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História The New Family Avenged Sevenfold - Carry On.


Escrita por: Karyrodriguez

Notas do Autor


POVO MEU,FINALMENTE AQUI ESTÁ COM O MESMO NUMERO DE CAPITULOS QUE O NYAH\0
Agora,vcs podem escolher onde querem ler.
O capitulo está enormeee. Quase 8000 palavras.rsrs
Se isso for ruim,principalmente para quem ler pelo celular,me avisem.
Esse capitulo é quentee,tanto para o TEAM JASON quanto para o TEAM BRIAN.NÃO ME MATEM pela confusão de sentimentos da Karen.rsrsr


APROVEITEM.

Capítulo 22 - Carry On.


NO CAPITULO ANTERIOR

 

Matt colocou a mão nas minhas costas e começou a me empurrar devagar para que entrasse no estúdio. Fechou a porta atrás de nós e anunciou:

 

–Bem-vinda ao primeiro dia de gravação da nova musica da franquia “Call of Duty: Black OPS II.”.

 

–COMO?Você está falando sério?

 

–Por que eu brincaria com isso sweet?!

 

Não podia acreditar que isso estava acontecendo: estava em um estúdio de gravação e iria ver uma nova musica do Avenged ser gravada. Era bom demais para ser verdade.

 

Há primeira hora, eles passaram criando um cronograma de gravação a ser obedecido à risca por todos. A gravação desse primeiro dia começaria por Johnny, que já tinha finalizado o arranjo do baixo.

 

–Posso repetir esse ultimo pedaço Mike?

–Claro. Vamos lá Christ. Um, dois e. -Ele finalizou a contagem dando ok com o dedo para que Jojo começasse a tocar.

...

–O que vocês estão fazendo? –Entrei em uma das salas onde Zacky e Syn ficaram enfurnados a maior parte da tarde.

 

–Estamos finalizando os acordes que fazemos juntos.

 

Zacky pareceu ser o único que percebeu minha entrada, já que Brian além de não ter respondido minha pergunta não moveu nenhum centímetro para me olhar ou cumprimentar.

 

Sentei na poltrona perto do Zacky e fiquei o observando “aprimorar” os acordes que tocava. Quando não estava satisfeito, soltava alguns palavrões e ria junto comigo da sua cara de irritado.

 

Syn parecia alheio a tudo e a todos a sua volta. Dever ser o estado em que fica quando esta compondo, ou será que é algo comigo?

 

–Não é nada pessoal. -Tirei meus olhos de Brian para prestar atenção no que Zacky falava. -ele fica completamente alheio ao mundo quando está compondo.

 

Sorri sem graça e voltei a olhá-lo.

Era impossível para mim como guitarrista e como fã não babar vendo um momento como esse. Synyster é um dos deuses para mim.

Sua forma de compor, de tocar, de sentir cada nota é incrivelmente sedutora, apaixonante. Tenho que compartilha isso com alguém.

 

–Olha quem se lembrou dos pobres.

 

–Gabriel não posso falar muito, mas eu tenho que compartilha isso com alguém.

 

–O que foi?Você transou com Synyster Gates?

 

–COMO?O QUE?Não é nada disso idiota.

 

–Não?Ah!Então qual é a novidade?

 

–A novidade é que acabei de passar minha tarde inteira em uma sala vendo o Zacky e Synyster compondo.

 

–COMO?

 

–Isso que você ouviu. Não posso dizer o que é, mas garanto que ninguém vai se decepcionar. Está ficando lindo.

 

–Qual é Karen?Você fica mais de uma semana sem ligar, me desperta do meu precioso sono e agora vai me deixar na curiosidade?

 

–Não posso contar o que é.

 

–Malvada.

 

–Eu te amo também Gabriel. Agora, me deixa voltar se não perco a gravação do Zacky. Beijos

 

 

Subir correndo para o 3º andar e quando entrei no estúdio, Zacky já estava na cabine de gravação pronto para começar a cantar.

 

O trecho que ele canta na música é bem pequeno, mas teve que ser gravado pelo menos quatro vezes até ficar no tom que queria.

 

“ (Fear, fear, fear, fear, fear)”

 

Nem lembro exatamente quando adormeci no sofá. Acordei com a voz inconfundível do Matt.

 

–São quase 22h00min, vamos finalizar por hoje gente.

 

–Por mim tudo bem. Não estou produzindo mais nada de tanto sono. - Zacky começava a arrumar suas coisas.

 

–Johnny, Johnny. Levanta, estamos indo embora. –Arin tentava gentilmente acordar e fazer o Christ levantar da poltrona.

 

–Eu vou ficar. –Syn continuou sentado em uma das poltronas.

 

–Vamos sweet. –Matt estendeu a mão para que eu levantasse do sofá.

 

– Gostaria que você ficasse.

 

Olhei para Matt, ainda atordoada pelo sono. Demorei a entender com quem Syn falava.

 

–Quem?Eu? –Apontei para mim mesma.

 

–Sim, você mesma.

 

Todos na sala olharam automaticamente para mim e eu olhava da mão do Matt para o rosto do Syn tentando escolher qual era a melhor alternativa.

 

–Bem, então vamos indo.

 

Matt deu um beijo na minha testa, pegou a mochila e seguiu com os outros que já saiam do estúdio.

 

Brian levantou para falar alguma coisa com o Johnny que foi o ultimo a sair e ainda estava parado no corredor e eu levantei correndo para ir ao banheiro.

 

Fui me recompor: lavar a cara e ver se não estava com mau hálito. Joguei o máximo de água que pude no rosto e escovei os dentes com o dedo mesmo. Mirei minha face no espelho e apoiei minhas mãos no mármore da pia.


 

–Respire Karen, respire. Não é nada demais, ele só quer...O que ele quer comigo?

 

–Falou comigo Karen?

 

Syn gritou do cômodo ao lado.

 

–Não. Não é nada. –Me amaldiçoei mentalmente por não falar baixo.

 

–Está tudo bem?Está passando mal?

 

–Ótimo, agora ele vai achar que estou com prisão de ventre ou algo do tipo. Sai logo idiota.

 

–Karen, você está falando com alguém?Está tudo bem?

 

–Sim Brian. Já estou saindo.

 

Abria a porta e quase caio para trás com a trompada que nossos corpos deram, Brian estava abrindo a maçaneta da porta quando eu sair.

 

–Achei que tinha algo errado lá dentro.

 

–Não, tudo bem. Só estava jogando água fria no rosto para acordar.

 

Complemento mental: #MENTIRA, foi só para não ficar com a cara amassada na frente de Synyster Gates.

 

–Antes que você pergunte por que te pedir para ficar, vem aqui.

Deixei-me ser levada pela mão por ele a sala em que estávamos mais cedo. Ele e Zacky compondo e eu babando.

 

–Você conhece símbolos musicais?

 

–Mais ou menos. Um amigo, o Lucas, é maestro e já me ensinou algumas coisas. Mas só o básico para conseguir ler uma composição simples.

 

–Essa é a partitura de “Carry On”. –Ele me levou até um conjunto de papeis pregados em uma estante para partitura.

 

–Carry On?Esse é o nome da música que estão gravando?

 

–Sim. Sabe como você vai me ajudar?

 

–Como?

 

–Tive um professor na época em que estava em Hollywood estudando no programa do Musicians Institute que dizia que a melhor forma de entender uma partitura antes de treina-la no seu instrumento é cantando, tentando respeitar as divisões rítmicas e a altura de cada nota.

 

–Ok.

 

–Então, é isso que você vai fazer para mim, cantar cada uma dessas notas de acordo com as divisões rítmicas e a altura das notas que vou tocar, pode ser?

 

Foi difícil encontrar uma sincronia entre as notas que o Brian tocava e como eu deveria cantar essas notas. Em vez da letra, eu cantava lalala para marcar o compasso, isso era muito abstrato para minha mente inexperiente musicalmente nesse nível. As coisas só melhoraram quando ele me deu a letra da música.

 

– Só com as notas, você conseguiu rápido. Vamos tentar o refrão com a letra agora.

 

–OK.

 

Search endlessly, fight till we're free

Fly past the edge of the sea

No bended knee, no mockery

Somehow we still carry on

 

–Bom, bom. Agora, esse trecho que tem uma variação de timbre.

 

Confirmei com uma aceno de cabeça e recomeçamos.

 

–Destroy their perfect crime

Watch their power fold

 

 

–De novo.

 

Fizemos umas três vezes o mesmo trecho até que eu chegasse o mais perto possível de um “timbre meio roco.”.

 

–Vamos fazer o penúltimo refrão. Ele vem antes do solo do Arin e tem uma nota mais longa no final. Pulamos o tempo do solo e você emenda com o ultimo refrão que tem uma palavra a mais, achou?

 

–Esse trecho?- Apontei para o pedaço final da pagina.

 

–Isso.

 

–Search endlessly, fight till we're free

Fly past the edge of the sea

No bended knee, no mockery

 

–Isso.Não pare, emende.

Somehow we still carry ooooon

 

–Search endlessly, fight till we're free

Fly past the edge of the sea

No bended knee, no mockery

Somehow we still carry on

Carry ooooon

 

–UOU. Que agudo lindo.

 

–Ah!Para Brian, nem foi tão legal assim.

 

–Foi sim, lindo.

 

Dei um sorriso sem jeito e abaixei um pouco a cabeça a fim de esconder a vergonha com o cabelo caído na cara.

 

OUVIR SECRET – MAROON FIVE

 

 

–Por falar em coisas lindas...

 

Ele colocou o cabeço que cobria meu rosto atrás da minha orelha.

 

–Eu já te disse o quanto você é linda?

 

Levantei o rosto e seus olhos me queimavam, podia jurar que saiam faíscas deles. Meus batimentos começaram a acelerar, minhas mãos a soar frio. Comecei a sentir dificuldade para respirar.

 

–Nãaa..o.

 

–Então, me perdoe por essa falha.

 

Acenei com a cabeça e sorri sem graça.

 

–A primeira vez que te vi de verdade. Não na hora que cantou conosco, mas sim quando entrou no camarim. Mesmo estando com Andy e percebendo que você também estava acompanhada, não conseguia parar de pensar o quanto você era bonita.

 

Ele começou a se aproximar mais de mim.

 

–E que provavelmente, se você se aproximasse de nós aquela noite com a intenção de algo a mais, eu seria o primeiro candidato a esticar a noite com você.

 

NÃO ACREDITO. SYNYSTER GATES ESTÁ DIZENDO QUE FICARIA COMIGO?

 

–Mas todos os meus devaneios caíram por terra quando comecei a decifrar suas atitudes. A maneira como falava e se dava bem com o Matt e com Zacky, que ria das piadas do Johnny e como se deu bem com a Valary, percebe que seu interesse sempre foi apenas aquilo: A convivência, a conversa, a oportunidade de uma noite de amizade com cada um de nós. Provavelmente foi essa atitude inesperada que me despertou interesse em você.

 

Já estávamos tão próximos que eu já conseguia sentir o ar quente que sai da boca dele bater no meu nariz. Eu olhava seus lábios se movendo enquanto ouvia cada palavra que ele dizia invadida por uma sensação indefinida, um êxtase. Eu só conseguia pensar em qual seria o sabor daquela boca.

 

E eu fui, e fui,e fui e quase permitir que minha vontade falasse mais alto.Ainda bem que o contato do meu nariz com o dele aconteceu.

 

–É...acho melhor eu ligar para o Jason.

 

Levantei subitamente do sofá procurando atordoada pelo meu celular.

 

–Acho que você o deixou na sala principal.

 

Sai tão apressada que bati meu braço na porta. Pude ouvir uma risadinha do Syn por causa disso.

 

–Mas que droga.

 

–O que foi? –Ele surgiu atrás de mim, fazendo meu coração pular.

 

–Esqueci o celular na casa do Jason.

 

–Olha o celular na sua mão.

 

–Esse uso só para ligar para o Brasil. O outro que comprei quando cheguei aqui.

 

–Você pode ligar do meu.

 

–É melhor não. Deixa, amanhã falo com ele.

 

–Ok. Que horas são?

 

–Quase 03h00min, por quê?

 

–Podemos dormir?Amanhã tenho que está na faculdade até as 12h00min. Tenho um trabalho de Direito Empresarial para entregar.

 

–Sim, claro. Que horas temos que sair daqui então?

 

–Para ter uma margem de segurança, umas 09h00min no máximo.

 

–Você dorme aqui no sofá, eu fico no da outra sala.

 

–Boa noite Brian.

 

–Boa noite Karen.

...

Meu Deus são quase 05h30min e ainda não consegui pegar no sono. Não tiro a cena do Brian contando como foi me conhecer da cabeça. SOCORROO.

Sem perceber, eu já estava parada na porta da sala onde ele estava dormindo. Girei a maçaneta e quando entrei no cômodo, vi uma das cenas mais fofas da minha vida.

Brian dormia encolhido e com as duas mãos fechadas e próximas do nariz.

 

–Karen.

 

Por mais que eu tentasse ser discreta, minha aproximação o despertou.

 

–Eu não vou conseguir dormir se não fizer isso.

 

–Como?

 

Assim que ele sentou no sofá me joguei no seu colo e o beijei. SIM, EU beijei Synyster Gates.

Mesmo que tenha ficado surpreso com minha atitude, ele correspondeu meu beijo automaticamente, o tornando mais avassalador a cada segundo.

Em apenas um movimento, eu já estava senta no coloco dele com uma perna em cada lado do seu corpo.

 

–Karen. –Falava ofegante. -você tem certeza disso?

 

Segurava minha mão que tinha começado a puxar a barra de sua camisa.

 

–Sim.

 

–É sua primeira vez, tem que ser com alguém especial para você.

 

–Você é especial para mim Brian.

 

Se o beijo de antes era urgente, nem sei que palavra usar para descrever o que dávamos enquanto eu arranhava parte das costas dele que já estava desnuda.

 

Brian interrompeu nosso beijo para tirar a camisa, enquanto eu secava seu peitoral definido com os olhos. Voltou a me beijar enquanto suas mãos começavam a subir meu vestido, me fazendo levantar os braços para ajuda-lo a cumprir essa tarefa.

–Você é tão linda, tão perfeita para mim. -Syn admirava meu corpo inteiramente nu, parecia sair fogo dos seus olhos.

 

Eu finalmente teria minha noite perfeita com o cara mais perfeito do mundo.

 

...

PARAR A MUSICA AQUI

 

Karen. Karen. Levanta ou então vai se atrasar para a aula.

Despertei com Syn gentilmente balanço minhas pernas.

 

Foi isso mesmo?Outro sonho assim com o Brian? Sim, por que sonhos eróticos com ele tinham se tornado algo normal nas minhas noites nas ultimas semanas. Já estava ficando constrangida com isso, Cherry achava graça, é claro.

 

–Hum...que horas são?

 

–08h00min.

 

–Você olhou em que relógio.

 

–Naquele. –Apontou para o relógio pregado na parede ao lado da porta.

 

–O ponteiro não está girando, deve está quebrado.

Peguei meu celular em cima da mesa e quase enfartei quando vi as horas.

 

OUVIR Flash Of The Blade –Avenged Sevenfold(Cover Iron Maiden)

 

 

–DROGA. –Sai pela sala catando meu tênis e tudo que tinha trazido.

 

–Que foi? –Brian continuou parado na frente do sofá e me olhava confuso.

 

–São quase 10h00min. Estamos em Los Angeles, vou levar quase duas horas para chegar a Long Beach. Não posso atrasar a entrega desse tralho.

 

–O que está procurando?

 

–A chave do seu carro, eu dirijo. O que?Por que ta rindo?

 

–Eu vim de carona com o Zacky.

 

–Oh my fucking god, e agora?

 

–Vem, vamos arranjar um carro.

 

Brian pegou a mochila e correndo pelas escadas, saímos do estúdio.

 

–Puta que pariu achar um táxi em Los Angeles é esse inferno mesmo?

 

Estamos gritando que nem doidos. Quatro táxis passaram direto.

 

–TÁXIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII.

 

Brian deu um “grito” tão alto e tão grande quanto o de Matt em nightmare.

 

Chamamos a atenção das pessoas na rua, mas pelo menos o carro parou.

 

–Moço, por favor, não tem como ir mais rápido?

 

–Es la velocidad máxima permitida.Se acelerar más que eso, voy a ser multado por exceso de velocidad.

 

–Como?

 

–Ele disse: É o máximo da velocidade permitida. Se acelero mais do que isso, vou ser multado por excesso de velocidade.

 

–Diz para ele que é urgente. Eu pago a multa se for o caso.

 

Tenemos que llegar a Long Beach como possivel. Pagamos la multa ,en su caso.

 

 

O cara olhou para nós pelo retrovisor e depois disso, aumentou a velocidade de 50 para 80 km. Rezei para que a multa não fosse muito alta, mas precisava chegar ao campus e logo.

 

–Você fala espanhol muito bem Brian.

 

E muito sexy, completei mentalmente.

 

–Morando na Califórnia e passando muitas férias em Miami é quase uma regra de sobrevivência.

 

...

–Pronto. –O taxista estacionou no portão principal do campus.

 

–Meu prédio é mais para o fundo do campus moço.

 

–Não posso entrar na propriedade da Universidade. Somente carros de passeio ou vinculados a CSU.

 

–Sério. Aff! Quanto deu a corrida?


 

–R$ 200,00 dólares.

 

–WHAT?

 

–Deixa comigo. Fui eu quem te prende lá, eu pago.

 

–E la multa?

 

–Se o senhor por algum acaso for multado, é só mandar para o endereço da Universidade em nome de Karen Luna Lopez.

 

–Nada disso. O senhor vai mandar para o endereço Pacific City Huntington Beach em nome de Brian Elwin Haner Jr.


 

Não ia discutir com ele, estava com pressa e com toda certeza o dinheiro não ia fazer tanta falta para ele quanto ia para mim.

 

–Hey, espera ai.

 

Syn tentava me alcançar já que nem esperei ele pagar o táxi para sair do carro e já estava a uma distância razoável.

 

–Calma. Para quer sair tão afobada do carro?

 

–Por que tenho que correr, ir em casa pegar o trabalho, e correr para pegar a professora ainda na Law School.Só tenho menos de 40 minutos para tudo isso.

 

–Eu vou também.

 

–Não precisa.

 

–E perder a adrenalina toda?De jeito nenhum. Além do mais, se tudo der errado você vai precisar de um álibi. Eu sou bem persuasivo quando quero.

 

Só quando quer? -Indaguei mentalmente.


 

–Ok, vamos. Mas é para correr mesmo.

 

Minhas pernas já não aquentavam de tanto correr. Nunca percebe que o campus era tão grande, até agora.

 

Senti falta de Syn correndo ao meu lado e quando olhei para trás dei de cara com uma cena hilária: Ele estava com as duas mãos no joelho, a cara vermelha e a respiração ofegante.

 

–Brian. Por que parou?

 

–Pera um pouco. Não aguento.

 

Tive que rir da cena. Não tinha como não ri.

 

–Você ri né?Eu estou velho, não tenho mais vinte aninhos minha querida.

 

–Deixa de trama que você só tem 31. –Peguei em seu braço e recomeçamos a correr.

 

–Oi Ryan.Brian esse Ryan,Ryan esse é Brian. Depois vocês se beijam ,conversar, bebem juntos.

 

Falei tão rápido que tenho certeza que o coitado do porteiro não entendeu metade das coisas que disse.

 

Subimos correndo e Brian ria da minha corrida de palavras lá em baixo, quando abri a porta do quarto e dei de cara com uma cena no mínimo escrota.

 

PARA A MUSICA AQUI.

 

–Bom dia Karen.

 

Elena sorria cinicamente para mim vestida com um micro short e um sutiã de renda vermelho.

 

–É melhor você me esperar aqui fora Brian.

 

Como ele não respondeu nada, olhei para trás e dei de cara com a face abobalhada dele admirando as curvas da cobra da Elena.

 

–Brian, ouviu o que falei?

 

–Hum..sim,sim.Espero aqui fora.

 

–Ele pode fazer companhia para sua outra visita.

 

Elena andou para o lado me dando a visão completa da pessoa que estava sentada na minha cama.

 

–Jason?!

 

–Hey Luna, vim trazer seu celular e Elena disse que você ainda não tinha chegado.

 

–É,estava em Los An...

 

–Tudo bem, isso não importa. -levantou da cama. -Aqui esta seu celular.

 

Peguei o aparelho de sua mão e Jay mal olhou para mim. Passou por mim e pela Elena, parando na frente do Brian na porta.Pensei que ele fosse dizer alguma coisa para o Syn.

 

A tensão no quarto era palpável. Apenas Elena parecia está confortável na situação.

 

–Ah! -Se virou para mim. -você recebeu duas mensagens. Uma delas era de uma colega de turma informando que a professora só ia ficar na faculdade recebendo os trabalhos até as 11h30minh.

 

Brian deu um passo para o lado e Jason saiu do quarto.

 

Parecia que um terremoto tinha passado no quarto e abalado todas as estruturas. Eu não conseguia me mexer do lugar.

 

–Karen, o trabalho.

 

A voz do Brian me despertou do choque e peguei meu trabalho impresso e o notebook na cama.

 

–Quanto tempo temos?

 

Descíamos as escadas enquanto eu guardava o trabalho em uma pasta.

 

–Estou em cima da hora, são 11h25minh.

 

–Dá para ir a pé?

 

–Só se for correndo de novo.


 

–Podem usar minha bicicleta.

 

Ryan já estava com o “transporte” na porta do prédio.

 

–Ryan quando eu voltar, vou te beijar mil vezes.

 

Dei um beijo no porteiro e fui pegar meu veiculo salvador.

 

–O que você está fazendo Syn?

 

–Eu te levo, sobe logo.

 

Não dava para brigar agora. Subir no banquinho de trás da bike rezando para que ele não fosse barbeiro. Dai lembrei que ele pilotava motos, não devia ser tão ruim assim.

 

–BRIAAAN. TUDO BEM QUE ESTOU COM PRESSA, MAS ISSO AQUI NÂO É UMA MOTO.

 

–CALADA.

 

–QUERO CHEGAR VIVA.

 

–A PRIORIDADE É CHEGAR A TEMPO E NÃO VIVA.

 

Só ele riu, eu estava com muito medo de bater em uma árvore.

 

Saltei da bicicleta e corri para alcançar a professora que já estava no ultimo degrau da escadaria de entrada.

 

–Olá senhorita Lopez.

 

–Senhora Valari. –Respirei uma vez antes de continuar. -Aqui esta meu trabalho.

 

–Não posso aceitar querida.

 

–Mais ainda são 11:35 .-Concluir olhando para o relógio no alto do prédio.

 

–Mas eu já estou fora da Faculdade. Sinto muito.

 

Ela virou e continuou andando.

 

–Senhora, um minuto da sua atenção, por favor.

 

Suas palavras fizeram meu corpo inteiro gelar. O que ele ia dizer?

 

Ela virou e quando viu a condição física de Brian, fez sua cara de nojo e desdém.

 

–Pois não meu jovem.

 

–A senhora já foi estudante, certo?

 

Meu pai, estou fudida. O que Brian estar fazendo?Vai me salvar com coisas obvias?

 

Ela não respondeu e ele ignorou o gelo que recebeu.

 

–Pois então. Sabe que estudantes fazem de tudo para que seu trabalho seja o melhor possível.Sobre o que é seu trabalho? –Sussurrou para mim.

 

– Direito Empresarial.

 

–Karen passou ontem o dia inteiro em Los Angeles, vendo na pratica o funcionamento das normas disciplinadoras da atividade negocial do empresário. Avaliando as decisões destinadas a fins de natureza econômica, e seus resultados lucrativos.

 

–Que tipo de patrimônio ou ramo empresarial você esteve acompanhando senhorita Lopez?

 

O discurso muito bem elaborado de Brian chamou atenção dela e me deixou completamente abobalhada. Quando eu ia imaginar que ele sabia tantas coisas sobre Direito assim?

 

–Do ramo musical senhora Valari.

 

–Hum...É um ramo empresarial bastante ativo e lucrativo no Estado da Califórnia.Sendo assim,vale a pena dar uma olhada.

 

Meu sorriso foi de orelha a orelha quando a vi estender a mão, e prontamente coloquei a pasta sobre ela.

 

–E o senhor, parabéns, tem estudado bastante. Mas não me lembro de tê-lo como meu aluno.

 

–Na verdade senhora, eu não estudo Direito, nem sou estudante da Universidade. Sou apenas alguém que precisa ser bem informado juridicamente para ter meus direitos assegurados. E amigo da Karen, é claro.

 

Brian é mesmo uma caixa de surpresa. Cada dia sai uma face nova para mim e que me faz gostar ainda mais dele.

 

–Sendo assim, sou Michele Valari.

 

Ele arregalou os olhos ao ouvir o nome dela e eu tapando um riso com as mãos acenei para que ele não comentasse nada sobre o nome um tanto que familiar da professora.

 

–Prazer. Sou Brian Haner.

 

–Haner.. Haner. Esse sobrenome não me é estranho, e não é muito comum também.

 

–Não senhora. Provavelmente todos os Haner ‘s na Califórnia são da mesma família.

 

–Bem, foi um prazer senhor Haner. E senhorita Lopez, espero que seu trabalho compense seu atraso.

 

–Sim senhora, e obrigada.

 

–Agradeça a seu amigo. Ele foi bem convincente.

 

Ela sorriu educadamente para ele e seguiu andando para longe de nós.

 

Como assim?Brian Haner tinha conseguido seduzir minha professora assim como faz com todas as mulheres no mundo?

 

–Você hein?!Mie surpreende sempre.

 

–Sou super competente minha filha. -Colocou as duas mãos na cintura.

 

–Ok Synderela, vamos voltar para o prédio por que você ainda tem que ir a Los Angeles hoje.

 

–Cinderela?

 

–Coisa de fã meu filho, qualquer dia te mostro. Vamos.

 

–E que nome hein? Michele Valari.

 

–Imagine minha cara quando ela se apresentou no primeiro dia. Tive que tapar a boca para que a risada não saísse alta, ainda bem que estava no fundo da sala.

 

Tive a impressão de ver um flash enquanto andávamos de bicicleta pelo campus. Alias, tenho a impressão de ter sido fotografada desde que saímos do Los Angeles. Deve ser coisa da minha cabeça.

 

Devolvemos a bicicleta de Ryan que ficou conversando com o Syn na portaria enquanto eu me arrumava. Ele tinha conseguido me convencer a ir para L.A com ele.


 

–Tenho que passar em casa e trocar de roupa. Pegar o carro também.

 

Entramos no táxi que Ryan chamou para gente.

 

–Te espero em algum lugar. Não quero morrer esfaqueada pela Andy.

 

–Deixa de ser besta Karen. Além do mais, Andy esta na academia a essa hora.

 

–Você tem uma academia em casa.

 

–Mas ela não malha lá. Diz que artista que presa sua imagem tem que mostrar que cuida da saúde em publico.

 

–Você que dizer ela né? Primeiro, modelo não é artista e segundo, gente que precisa de holofote faz esse tipo de promoção. Aposto que ela malha na mesma academia que esses aprendizes de celebridade que tem aos montes por ai.

 

– Ela sai todas as manhãs para ir malhar em uma academia lá em Los Angeles. Olha o nome: Fitness Stars. Sabe quem malha lá?

 

–Quem?

 

–Kim e Kourtney Kardashian e outras celebridades que não faço ideia do nome. Eu e Michele passamos uma temporada morando em Los Angeles e essa era a academia mais próxima da nossa casa. Ela não ficou um mês malhando lá. Dizia que levava mais tempo se escondendo dos fotógrafos do que malhando de verdade.

 

Nem comentei mais nada sobre o assunto por que seria indelicado acabar com a namorada do Brian na frente dele. Zacky tem razão quando diz que Andy só gosta de promoção, holofote.E em cima da fama do Syn,claro.

 

OUVIR: CARRY ON - AVENGED SEVENFOLD

 

 

SEGUNDO DIA DA GRAVAÇÃO DE CARRY ON

 

Hoje, como começaram quase as 13h00minh, deram prioridade a parte vocal da música.Matt fez a agravação vocal da música quase toda. Quando não estava na sala acústica gravando, estava fazendo seus treinos vocais.

 

Ele até convidou o vocal Coach Ron Anderson com quem já tinha trabalhado no inicio da “era City of Evil”.Eu prestava tanta atenção nos exercícios que Ron passava para Matt que acabei fazendo alguns também.

 

–Você tem uma boa voz garota.

 

–Ah!Obrigada Senhor Anderson.

 

–Você não viu nada Ron, você precisava vê-la no palco.

 

Sorri para Matt, sem graça pelo elogio.

 

Vamos gravar?Quer ir comigo sweet?

 

Afirmei freneticamente com a cabeça arrancando uma risada divertida dele e do Ron.

 

Some people live that selfish desire

Some choose to shout when they speak

And they'll be the start

Guarding the flame of those deep in fire

Seeking out those with a voice

One for tomorrow

 

 

–Esse trecho ficou legal. Agora,posso fazer o segundo refrão de novo?Acho que consigo dar uma nota mais alta. É antes do solo de Arin, tem que ser impactante.

 

–Ok, Vamos lá.

Ron fez sinal de ok para que o carinha que operava a mesa se preparasse para gravar de novo.

 

–Karen

 

–Sim Ron.

 

–Esta vendo uma luz vermelha em cima de parede a sua frente.

 

Olhei e vi uma lâmpada vermelha acesa à cima da janelinha que ligava a sala de operação, onde eles estavam a sala de gravação, onde eu e Matt estávamos.

 

–Estou.

 

–Assim que dê o sinal aqui, ela vai piscar três vezes. Preciso que você conte de um até três e der um sinal de ok para Matt começar a cantar. Sanders vire de costas para gente, você está prestando muita atenção no que estamos mexendo aqui enquanto canta.

 

Matt prontamente obedeceu à solicitação.

 

–Seu foco agora é a Karen e depois, esqueça que estamos aqui.

 

Parei na frente de Matt e olhei imediatamente para a lâmpada.

 

–Ok, vamos lá.

 

–Um, dois, três e...-fiz sinal de ok para Matt que fechou os olhos e começou a cantar.

 


Search endlessly, fight till we're free

Fly past the edge of the sea

No bended knee, no mockery

Somehow we still carry oooon

 

Comecei a pular que nem uma doida quando vi que Matt estava elevando a nota no máximo possível.

 

–Ficou perfeito Hero. Perfeito.

 

Sem pensar, o abracei com tanta força que nos fez cambalear.

 

–Jura?

 

–Juro.

 

Saímos abraçados da sala,ambos com um sorriso de satisfação no rosto.


 

TERCEIRO DIA DE GRAVAÇÃO DE CARRY ON.

 

Finalmente chegou um dos momentos que mais esperei e durante esses dias: a gravação da bateria.

Estava extremamente curiosa para ver como Arin compõe. Foi o único que ficou em uma sala em outro andar, afinal a sala de gravação para ele tinha que ser maior.

Como fiquei o todo tempo junto com Zacky e Brian, não saia muito da sala que eles estavam.

 

–Posso entrar Arin?

 

–Claro que sim Karen.–Me chamou com uma das mãos.

 

–Você já gravou?

 

–Uma parte, falta o solo.

 

–E é agora?

 

–Sim. Quer ver?


 

Nem preciso dizer que prontamente sentei em uma cadeira perto da bateria.

 

Fiquei emocionada em ver Arin tocando. Seu talento, dedicação e respeito pela “bateria” do Avenged são características que admiro nele a cada dia.

 

 

QUARTO E PENULTIMO DIA DA GRAVAÇÃO DE CARRY ON.

 

Hoje finalmente era o dia de Synyster e Zacky gravarem com a guitarra.A maior parte do tempo os dois gravaram juntos.Principalmente os trechos que tinham em comum.

 

Zacky como guitarrista base e perfeccionista do jeito que é gravou um mesmo trecho sete vezes seguidas. Synyster foi um pouco menos detalhista, gravou o solo apenas três vezes até que se deu por satisfeito.


 

–Meu pai. Eu não tenho mais vida gente.-Fiz piada da situação.

 

Desde a segunda, quando Matt foi me buscar em casa que venho para cá todos os dias após a aula ou depois do estagio. Saiamos daqui tarde da noite e eu acordava cedo no outro dia e começava tudo de novo.


 

–Pois é, vive dormindo pelos cantos na hora do intervalo.

 

–Johnny, você tome vergonha. Tu dorme tanto quanto eu.

 

Era só ser anunciado um intervalo que nós já estamos escorados no sofá, na maioria das vezes no mesmo. Zacky, Arin e Matt sempre iam comer e Brian?Tocar.


 

QUINTO E ULTIMO DIA DE GRAVAÇÃO DE CARRY ON

 

Hoje, infelizmente, era o ultimo dia de gravação. Todos os ajustes já tinham sido feitos.

Quem não estava gravando, estava fazendo edição do que já tinham gravado ou dando palpite em alguma coisa ligada a masterização da música. Por isso, todos viam todos os dias independe de qualquer coisa.

 

–Bem, galerinha, agora só falta gravarmos o refrão com todos vocês cantando. –Anunciou Mike Elizondo, produtor que trabalhava com eles desde o álbum “Nightmare”.

 

Todos levantaram de seus lugares e seguiram para a maior sala de gravação do estúdio.Gravaram o refrão quatro vezes, graças ao Syn que não parava de fazer piada do Johhny no microfone.A essa altura, eu já sabia a letra da música toda e cantava junto com eles.

 

Vi Brian fazer sinal para que o técnico ligasse o áudio da sala onde estava a mesa de controle.

 

–Estão me ouvindo?

 

–Sim. –Respondemos eu, Ron e Mike ao mesmo tempo.

 

–Karen, vem aqui.


 

–Como?

 

–Isso mesmo, passa para sala de cá.

 

Olhei meio desconfiada para Ron que fez sinal com a mão para que eu fosse. Entrei na sala de gravação e todos começaram a gritar e bater palmas, o que me deixou ainda mais desconfiada.

 

–Pronto Mike, vamos fazer de novo.

 

–Como assim Syn?Você me chamou para quer?

 

–Para cantar com a gente hora essa. –Zacky me puxou pela mão para ficar ao seu lado.

 

–Nã...como?

 

Tarde demais, já podia ver pela janelinha Ron fazendo a contagem regressiva para que começássemos a cantar.

 

Cantamos o refrão todo e eu com o pânico estampado no rosto.

 

–Calma Karen, é apenas de brincadeira. –Matt tentava me tranquilizar.

 

–Eu sei, mas é um peso muito grande está aqui, dentro de uma sala de gravação com vocês. Acho que vocês esquecem que sou fã do Avenged.

 

–É às vezes a gente esquece mesmo. -Debochou o risonho Johnny.


 

–Vamos tentar de novo?Dessa vez o ultimo refrão que tem uma nota mais alta do que o que você me viu gravar. Pode ser?

 

–Pode, eu acho. –Responde a pergunta de Matt,meio insegura.

 

–Você quem vai fazê-lo ok?

 

–Mas Matt..

 

Outra vez era tarde demais, já conseguia ouvir o arranjo da musica no fone que estava no meu ouvido e logo em seguida eles já tinham começado a cantar.Tinha que segui-los.

 

–Search endlessly, fight till we're free

Fly past the edge of the sea

No bended knee, no mockery

 

 

Respirei fundo e criei coragem para terminar o trecho como Matt havia pedido.

 

 

Somehow we still carry on

Carry ooooon

 

 

Cantei de olhos fechados e quando abri dei de cara com os cinco marmanjos sorrindo que nem abobalhados.

 

–Que foi?


 

–Meu Deus, ficou muito foda. –Zacky não conteve a empolgação e me tirou do chão com seu abraço.


 

–Sweet, as gravadoras estão te perdendo.


 

Não sabia onde enfiar a cabeça de tanta vergonha. Sabia que era tudo uma brincadeira, mas era importante demais para mim como aprendiz ouvir elogios de uma das minhas maiores referências musicais.


 

–Trabalho finalizado. Agora temos que comemorar. Vamos beber.

 

–Johnny, peque leve ai.

 

–Pega leve o que?Estou a quase cinco dias seguidos trabalhando incansavelmente Zacky, eu mereço.

 

–Então, vamos comemorar. –Completou Syn ficando de pé.

 

Recolhemos tudo que tínhamos levado: as mochilas, roupas, celulares, computadores. E fomos à procura de um lugar para beber em Los Angeles. Como se fosse difícil achar algum.

 

–Uau. –Exclamei quando vi o lugar onde a van parou.

 

–Bonito né?!Super bem frequentado também. Sabe quem vai cantar aqui hoje?

 

–Não Syn, quem?

 

Ele saiu da van antes de mim e estendeu a mão para que descesse o degrau. Apontou para um cartaz enorme no parapeito do prédio.

 

– Burn Halo?

 

–Sim. Burn Halo.

 

Fiquei tão empolgada com a noticia que fiz uma “pequena comemoração com as mãos para cima”. Fazendo com que ele risse e chamasse a atenção de algumas pessoas que estavam por perto.

 

–Ali é Synyster Gates?

 

Pude ouvir uma voz feminina no meio da multidão. Olhei em volta a procura da dona, mas não achei. Tinha muita gente na porta da casa de show.

Quando virei para frente quase fiquei cega com tanto flash. Automaticamente agarrei Brian pela cintura e esconde meu rosto no peitoral dele.

 

–Hey, tudo bem?

 

–Fiquei tonta com tanto flash.

 

–Vem, vamos entrar.

 

–Com licença senhor Gates.

 

Um rapaz de pelo menos 1,90 m apareceu na nossa frente. Achei que estava barrando a nossa entrada.

 

–Sou Willian, e acompanharei os senhores essa noite. Por favor, me siga.

 

Prontamente Brian começou a andar e me guiar para seguimos o cara.

 

–Como assim acompanhar?

 

Graças ao armário, sim por que o cara além de alto era tão forte ou mais que o Shadows, nós conseguimos chegar à escadaria que dava acesso a casa de shows.

 

–Deve ser um dos seguranças que a gravadora sempre contrata para nos acompanhar quando fazemos aparições publicas juntos.

 

–Mas eles não impedem que os fãs se aproximem?

 

–Não, isso sempre ficou claro. Não somos esse tipo de artista. É muito mais para garantir a segurança de um patrimônio, entende?

 

–Um pouco.

 

Assim que todos estavam dentro do local, sentamos em uma mesa na área vip e a roda de bebidas começou. Johnny já tinha acabado com uma garrafa de Whisky em menos de meia hora. Eu não pretendia beber nada, tinha que ir à yoga com Michele amanhã cedo. Preciso estar sóbria.

 

De longe pude ver Syn conversando com James Hart, o lindo cantor do Burn Halo. Por falar neles, o show não era da banda. Na verdade, uma banda que James meio que apadrinho estava estreando na casa e convidou o Burn para fazer uma participação. Com certeza era mais uma ajuda para atrair as pessoas.

 

–James. Essa é a garota que te falei. Karen, esse é o James.

 

–Você só esqueceu-se de mencionar o quanto era é linda.

 

Levantei para cumprimentar o James morta de vergonha pelo elogio.

 

–Agora, se me dão licença, vou dar uma força para os garotos.

 

A banda cantou uma música de autoria própria e depois cantaram” Save Me” do álbum Burn Halo.

 

–Quero agradecer imensamente a presença do James, Chris Paterson e Sonny Tremblay e aos fãs do Burn Halo que tem dado uma força para nós. Muito obrigada por nos apoiarem como esses caras estão fazendo. Obrigada mesmo.

 

O cantor da banda, Jim acho que é o nome dele, falava visivelmente emocionado. A galera batia palmas.

 

–Nossa, acabei de saber que estamos recebendo ilustres presenças nessa noite de estreia.

 

Sabia que estava falando dos meus “acompanhantes.”

 

–Já consegui ver alguém na multidão. –Continuou Jim. -Zacky Vengeance, é uma honra tê-lo aqui essa noite.

 

Mais palmas vinda do público.

 

–Grande Johnny Christ na casa everyone. Bem-vindo man.

 

Ao ouvir os nomes o publico gritava ensandecidamente.

 

–Só estão vocês dois aqui?

 

Começaram a gritar que não e Jim olhava em volta tentando achar mais alguém. Como Jojo e Z estavam na parte de baixo da casa de show, foi mais fácil de ver. Matt e Arin tinham sumido juntos, não sei para onde.

 

–Aqui. –Comecei a gritar e acena tentando chamar a atenção.

 

As pessoas na multidão começaram a olhar na direção do camarote de onde eu gritava, Jim ficou curioso.

 

–Luz ali em cima, por favor. Tem alguém ai?

 

A luz do refletor bateu direto no meu rosto e me deixou ceguinha por alguns segundos.

 

–Olha ai galera, achamos ele. O grande Synyster Gates.

 

Nem preciso dizer que o lugar quase veio a baixo com tanta gritaria e euforia, principalmente da ala feminina. Syn acenava sorridente para o público e para os garotos no palco.

 

O show correu normalmente e regado a muita risada da minha parte. Os meninos resolveram desenterrar historias da época de dureza da banda. Os quartos de hotéis baratos, as baratas na van ,as mulheres que invadiam os camarins improvisados.As brigas,as bebedeiras.

 

–Tudo isso me deu uma ideia.

 

–Diga sweet.

 

–Sanders, que tal vocês fazerem um concurso de bandas?

 

–Sim... –Matt fez sinal para que eu continuasse o raciocínio.

 

–Daí, a que vencer, ganha a oportunidade de abrir um show de vocês.

 

–Gostei da ideia. –Se manifestou Brian.

 

–É, eu também. Já que a ideia foi sua, você vai criar as regras disso.

 

–Tudo bem por mim. Pode ser só de bandas covers?

 

–Pode. Mas você também vai ficar responsável por escolher a banda e terá que ir ao show.

 

–Ok Matt. Estou com muito sono para discutir isso com você agora.

 

Todos riram.

 

–Ir ao show, claro que sim. Agora, escolher a banda, não sei se tenho cacife para isso.Acho melhor um de vocês.

 

–Não se subestime Karen. –Brian beijou minha testa e saiu em direção ao bar.


 

Tudo estava muito bem, até a hora que saímos da casa de show. O numero de fotógrafos na porta havia dobrado quando a noticia da presença do Avenged Sevenfold se espalhou.

 

Meu medo era que Willian não desse conta sozinho.

 

–Brian, acho melhor a gente entrar e esperar a agonia passar.- Eu estava escondida atrás dele.

 

–Mas você quem sugeriu que saíssemos agora.

 

–Não imaginava que iria estar assim.

 

William se aproximou de nós com mais dois caras tão altos e tão fortes quanto ele e fizeram uma espécie de roda a nossa volta.Brian se colocou na minha frente e fomos andando no meio da multidão.

 

–Ai!

 

–Que foi Karen? –Brian olhou para trás por causa do meu grito.

 

–Puxaram meu cabelo.

 

Ele subiu o degrau para entrar na van e vi que já estavam quase todos lá.

 

–Cadê o Arin?

 

–Não sei sweet.

 

–Como assim não sabe Matt?Ele estava com você.

 

Olhei para trás atraída pela gritaria e vi o coitado do Arin sendo quase esmagado pela multidão. Olhe que ele estava com quarto segurança a sua volta.

 

Não sei o que me deu. Larguei a mão de Brian e voltei. Consegui chegar perto o suficiente para pegar na mão do Ilejay e puxa-lo comigo.

 

–Você está louca?Voltar para multidão daquele jeito, você podia se machucar.

 

Pela primeira vez em todo esse tempo, Matt foi rude comigo. Parecia meu irmão mais velho. Sei que foi pelo susto que dei em todo mundo.

 

–Droga. Odeio ter que gritar. Mas você deu um susto na gente.

 

–Desculpa, não pensei direito. –Sentei ao seu lado e Matt me abraçou de lado.

 

...

Os dias passaram rápidos e já estávamos no fim de semana, metade do mês de março. ”Carry On” foi finalizada e seria lançada na segunda-feira no iTunes.A bandaresolveu fazer uma festa na casa do Johnny para comemorar isso e reunir todo mundo.

 

–Qual é Cherry?Vamos comigo, vai ser legal.

 

–Nem vem Luna. Não vou para uma festa na piscina do Christ gorda desse jeito.

 

–Que gorda criatura?Isso é coisa da sua TPM. Vamooos.

 

Fiz a cara mais fofa que pude.

 

–Nem faça essa cara de gatinho do Shrek. Já disse que não. Minha noite foi péssima e eu estou de TPM, acho melhor ficar em casa.

 

Realmente, não consegui convencê-la.

 

–A Cherry não vem? –Jason me esperava encostado no carro.

 

–Não, disse que estar gorda.

 

–Gorda?A Cher é tão magra quanto você.

 

–TPM meu filho, TPM.

 

Entramos no carro e metade do caminho até Huntington Beach foi silencioso. Até Jason resolver entrar no assunto delicado que eu estava fugindo.

 

–Precisamos conversar Karen.

 

–Sobre o que? –Fingir desentendimento.

 

–Sobre a noite passada.

 

FLASHE BACK ON – POV’S JASON.

 

Desde o dia em que fui à casa da Luna entregar o celular que havia esquecido aqui, não conseguia vê-la direito. Estava indo todos os dias para Los Angeles acompanhar um novo projeto da banda, não quis atrapalhar isso. O que não que dizer que esquece tudo.

 

Andy veio aqui em casa naquela manhã dizer que Brian e Karen haviam dormido juntos em Los Angeles. CLARO que não admitir acreditar nela, mas assim que foi embora, fui para Long Beach confirmar a mentira. Mas não era mentira. A visita de Andy não foi à única surpresa daquela manhã.

 

Aproveitei uma folga na agenda de estudos e trabalho da Karen e fui visita-la em Long Beach. Assistimos a um filme chato na TV e brincadeira vai brincadeira vem,já estávamos nos beijando.

 

O que começou com beijos pequenos e carinhosos, virou eu deitado na cama e ela por cima de mim.

 

–Uau. Filme pornô ao vivo.

 

Pelo susto, Karen acabou caindo da cama.

 

–Cherry!

 

–Amiga, se todo amasso de vocês for igual a esse, acho melhor você ir ao ginecologista pedi um anticoncepcional. Não vai demorar muito para esse hímen ser partido.

 

Tive que colocar a mão na boca para esconder a risada que ia soltar. Karen continuava no chão, olhando a amiga mortalmente.

 

–Podem continuar casal. Só vim pegar minha bolsa.

 

–Vai onde? –Karen levantou do chão e sentou na cama.

 

–Sair com aquele estudante de medicina que te falei semana passada. Provavelmente nem durmo em casa, então, fiquem a vontade. E Jason- apontou para mim. -tem camisinhas na segunda gaveta de baixo do meu guarda-roupa. Pode pegar quantas quiser.

 

Cherry desviou da almofada que Luna jogou nela e saiu rindo.

 

–Idiota. –Levantou para fechar a porta que a amiga havia deixado aberta.

 

Sentei na cama e Karen sentou em meu colo, com uma das pernas em cada lado do meu quadril. À medida que íamos aprofundando o beijo, eu apertava suas coxas e ela se dividia entre alisar freneticamente minha nuca e cravar suas unhas nas minhas costas.

 

Levou a mão á barra da minha camisa e começou a puxar para tirar do meu corpo, levantei o braço para ajuda-la na tarefa. Fiz o mesmo com a dela.

 

Inverti a posição e a deitei gentilmente na cama sem separar nossos lábios. Meu membro já puxava de tanta excitação.


 

–Espera Jay. Espera.

 

Colocou a mão em meu peito e gentilmente me fez sair de cima dela e sentar na cama.

 

–Eu não posso , me desculpa. Eu quero , juro que eu quero. Mas não me sinto bem em estar em uma situação assim. Estou...

 

Pronto, é agora que ele vai dizer que esta interessada no Brian.

 

–...presa na minha outra vida quando se trata disso.Eu sinto muito.

 

Nem tive tempo para fazer nem dizer nada. Ela saiu correndo e se trancou no banheiro.

 

–Karen, abri essa porta. Vamos conversar. Eu entendo o que você está dizendo. Vamos, saia.

 

–Não. Estou com vergonha demais. Vai embora, por favor.

 

–Não. Saia daí, precisamos conversar sobre isso.

 

Ela abriu uma fresta da porta e seu rosto estava tomado pelas lagrimas.

 

–Jay, falo com você amanhã. Deixe-me sozinha agora. Por favor.

 

Ouvi seu apelo, dei um beijo em sua testa e fui embora.

 

Depois de uma situação como essa tive ainda mais certeza do que deveria fazer. A ideia veio da Andy, mas nem por isso era ruim. A colocaria em pratica o quanto antes.

 

FLASHE BACK + POV’S JASON OFF

 

POV’S KAREN.

 

–Falar o que?Que te deixei em ponto de bala e depois cai fora?Que joguei todas as porcarias de sentimentos que me assombram em cima de você e te larguei confuso e sozinho no meu quarto?Não, obrigada.

 

–Estamos em uma relação Karen, mesmo que não tenhamos nomeado o que temos.Existem assuntos que precisam ser tratados para melhorar a convivência,a confiança entre os dois.

 

–Ainda não estou pronta para isso Jay.

 

Sai do carro assim que ele estacionou na garagem da casa do Seward.

 

Fui andando até os fundos e dei de cara com uma cena hilária: Syn com um chapéu de marinheiro na cabeça segurava um cabo de vassoura e imitava Axl Rose dançando no clipe de “Paradise Citty”. Música que tocava tão alto que podia ser ouvida do outro lado do portão.

 

Depois de comer, beber e rir bastante, os rapazes inventaram de jogar algum esporte usando a extensão área verde dos fundos da casa. O jogo escolhido foi Baseball, nem preciso dizer que foi ideia do Zacky né?

 

–Ok,vamos começar a primeira parte do inning.Você entendeu o que expliquei Karen?

 

–Sim Zacky.

 

–Então repete.

 

– Na primeira parte do inning o ataque joga contra a defesa tentando marcar pontos através de conquistas por base, que são quatro no total.

 

–Ok, entendeu. E o que você vai fazer?

 

–Vou lançar a bola para o Brian rebater.

 

–E depois?

 

–Se ele acertar, vai correr para conquistar as bases, dependendo da força da rebatida pode só ser só uma ou duas delas.

 

–Isso. Te treinei muito bem.

 

Levantou a mão para que eu batesse.

 

–Certo. Em posição. Vamos lá?

 

–Vou acabar com você Haner. –Falava em tom provocativo enquanto apontava para ele.

 

–Pode vim quente que estou em chamas baby.

 

Tive um pequeno desvio de atenção quando Brian inclinou um pouco o quadril para trás empinando a bunda. Sei que é uma posição comum para rebater a bola, mas foi sexy demais a cena.

 

Foco Karen, foco no jogo.

 

Lancei a bola que devido a pouca distância, não demorou muito para chegar ao Brian. Ele rebateu com tanta força que mal pude ver para que lado a bola foi.

 

–Vai Briaaaan.

 

Olhei para frente atraída pelo grito de Michele que pulava empolgada acompanhada por Lacey e Andy.Ele correu tão depressa que logo conquistou as quatro bases, fazendo um ponto.

 

–Foi bem para primeira vez Karen. O Haner é bom rebatedor mesmo. Mas eu sou melhor. Na próxima a gente leva.-Zacky tentava me animar.

 

Fizemos a segunda parte do inning e Matt agarrou a bola lançada por Jason.

 

Três innings depois e finalmente tinha minha chance de “me vingar” do Haner.


 

–Ultimo inning, estamos empatados com eles. Karen, sua vez de rebater.

 

Fiz sinal de positivo com a cabeça, morrendo de medo de não conseguir rebater. Jason era um bom lançador.


 

A bola veio na minha direção e sem saber muito bem o que estava fazendo, lancei o taco para frente.Rebate tão alto que a bola passou pelo teto da casa.

 

–Vai Karen, corre.

 

Reconheci e obedeci a voz do Matt que estava vermelho de tanto gritar assim como o resto do meu time: Zacky e Johnny. Fui rápida e consegue conquista as quatro bases, sendo Brian o guardador da ultima.


 

–Você teve sorte.

 

–Deixa de inveja Haner, sou tão boa quanto você rapaz.


 

Pulei em cima dele e comecei a bagunçar seu cabelo. Jogamos-nos no chão e parecíamos duas crianças pequenas brigando.

 

A risada que tomava conta do lugar cessou e pude ouvir nitidamente alguém me chamar.

 

–Karen.

 

Petrifiquei na posição em que estava,sentada na barriga do Syn.

 

–Karen, você está pálida. O que houve?

 

Apoiei-me nele para levantar, ignorando sua indagação. Eu conheço muito bem essa voz, não estou maluca. Virei em direção à voz atrás de mim e meu cérebro não acreditava e não queria processar a imagem da pessoa parada na porta.

 

–Ricardo?













































 

 





















































 


Notas Finais


Nunca estudei tanto para escrever um capitulo.rsrsr .Ouvi Carry On mais de vinte vezes para selecionar as partes que iam aparecer no capitulo,li sobre partituras musicais,sobre baseball e até sobre Direito empresarial.O que foi bom,,já que minha próxima faculdade será de Direito.
ENTÃO?GOSTARAM?EU AMEIIIII ESSE CAPITULO.
E a surpresa nada agradável e esperada do final hein?
Que atitude Jason irá tomar?
EITAAAAA


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