. Saí da sala e pude ver Bieber sentado, com os cotovelos apoiados no joelho e suas mãos escondendo o rosto. Quando escutou a barulho da porta, ele rapidamente levantou, me examinado por inteira para ver se eu estava bem.

- Vamos? - perguntei, tirando-lhe de seus devaneios. Bieber assentiu, segurando minha mão e me levando para a garagem onde estava o carro.

 

 

- Então está tudo bem? - Clarice perguntou assim que eu deitei em minha cama.

- Sim, os exames comprovaram que o bebê está forte e saudável. A saúde dele está estável e, se eu me cuidar bem, logo não terei que me preocupar com nada - sorri aliviada.

- E... O traumatismo? - minha amiga perguntou um pouco receosa de falar alguma coisa errada.

- Estamos cuidando disso - afirmei - porque você não volta para a sua casa e liga para o seu namorado? Eu vou ficar bem só preciso descansar agora. Os efeitos do exame estão me cansando e se você me deixar sozinha por cinco segundos, vou dormir num piscar de olhos - eu disse e pude ver sua expressão um pouco aliviada.

- Tudo bem então - levantou da cama onde estava sentada e andou até a porta - mas qualquer coisa que você sentir, pode me ligar, todo bem? - assenti, vendo logo em seguida Clarice sorrir e ir embora. Suspirei, sentindo meu corpo mole e dormente. Eu não conseguia mexer nenhum músculo. O que me restou era dormir, tranquilo para o dia de amanhã.

 

 

Acordei com uma dor horrível na região da minha bexiga e isso estava fazendo com que eu conseguisse respirar com muito mais dificuldade do que o normal. Não conseguia aguentar tremenda dor. Eu queria gritar e pedir ajuda, mas quando olhei para a janela do quarto, pude ver que estava de noite e provavelmente todos estavam dormindo. Levantei da cama com toda a minha força, que não era muita, e corri para o banheiro soluçando por segurar o choro para não correr o risco de chamar muita atenção. Abaixei a calcinha e pude ver o quanto ela estava encharcada. Era a mesma sensação de estar apertada para ir ao banheiro, mas o problema é que aquilo não era xixi e sim água. A minha bolsa não tinha estourado até porque o meu bebê só tinha três meses e ainda estava se desenvolvendo. Gritei com a hipótese de poder perdê-lo.

De repente escutei a porta do meu quarto ser aberta abruptamente e  vi quando Justin passou por ela e sua cara de preocupação conseguiu me deixar com o estômago embrulhado.

- Justin... L-liga p-para a emergência. Por favor está doendo muito.

         Sentei no vaso, vendo que novamente estava sozinha e mais água saia e não parava.

Eu estava com medo. Medo de perder o bebê que eu tanto queria.

 

                                                          (...)

 

O silêncio e o bip da câmera eram todo o barulho que eu escutava. O cheiro de hospital me fez abrir os olhos para perceber que eu estava deitada em uma cama, com o braço injetado por uma agulha. Tentei me levantar, mas a pressão estava mais forte, fazendo-me querer dormir novamente. Vi, finalmente, que não estava sozinha. Meu pai estava sentado, dormindo com a cabeça apoiada no sofá. Pude ver as suas olheiras expressas ao redor de seus olhos e engoli seco, percebendo que se ele estava daquele jeito, então os outros também poderiam estar assim.

- Ei, olha quem acordou - escutei sua voz rouca por ter acabado de acordar também.

- Oi pai - sorri triste por vê-lo naquele estado - onde está todo mundo?

- Estão em casa, mas logo estarão aqui não se preocupe - fiz um som nasal com a boca, não conseguindo falar muito mais que isso - você deu um baita susto em todo mundo - sorriu reconfortante - você tinha que ver como Justin ficou após ter ligado para a emergência. Ele parecia um gato perdido com a hipótese de poder perder vocês dois - abaixei o olhar, não querendo chorar por me lembrar do perigo que meu filho pode estar correndo.

- Eu perdi o bebê, pai? - perguntei com a voz embriagada.

- Eu não sei minha filha. Mas se a resposta do médico for sim, você vai conseguir superar - pegou em minha mão, fazendo carinho no dorso da mesma - nós vamos te ajudar.

- Eu não sei se vou conseguir - falei num sussurro.

Antes que Edward dissesse mais alguma coisa, a porta foi aberta devagar chamando nossa atenção e eu pude ver o doutor Adams entrar, sendo seguido por Justin e minha mãe. Eu não conseguia encará-los. Estava com vergonha por tê-los submetido à essa situação horrível.

- Tudo bem senhorita Ariana? - escutei a voz do doutor perguntar, porém a única coisa que eu fiz foi assentir com a cabeça, enquanto eu ainda encarava minhas mãos entrelaçadas uma na outra.

- Você passou por um grande susto não é? - ele continuou, mas eu novamente, só assenti com a cabeça.

- porque não olha para mim? - ainda receosa, eu levantei podendo ver os rostos de quem eu mais amo. Todos acabados. Isso me fez engolir em seco, logo desviando o olhar para o doutor.

- O que aconteceu comigo? Eu perdi o bebê não é? - depois de minha pergunta, parece que todos se calaram de propósito, como que se eu estivesse certa, mas ninguém queria me dizer. Isso me fez ter raiva de mim por ser descuidada. Apertei o colchão com força enquanto esperava alguém dizer alguma coisa.

- Não, você não perdeu o bebê. Na verdade ele está muito bem - Adams afirmou, fazendo com que eu o encarasse rapidamente, vendo que as outras três pessoas na sala também fizeram a mesma coisa.

- O que? Como assim? - perguntei esperançosa.

- Toda aquela dor que você sentiu e toda aquela água que saiu quando você foi ao banheiro, não se passou simplesmente de líquido que o seu corpo costumava produzir, que agora que está grávida é demais para seu corpo. Ele somente saiu para não prejudicar a imunidade do seu bebê em seu ventre. Esses casos são extremamente raros, mas nunca prejudiciais.

Eu estava em choque por saber que depois de todo o aperto, eu e meu filho estávamos bem.

- Se não se importarem, eu vou precisar que os pais da paciente me sigam para assinarem a alta dela - ambos assentiram, com a expressão aliviada.

De um momento para o outro só estávamos eu e Justin sozinhos na sala mais fria que eu já estive.

- Me desculpa - sussurrei para ele que se aproximou e sentou na poltrona ao lado da cama onde eu estava - foi a minha culpa preocupar você - o encarei com os olhos marejados - mas agora eu estou tão feliz - sorri e pus a mão na minha barriga - Por favor, diz alguma coisa - pedi ainda o encarando.

 Bieber me encarou, porém desviou o olhar para a minha barriga. Sorriu emocionado. Eu pude ver o quanto ele estava preocupado esse tempo todo, só de olhar em seus olhos - Eu estou feliz também, por tudo ter passado e não haver tragédia. Parece que alguém quer finalmente que nós fiquemos bem - ri e assenti, concordando com ele.

- Nós vamos ter esse filho independente do que acontecer - eu estava convicta de minhas palavras tão verdadeiras.

Justin concordou, fazendo um carinho gostoso na minha bochecha e encostando nossos narizes.

- Eu te amo Ariana.

- Eu também te amo Justin - peguei na sua nuca e juntei nossos lábios em um beijo apaixonante.


Notas Finais


E aí? O que vocês acharam? O último capítulo vocês vão saber se o bebê é menino ou menina, mas enquanto isso deixem suas opiniões. Acham que vai ser de qual sexo?
Vejo vocês no último capítulo... Amo vocês. Muito obrigada por tudo. Vocês foram, são e sempre serão muito importantes para mim.


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